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Tuesday, April 25, 2006

O GOLPE ABORTADO

O que poderemos dizer de uma ameaça de impedimento de um presidente da república, sem ter o apoio popular, sem uma causa explícita, baseado em uma ilação sem comprovação alguma?
No mínimo surrealista, para não dizer absurdo; isso cheira a duas coisas : 1- o famoso golpe do joão sem-braço - a oposição, perdida e sem nenhum controle sobre seus esfíncteres lança essa abobrinha tentando ver se alguma instituição pega a deixa e comete o golpe, nessa hipótese, teríamos dois peixes fisgados: a OAB, que agora titubeia e o Robert Freire, esse por excesso de exibicionismo ou por falta absoluta de caráter, ou a 2- tentativa de criar um clima de guerrilha no país, gerando uma instabilidade tal que se tornaria impossível o governo da situação.
Nesse teatro absurdo, tresloucado, fico com as duas hipóteses.
A primeira tentativa foi por ralo abaixo, ninguém comprou a briga, a não ser os já citados; resta a segunda.
O problema é que a oposição é menor do que ela mesmo se imaginava, fizeram um superdimensionamento deles mesmos, talvez inflamados pelos discursos do senhor Arthur e da senhora Heloisa; ambos bons de grito, mas opacos de idéias.
A senadora, mais inteligente, caiu fora; restando-lhe somente assassinara o seu próprio partido, já que a sua maior líder vai ficar sem mandato por 4 anos, ou alguém acredita que a mesma tem chance de alguma coisa como candidata a presidenta da república?
Quanto a senhor Arthur, esse tem mais 4 anos de senado, e vai torrar a paciência até 2010, o mesmo ocorrendo com o senador fujão ACM, el bisbilhoteiro.
Ocorre que, com a escolha do Alcamim, a oposição PSDB/PFL vive, atualmente uma crise de identidade, estando difícil para o PFL encontrar o seu boi de piranha, já que os coronéis do partido não conseguem ficar sem mandato; e isso ocorrerá com o vice do Alcamin, ademais uma derrota muito grande, como; por exemplo, a não ida ao segundo turno, ou uma coça retumbante no primeiro, deixará uma péssima impressão; não se espantem se o PFL ou lançar um candidato mais fraco ou, até, cair fora na hora H.
Com a possibilidade da lista de Furnas ser verdadeira, já que a polícia federal aponta indícios de comprovação de pagamentos de propina e o senhor Nilton Monteiro prometeu para maio a sua defesa, e esta inclui a apresentação do original da lista; além das denúncias que pululam contra ACM, Alcamin e outros; teremos um quadro muito interessante daqui para adiante.
O que eles tinham de munição parece que se acabou, inclusive com o aspecto da suspeição sobre a verdadeira função de Francenildo na casa de Brasília, restando somente um espetáculo circense, sem nenhum efeito prático com relação ao Paulo Okamoto e ao Fábio Lula; isso não surtirá nenhum efeito prático.
Fazer uma análise sobre essa história de impedimento nos leva, obviamente ao vazio, ao sem sentido, ao nada.
Poderemos dizer que, realmente, há um desespero total nas oposições, chego a dizer que há uma desesperança completa e justificável.
Em todas as tentativas de desestabilização, eles se esqueceram que quem ganha eleição é voto e não manchete em jornalecos ou revistinhas desmoralizadas; aliás no observatório da imprensa, até o Dines se rendeu ao fato da argh... Veja, ter se tornado um órgão da imprensa marron.
O voto nesse país, quando deixou de ser escrito e passou a ser realmente secreto, vide a impossibilidade de se "marcar", como se fazia antigamente em relação à cédula eleitoral, passou a ser mais confiável e demonstrar mais a vontade popular.
Outra coisa que merece atenção é o fato de Lula ter conseguido uma penetração nas pequenas cidades, coisa que o PT não conseguiu ainda, as lideranças dessas cidades são, na sua maioria, extremamente conservadoras e, com relação à presidência da república, principalmente depois dos fiascos de Collor e de FHC, omissas.
Com relação à eleição para o governo dos estados, temos lideranças regionais fortes, mas diminutas em caráter nacional e, espertamente, não associam totalmente o voto à eleição para presidente, coisa que só o PT faz, por ainda continuar sendo , virtualmente o único partido nacional, já que os outros são aglomerados de lideranças regionais, muitas vezes conflitantes.
Ora, o que dizer da identidade de Aécio Neves com o tucanato paulista?
O PSDB paga o pato por ser um partido, basicamente provinciano, e isso vai lhe custar muito, pois a única liderança que teve a nível nacional fracassou totalmente, assim como a sua criatura - José Serra.
O PFL, tirando Cesar Maia, já que o Lembo e o Kassab vieram na aba, é um partido do coronelato nordestino, e isso tende a acabar com a alfabetização e o amadurecimento político dos cidadãos, principalmente os de baixa renda.
Já o PMDB mistura vários tipos de tendência e regionalismos, sendo ainda o maior partido do Brasil, porém muito confuso, a ponto de ter permitido o crescimento de um Anthony, aproveitador das brechas e disputas dentro do próprio PMDB.
Finalizando, o que temos hoje é um panorama muito mais tranquilo do que querem vender-nos,
Ao contrário do que imaginam as oposições golpistas, houve uma grande diluição dos contra - Lula, principalmente pelo crescente número dos anti-PSDB e anti-PFL.

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