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Friday, February 5, 2010

24202

Uma alma em que se vê desnuda sala,
Escrava do que um dia quis perfeito,
E quando no vazio eu me deleito
Aceito o que incerteza já me fala.
Enquanto a cordilheira, o sonho escala,
Nas ânsias do poder estranho leito,
Medonha consciência; eu não aceito
E o coração audaz então se cala.
Arrulhando em sobejas ilusões
As pombas se perdendo em descaminhos,
Não voltam para os velhos, toscos ninhos,
Tramando no voar as estações
Enviuvada rola nada resta
Senão esta ventura vã, funesta...

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