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Monday, August 7, 2006

Non sense

Minha manhã, ascendida,
Dividida entre marcas e maçãs,
Nas vãs vagas, vazias vozes,
Nas nozes e avelãs.
Temo o tempo sem tempero,
Tento o tanto que não canto,
Nas vãs vagas, vazias vozes,
Nas nozes temporãs.
Quero o gosto do agosto,
No gesto que empresto, terçã.
Nas vãs vagas, vazias vozes,
Nas nozes tão malsãs.
No medo, segredo e sina,
Que meu degredo defina
Nas vãs vagas, vazias vozes,
Nas nozes das tecelãs.
No sabor sabia senda,
Me rendo e merendo, venda.
Nas vãs vagas, vazias vozes,
Nas nozes dessas manhãs.
Tanto disse nada falo, me calo,
Mas não me apego.
Vou, sou, cego.
Minas vozes vãs, vazias soam,
Somam e não definem.
Calas e me chamas à luta,
Me enluto e não respondo,
Quero seguir compondo,
Pondo os olhos em outras, vãs.
Como se pudessem todas as nozes,
Serem as vozes, dos amanhãs...

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