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Tuesday, November 7, 2006

O que dizer destas mãos que me acarinham?

O que dizer destas mãos que me acarinham?
São sedas perfumadas, sem espinho;
São noites que as estrelas adivinham,
Delícias delicadas, fino vinho.
Por matas e vertentes se encaminham,
Encontram solitário passarinho,
Nos rumos mais tristonhos já se alinham,
Buscando, em tempestades, manso ninho!
Mãos de fada, enfadonhas as quimeras.
Nas flores que fecundam primaveras,
Nos olhos que me espreitam de tocaia.
Nas barras que seguro, tua saia,
Nos vértices dos céus, livre sonho.
As mãos tão delicadas... E eu, medonho!

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