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Tuesday, May 2, 2006

SONETO

Eu falo desse povo aprisionado,
No cárcere sangrento de injustiças,
Ouvindo seu lamento, seu recado;
Composto nas tavernas mais mortiças

Nos medos seus segredos e notícias,
Nas dores desse corpo maltratado
Vítima mais cruel dessas sevícias,
Trazendo a cruz nos ombros, vai pesado...

Cravado pelas marcas dos senhores,
Dos donos desses gados, dos humanos
No jogo, já marcados perdedores

Esquecidos por Deus, atrás dos panos
No teatro bem vivo dos horrores...
Das vítimas do olvido, dos enganos...

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