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Sunday, November 5, 2006

A dor que me penetra qual mortalha,

A dor que me penetra qual mortalha,
Trazendo minhas ânsias, ser feliz...
Os brilhos que esta lua sempre espalha
São látegos denotam cicatriz...
Sombrias tempestades, qual navalha,
Malditas me torturam. Por um triz
O bote destes lumes, dor canalha,
Vestida de ilusões, vã meretriz!
Castamente covarde dissimula.
Forjando santidade se revela
Nas horas mais sombrias, vago o mundo...
Ó lua, por que queimas, sua vela?
Traíste meus delírios de poeta,
Meu verso vai embalde, vagabundo...
Mataste qual Cupido e sua seta!

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