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Sunday, May 7, 2006

AS MENTIRAS DA CPIS - OU A PIZZA MIDIÁTICA

A FARSA DAS CPIS.

A atuação do Congresso Nacional com relação ao famoso “escândalo do mensalão” se mostra numa bem orquestrada farsa, cujo objetivo era atingir José Dirceu.
Na verdade, não houve pizza alguma, somente ocorreu o fato da coerência da absolvição dos acusados, pelo fato do crime de caixa 2 não ser punível com a cassação.
Essa lógica esbarra em José Dirceu, cassado sem ter tido nenhum fato que comprovasse o seu envolvimento com o Caixa 2, tucano e posteriormente petista; ou seja governista do esquema do Banco Rural e do BMG.
A imprensa coloca, muitas vezes, como se fora um acordo para a não punição dos “mensaleiros”, ou seja, dos beneficiados desse esquema de dinheiro não contabilizado para as campanhas eleitorais.
O engraçado disso tudo é que a maior parte das pessoas pensantes desse país não atentaram para esse detalhe simples e conciso; obviamente não deveria haver cassação, já que o crime, e é crime, não tem, constitucionalmente esse tipo de punição extrema.
O fato de, atingindo José Dirceu, tentarem atingir Lula pessoalmente, aparece como motivação maior desse circo armado e exaustivamente explorado por uma mídia ou imbecil ou cooptada, e pelo disse-me-disse dos congressistas de oposição.
As balelas colocadas nesses longos dias e meses, de tentativa de assassinato político lento e gradual, fracassado desde o começo, por não contar nem com a verdade, nem com o apoio popular, desaguaram na única e simples cassação de José Dirceu.
A luta interna pelo poder, dentro do PT, em muito contribuiu para esse desenlace; com o Campo Majoritário vencendo, mas não mais monopolizando o poder partidário.
O fato do pragmatismo, mas sem carisma do velho guerrilheiro, ter dominado o partido nos últimos anos, associado ao seu temperamento indócil e não subserviente, criador de atritos com os pares e, sua coerente ação, enquanto impassível e incorruptível, nos leva a crer que esses motivos eram o bastante para uma ação mais agressiva desse pessoal, acostumado à troca de favores e de maleabilidade na relação entre os poderes, vício agravado pelo FHC, o que comprava para poder “roubar” e deixar “roubar”.
Todas as duas CPIS foram feitas com esse objetivo, se uma falhasse, a outra estaria de plantão para cassar José Dirceu.
O fato da CPI dos bingos não ser mais necessária para esse fim, já que a dos correios, com apoio de alas ressentidas como o PSOL, da esquerda brasileira; conseguiu derrubar o GUERRILHEIRO, fez com que essa se tornasse puramente palanque eleitoreiro.
O fato de Roberto Jeferson ter sido usado como o porta-voz e a isca para essa armação toda é muito significativa; inclusive com a declaração de ter recebido 4 milhões de reais, que teria sido o preço pago para a confecção da farsa.
A cassação de Pedro Henry foi para inglês ver, numa tentativa de disfarçar o objetivo principal da armação.
Muito interessante o fato de que, o único que não recebeu nenhum centavo do esquema de Marcos Valério, ter sido cassado, enquanto os outros não o foram, demonstra claramente o objetivo final disso.
Não houve pizza por que não houve o crime de corrupção, somente o fato desse cadáver não ser o da vítima indicada, anula o crime e também desmoraliza o julgamento; de José Dirceu.
Porém, Lula conta com fiéis escudeiros, e entre eles o próprio Dirceu, sacrificado num ato de amputação política extremamente doloroso, mas necessário para a manutenção desse belo projeto socialista que merece e deve sobreviver.
Entregue a carne às feras, somos obrigados a ler asneiras sem sentido, como as de que acusam a justa absolvição dos envolvidos como um erro, e o erro de cassação do injustiçado num acerto.
Tudo isso ficará para a História como uma bela lição da diferença da justiça comum para o julgamento político, envolto em brumas e fumaças que tornam, por si só, esse tipo de ação essencialmente falho e injusto, já que entre os parlamentares, temos muitos envolvidos em crimes comuns contra a sociedade e contra cidadãos, indo de estelionato até homicídios.
Entre os representantes do povo existiram grileiros, assassinos, traficantes etc...
Vemos agora, o caso de Mato Grosso do Sul, repeteco do que ocorreu no Espírito Santo, onde o crime organizado comandava 28 dos 30 e poucos deputados estaduais, e o Governo do Estado, isso sob o patrocínio dos Tucanos, em ambos os casos.
Devemos reavaliar esses mecanismos de punição e de julgamento, sob o risco de criarmos novos mártires da nossa democracia, que enquanto permitir esse tipo de erro, será ainda incompleta.

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