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Monday, August 7, 2006

Sextina

Meu barco, navegando na saudade,
Meu tempo transportado para vida.
Percebo que tu foste crueldade,
Não quero a juventude assim, perdida.
Nem temer essas ondas, tempestade,
Nem saber dessas dores, despedida...

Nesse momento exato, despedida.
Numa cruel malícia da saudade,
Tombando na primeira tempestade...
Perdendo a cada dia, minha vida,
Que me traz , toda noite, nau perdida,
Sem sentir, vou vivendo a crueldade,

Não quero nem concebo a crueldade,
Trazendo-me essa amarga despedida,
Do que me restou, lágrima perdida...
Deixando tão somente essa saudade,
Que foi a marca expressa em minha vida.
A morte rememora a tempestade.

Buscando pel’amor na tempestade,
Temendo, simplesmente, a crueldade;
A de nunca, jamais, amar na vida.
A cada dia, nova despedida.
Meu peito vai sangrando tal saudade.
Nem quero te rever, estás perdida,

Meus versos, que te fazem tão perdida,
Quero mesmo salvar, na tempestade,
Bem antes que traduzas em saudade.
Não quero perceber a crueldade
Bem antes que isso seja despedida,
O maior amor, toda a minha vida...

Querendo conhecer, de tua vida,
Saber que tu andaste, tão perdida,
Pois sabes, dos amores, despedida,
Tão sem rumo, enfrentando a tempestade,
Tuas dores, amores...Crueldade.
Por isso, me matando de saudade.

Amor, tanta saudade nessa vida,
Parece crueldade, traz, perdida,
Qual fora tempestade, despedida...

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