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Thursday, February 4, 2010

24155

O pó que se entranhando nas narinas
Depositando a lama que nos fez,
Voltando ao mesmo pó, sem lucidez,
Na treva mais escusa te iluminas,
E quando os meus desejos tu dominas
Percebo em teu olhar tal altivez
Bem mais do que pensara, ainda crês
Que enquanto me maltratas, me fascinas.

Abafam-se os delírios da pantera
Aonde a solidão já destempera
A morte se aproxima quase infame,
Não tendo quem me possa mais calar,
Ascendo neste verso céu e mar,
Permito que minha alma, à morte clame...

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