Mendigo se arrastando em turvas madrugadas
Um pária necessita algum novo prazer,
E quando mal percebe o que se fez sem ver
As ruas na manhã surgem ensangüentadas.
Demônios entre sóis, luas depravadas
Mergulho neste abismo e ao me entorpecer
Nefasta maravilha encontro e passo a ter.
Deitando neste chão, as pedras, almofadas.
Um libertino audaz, medonho e caricato,
O espelho em desafio, a sorte desacato
E bebo cada gole até que se esvazie
Espasmo reticente, inválido demente
Medonhas emoções a vida já pressente
Enquanto o sangue escorre e a morte eu fantasie.
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