Search This Blog

Sunday, January 31, 2010

23914

Meus versos deste amor apenas são escravos,
E quando renegado, esqueço a própria vida
No imenso caminhar, a rota já perdida
Aonde quis roseira, apenas lírios, cravos.

Invés de um riso manso, ausentes desagravos
Adentra-me o vazio, a paz sempre esquecida,
Mortalha se prepara em lágrimas tecida
Do lago em placidez, mares em fúria, bravos;

Assim não poderia então pensar que tudo
Não fosse; na verdade, aquém do quão me iludo
Podendo-me despir do que fora ternura.

Usando o mesmo luto; eterno companheiro,
E quando do vazio, em trevas eu me inteiro
O rio sem ter foz, na lástima eu perduro...

No comments:

Post a Comment