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Thursday, November 23, 2006

Por qual torpe motivo me beijaste?

Por qual torpe motivo me beijaste?
Deitada, enamorada em mansa rede.
Bem sei que tu jamais tivera sede
Da boca que por vezes, profanaste.

Esse lugar, que me deixaram, vê-de:
Permite tanto sonho e vil desgaste
A noite que me deste, retrataste;
Na vil fotografia da parede.

Beijaste minha boca sem perfume,
Tramaste, com certeza, algum ciúme.
Disputas entre vermes não consinto.

Rascunhos desenhados, garatujas,
Na boca que mordeste, mil corujas,
Inebriadamente, sem absinto.

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