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Tuesday, November 7, 2006

A tua boca, esposa e fantasia,

A tua boca, esposa e fantasia,
Nos sabores ferozes dos teus beijos
As linhas cruéis: farsas, desejos...
Os ecos da discórdia em pleno dia...
Não sei de que me vale ou se valia,
O canto dos canários, tantos pejos,
O medo dos espinhos, vãos solfejos.
A porta das estrelas não se abria...
Linda e nua, remota e traiçoeira,
Os cardos e penúrias, podres urzes...
A mão que tortura, vez primeira.
Revejo estes cansaços e disfarces.
Mas posso te ofertar algumas faces,
Decerto encontrará as velhas cruzes!

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