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Saturday, May 6, 2006

SONETO

Falaria do amor mais insensato,
Que transborda por todas essas margens,
Que invade, vai correndo qual regato
Que se agiganta, invade essas paragens

Falaria do verso mais cordato,
Que transporto por todas as viagens;
Mas, no fundo, incapaz de ser pacato
Traz no peito, saudades e bobagens.

Vem desfeito, carrega triste sina,
De não poder conter nem ser contido
Carregando, na luz mais cristalina,

Os medos do meu reino, já perdido,
Desse tempo guardado na retina,
Triste tempo do tempo não vivido...

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