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Thursday, September 14, 2006

Jardim

As tristezas cultivo, minhas flores...
Não quero nem sonhei outro jardim;
Minhas rosas, meus lírios, meu jasmim,
Ficam todos perplexos sem amores...

As esperas sem nexo, minhas dores,
Cultivo mansamente tudo assim,
Sem nada esperar. Resta então, em mim,
As madrugadas frias, seus temores...

Em todas horas duras, enxertia...
As lágrimas que rolam, um esterco.
Enxada, foice, simples poesia...

Minhas dores não são vaga tortura;
Traduzo meu sofrer: semeadura...
Nesse jardim sublime, então me perco...

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