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Saturday, September 16, 2006

Violão

Sortes e motes, mudas e vestidos.
A nudez percebendo meus desejos...
As tardes que se foram, sem sentidos,
Deixaram coração tão sem lampejos!

Meus livros esquecidos, foram lidos.
Meu tempo foi guardado, cadê beijos?
Os cálices da vida, já partidos,
Os trapos que vesti sem relampejos...

Sortes jogadas, dados sobre a mesa...
Não sinto poesia nem tristeza.
Somente esse solvente que me morde...

Nas sílabas silabo tais torturas,
Nas cordas que soluço, as amarguras...
Meu violão calado sonha acordes...

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