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Saturday, May 13, 2006

INCLUSÃO E DESENVOLVIMENTO - AS DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE GOVERNOS

- Eu não estou nominando ninguém, eu não vou nominar. É uma cultura brasileira de confundir investimento em educação com gasto. De investir em política social com gasto. De vez em quando, se cria a seguinte coisa: precisamos ter um choque de gestão, choque de gestão significa cortar gasto, significa mandar gente embora e eu prefiro utilizar um choque de inclusão.”.

Essa afirmativa de Lula demonstra bem a clareza e a visão de um administrador sedimentado sobre bases sociais e sobre uma luta de décadas por um ideal, demonstra com clareza a diferença entre Lula e os pseudo-intelectuais de plantão.
A definição sobre o que é gasto e investimento passa longe da capacidade de compreensão da maioria dos nossos políticos, assim como a diferença entre crescimento e desenvolvimento.
O Brasil, à época do “milagre econômico” tinha um aspecto propandístico de um “crescimento” feito com base no endividamento gigantesco e impagável mesmo, que criou uma queda no nível de desenvolvimento humano ímpar.
O aprofundamento das diferenças sociais originado desse “crescimento” econômico, atado à velha máxima “crescer para dividir o bolo”, foi de trágico efeito sobre as gerações vindouras, inclusive a atual.
Associa-se a isso, o desgoverno de FHC, baseado nas mesmas primícias errôneas, temos um endividamento interno e externo gigantescos, que somente foram minimizados agora, com o Governo Lula.
Interessante ver que, apesar de termos um crescimento econômico nem tão significativo, temos um desenvolvimento ímpar nas décadas pós getulianas.
A precisão de Lula sobre o famigerado “choque de gestão” alcamista, paralelo aos “caçadores de marajás” do passado, nos traz uma idéia fúnebre que remete-nos, involuntariamente aos desmandos de FHC, com suas privatizações justificadas pela balela de “enxugar a máquina”!
Essa visão neo-liberal é extremamente danosa e perigosa, criando os “monstrengos” pais da miséria e das mazelas co-irmãs da injustiça social.
De política neo-liberal o Brasil já está esgotado, precisamos de uma nova sociedade INCLUSIVA em todos os parâmetros, inclusive cultural e social. Não podemos, em hipótese alguma, sob o risco de ficarmos na rabeira da humanidade, reativarmos tal discurso, mesmo que maquiado sob outra denominação.
O funcionalismo público não é o culpado pelos desgovernos e pela corrupção endêmica desse nosso país; ele, simplesmente reflete o que é feito pelos superiores hierárquicos.
A geração de empregos e de oportunidades para os mais capazes, através de concursos não viciados, como os que irão ser feitos nesse governo, é que faz UM CHOQUE DE QUALIDADE DE GESTÃO, fator primordial para a melhoria e não pelo sucateamento do sistema público.
A inclusão social passa também por isso. Pela valorização da qualidade de mão de obra, estimulada por salários e liberdade de ação, além da independência desses com relação ao governante de plantão, esse sim funcionário TEMPORÁRIO.
Essa história de “moralização”, normalmente é discurso dos que mais contribuem para a desmoralização – vide Collor, Alcamin, Garotinho, etc...
O discurso desses políticos é por demais conhecido e, todos sabemos, conflitantes com a prática política dessa turma.
Acordemos, pois sobre o afirmado por Lula para que possamos lutar para que essa INCLUSÃO se torne efetiva no nosso país.
Outro aspecto importantíssimo é a diferenciação, de GASTO com INVESTIMENTO, esse fator é primordial para que possamos separar, conscientemente, o joio do trigo.
Investimento implica em colheita, gasto denota perda.
No plantio diário de políticas sociais, colheremos um NOVO MUNDO, uma nova realidade social, e uma nova esperança.
Os “gastos” são, normalmente, aspectos puramente eleitoreiros, sem resultado prático, a não ser os votos numa nova eleição, e esse desperdício de dinheiro público é inadmissível, principalmente num país pobre como o nosso.
Quando se computam gastos, se gera miséria e submissão, bem ao contrário da independência criada pelos investimentos.
A diferença desses termos não é somente semântica, na verdade diferenciam qualidade de aplicação de dinheiro, os investimentos deparam-se com variáveis relacionadas ao benefício social, os gastos, pelo contrário, denotam lucros eleitoreiros em contrapartida ou dinheiro desperdiçado.
Agora, me perguntem sobre o dinheiro aplicado nos programas sociais aparentemente demagógicos como o fome-zero, o que seria?
Ora bolas! Esses programas são de fundo não assistencialista na avaliação pejorativa da palavra, mas assistencialista no sentido real da palavra – ASSISTIR, AJUDAR a quem está em situação de abandono total não é só política social e SIM EVANGELHO DE CRISTO na prática e na essência.
Culparmos algum governo por agir CRISTAMENTE, é ser hipócrita.
O matar a fome do desvalido é, no mínimo, obrigação de uma sociedade que, pelo longo de sua História, foi a GERADORA dessa miséria.
Essa dívida do país com ele mesmo, com a maioria dos escravos e esquecidos, dos (homenageando o cinqüentenário da obra) severinos desse Brasil, em todas as regiões e cidades, tem que ser paga e URGE SER PAGA, é preciso tratar esse assunto com um OLHAR CRISTÃO e não puramente econômico.
Lula, ao diferenciar esses termos, demonstra a capacidade de compreensão que é a célula mater para esse novo mundo que se aproxima, onde todos nós teremos reinstalado em nossos corações O ORGULHO DE SERMOS BRASILEIROS.
E é tão bom estar vivo nesse momento de transformação, de transição de uma sociedade escravagista para um mundo libertário, CRISTÃO.

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