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Friday, November 3, 2006

Vergalhões esquecidos no caminho,
São pedras que procuro disfarçar...
Um pássaro faminto sem ter ninho,
Teimoso se esqueceu como voar!
Nas horas mais difíceis vou sozinho.
Estrelas companheiras a guiar.
Recebo tais promessas, de mansinho,
É certo que jamais vão me cansar...
De todas as promessas mentirosas,
De todas as mentiras que disseste.
Amor que já morreu, vento nordeste,
Jardim que cultivei, morreram rosas..
Fazendo tantos versos sem sentido...
O mundo que sonhei ver dividido,
Depressa se desfaz, provoca guerra;
Saudades de descer da tua terra,
Fazendo minha rede em teus cabelos...
Não posso mais nem quero recebê-los.
A sorte não dá mote pra cantar.
Maria foi pro mar, sabe nadar?
Serviço de primeira, conta cara....
Amor que não maltrata é coisa rara!
Vencido meu desejo de vingança,
Correndo vem dançar na contradança...
Não quero meu emprego, perco viço...
O tempo que não nego, corrediço,
A vida sem saber virou enguiço,
Da feiticeira quero esse feitiço...
Não fale de Maria ou Mariana,
Esqueço que vivi, tanta mentira...
A noite que prometes não me engana,
Sandália que calcei procura tira...
O bom cabrito berra, senão morre...
Aquele que ficou, pobre coitado...
Menina vou tomar um grande porre.
Delícia pra comer: cabrito assado!
No lote das estrelas, Botafogo.
No canto das sereias, teu cantar...
Incêndio que se preza, bota fogo,
Estrelas mais brilhantes? Nem no mar...
Vencemos os problemas que sofremos,
É certo que esqueci de te contar
Na noite dessas bruxas revivemos,
Agora vou morrer neste luar.
Menina me enganaste, que besteira!
Barriga vai crescendo, devagar...
Vai custar muito caro a brincadeira,
Agora é que vou ter que trabalhar!
Cunhado não é sorte nem destino...
É carga que não canso de levar,
Mas também quem mandou o desatino,
A mala me sobrou pra carregar!
No peixe que pesquei, um diamante,
Nas ondas que navego, meus pecados...
Amor que dediquei, era gigante...
Na porta dos desejos, teus recados...
Na curva desta estrada capotei,
Perdi a minha sogra, quero o carro.
No reinado da rainha já fui rei...
Marido da cigarra? Meu cigarro.
Na carta que mandaste, meu amor,
Me falaste de estrelas e da lua...
A noite que não brilha, traz pavor.
Mulher que não amei, caminha crua...
Recebo teu pedido de perdão...
Não posso te dizer que não reparo.
Gordura me faz mal ao coração,
Amor que não sonhei ficou bem caro...
As jóias que pediste, de cristal,
De vidro verdadeiro são bem feitas...
Amor que não conhece carnaval,
Por certo tantas pernas endireitas...
Na doce melodia que me encanta,
A voz desta cantora não faz feio...
Plantei no teu castelo, minha santa,
Amor que já brotou, trouxe receio...
Receita que te dei, felicidade,
Jogada na cozinha, se perdeu...
Não posso te dizer tranqüilidade.
Se não morrer você, já me mato eu...
Mascaro meus desejos com chiclete
Meu hálito melhora e me suporta...
Não venha serpentinas e confete.
A solidão deixei atrás da porta...
Assim vou terminando meu repente.
Amor que não sobrou é paranóico...
Meus versos vão morrendo, de repente,
Decassílabos? Faço! Tudo heróico...

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