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Friday, February 5, 2010

24196

Plantara em minha vida este arvoredo
Que agora tu destróis e ainda zombas,
E quando este navio aderna e tombas
Sequer algum alívio eu te concedo.
E sendo desde sempre muito cedo
Nas mãos invés de flores, frias bombas
Sorrisos enigmáticos; se arrombas
As portas e descobres meu segredo.
Uma ímpia criatura néscia e vã
Fazendo da tortura o seu afã,
Escombro do que fora um ser humano,
Escravo deste amargo sentimento,
Se eu posso, na verdade inda lamento
O que se fez em treva; eu desengano.

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