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Wednesday, November 1, 2006

Minhas lembranças, vagas como a noite...

Minhas lembranças, vagas como a noite...
Açoites que me levam, desespero...
O tempo que permite meu pernoite,
No fundo me decora, seu tempero...
O pranto que rolei não trouxe festa.
A morte que sonhei não fez promessa,
Do nada que vivi, tampouco resta.
A dor sem teu afeto, me confessa
De todos os meus dias, vãs mentiras...
O barco dos meus sonhos, naufragado..
Esboço meus poemas, fazes tiras.
Nos bares me freqüentas, vou cansado...
Maria me promete versos, liras,
Deveras não me sobra senão fado...

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