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Wednesday, September 13, 2006

Tempestade

O mar crispando, louco, traz a fúria,
As ondas arrebentam nessa areia...
Não respeitam sequer qualquer lamúria...

Nas virações, um canto mais divino,
D’outras ilhas. Ouvindo essa sereia,
Perco qualquer sentido, vou sem tino...

Ondas do mar, naufrágio e tempestade...
Errando, sem poder encontrar porto;
Meu barco navegando, um sonho morto:
Onde encontrar a tal felicidade?

Meus medos, minhas dúvidas, verdade
Jogada nesse vento, vivo torto.
Nas procelas, vencido, quieto, absorto.
Procuro teu caminho, tempestade!

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