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Saturday, November 4, 2006

Meu verso mais sombrio, as danças neste bar...

Meu verso mais sombrio, as danças neste bar...
Amor que me arrebenta arrebata o que resta.
Um copo de aguardente, o brilho do luar.
Nos umbrais da saudade aberto o peito, fresta.
Nas bocas que beijei, mulher que foi meu par,
Minha alma deslumbrada aguarda pela festa,
Espera teu desejo, ondas do negro mar...
Um tresloucado rito, amor, esgoto empresta...
No gosto desta guerra, amor em forma bruta,
Burilo meu anseio, amanso meu instinto...
Em tua boca o gozo, uma lágrima astuta.
Inebriado sonho, esbanjo-me em delírio...
O vinho que bebi, do meu sangue, retinto,
Na dança sepulcral, meu gozo é meu martírio...

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