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Friday, November 3, 2006

Recado

Recebi teu recado.
É, realmente não temos mais jeito.
Porta bate, frio chega e a danada da solidão enchendo meus copos.
Sei que não virás, muito menos estarás aqui na hora exata.
Firmo meus olhos através da grade da janela.
Vento e frio.
Vazio....
Me deste uma esperança. Vadia esperança...
Não, eu sei que tive culpa, mea culpa, minha tão grande culpa.
Nessas alturas do campeonato qualquer coisa é coisa qualquer.
Beijo, desejo, sexo...
Dane-se!
Tudo bem, eu errei! Pela enésima vez: errei!
Amanhã estaremos todos bem, desfilarás tua nova conquista e ainda por cima carregarás contigo esse insuportável poodle.
Leva e espero que te faça feliz, poodle e namorado novo.
Belos enfeites para um abajur ambulante.
Ficarei aqui. Cinzeiro, cigarro, conhaque, pipoca de microondas, sem microondas, claro.
Esqueceu de levar os Dvds.
Ainda bem que me livrei daquelas sinfonias agonizantes diárias: levaste todos eles.
Estava cansado de ver fio de cabelo em todas as canções que era tortuosamente obrigado a ouvir...
Vou mandá-los pelo primeiro portador que aparecer.
Fique tranqüila...
Os erros são meus, os filhos são teus,
Me sobra o conhaque, o conhaque e a lua...
Agora, esse negócio de ficar comovido...

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