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Saturday, November 18, 2006

No braseiro da tarde de verão,
Adormecida sonha com luares.
Delírios inconstantes, turbilhão,
Alcançam ferozmente seus sonhares...

Desgrenhados cabelos, multidão
De desejos transbordam nos altares
Escondidos no casto coração...
Cáusticos martírios loucos ares...

A mão que percebia sobre o seio,
Os dedos acalmando tal braseiro.
O mundo se desfaz em devaneio.

Nos rastros das estrelas, tanta sede.
A vida é um retrato na parede,
O sol tão penetrante, companheiro...

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