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Thursday, August 10, 2006

A liberdade, sonho principal

A liberdade, sonho principal,
De quem, menino, conheceu pobreza.
Para quem já viveu descomunal
Miséria, sem poder ter realeza.

Realidade nada virtual,
Que nega até comida, sobr’a mesa.
A noite mal dormida, é usual.
A vida apodrecida na magreza.

Liberdade, poder comer da fruta,
Flutuando o prazer velha labuta,
Conhecendo o futuro sem ter medo.

Saber que, lá bem longe, sem segredo,
Não há somente o mal, raposa astuta.
Quem me dera, essas feras no degredo!

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