Search This Blog

Wednesday, September 13, 2006

Narciso

Narciso, flor cruel rouba a beleza...
Dessas águas que foram espelhares,
Sugaste do mais belo, seus olhares,
A alegria, a luz, toda realeza.

Deixando um corpo estático, tristeza...
Cadavérico, magro, sem luares,
Sem esperanças, morto, sem altares!
Nessas lacustres margens, incerteza...

Num momento acredita ser um Deus,
Noutro sonha com ricas fantasias...
Faminto e saciado, luzes, breus...

Nas fantásticas danças, nas orgias,
Tentando procurar,no sexo, nexo,
Buscando amar, assim, próprio reflexo!

No comments:

Post a Comment