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Thursday, February 4, 2010

24132

Nas mãos do deus erótico, o futuro
Numa expressão satírica se vê
O quadro sem retoques, nem por que
Aonde com delírios me emolduro.

Encontro vez por outra um alto muro
E nele com certeza o que se lê
Em garrafais além do que a alma crê
A história primitiva onde perduro

O sangue que deveras se fez santo
E nada mais impede e não me encanto
Com cores desbotadas, vãos grafites.

Não quero ter a sorte dos senhores
Tampouco seguirei por onde fores
Nem mesmo acreditar no que acredites.

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