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Tuesday, November 14, 2006

Não me peças perdão, nunca perdôo.
Meus dias em revoltas, contra-sensos,
Sou pássaro que nunca alcei teu vôo,
Os pesos nessas asas são imensos...

Somente meus martírios sobrevôo,
Nas mãos que não me afagas, brancos lenços,
Teus barcos e fragatas abalrôo
Em meio a procelares mares densos...

Não me peças perdão, isso é difícil,
Em todo o dicionário, esse verbete
Arrancado, queimado e fictício.

Mendigando por luas que perdi,
Nas mãos não mais carrego meu barrete,
O mundo do meu sonho está em ti!

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