Search This Blog

Friday, September 15, 2006

Florence

Porque foste assim? Vândala e cruel...
Tragaste, em um momento, toda a essência.
Cravaste, sem te pena nem clemência,
Os punhais, tuas garras... Beijas fel,

Atemorizas sonhos, vida, céu...
Percebo que perdeste a paciência,
Viver não é sequer coincidência...
Os restos que vivemos, num tropel,

Seguem. Acolherei as tuas presas,
As dores que sentimos, vão acesas,
A morte que sonhaste, me pertence...

Das flores que reguei, só tu, Florence
Não deu senão espinhos, cortas fundo...
Nas ondas que serpeias, vai meu mundo!

1 comment:

  1. Poema denso, inspirado. A pulsão do amor... o desencontro entre amantes. A mágoa pelo fim de um romance. Um notório talento.

    ReplyDelete