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Saturday, November 4, 2006

Nestes olhos incertos e vazios,

Nestes olhos incertos e vazios,
Meus braços embalaram teu veneno...
Tão distantes, absortos, olhos frios,
Agonizantemente morro pleno.
Quem sabe lividezes mostram cios,
Redundam dum adeus que não aceno.
Perfuro teus humores, ledos fios,
Inverno meus desejos, podre feno...
A campa dos segredos agoniza,
Guardada por duendes e fantasmas...
A vida, torpemente já graniza,
Queimando meu delírio sem delito...
No peito enlameado morrem asmas,
Amor não resistiu, tanto conflito...

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