Search This Blog

Friday, May 5, 2006

O EVANGELHO SEGUNDO MATHEUS – APÓCRIFO

Nesse início de milênio, têm surgido vários evangelhos apócrifos; o mais recente escrito em linguajar tupi-guarani, foi encontrado no norte fluminense e, segundo estudos cienítficos, apresenta características ímpares, sendo que nas suas traduções para o português, apresenta sinais de que tenha sido escrito recentemente, o que é interessante pois pode demonstrar algumas lições interessantes.
Nesse texto, cuja tradução iermos apresentar em seguida, temos uma idéia da messianificação de um homem, Matheus, que se apresentava como o ungido de Deus, quase que um Novo Messias, capaz de salvar, curar e operar milagres tanto individuais quanto coletivos, através da utilização de mecanismos humanos para a transformação do homem tanto no caráter físico quanto moral.
O texto que se segue é uma aproximação do original, já que não dispomos de tradutores mais fiéis, já que o dialeto utilizado é da tribo dos goitacazes, que ninguém sabia, era talvez a única a se utilizar de papiros, coisa que acreditamos, tenha sida introduzida por Matheus; o Pequeno.
“Naquela tarde do dia do nascer do sol amarelo e vermelho, no primeiro mês das chuvas, recebi um recado de Deus para que comunicasse ao povo através do linguajar dos tambores a boa nova da volta do Senhor, personificado nos meus seguidores, senhores da verdade e do reino divino.
Começaria, assim, minha missão numa pequena aldeia, onde os índios acreditavam no meu guia, o homem que estaria abrindo as portas para o crescimento da nossa missão restaudora da moral e dos bons costumes, o grande Brisa, homem complexo de história confusa, mas líder nato, com quem aprendi a criar fatos novos para chamar a atenção sobre os meus propósitos, inclusive, a utilizar a palavra para convencer sabendo, mais que tudo que os meandros da política, melhor caminho para a chegada ao poder; são, muitas vezes, mais complexos e nem sempre tão éticos, mas válidos para a realização da missão que me foi imposta por Deus.
Eleito cacique da pequena aldeia, meus primeiros passos rumo à vitória final, estavam deflagrados; sendo absoultamente necessário que eu, evitando um conflito maior no futuro com Brisa, eliminasse esse do meu caminho.
Mas, para isso, eu necessitava de um apoio dos meus companheiros, fiéis apóstolos, numa associação com outro grupo de índios, os beneditinos, povo que morava na aldeia principal da tribo, lá no litoral.
Feito isso, consegui a liderança da aldeia e da tribo; em seguida, como parte de minha missão, era importante eu isolar tais lideranças, para assumir, isoladamente o controle da tribo para atingir o meu intento de evangelizar toda a nação tupi-guarani.
O Deus me protegeria e me tornaria, custasse o tempo que custasse, o principal líder dessa nação, podendo, com a graça de meu Pai celestial, atingir o objetivo maior, derramar as minhas mãos messiâncias sobre todo o povo.
Imediatamente, afastei do poder o povo da aldeia litorânea e o líder Brisa, me tornando a maior liderança da tribo.
Na minha primeira tentativa de chegar ao comando, ao cacicato da nação tupi-guarani, dei o azar de, me deparar com o líder Lual, homem carismático que, ligado a facções eclesiásticas diversas, conseguiu ganhar o governo da terra tupi.
Tendo sido perseguido pelos inimigos de Deus, ou seja, meus inimigos, ainda consegui, com facilidade, fazer da minha companheira, a líder da aldeia litorânea.
Com o cresciemento da minha campanha fui, aos poucos, me tornando mais forte, acreditando ser capaz de modificar o pensamento de meu povo; povo esse sofrido e necessitado de milagres tanto do corpo quanto da alma, e essa era a minha missão.
Com o meu discurso sobre a família, coerentemente feito, a partir do fato de minha companheira ser a atual líder da tribo, estava em franco crescimento popular.
Porém, todo homem de Deus é perseguido por demônios, e esses, descobrindo alguns pequenos pecados, tentaram me atingir e, num primeiro momento, tentaram e até conseguiram me proibir de tentar conseguir o poder da nação tupi.
Mas, ao pagar uma multa irrisória, consegui a minha autorização para chegar ao poder.
Minha campanha ia de vento em popa, comecei a ter aceitação entre os líderes de outras tribos e estava já vislumbrando a possibilidade de, mesmo que não fosse agora, mesmo que fosse depois, atingir o meu sagrado destino.
O líder Lual estava muito forte e, num ato do qual me arrependo amargamente, tentei fazer uma aliança com o grupo dos arerês-tucanos, outra tribo que queria o cacicato maior, o domínio das terras tupis.
Me propus até, ingenuamente, a aliar-me a eles para derrubarmos esse líder forte, mas sem a missão divina, coisa exclusiva de minha trajetória.
Porém, um dia, ao ser feita uma consulta aos índios, o meu postulado ter sido demonstrado mais aceitado do que o dos arerês-tucanos, eis que esses me armam uma cilada e, cruelmente me atingem pelas costas.
Desesperado, tentei um suicídio lento, doloroso e amargo; isso me foi fatal.
Os inimigos de Deus venceram e, se Matheus, o pequeno, não se tornou o novo messias, os principais culpados são eles, os arerês-tucanos, filhos do demo e enviados por Satanás para destruir o representante do povo de Deus e da família...”
O achado desse papiro demonstra que desde idos tempos; ainda não se pode precisar a data, a religião não deve ser associada à política de forma direta.
A religião é uma atitude política porém ELA É DIVINA.
A política é um mecanismo HUMANO, mesmo que seja bem utilizada em prol da melhoria da vida do povo.
A mistura dessas duas atitudes É IMPOSSÍVEL a nível de mecanismo para a melhora do povo.
Ou se apodrece a religião nessa associação, ou se torna a política, um fator de ENDEUSAMENTO que gera os ditadores, os “Messias”, os donos da verdade, em suma, gera o ABSURDO DO FANATISMO RELIGIOSO associado com a DISCRIMINAÇÃO RELIGIOSA E A INTOLERÂNCIA ENTRE OS HOMENS.
A história está plena de exemplos dessa atitude.
Passando pelo fanatismo japonês, dos kamikazes e samurais, pelo exemplo dos muçulmanos e judeus, irlandeses , hutus entre outros na história moderna e centenas de casos na história antiga.
Esse documento merece uma análise profunda para que esses erros não sejam cometidos mais.
Não creio na veracidade desse Evangelho, mas deve ser guardado para evitarmos os falsos psrofetas, os donos da verdade e da religião.

No comments:

Post a Comment