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Friday, September 15, 2006

Cortado

Cortado pelas cruzes que me negas,
Nas urzes que deixaste meu caminho,
As cores que pintei, formando pregas,
Não posso ser feliz assim sozinho...

Vencido pelas noites sou piegas,
Covarde não consigo ter meu ninho,
Nos mares onde vivo não navegas,
As roupas que me deste, puro linho...

Quebrei tua mordaça, te dei fala,
A morte conseguida faca e bala...
As alamedas mostram meu destino.

Te fiz a poesia mais tranqüila,
Venenos tua boca já destila,
Quem dera se pudesse ser menino!

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