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Tuesday, November 14, 2006

Sonho terrível, sangue e podridão!
Nas ruas vermes loucos e famintos
Devoram, não permitem solução,
A noite e seu fantasma aperta os cintos,

Forte vento em total destruição
Os olhos marejados morrem tintos,
Toda terra, efeméride vulcão,
Destroçada, resquícios indistintos...

Sobre mar flamejante vejo um vulto
Caminhando, flutua simplesmente...
A voz distante, quase não ausculto...

Neste mesmo momento, um manso brado...
O sonho se desaba num instante
Olhos abertos, vejo-te ao meu lado...

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