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Saturday, September 16, 2006

Crime

Quando desfilas, nua, pelas noites;
Trazendo um manto branco, transparente,
Os ventos que te levam são açoites,
O brilho do luar, mais envolvente...

Quando te espero, longos entrenoites;
A vida maltratando qual serpente,
Espera pelos mágicos pernoites,
Onde serás só minha, finalmente...

Nas taperas, nas quintas, nas bodegas,
Nossos vinhos guardados nas adegas;
Esperam tal momento mais sublime...

Minhas mãos ansiosas tremem tanto.
Meu medo, em tal momento belo, santo;
Ao te tocar, dê sensação dum crime...

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