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Monday, December 13, 2010

ÊXTASE

Não fale mais nada,
Deixe que eu te toque
E sinta o teu perfume.
Beije tua boca,
Avance sobre os seios.
Feche teus olhos...
Sinta a maravilha
De toda esta vontade
Transformada em prazer....

Irei acarinhando-te
Devagar...
Chegando às tuas coxas,
Boca e língua.
Passeando meus dedos
Até poder tocar
O teu túrgido caminho.

Depois, em sucção,
Sentir endurecendo em minha boca
Numa umidade intensa...
Aos poucos acelerando
Os movimentos...
Rápidos, frenéticos...
E assim,
Quando mais tarde
Numa explosão sem par
Direi do amor que tive.

Imortal e incansável...

Chegando ao ápice,
Ápica loucura
Destilando
A doçura que vem
Em turbilhão...
Até que em teu êxtase
Eu refaça o caminho
E chegue em convulso delírio
À magnitude plena
Do amor que se dá sem fronteiras...
Publicado em: 23/08/2007 19:31:22
Última alteração:29/10/2008 20:33:29



ÊXTASE


Êxtases de gozos
E de sedes
Nos corpos
Saciadas
Vigorosamente
Entregues ao prazer.
Teu sexo em meu sexo
A boca ronda e avança
Teu grelo em frenesi,
Tu chupas minha glande
E grandes as vontades
Abocanhas com fúria
E lambes
Maravilhosamente...
Abrindo tuas pernas
Encontro tua xana
Umedecida
Decidida
E voraz.
Meus dedos,
Meus lábios
Línguas profanas
Sacanas e audazes.
Sorvendo cada gotícula
Espículas e espelhos.
Ficas de quatro
No quarto e no chão,
Esfaimado tesão
Enlouquecidos.
Carrosséis de vontades
Ardências, cadências
E crivos.
Cravas as unhas
Nas costas.
Cavalgas entre algas
E mares entre ondas
De prazer
Orgasmos
Misturados.
Luas flutuando
E navegando
Entrando pela janela
Lambendo teu corpo desnudo
E extasiado...
Publicado em: 13/10/2007 20:36:19
Última alteração:29/10/2008 20:07:54


ÊXTASE
A cópula perfeita, prazerosa,
Em corpos que se adentram, se misturam
Lambidas e sussurros, fogo intenso
Profanas sensações de gozo pleno.
Acenas com hormônios sem controle,
Cabelos feitos crinas soltos, leves.
Derramas as vontades e os prazeres
Roçado que eu arando, já semeio
Em seios, sondas, selvas silvos, sons,
Acordes entoando breves cantos.
Nos cantos, camas, lamas, tramas, bocas,
No vão das ocas tocas, rumos remos...
E no êxtase sublime, climas, brasas.
Desfrutas de meu corpo, a tua casa...
Publicado em: 12/06/2008 11:53:05
Última alteração:20/10/2008 21:40:55



Ao invadir teu campo de defesa
Penetro pela esquerda, vou ao fundo.
O cheiro que se emana da princesa
Permite o meu desejo mais profundo.
Se tenho que comer quero a surpresa
Do sonho mais gostoso deste mundo.
Prometo te mostrar sempre o que sou
Gritando bem baixinho: fiz um gol!!!!
Publicado em: 02/01/2008 16:09:59
Última alteração:22/10/2008 21:28:54

Exploro os teus relevos, maga deusa,
Adentro por teus vales e montanhas.
Bebendo do teu néctar me inebrio,
E estendo o meu prazer em tuas sanhas.

Lambuzas-me dos méis mais desejados,
Riscando minha pele, unhas garras,
Na noite feita orgia, com furor
Meu corpo no teu corpo imerso, agarras.

E amansas as loucuras, desvarios,
Aplacas minha sede, aporto o cais,
As pernas me prendendo e assim conténs
Qual fossem uma espécie de tenaz

E preso, não desejo a liberdade,
Cativo de teu fogo, me escravizo.
Levado neste jogo, vou feliz,
Ao verdadeiro céu, ao Paraíso...
Publicado em: 13/10/2007 11:35:29
Última alteração:13/10/2008 19:27:41

EXPLOSÃO

Aquele noite quando revelaste
O seu desejo a mim meio medrosa
Eu abracei-te e disse: minha rosa
Não temas que eu vou pôr o quanto baste

Meu falo então chupou até a haste -
Jamais esquecerei dessa gulosa -
Dizia: "vou gozar!" e tu " oh! goza!"
Então com meu esperma celebraste...

Qual vinho inebriante que transtorna
E deixa qualquer um embriagado
Querida, ao perceber prazer que é dado

E em cálice divino já se entorna
Eu vejo que gostaste no vulcão
Da lava que te dou, sofreguidão...

GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 16/08/2007 15:08:23
Última alteração:29/10/2008 20:36:39

EU...

Ócios e ossos, ofícios...
Oficio meu vazio cio,
Se não sou
Quem me dera...
Se não vou
Nada espera.
Sou
Servo
E conserva.
Sirvo de mote.
Bote e fardo.
Trote e mansidão.
Ocos os ossos, ofícios.
Cruz fixa, frouxa.
Crucifixo,
Fixos os olhos.
Bote e morte.
Naufrágios!
Sufrágios
Elegi-te
Elegia,
Letargia
E adormeço...
Publicado em: 27/09/2007 19:27:51
Última alteração:28/10/2008 14:41:31





A saudade é o que me resta
Depois de tanto sofrer,
Coração abrindo a fresta
Traz teu nome pro meu ser.

Veja estrela que nos trouxe
A guiar nossos caminhos,
Tua boca, farto doce,
No teu corpo, meus carinhos.

Venha logo que esta vida
Vai passando tão depressa,
Nossa história assim, querida
Num instante recomeça.

Vou vencendo a madrugada
Do teu lado, minha sina.
Percorrendo a mesma estrada
Tanto encanto me ilumina

E me diz de nosso amor
Que jamais terminará.
Vou colher em ti, a flor
Que sempre perfumará.
Publicado em: 24/06/2008 19:43:57
Última alteração:19/10/2008 21:28:35



Excêntrico colágeno nos une
Tu és o quelso do pental ganírico,
saltando as rimpas do fermim calério,
carpindo as caipas do furor salírio
nos rublos calos do pijon sidério.

És o bartólio no local empíreo
que ruge e passa no festão sitério,
em ticoteio do partano estíreo
rompendo as gampas do bartogenério!

Teus belos olhos que têm barlacantes
são comensúrias que carquejam lantes
nas duas pélias do pegal palônio!

São carmentórios de um carcê metálio,
de lúria e peles em que bulsa o bálio,
nas verbinláceas do pintal quelônio!

GOLBERI CHAPLIN

Excêntrico colágeno nos une
Esgarças garças toscas no caminho.
Etílica manhã verseja e pune
Deixando o velho barco já sem ninho.

Não quero ser tão crédulo ou impune,
Cunhando com cunhada este carinho.
Solfejo, pois dos versos sou imune
Cabelo quando inflama vira vinho.

No pinho, no pinhão, a moça apinha
Calote loteado: estelionato.
Fazendo deste fármaco o que tinha

A tinha só se cura com remédio.
Iguana é iguaria no meu prato,
Semitonando sempre no ré médio...
Publicado em: 15/04/2009 15:30:31
Última alteração:17/03/2010 20:49:17



Nas pernas da sereia
As ondas vão tocar...
Escamas molhadinhas...

Publicado em: 19/03/2007 11:50:20
Última alteração:28/10/2008 05:42:47



EXISTÊNCIA



Cantarei o dia.

A noite! Deixai para os poetas.

Refrão alegre ou triste,

Não sei. Quem o saberá?

Se dentro de mim moram flores e animais.



Olho o jardim da minha existência.

Quantas rosas! Quantos leões!

Umas, coloquei no colo para ninar como criança.

Outras, chafurdei em seu perfume como animal.

Irracional.


O instinto animalesco aflora

E deflora a flor.

Sem piedade avança para o jardim

E constrói o seu eu sob perfume

sem lume.




Ítalo José Mannarino
Publicado em: 20/11/2007 15:59:12
Última alteração:28/10/2008 12:18:47



Eu viajo em pensamento
Chego a ti em um segundo,
Teu carinho, um doce alento
O prazer maior do mundo!
Publicado em: 03/03/2008 22:56:09
Última alteração:22/10/2008 14:26:52


Eu levo meu carinho
Por luas que sonhei.
Preciso de pouquinho.
Amores? Quererei.
Eu quero o teu amar...

Eu canto meu destino
Nas noites do querer.
Amores de menino
Depressa irei sofrer..
Eu quero te querer...

Eu canto meu caminho,
Espero, enfim, sorrir.
Não sei viver sozinho.
Ninguém vai me impedir.
Eu quero te pedir...

Se fosses toda minha
Meu canto salvador,
Amor que se avizinha
Amor, meu grande amor.
Eu vivo por amor!
Publicado em: 30/01/2007 17:49:45
Última alteração:28/10/2008 18:25:10


EU VIVO PRA VOCÊ

Meu coração caipira
Na casa de sapê
O meu cinto é de embira
Mal aprendi a lê
Daqui ninguém me tira
Eu vivo prá você...

Vem cá moça faceira
Vem me fazer carinho
Cantando a noite inteira
Garrado no meu pinho,
Minha alma seresteira
Só canta, passarinho.

Na noite que te vejo
Na lua mais bonita
Eu sinto o seu desejo
A vida segue aflita
Te peço mais um beijo,
Se num der? Que desdita!

Pesquei no Jererê
Siri patola até,
Eu vim aqui te vê
Vem sê minha muié
Prá móde vê vancê
Andei deiz légua a pé...
Publicado em: 18/08/2007 13:23:12
Última alteração:28/10/2008 16:37:02


Eu trago, nos meus olhos, a saudade
Eu trago, nos meus olhos, a saudade,
De quem jamais devia me ausentar;
Sem ela, desconheço claridade,
Sem ela, vou buscando meu luar...

Quem dera Deus tivesse compaixão,
De quem , errou na vida sem saber.
De quem somente teve sempre não,
Como resposta hostil, sem ter por que...

Não quero mais sentir a ventania,
Roçando meus cabelos, sem ter pena.
Quisera conhecer, um novo dia,
A noite, cruelmente, faz novena...

Vencido por temer guerra e fastio,
Num último poema, tento vê-la;
Sem ela, não existo, sou vazio,
Vagando, vaga-lume, quero estrela...

O zéfiro respira, me bafeja,
Transgrido as ordens, erro sem destino;
Perdido, sigo tendo essa peleja,
Perdendo meu sentido, desatino...

Quem dera se pudesse ser criança.
De novo correria para os braços;
Daquela que pensei, triste lembrança,
Um dia cerraria tantos laços...

Mas sinto que não posso resistir,
Em vão procuro tenras mansidões.
De tudo não consigo nem pedir,
Paz renovada, lastro dos perdões...

Momento atroz , penumbra d’existência,
Cartas jogadas fora, sem valor.
Te peço, tão somente por clemência,
Quem dera conhecesses minha dor...

Quiçá, então tivesses piedade,
Num último delírio dum poeta.
A vida não seria, essa verdade
Que extermina, de forma tão completa.

Amores já os tive, e os perdi,
Retratos bolorentos do passado.
Mas amar, tal qual amo, só por ti
O meu verso entoando triste brado...

Nunca mais te terei, minha centelha
Dessa luz que transporta meu desejo.
A lágrima que escorre vai vermelha,
Da boca que sonhei com tanto pejo...

Arranco dessa rosa, seu pendão,
Espinhos vão cortando os pobres dedos.
A terra vai s’abrindo, some o chão,
Em volta, nos contornos, só meus medos...

Vencido pela angústia e pelo fado,
Meus pés vagueiam loucos por estradas.
Que nunca compartilham, mesmo lado,
Seguindo paralelas, já cansadas...

Meus mares são vazios, sem marés,
A barca dos meus sonhos naufragou.
Eu pergunto a mim mesmo, se tu és
Meu todo, me responda o que sobrou?

Vivendo sem ter rumo e sem porém,
De que me serve luta sem ter glória.
Sem ter porque viver, sem ter alguém,
Meus dias vou perdendo, na memória...

Enfim, melhor morrer se não te tenho,
De que me servem festas da natura.
As matas todas, por onde eu me embrenho,
São cadafalsos, plenos d’amargura...

Te quero tão somente por querer,
Eu te fiz minha lira e minha voz.
Procurei por alhures, mas cadê?
A noite me tragou, vida feroz...

Quem sabe num momento de ternura,
Possamos reparar o que findou.
A luz, enfim, brilhando, noite escura,
Me traga essa esperança que restou...
Publicado em: 25/08/2006 00:00:37
Última alteração:29/10/2008 12:11:15




Eu tranquei o meu passado
Nos cofres de uma ilusão,
As chaves do cadeado
Escondidas na paixão.
Publicado em: 12/08/2008 13:37:31
Última alteração:19/10/2008 19




Eu tentei fazer um verso
Eu tentei fazer um verso
Que falasse deste amor,
Coração bicho perverso
Guarda espinho e mata a flor.
Publicado em: 13/08/2008 12:21:22
Última alteração:19/10/2008 19:54:14




À prostituta mais nova
Do bairro mais velho e escuro,
Deixo os meus brincos, lavrados
Em cristal, límpido e puro...

Alda Lara – poetisa angolana.


Eu tento em testamento crer num mundo
Aonde uma esperança venha e traga,
Sanando a tão voraz, faminta draga
Que engole uma alegria em um segundo.

O corte que profana é tão profundo,
Que mesmo a carne tenra já se estraga,
Na cama, lama, a morte como paga,
De um cálice sanguíneo e bem imundo.

Porém silenciando esta criança
Precoce sensação de ser inútil,
Eu creio sendo assim que uma esperança

Moldada sem sequer a liberdade,
É quase uma miragem, leda e fútil,
Que busca salvaguarda na amizade...
Publicado em: 25/08/2007 19:56:43
Última alteração:14/10/2008 06:37:03



EU TE QUERO...
Pudesse reverter
O mundo que sonhara
Em pura fantasia
Aonde o sonho ampara
E gera uma esperança
De um dia feito em paz,
Trazendo para nós
O canto mais audaz
Perfeita serenata
Do coração em festa
Abrindo a nossa porta
Entrando pela fresta
O vento benfazejo
Imensidão e gozo,
Numa alvorada plena
De amor, maravilhoso.
Publicado em: 02/04/2008 21:27:19
Última alteração:21/10/2008 16:55:20


Deusa do asfalto
Rainha dos sonhos
Do mendigo coração.
Escultura nobre
Pária esperança
Do cobre ausente
Da dor premente
E do riso falso.

Deusa dos bares
Dos caros motéis
Meus pés calejados,
Os dentes quebrados,
Os olhos marcados
Pelas maresias.
Nas frias senzalas
Das salas do quarto
Do aborto completo,
Do quanto não tive,
Esculpido em meu peito.

Deusa das festas
Das galas e grana.
Da grama onde piso,
Do piso dos sonhos
Mergulho abissal
E morro no vento,
No tento não vingo,
No antigo cascalho
No rude retalho
Da alma vadia.
Deusa... Eu te quero.
Mas o nada espero
Senão o não veio.
Senão o não quis.
Porém sou feliz,
Pelo simples querer,
Talvez possa crer
Que um dia existi...
Publicado em: 19/11/2008 18:50:38



Eu te trago em cada verso
O meu canto enamorado
Coração que andou disperso
Bate agora apaixonado.
Publicado em: 01/03/2008 21:59:49
Última alteração:22/10/2008 13:33:41

Com teu amor querida
Sonhei na mocidade
Busquei por toda a vida
Em toda a imensidade
Agora que te encontro ao lado meu
Meus sonhos transformados em reais.
Recebo em teus carinhos meus desejos
E passo minhas noites nos teus braços...

Com tanto amor que tenho
Amor que não termina
Nesses meus versos venho
Encontrar minha sina...
A sina de te ter aqui deitada
Sonhando o mesmo sonho que sonhei
Vivendo a mesma vida que propus
Na cama em que fizemos tanto amor...

Tu sempre foste a luz
Que tanto imaginara
No espelho reproduz
Tua beleza rara...
E vejo que estou certo em te querer
E vejo que acertei neste meu sonho
E vejo que contigo eu aprendi
Nos teus braços, certeza deste amor!
Publicado em: 22/01/2007 21:58:24
Última alteração:28/10/2008 18:23:54



Eu quero o que tu queres
Auferindo cada sonho
Medonha sacanagem!
Negas o que quero
E queres meu desejo...
Batendo o coração
Em alta rotação
Fazendo do tesão
Um verso sem igual.
Mentiras e promessas
Remessas de prazer.
Nas bocas esfaimadas
As senhas descobertas
As sanhas destroçadas.
Segredos desvendados
Os véus adormecidos
No chão aguardam
A tua decisão...
Publicado em: 04/12/2007 15:49:48
Última alteração:28/10/2008 12:13:53


Avanço mar adentro
Em ondas violentas
Erguendo um dique imenso
As águas correm lentas

Abertas as comportas
As coxas, bocas, pernas,
Comportas como louca,
Em lutas cegas, ternas.

Adentro este recife,
Encaro estes corais,
Molejos nos quadris
Decerto sensuais.

Arrefecendo a força
Do imenso fogaréu
Atiço a chama, a brasa,
Sem asas vou ao céu.

Fantasmas do passando
Não rondam mais lençóis
Refaço um outro cais
Em milhares de atóis.

Atores se completam
A cama por cenário
Vagando a madrugada
Teu gozo, um estuário.

Apertamos o cerco
Em lutas desiguais
Depois que enfim me perco
Eu quero sempre mais...
Publicado em: 11/08/2007 20:17:17
Última alteração:28/10/2008 16:35:54


Se este meu cantar versejo
Com trovejo e com vontade
Meu amor é realejo
Que me deu tanta saudade.
Se te quero como queres
Se me queres como eu quero,
Nunca vão faltar talheres
No banquete que eu espero...
Na lua botei a rede
Noutro lado presa ao sol.
Deste amor morro de sede,
Sou teu louco girassol.
Sol nasceu no firmamento
Eu firmei meu coração.
Te afirmo a todo momento
Confirmo minha paixão...
Publicado em: 13/08/2007 16:39:56
Última alteração:28/10/2008 16:35:57



Bendita sacanagem
Do jeito que vier,
Nas pernas da mulher
Falar qualquer bobagem
Sangrar devagarzinho,
Roçar coxas virilhas,
Tocando de mansinho,
Achar mil maravilhas.
Depois no doce ninho
Seguir as sanhas, trilhas,
Vem logo que me assanhas
E entornas todo o caldo,
Conheço tuas manhas
E faço até rescaldo
Do leite derramado,
Da inundação de fato,
Com sede e bem safado,
Beber do teu regato,
De frente, atrás de lado,
No morro, lama ou mato,
Ouvindo o teu chamado,
Querida eu obedeço
E assim o tempo inteiro
No fogo que confesso,
Amor tão feiticeiro,
Um bis eu já te peço...
Publicado em: 29/09/2007 12:10:57
Última alteração:28/10/2008 14:34:28



Entregas que se dão sem um limite
Dos corpos que sedentos não se cansam
Da busca de um prazer extasiante,
Orgasmos que queremos já se alcançam.

Desnuda, tua pele junto à minha,
A vulva em minha boca, incendiada,
A mão vai percorrendo cada ponto
Tua umidade doce e desejada.

Sentindo teu prazer se derramando,
Meus lábios vão sugando cada gole
Que aflora desta senda sensual,
Não deixa sobrar nada, e tudo engole.

Servido de teus vinhos, me inebrio,
Tocado pelo cio insaciável,
Ardentes emoções proporcionadas,
Além do que pensara imaginável.

Eu quero cada gozo que tiveres
Nas chamas do desejo que não cessa.
Fazer-te mais feliz em cada cópula,
E podes me cobrar esta promessa.

Sou teu, isso eu não nego e te desejo,
Furores enaltecem meu querer,
Amada, eu necessito de teu corpo,
Intensa catedral feita ao prazer...
Publicado em: 12/10/2007 08:55:06
Última alteração:28/10/2008 14:15:35




Eu nunca estive distante
Desse amor que é meu sustento,
Penso em ti a todo instante,
Tua voz ouço no vento

Que me diz, ela já vem,
Eu espero em alegria,
Toda vez que chega alguém
Frustrando essa fantasia,

Eu respondo: a minha amada,
Meu amor de todo dia,
É a minha namorada,
Me aninha, essa Maria.

Que tem cheiro de pecado
E perfume de uma flor,
Eu estou apaixonado,
Venha ser o meu amor.

Meu amor nunca se engana
Tem buquê na sua boca,
Traz a vida soberana
Sem ela, minha alma louca.

Por isso nesse versinho
Digo pra te sossegar,
Tô voltando para o ninho,
Depressa: vem namorar!
Publicado em: 08/12/2007 20:56:58
Última alteração:27/10/2008 18:07:52


EU TE QUERO


Eu quero este banquete
Que guardas para mim,
Com fome e com deleite
Prazer que não tem fim,
Bebendo em tua boca
O gosto da saliva
Deixando ficar louca
A flor da sempre viva
Que encontra-se debaixo
Da saia tão rendada,
Amor eu quero um facho
Da toca bem molhada,
Deixando em alvoroço
Gostoso por demais,
Pois sei ser um colosso
O doce que me traz,
Balança doce mel,
Mexendo teus quadris
Irei decerto ao céu,
Prazer que eu sempre quis,
Rondando em carrossel
De novo quero o bis.
Amar no rela bucho
Roçar no bate coxa
Receba o meu cartucho
Eu quero a flor mais roxa
Que mostra que a paixão
Invade um coração
E deixa a sensação
De todo este tesão
Na fome insaciável,
Do jeito que quiser
Vem logo inesgotável
Vontade de mulher
Que quer tanto prazer
Sem nunca arredar pé,
De quatro ou já de quina,
Te quero amor, menina...
Publicado em: 09/01/2008 13:04:55
Última alteração:22/10/2008 19:37:36



Não temo que se torne tempestade
Inveja desta gente que maltrata,
Não sabem do que falam, mas nos ferem,
Palavra tão diversa não desata

Porém é sempre bom passar ao largo
Do povo fofoqueiro que conheço,
Depois de certe tempo vão torcendo
Pro amor já desabar, qualquer tropeço.

Mas saiba que eu te quero, e sou sincero
Jamais eu negarei o nosso amor
Que é feito dia a dia e com desejos,
Deixando para trás qualquer temor...
Publicado em: 17/05/2008 15:02:00
Última alteração:21/10/2008 15:06:16



Até parece que
meu coração
não quer reagir,
e que tudo ficou
para trás ...

Sem futuro ?? ...
(ivi)

Eu quero calor
Corpo sedutor
Que pleno de amor
Se entrega na chama
Ardendo comigo
Encontro um abrigo
Enfim eu prossigo
Contigo na cama,

Vivendo gostoso
Prazer, tanto gozo,
Teu corpo cheiroso
Carinho reclama
Vou logo querida
Razão desta vida
Que a sorte decida
Na pele que clama

Por ter verdadeiro
Desejo primeiro
No corpo trigueiro
Morena que trama
Fazer deste canto
Amor em encanto
Te quero, assim tanto
Na lama, na grama...
Publicado em: 31/03/2008 21:02:37
Última alteração:21/10/2008 20:15:26


Não quero a perfeição de quem desejo,
Na verdade isso nunca seria amor.
Não posso e nem pretendo ser censor,
Espelho que reflete e não me vejo...

Eu quero teu amor por ele mesmo,
Sem máscaras mentiras ou engodos.
Nem sempre maciez nem sempre lodos,
Erros, acertos, jogos vãos a esmo.

Não use mais disfarces, fiques nua.
O manto que te cobre não te cabe,
No fim da tarde o sol de tudo sabe
Não quero que me impeça a bela lua.

Não seja teu caminho o que mais quero.
Apenas vá, prossiga sem demora.
Um dia, com certeza tudo aflora
E o paladar terá outro tempero.

Não veja o que desejo, sou parceiro
E como tal meu brilho não te ofusca,
A vida que procuro nunca busca
Um brilho que não seja verdadeiro.

Senão, quando preciso sempre falha,
Por que não terá sido o que pensava.
Nesta hora a falsa luz que assim brilhava
Em plena escuridão, sem luz, se espalha...

Agora que te mostras mais desnuda
Eu tenho essa certeza que me ampara
Que tudo que vivemos, minha cara,
Jamais, nem mesmo o tempo, nada muda!
Publicado em: 14/09/2008 20:49:30
Última alteração:17/10/2008 13:30:45


Eu te quero
Nesta dança
Onde a lua
Nos alcança
E mostra assim
O paraíso
Dentro em mim,
Teu sorriso,
No festim
Que imaginei
Neste verso
Que sonhei
Boca e beijo
Rua e lua
Toda nua
Meu desejo
Te procura
Tanto quer
A beleza
Da mulher
Minha amada
Que eu convido
Para a dança
Nesta noite
Neste dia
Ronda o sonho
Fantasia
Vem depressa
A hora é essa
O tempo é nosso
E o colosso
Do momento
Onde posso
Ganhar vento
Todo o tempo
Que quiser.
Nunca é tarde
Sempre é dia
Vem comigo
Lua é nossa
Festa e riso
Traços, rostos,
Olhos postos
No infinito...
Publicado em: 03/06/2008 21:47:51
Última alteração:20/10/2008 20:18:03




Falar da placidez do amor profundo
Tocando a nossa pele, sensual.
Vagando por teu corpo sei do mundo
O mapa sem fronteiras, divinal.
De todas as vontades eu me inundo
E bebo gota a gota, canibal.
Devoro teus prazeres e desejos
Mergulhos nos teus gozos mais sobejos...
Publicado em: 07/07/2008 08:00:06
Última alteração:19/10/2008 21:45:10



Estendo o meu desejo
Nos braços que te enlaçam
Os sonhos coloridos
Em bocas que se caçam
Andei por tanto tempo
Em passos mais incertos
Agora eu te concebo
Caminhos vão abertos
Refeito das angústias
Dos medos insensatos
Eu quero em teus arroios,
Sentidos, ritos atos.
Estendo o meu olhar
Na busca por teus olhos
Procuro e nada vendo,
Aguardo os teus sinais
Te quero e sempre mais,
Além do que imaginas,
Se em versos não traduzo
O quanto me alucinas
Perdoe por não ser
Um vate. Que na lira
Desfila em vastidão
O quanto amor carrega.
A sorte embora cega
Agora permitiu
No calor desta entrega
O sonho mais gentil.
Vem ser minha menina,
Eu quero ser teu par
Andança não termina
Sem poder te encontrar,
Por mais que tão longínqua
Eu sinto-te por perto.
No lume das estrelas
Na prata desta lua,
Na mansidão de vales,
No brilho em cada rua.
Nas telas e cinemas,
Nos temas e jornais,
Nos lemas, meus emblemas,
Gosto de querer mais.
Vencendo os dissabores
Que a vida outrora trouxe
Bebendo dos sabores
Dos lábios, mel tão doce.
Assim nesta partilha
Minha alma se incandesce
E bebe com orgulho
Do amor que tu me deste...
Publicado em: 25/09/2008 17:46:51
Última alteração:02/10/2008 14:37:14


Eu te quero
Nesta dança
Onde a lua
Nos alcança
E mostra assim
O paraíso
Dentro em mim,
Teu sorriso,
No festim
Que imaginei
Neste verso
Que sonhei
Boca e beijo
Rua e lua
Toda nua
Meu desejo
Te procura
Tanto quer
A beleza
Da mulher
Minha amada
Que eu convido
Para a dança
Nesta noite
Neste dia
Ronda o sonho
Fantasia
Vem depressa
A hora é essa
O tempo é nosso
E o colosso
Do momento
Onde posso
Ganhar vento
Todo o tempo
Que quiser.
Nunca é tarde
Sempre é dia
Vem comigo
Lua é nossa
Festa e riso
Traços, rostos,
Olhos postos
No infinito...
Publicado em: 04/11/2008 17:08:01
Última alteração:06/11/2008 12:10:45


Eu te quero aqui comigo
Toda noite meu amor,
Teu amor é meu abrigo,
Contigo vou pr’onde for...

Eu só quero o teu carinho,
O meu desejo é só teu,
Vivo como o passarinho,
Amor-gaiola prendeu.

Eu te peço não te ausentes,
Nem me deixe mais tristonho,
Nos teus braços envolventes
Tanto amor, calor risonho...

Mas te peço minha flor,
Por favor e caridade,
Nunca minta ao seu amor,
Use só sinceridade!
Publicado em: 13/08/2007 20:53:59
Última alteração:28/10/2008 16:36:01



Eu te quero meu amor
No perfume desta flor
Levarei por onde for
A delícia de querer.
O desejo mais sincero
Tanto amor que em ti espero
Tanto bem que tanto quero
Tanta coisa por dizer...

Quero o toque sensual
Alegria, carnaval
Este amor fenomenal
Que tanto me dá prazer.
Quero o gosto que domina
Do perfume que alucina
Desta mulher tão menina,
Que adoçou o meu viver.

Quero os olhos cristalinos
Risonhos e tão femininos
Selando nossos destinos
Neste brilho, qual farol...
Quero o gosto desta boca
Meio mansa e meio louca
Deixando minha voz rouca,
Pois clareando, és meu sol!
Publicado em: 10/12/2008 16:00:24
Última alteração:06/03/2009 15:40:13



Eu te quero, meu tesouro,
O meu porto, rumo e cais,
No teu corpo ancoradouro
Destes sonhos magistrais..
Publicado em: 03/03/2008 22:30:55
Última alteração:22/10/2008 14:24:35

Como dizer que te amo, se receio
Que zombes deste amor que me amargura?
Não sei dizer também o quanto odeio
A indecisão atroz que me tortura!

Em teu olhar há sonhos de ventura,
E sinto que há segredos que não leio!
Mas sei que vou perdendo, na procura,
O tempo de te amar, que há muito veio!

Não percebes, porém o quanto quero,
Oferecer-te este amor e enquanto espero,
O que fazer não sei, para esquecer-te!

No coração carrego as cicatrizes
Destes meus dias tristes, infelizes,
Pelo medo que tenho de perder-te...

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 28/08/2008 12:34:19
Última alteração:17/10/2008 14:22:47



Quero em teus braços querida,
Depois do amor, o descanso,
Todo o bem que tem na vida,
Do teu lado eu sei que alcanço.

Não me canso de dizer
Deste amor que tenho em mim,
Nosso sonho, o teu prazer,
Faz da gente querubim.

Nós seremos mais felizes
Se voltares para cá,
Perdoando os meus deslizes,
Nossa estrela brilhará.

Esquecendo que deixamos
O caminho mais perfeito,
Relembrando quando amamos,
Na fogueira deste leito.

Quando ouvires o que digo
Com certeza, meu amor,
Refazendo o nosso abrigo,
Alegria a recompor.

Tu verás quanto eu te quero,
E terás em meu sorriso,
Muito mais do que eu espero
Os portais do paraíso!
Publicado em: 06/10/2007 16:46:21
Última alteração:28/10/2008 14:12:34



Eu te quero, desejo de vida,
Meu amor, minha paz, minha fé.
Vou buscar o meu sonho, querida,
Vou voando, de barco ou a pé.

Eu te sinto na noite, no vento,
Eu preciso fazer-te feliz
Já não quero saber sofrimento
Num momento delícias te quis.

No teu rosto pintado a pincel
Pelo deus que te fez meu amor,
Sou teu homem, teu sonho, um corcel,
Nosso campo repleto de flor...

Eu te peço de novo esperança
De viver sem saber da saudade.
Se tramamos eterna aliança
Precisamos amar de verdade.

Vou buscando as estrelas mais belas
Pra fazer o cenário perfeito,
Nas delícias, prazeres; revelas
Nosso amor nesse amor satisfeito...
Publicado em: 14/02/2007 16:02:12
Última alteração:28/10/2008 18:05:45




Clareia a saga imensa desta trama
Que chama para a saga imensa cama
Imersa nessa saga não sossega
E canto em tuas pernas meu louvor.
De ser o que quisera ser quem sou
Apenas o silêncio representa
A cor que de uma esperança que restou.
Mas queimo na fornalha do desejo
Embrenho em tua mata o meu cansaço.
Morena se tu queres meu abraço
Vem logo que o calor já aumentou.
E beijo tua boca saga boa
Imerso em tuas pernas, vem garoa...
Publicado em: 04/04/2007 09:59:35
Última alteração:28/10/2008 17:07:14


Não permita que a dor já nos destrua
Desnudando a verdade posta nua
Caminhando sozinho sem ter nexo,
Vou vivendo no amor desejo e sexo,
Sentimento confuso e tão complexo.

Nessa boca que cospe quando ri
Todo o sonho que tinha eu já perdi
Na distância precoce incoerente
Que veio me sangrar tão de repente
Cravando na esperança cada dente.

Mas te quero do jeito que vier
Sorrateira nas manhas de mulher
Enlouquecem machucam, tanto faz
Eu só sei que te quero amor demais,
Ninguém faz mais gostoso e quero mais!
Publicado em: 06/04/2007 11:02:02
Última alteração:28/10/2008 17:20:37



Minhas mãos espalmadas em teus seios,
Anseios que se encontram, méis e risos,
Precisos os meus dedos te vasculham,
Osculam tuas bocas, língua e lábios
Sábios movimentos dos quadris,
Feliz ancoradouro que encontrei,
Sonhei a vida inteira ser teu homem
Na fome que se entorna, tão orgástica.
Nas rústicas taperas, nos palácios
Os ócios são contidos sem espanto,
E canto, quanto tanto quis assim,
Carmim em fonte airosa e prazerosa
Gozando das rosáceas que adivinho
No ninho em que entranharam minhas mãos...
Publicado em: 18/09/2007 18:45:46
Última alteração:28/10/2008 16:40:46


Quem tantas vezes em sonhos me deixou,
Distante da emoção, sem companhia,
Aos poucos meu caminho dardejou
Com toda a sensação voraz e fria
De quem, eu reconheço, nunca amou,
E sei que na verdade não queria
Amor que em sua senda alumiasse
Nem colo onde esperança repousasse..
Publicado em: 18/10/2007 19:44:56
Última alteração:28/10/2008 14:13:25



Não faça alarde, peço-te querida,
O nosso amor precisa desta paz.
Acalentando manso este menino,
Decerto crescerá mais calmamente.
Mas deixe a vizinhança fora disso,
A parentada então... eu nem te conto.
Não deixe que ele acorde e se assustando
Depressa, pelos céus siga voando
Alçando outros caminhos mais distantes.
Pois chamando atenção, eu te garanto
Que toda a passarada vai querer
Comer do alpiste da alma que me trazes.

Sobre poema de Mário Quintana
Publicado em: 16/11/2007 19:22:33
Última alteração:28/10/2008 12:54:03




Eu quero o que tu queres
Auferindo cada sonho
Medonha sacanagem!
Negas o que quero
E queres meu desejo...
Batendo o coração
Em alta rotação
Fazendo do tesão
Um verso sem igual.
Mentiras e promessas
Remessas de prazer.
Nas bocas esfaimadas
As senhas descobertas
As sanhas destroçadas.
Segredos desvendados
Os véus adormecidos
No chão aguardam
A tua decisão...
Publicado em: 04/12/2007 15:49:48
Última alteração:28/10/2008 12:13:53



Avanço mar adentro
Em ondas violentas
Erguendo um dique imenso
As águas correm lentas

Abertas as comportas
As coxas, bocas, pernas,
Comportas como louca,
Em lutas cegas, ternas.

Adentro este recife,
Encaro estes corais,
Molejos nos quadris
Decerto sensuais.

Arrefecendo a força
Do imenso fogaréu
Atiço a chama, a brasa,
Sem asas vou ao céu.

Fantasmas do passando
Não rondam mais lençóis
Refaço um outro cais
Em milhares de atóis.

Atores se completam
A cama por cenário
Vagando a madrugada
Teu gozo, um estuário.

Apertamos o cerco
Em lutas desiguais
Depois que enfim me perco
Eu quero sempre mais...
Publicado em: 11/08/2007 20:17:17
Última alteração:28/10/2008 16:35:54



Se este meu cantar versejo
Com trovejo e com vontade
Meu amor é realejo
Que me deu tanta saudade.
Se te quero como queres
Se me queres como eu quero,
Nunca vão faltar talheres
No banquete que eu espero...
Na lua botei a rede
Noutro lado presa ao sol.
Deste amor morro de sede,
Sou teu louco girassol.
Sol nasceu no firmamento
Eu firmei meu coração.
Te afirmo a todo momento
Confirmo minha paixão...
Publicado em: 13/08/2007 16:39:56
Última alteração:28/10/2008 16:35:57



EU TE QUERO
Não quero a perfeição de quem desejo,
Na verdade isso nunca seria amor.
Não posso e nem pretendo ser censor,
Espelho que reflete e não me vejo...

Eu quero teu amor por ele mesmo,
Sem máscaras mentiras ou engodos.
Nem sempre maciez nem sempre lodos,
Erros, acertos, jogos vãos a esmo.

Não use mais disfarces, fiques nua.
O manto que te cobre não te cabe,
No fim da tarde o sol de tudo sabe
Não quero que me impeça a bela lua.

Não seja teu caminho o que mais quero.
Apenas vá, prossiga sem demora.
Um dia, com certeza tudo aflora
E o paladar terá outro tempero.

Não veja o que desejo, sou parceiro
E como tal meu brilho não te ofusca,
A vida que procuro nunca busca
Um brilho que não seja verdadeiro.

Senão, quando preciso sempre falha,
Por que não terá sido o que pensava.
Nesta hora a falsa luz que assim brilhava
Em plena escuridão, sem luz, se espalha...

Agora que te mostras mais desnuda
Eu tenho essa certeza que me ampara
Que tudo que vivemos, minha cara,
Jamais, nem mesmo o tempo, nada muda!
Publicado em: 14/09/2008 20:49:30
Última alteração:17/10/2008 13:30:45




Tanto amor tive na vida
Que a saudade já se cansa
Tanta paixão foi perdida,
Já não sei com quem se dança.

Destas bocas que eu beijei,
Dos carinhos que já fiz,
Mil amores encontrei,
Na verdade eu fui feliz.

Mas depois de tanto tempo
Eu achei meu rumo e norte,
Não é mais um passatempo,
Este amor falou mais forte.

Vem comigo, vem morena,
Vamos seguir o caminho
Que o amor bendito acena,
Venha cá para o meu ninho.

Passarinho troca as penas,
Coração bate no peito,
Não te quero assim apenas
Complemento do meu leito.
Publicado em: 02/10/2007 18:05:17


Fonte
Suprema fonte de todos os meus sonhos!
Suprema fonte! Como te quero...
Das tramas que fomos,
Somos uma só fonte.
Publicado em: 01/10/2008 17:34:42
Última alteração:02/10/2008 13:46:59



Amor ardente. Quanto nos ensina!
Na pele bronzeada da menina
Desejo de poder ser o seu sol.

Na nossa ilha deserta, nessa areia,
Nos braços dessa bela lua cheia
Quietinhos na delícia deste atol.

Na flor do meu desejo, estar do lado,
Na praia, em nosso sonho e no cerrado,
Vivendo nosso amor, enfim, em paz.

Depois dos nossos beijos tão melados,
E todos os desejos saciados,
O vento tão gostoso, a noite traz..

Por mais que nossa vida seja breve
Que o canto deste amor sempre nos leve
À ilha desejada neste sonho...

Morena, esta delícia já se acena
Por isso, nosso amor que vale a pena
Com todo o meu carinho, te proponho...
Publicado em: 21/09/2008 20:24:29
Última alteração:02/10/2008 20:22:10



Nos canteiros da esperança
Eu plantei meu bem querer,
Na alegria que se alcança
Dá vontade de viver.

Belas rosas perfumadas,
Ofereço pra você,
Nestas manhãs orvalhadas,
Lhe procuro, mas cadê?

Quem me dera um passarinho
Que cantasse nosso amor,
Nunca mais andar sozinho,
Cada passo, encantador.

Minha boca te procura,
Os meus lábios querem beijos,
Tanto amor, tanta ternura,
Vem matar os meus desejos!


Nos olhos desta deusa uma ternura
Que sinto se esparrama sobre mim,
Bebendo deste amor, que com fartura
Floresce mavioso em meu jardim,
Sentindo a mão suave da candura
E o gosto desta boca carmesim,
Sem pejos eu adentro ao paraíso,
No toque mais sereno e mais preciso...






Estou dentro de ti
Adentro os teus caminhos
Achando eu me perdi,
Em loucos descaminhos,
Vencendo os teus temores
Pudores e receios,
Embarco meus amores,
Nos olhos, boca e seios,
Recendes ao prazer
Que nada mais importa
A vida a refazer
O sonho em que se aporta
O mundo em doce intenso
Delícias méis e risos,
Amor que sei imenso
Imanta os paraísos
E vamos vida afora
Agora e sempre mais
A vida rememora
Desejo imenso cais
Que é feito no torpor
De um toque benfazejo
Em ato, pleno amor,
Deságuo o meu desejo...





Tanto bem que já te quero,
Neste canto em que te espero,
Companheira amada amante,
Vou vibrando de alegria,
Coração a cada instante
Desfilando a fantasia

De este dia que virá
E de novo raiará
O sol mais belo que existe
Nesta praia tropical
Meu coração que foi triste
Já fazendo um carnaval

Quando sente que tu vens
E trazendo tantos bens
De emoção e de querer,
Pois durante a minha vida,
Tantas vezes quis dizer:
Tão somente: amor, querida!





eu te quero audaciosa,
venha ser minha mulher
minha prenda mais formosa
seja lá o que Deus quiser!
Publicado em: 03/03/2008 21:49:17
Última alteração:22/10/2008 14:18:28


EU TE QUERO BEM
Mesmo que a tristeza venha
Disfarçada num sorriso,
Amizade é santa senha
De entrada pro paraíso...

Não se deixe transportar
Pelas lágrimas da vida.
Em ti mesma vais achar
Toda esperança perdida.

Se te falo com ternura,
Ouça aqui, te quero bem,
Mesmo na noite escura
Toda claridade vem.

Amanhã traz novo sol,
Na manhã de novo amor.
Esperança girassol,
Vai girando a bela flor.

No teu peito, um helianto
Que não cansa de girar
Meu amor, maior encanto
Só se encontra quando amar...
Publicado em: 11/09/2008 17:57:41
Última alteração:17/10/2008 14:56:52




Boto a rede na varanda
Violão clamando à lua,
Nosso amor, doce ciranda
Toda noite continua
Coração pesa de banda
Quando te vê toda nua...
Publicado em: 14/05/2008 19:45:18
Última alteração:21/10/2008 14:42:11



Eu te quero do jeitinho
Que nasceste meu amor
Decorar cada caminho
Sem espinho, linda flor...
Publicado em: 20/08/2008 19:48:18
Última alteração:19/10/2008 20:26:35


Eu te quero e nunca nego,
Teu amor, teu bem querer,
Sem teus olhos ando cego,
No amor não tem merecer!
Publicado em: 03/03/2008 19:35:25
Última alteração:22/10/2008 14:05:02


Eu te quero e te desejo
Toda minha, bela prenda,
Nossa noite em tanto beijo
Mil segredos já desvenda...
Publicado em: 03/03/2008 22:27:24
Última alteração:22/10/2008 14:23:49


Eu te quero no meu colo,
Vem comigo, vem ninar,
Neste amor eu me consolo
Deixo a tristeza pra lá...
Publicado em: 03/03/2008 22:19:29
Última alteração:22/10/2008 14:22:14


Eu te quero para mim,
Moça bonita e faceira
A rainha do jardim,
Venha ser minha roseira!
Publicado em: 02/03/2008 09:35:14
Última alteração:22/10/2008 13:45:48




Te voglio bene assaie
Ma tanto, tanto bene sai
E una catena ormai
Che scioglie il sangue dint' e vene sai

Vide le luci in mezzo al mare pensò alle notti là in america
Ma erano solo le lampare e la vianca scia di un elica
Senti il dolore nella musica e si alzò dal pianforte
Ma quando vide uscire
La luna da una nuvola
Gli sembro più dolce anche la morte
Guardò negli occhi la ragazza quegli occhi verdi come il mare
Poi all'improvviso uscì una lacrima e lui credette di affogare

LUCIO DALLA


Eu te quero tanto, amada minha,
Meu sangue vai correndo em tua veia,
Meu corpo no teu corpo já se aninha
Formamos elos de uma só cadeia.

A lua se aproxima e sobre o mar
Trazendo o verde imenso de teus olhos,
Permite num momento imaginar
As flores de um jardim em belos molhos.

Na lágrima que escorre, uma saudade
Do amor que já se foi e não voltou.
O sonho dá lugar à realidade
E tudo que eu quisera, o mar levou.

Deixando tão somente um velho canto
Trazendo este estribilho: EU TE AMO TANTO!
Publicado em: 09/12/2007 21:15:20
Última alteração:10/10/2008 09:04:23



Distantes os meus olhos te procuram
Ao ver tanta beleza te emolduram
E guardo esta lembrança dentro da alma.

Daquela que imagino me redima
Das dores que vivi sem ter estima,
Da noite que levou toda essa calma.

Eu vejo imaculada esta esperança
De ter uma alegria de criança
Brincando no play ground da ilusão.

Não vejo outra saída em minha vida,
Senão esta aliança enfim cumprida
Entre a razão e toda essa emoção.

Carrego o sentimento mais profundo,
De amor maior que tenho neste mundo,
Do canto que te quero oferecer.

Eu quero eternidade num momento,
Vivendo todo amor sem ter lamento,
Nos braços deste amor, meu bem querer...
Publicado em: 24/02/2007 15:53:41
Última alteração:28/10/2008 18:08:58


Eu te quero, não discuto,
Coração vai disparado.
O vento que bate bruto,
Deixa o tempo assim nublado.

Mas não tema a tempestade
Pois terás o colo meu,
O carinho é de verdade,
E este canto é todo teu.

Venha logo, assim, querida,
Que eu te quero uma menina,
Na mulher doce atrevida,
Que de noite me alucina.

No meu colo, uma fogueira,
No teu corpo, brasa pura,
Nesta chama já me queira
Com desejo e com ternura.

No teu corpo, o meu altar,
Tua boca me sacia
Aprendendo o que é amar,
Vou singrando a fantasia.

Tua pele sobre a minha,
Na nudez tão desejada,
A minha alma que se aninha
Quer a tua, tatuada.

Venha ser o que tu queres,
A menina ou a mulher,
Da maneira que quiseres,
E do jeito que eu puder...
Publicado em: 22/09/2008 16:44:28
Última alteração:02/10/2008 19:35:28




Eu te quero toda minha,
Não me canso de falar,
Meu amor em ti se aninha,
Minha vida é só te amar...
Publicado em: 19/12/2009 19:39:30
Última alteração:16/03/2010 09:55:29


Eu te peço alegria deste canto
Que nunca mais se cale essa esperança
Trazendo todo esse encanto
Qual meu sonho de criança.

Eu te peço perdão pelos meus sonhos
Eles são soberanos, coração.
Vindos d’alma são risonhos
E plenos de uma emoção...

Eu te peço querida, por luares
Pelos olores todos desta flor.
Invadindo tantos mares,
Conhecendo, em ti, amor...
Publicado em: 31/12/2006 21:29:05
Última alteração:28/10/2008 19:10:00


Do jeito que vier
Sem ter sequer defeito
Maravilha de mulher
Que deitada no meu leito
Tem de tudo o que quiser
Nosso amor sendo perfeito
Faz banquete e traz talher.

Tua boca delicada
Que fartura de prazer,
Toda noite ou madrugada
Nos teus braços me perder,

Estrelas
Tão belas
Acesas
Incêndios
Momentos
De luz.

Tua pele menina
Tem o cheiro do jasmim,
Toda noite me alucina,
Vem florir o meu jardim.

Bebo a sorte e de contente
Não me canso de falar,
Nosso amor meu aguardente
Meu desejo vou brindar.

Estrelas
Tão belas
Acesas
Incêndios
Momentos
De luz.

Faço versos, sou poeta
E te quero todo dia,
Teu prazer é minha meta
O teu gozo uma alegria,

Venha logo que esta festa
Já não quer mais esperar,
Quando amor se desembesta
Não dá mais pra segurar...

Estrelas
Tão belas
Acesas
Incêndios
Momentos
De luz...
Publicado em: 30/07/2008 14:00:30
Última alteração:19/10/2008 21:58:05




Fantasmas do que fomos, já se foram,
Deixaram tão somente esta alegria,
Desejos maviosos que se afloram
Formando aos nossos olhos fantasia
Tomados pelas luzes que decoram
Sabemos decifrar esta alquimia
Do amor que com certeza mostrará
O rumo em que essa estrela brilhará...

Publicado em: 01/04/2008 21:07:38
Última alteração:21/10/2008 16:48:03

Escuto um leve sopro qual brisa incessante
Tocando levemente em meus ouvidos
Não consigo explicação.
O que seria?
No toque inexplicável,
Da brisa em meus cabelos,
Toda a eternidade...
Relembro meu passado,
Os tempos mais felizes.
E me deixo levar pelo som
Tão delicado desta brisa
Sobre as folhas que restaram
No outono que se abate.
Um perfume suave, de flores que se abrem...
A voz de uma princesa,
No castelo dos sonhos,
Chegando mansamente...
Ecoa no meu peito,
Com mágica esperança.
O vento, o perfume, o canto, a voz;
No silêncio absoluto
Em que a tarde cai,
Fazem com que esse outono
Reviva a primavera,
E traga toda a esperança
Perdida, já faz tempo...
Publicado em: 17/09/2008 20:56:57
Última alteração:17/10/2008 13:57:44


eu te amooooooooooooooooooooo
Se tantas vezes luto, agora festa,
Meus dias vagabundo, agora canto..
Nas horas mais difíceis foste fresta
Nos dias sofredores, meu encanto.

Buscando tuas mãos, encontrei fada.
As marcas do destino nunca saem.
Que bom estar contigo, minha amada,
Os meus olhos sorrindo não me traem..

Querida companheira estou contigo,
Em todos os momentos desta vida.
A curva do caminho traz perigo,
Na curva do teu corpo, distraída,

Derrapo meus sentidos, perco o chão.
Não deixe que se acabe o sentimento,
Amor que não precisa de perdão,
É livre passarinho, solto ao vento...

Vestido de esperanças te procuro,
Encontro um verde prado a me esperar,
Dos males deste mundo, já me curo,
O rumo dos meus olhos, teu olhar...

Menina sei por certo nossos rios,
Deságuam no oceano deste amor...
Não deixe que meus sonhos sempre esguios,
Nas ilusões te traga meu pavor...

Nas noites que lutamos, sem espadas,
As bocas nos servindo de punhais...
São noites mais difíceis, pois geladas,
As ruas vão sonhando seus metais...

Nos cantos desta noite, retratadas,
As dores que se tornam desleais;
Navegam procurando a madrugada.
Por vezes nos amamos, canibais...

Não deixe que se chegue indiferença
Preciso de teus braços p’ra nadar.
Amar quem só recebe recompensa,
É simplesmente troca, sem amar...

Amores que vivemos são tão raros,
Nas noites mais difíceis, aquecer...
Os vasos conservamos, pois são caros,
Assim como é querido o bom viver...

Tua beleza intensa faz feliz,
Viver tuas promessas, me faz rei...
Na cama minha intensa meretriz,
Nas ruas minha dama, disso eu sei...

Morrer ao lado teu. Ó quem me dera!
Viver as fantasias dolorosas...
Nas curvas do teu corpo, primavera,
As tuas mãos sedentas, carinhosas...

Belezas sem igual, ninguém mais tece,
Da forma que forjaram, resta nada...
Amar-te se tornou a minha prece.
Nunca te deixarei abandonada...

Meus olhos esquecidos sem descanso
A musa que me inspira, com certeza,
Promete-me viver doce remanso...
Castelos dos meus sonhos, realeza...

Não deixe que termine nosso caso,
Não quero mais viver sem teu perdão...
A vida sem te ter, me leva: ocaso,
Mas quando junto a ti: é solução!

Menina me ninando teu carinho,
Na rede descansando nossos beijos...
Libertos encontrando um manso ninho,
A vida se renova, nos lampejos.

Musa, minha rainha e minha amada,
Princesa que me fez um sonhador.
Escuta esta canção apaixonada
É feita da verdade deste amo
Publicado em: 04/09/2008 12:48:32
Última alteração:17/10/2008 14:31:07



Quando eu conheci Serena,
Num galope a beira mar,
Aquela bela morena,
Tinha tudo pra encantar,
Coração bate, dá pena,
Dá vontade de chorar,
Nunca mais poder cantar
Num galope a beira mar...

Serena foi minha vida,
A razão do meu viver,
Tanta dor já tão sentida,
Sem vontade de sofrer,
Eta vida mais sofrida,
Não cansa mais de doer,
Viola canta, luar...
Num galope a beira mar...

Minha voz anda cansada,
Cansada de tanto pedir,
Minha moda vai cantada,
Cantada móde sentir,
A viola enluarada,
Que canta quase a carpir,
Tanta coisa, sem parar,
Num galope a beira mar...

Levei Serena pra casa,
Como manda o coração,
Tanto casa, quanto embrasa,
O luar do meu sertão,
Meu amor quando se atrasa,
É problema e solução.
Como era belo sonhar
Num galope a beira mar...

Com Serena tive filho,
Dois ou três se não me engano,
Do amor seguindo o trilho,
Passa dia, mês e ano,
Mas o tempo tem gatilho,
Detonando tanto plano.
Nunca mais vou esperar
Num galope a beira mar...

O amor, de maravilha,
Transformado na tristeza,
Na promessa dessa ilha,
No meio dessa beleza,
Toda dor vem de matilha,
Acabando a realeza.
Tanta coisa pra contar
Num galope a beira mar...

Serena foi assassina,
Do que belo, tinha em mim,
Maltratando minha sina,
Fazendo tão trist’assim
Tanta dor que desatina,
Do amor, foi meu Caim.
Me matando, devagar,
Num galope a beira mar...

São tristezas, duras penas,
Têm o gosto da mortalha,
Só pedia a Deus, apenas,
Outro tipo de cangalha,
Noites mansas, mais amenas,
Na minha casa de palha.
Poder sonhar com meu lar,
Num galope a beira mar...

Já cantei minha verdade,
Fiz meus versos sem vergonha,
Procurei felicidade,
Que é coisa que se sonha,
Pelo campo ou na cidade,
Não é coisa medonha.
É meu direito tentar,
Num galope a beira mar...

O veneno em minha veia,
Corre solto, vai matando,
Essa aranha fez a teia,
Minha vida foi sugando,
Minha carne foi a ceia,
Ela foi me envenenando.
Até conseguir sangrar,
Num galope a beira mar...

Quando vi nos seus olhinhos,
Verdes olhos cor de mata;
Percebi que seus carinhos,
Me diziam, ser ingrata,
Aquela por quem meus ninhos
Sonhavam amor em cascata,
Nunca mais eu vou cantar,
Num galope a beira mar...
Publicado em: 01/10/2008 20:56:12
Última alteração:02/10/2008 13:44:12

EU TE BEIJO /

É hora
Te beijo
Desejo
Agora!

O fogo
Deixemos
Ao menos
No jogo

Que logo
Faremos
Joguemos
Sem rogo

Em cio
Vadio...

GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 10/09/2007 21:23:29
Última alteração:04/11/2008 18:36:06

Eu te dei minha saudade
Não gostaste do presente
Achou que foi crueldade?
Teu coração que rebente!
Publicado em: 11/11/2006 10:19:29
Última alteração:30/10/2008 10:46:24


Eu te dou mais que beijinhos,
Se quiseres meu amor,
Nossa chama com carinhos
Bota fogo, sim senhor!
Publicado em: 03/03/2008 20:29:39
Última alteração:22/10/2008 14:12:06



Eu te dou minha varanda

Eu te dou minha emoção

Vem logo meu amor, anda;

Pois é teu meu coração...
Publicado em: 23/10/2008 11:27:27


Eu te dou tanto carinho
Com certeza, o tempo inteiro,
A princesa no meu ninho
Faz do sonho, verdadeiro...
Publicado em: 03/03/2008 22:24:52
Última alteração:22/10/2008 14:23:23

Eu te garanto querida,
Que adoro ser carinhoso
A melhor coisa da vida,
Namorar é tão gostoso...
Publicado em: 03/03/2008 23:17:22
Última alteração:22/10/2008 14:25:37

Eu te juro não queria
Magoar teu coração,
Tanto amor, tanta alegria
Não passou de uma ilusão...
Publicado em: 07/08/2008 15:19:21
Última alteração:19/10/2008 22:19:32


Eu te mando com certeza
Lá de Minas o queijim,
Mas amor de sobremesa
Quero tintim por tintim...
Publicado em: 04/03/2008 22:18:37
Última alteração:22/10/2008 15:08:14


Meu amor aqui tão só,
Espero por teu carinho;
Canta triste curió,
Tenta fazer o seu ninho...

No cantar duma graúna,
Encontrei meu bem querer;
É forte como braúna,
O meu amor é você!

Na viola canto primas,
Minhas primas, vou cantar;
Vou brincando com as rimas,
‘Té o tio reclamar!

Sei o gosto da tristeza,
Agostos quase setembro;
Maria foi a beleza,
Que eu encontrei em dezembro...

As marcas do meu passado,
Ficaram no que vivi;
Meu amor foi encontrado,
Jogado no CTI...

Amor que me traz saudade;
Isso digo, e ponho fé,
Doce coceira que arde,
Parece bicho de pé...
Publicado em: 16/09/2008 15:28:50
Última alteração:17/10/2008 13:49:42

Alvo vinha veloz alvorecer...
Beijo, embarco na bela doce boca...
Encontro a mansidão na voz tão rouca.
Adoço o sonho, quem me dera ter!
Não sei se sabes sinto não saber,
Aportei portos pútridos. Espoca
O meu medo, penedo a percorrer.
Meu trabalho foi falho, fel desloca!

O rombo dos arroubos foi rebento.
O traço dos meus passos foi errado.
Varais, vestidos, vértices do vento...
Tua seminudez, doce tormento
T'as pernas meus desejos embaraço
E danço em verdadeira sincronia
Vencido pelo gozo risco um traço
E canto em teu prazer, minha alegria...
Publicado em: 31/10/2008 14:52:39
Última alteração:02/11/2008 20:26:12

Joguei todos os sonhos no estuário
Que percorre teus vales e montanhas...
As flores que colhi do mostruário,
Perfumam essas costas onde lanhas...
Não posso me livrar do teu cenário,
Nem posso achar amores nas entranhas.
Meu outubro ou outono passa hilário.
Carcomendo bastardos terços, banhas...

Quando partiste, morto, me deixaste!
Nas profundezas da alma, tais relíquias...
Nos dedos, dolorosas paroníquias...
Na vida que me roubas, mergulhaste.
Não quero conhecer os teus defeitos.
Somente irei dormir meus vários leitos
Buscando esse perfume que levaste
E as sombras divinais destes teus peitos.
Não sei se encontrei depois da curva
Que corta esse riacho da saudade.
Só sinto que te amei, foi de verdade,
Aguardo, simplesmente, o fim da chuva
Para poder achar sonhos e flores
Nas camas onde fomos mais felizes.
As cópias dos amores, sem matrizes,
Trazendo, nos prazeres, tantas dores!
Publicado em: 04/11/2008 20:59:46
Última alteração:06/11/2008 11:58:28



Minha esperança morreu
Na curva de teu desejo
Minha vida virou breu
Onde encontrarei teu beijo?
Minha pobre alma, avezinha
Agora canta sozinha...

Me recordo de teu beijo,
Nas sombras dessa mangueira
O que fazer do desejo
Te esperei a vida inteira...
Hoje meu amor findou,
Me responde o quê que sou?

Meu jardim já não tem flores,
Cadê a flor do desejo?
Onde estão nossos amores,
Morreram... Faltou teu beijo,
A lembrança traz saudade
Teu amor quis liberdade!

Meu passarinho voou
Da gaiola já fugiu
Pouca coisa ele deixou
Tanta dor ele pariu...
Amor me dê o teu beijo,
Vem matar o meu desejo...

Não deixaste nem meu sonho,
Nas estradas vou sozinho,
O meu barco, aonde eu ponho?
Eu já morri, passarinho...
Amor me dê o teu beijo,
Vem matar o meu desejo...
Publicado em: 01/10/2007 13:44:52
Última alteração:28/10/2008 14:35:55


Banhando o lindo seio em minhas águas,
A bela criatura não sabia
Que em braços destas braças minhas rias
As lágrimas corriam, minhas mágoas...

Vertido neste rio que, em cascatas,
Amor não permitiu felicidade,
Ao ver a triste chama da saudade
Em meio a minhas dores fluo em matas.

Depois desses milênios solitário,
Revejo uma esperança na nudez
Nos carinhos que faço em bela tez
Nos beijos que transbordo, temerário...

Em meio a meu desejo temo enchente
Embora se secarem os meus olhos,
Alegrias vertendo, como em molhos
Talvez do triste rio, vire gente.

E abrace tão formosa criatura
Fazendo destas luas novos trilhos,
Das lágrimas nascendo nossos filhos,
Minha alma verterá água tão pura...
Publicado em: 11/12/2008 15:14:40
Última alteração:06/03/2009 15:37:51


No passo sempre firme deste sonho,
Vagando na amplidão, cada momento,
Num canto mais preciso eu te proponho
A força mais tenaz de um sentimento,
Que possa transbordar em mar risonho,
Trazendo para a vida um manso vento.

Tocado pela força deste vento
A cada noite sempre mais eu sonho
Um sonho assim gostoso e tão risonho
Valorizando enfim cada momento
Tramando a paz em pleno sentimento
Sabendo quanto eu quero e te proponho.

Amor que concebendo amor, proponho
Espalha esta cantiga pelo vento
Formando o mais sublime sentimento
Forrando em cada noite um raro sonho,
Não quero o teu amor por um momento
Além da eternidade irei risonho.

Meu mundo nascerá então risonho,
E neste amanhecer sempre proponho
Eternidade a cada bom momento,
Palavras são levadas pelo vento
Amor em perfeição é simples sonho,
Porém jamais neguei meu sentimento.

O quanto que me importa o sentimento
Decerto mais feliz, vivo risonho
Sabendo usufruir de cada sonho.
Amada quero mais e te proponho
Beber intensamente o forte vento
Que chega à nossa vida num momento.

Espero ansiosamente este momento
Quando aflorar intenso o sentimento
Numa explosão divina feita em vento
No vendaval do amor sacro e risonho
Loucuras divinais; a ti proponho
Podendo mergulhar em cada sonho.

Não digo ser um sonho, este momento
É mais do que proponho, é sentimento.
Meu coração risonho entregue ao vento...
Publicado em: 08/01/2009 18:05:12
Última alteração:06/03/2009 11:44:09

É preciso que a saudade chegue
E trague novamente o teu sorriso
Perdido nas estradas do passado.
É como se eu pudesse renascer
A cada vez que me recordo
Dos cabelos castanhos, da pele castanha
E da castanha dos olhos esverdeados.
Verde que se perdeu na primeira seca,
Amarelado pelo tempo,
E revivido em rubra chama
Pela saudade imensa.
Publicado em: 13/02/2009 13:26:14
Última alteração:06/03/2009 06:38:49



Eu te amo não somente
Pelos olhos, pele e boca
Pelo perfume que emanas
Por teu corpo tão perfeito.
Pelo jeito carinhoso
Pelo gozo que me dás
Pela paz que me transmites
Pelos ritos sensuais.
Pelo cais que em ti encontro
Pelo ponto de partida
Pela vida na chegada
Pela luz anunciada
Da manhã que me trarás.
Eu te amo, simplesmente
Por amar e nada mais.
Amar o teu amor
Amar por ser amor.
Tão somente sem jamais
Esperar a recompensa
Que talvez nunca virá
Ou quem sabe até já veio
Na beleza de teu seio
No conforto do regaço,
Nos teus risos pela casa,
Nesta brasa que incendeia
E que acalma se preciso.
Se existir um Paraíso
Eu decerto o descobri
Desde o dia em que, querida,
Me entreguei, inteiro a ti...
Publicado em: 14/08/2008 10:16:40
Última alteração:19/10/2008 20:08:12


Amor
Beijos
Ferozes
E felizes
Entranhas
Descobertas
Aberto
O peito.
Do jeito
Mais audaz
Que for capaz
De ter
Prazer e gozo,
Riso solto.
A noite
Sem açoite
Simples vento
Batendo
Nas janelas
Nos umbrais
Nus corpos
Copos, copas
Roupas
Soltas.
Vontades
De querer
Sempre demais.
Assim
Ao conceber
Beber teu vinho,
Que traz
Embriagues
E enfim vicia,
Fazendo
De nós mesmo
Sinfonias
Que varam
Noite afora,
Ensandecem,
As bocas
Se procuram
E se mostram
Escancaradamente
Bem dispostas.
As costas
Descobertas,
Pernas, coxas.

Roçando
E se tocando
O tempo inteiro.
Tramando
Um verdadeiro
Paraíso...


Publicado em: 15/08/2008 15:13:34
Última alteração:19/10/2008 20:14:47



Somamos sem somenos somos mais
Nos somas e nas somas, multiplico.
Amores e carinhos informais
Num sentimento nobre que é tão rico
Moldando assim, futuro que se espera
Do amor que se fez todo em primavera...
Publicado em: 03/09/2008 13:49:39
Última alteração:08/09/2008 04:47:15


Sem fuga
Vou zen
Te quero
Meu bem...

Arcando com meus erros
Berros boca, seios, gozo
O rio da esperança
É sempre caudaloso...


Publicado em: 01/10/2008 14:58:24
Última alteração:02/10/2008 13:48:15



Eternizar cada momento
Que tivermos, de amor.
Poder fazer de cada segundo
O primeiro e último
De nossos dias.
Viver as fantasias
Mais felizes e,portanto,
As mais difíceis.
Ser refém das alegrias
Sem esquecermos jamais
De que a vida não volta
O tempo não pára
E a felicidade dura um minuto
Mas vale por toda a nossa vida
Publicado em: 29/10/2008 11:58:36
Última alteração:02/11/2008 20:27:02


Quando sonho com olhos e carinhos
Da amada que talvez não mais me queira
Amada que pensei, a vida inteira
Não mais deixaria tantos ninhos
Vazios esperando a companheira
De todos os amores a primeira
Meus olhos não seriam mais sozinhos...

Eu sonho com teus lábios benfazejos
As mãos maravilhosas, a ternura.
A noite sem sonhar de tão escura
Esquece que tivemos os desejos
E em todo nosso caso essa brandura
Que faz de toda vida, formosura...
Delícias que encontrei, teus mansos beijos...

Sonhando com amor que não me quer
Eu quero nesse sonho, tanto amor.
Espero, francamente, pela flor
Que brilha no jardim , meu bem-me-quer,
Desejo tantos sonhos sem temor
Pois bem sei que da vida, o meu calor,
Encontra-se em teus braços de mulher.

E cada vez mais, sempre risonho,
O mundo florirá a cada dia,
Vivendo deste caso, uma alegria,
Matando todo resto, se tristonho,
Vivendo tanto amor e poesia
Dançando rumo à vida, em fantasia...
Cultivo, com amor, a flor do sonho!
Publicado em: 17/04/2008 21:36:20
Última alteração:21/10/2008 13:09:25



Lágrimas
De prazer.
Esgrimamos a noite inteira
Searas
Sem amarras
Percorrendo...
As garras
Os dentes,
Urgentes segredos
Degredos legados
Entradas e bandeiras
Guerrilhas e tocaias.
Debaixo da saia
As chaves do reino...
Fulguras tuas prendas
Em rendas e sedas,
Cetins...
Sentinelas.
Revelas portais.
Magistrais
Vitrais
Eldorados...
Publicado em: 26/04/2008 16:47:38
Última alteração:21/10/2008 13:35:42

Amor que sabes lúdico
Jamais será pudico
Cantado sempre em público
Nos versos que publico
Amor se mostra exposto
Não tem medo de nada.
Moldura do teu rosto
No meu, emoldurada.
Espelhos nós já somos
Dois gomos, mesma fruta.
Combinam nossos cromos
Amor se faz sem luta.
Desejo vem no cio
Nas ânsias de te ter
Em ti amor, vicio
Meu vício é teu prazer...
Publicado em: 15/05/2008 18:17:56
Última alteração:21/10/2008 18:31:48



Amar a quem jamais amei!
Quando a vi, envolvida na neblina
Das mágicas poções sempre conquistam,
Minha vida promessa, cristalina,
Ressurgia, em teu corpo que alucina!!!

Teus olhos, negros, belos como o breu...
Brilham como a buscar mais claridade,
Coração que decifra, camafeu...
Vida quimerizada em brevidade...

Não sei se me visitas ou se foge,
Não percebi distâncias que separem...
Carrego tanto amor no meu alforje,
Defesas esquecidas que anteparem...

Vistosas mãos carinhos prometidos...
Sestrosos dedos, lúdicos brinquedos,
Quem saga não reparte sãos sentidos,
Mestiços sentimentos mentem medos...

Vê-la envolta, neblina sensual.
Réstias, hóstias, segredos seculares...
Caminhas teu disfarce casual,
Simulas teres vindo dos altares!!!

Nas horas mais difíceis não conferes,
Constranges m’as fenícias invasões,
Pesadas consciências por halteres,
Conspiras contra tolos corações...

Neblina que me nega ver teu rosto,
Embalde procurei por teu retrato,
Nos jardins poluídos meu desgosto,
Nas partituras métricas, maltrato...

Trepido meus farsantes sentimentos.
Vasculho por um lápis, lapiseira,
Não consigo lembrar quais os momentos...
Te perdi, num segundo, a vida inteira...

Não foste pois, sequer a despedida,
Não tenho outra lembrança mais feliz.
Respondo a toda lua que convida
Amante nebulosa, meretriz...

Nas neblinas, garoas e nos fobs
Entrevi teus macios espetáculos,
Nas certezas que perco, não afobes,
A vida me negou não quero oráculos.

Acalmo-me, fantasma delirante,
Não verto mais as lágrimas vazias.
Repouso os sentimentos numa estante,
Ao mesmo instante, logram-me valias...

No cárcere saudoso teatral,
As pombas nunca mais retornariam,
Arquipélagos reinam meu astral,
Quiçá foram manobras que mentiam...

No cais que deveria ser meu porto,
Começam meus saveiros naufragantes
Perfazes tão somente um triste aborto,
Não pude mergulhar qual navegantes...

Restando tua ausência neste barco,
Que a vida nunca turve este teu céu.
No fulcro da discórdia, tinges arco,
A porta que entreabriste, dum bordel...

Amantíssima orgia que não pude,
Ambrosias me deste por engano.
Verdadeira sonata do ataúde
Que formam derradeiro, cego plano...

Nos surtos fantasias e complexos,
Nos cantos melodias e serpentes...
Mascate negocias trapos sexos,
Os beijos nas neblinas absorventes.

Tentei quitar as dívidas com Deus,
Eu quis me transbordar desse desejo...
Não tive nem promessas, himeneus,
As mãos vazias nunca se calejam!

Quando a vi, nebulosa, mascarada.
Sangrei por todos poros, hemorrágico.
Não pude concluir, te vi calada,
O que pensei romântico é tão trágico.

Mas beijo esse teu manto de princesa,
Não podes me surtir nenhum efeito.
Da morte, te forjei, a realeza,
És parte deste amor meu, contrafeito...

Fenestras que fechaste não refiz.
Nas frestas meus fantasmas buscam farpa.
Não me permitirão nem ser feliz...
A morte dilacera, corta, escarpa...

A moça emoldurada justifica
A dor de me saber velho e ignaro...
Nos lodos que freqüento se amplifica
Mortalhas me seguindo, torpe faro...

A podridão que invade, traz minha alma
De encontro a rapinais aves de agouro.
Não deixando enlutada uma vivalma
Não deixando sequer mapa ou tesouro!

Tu foste amortalhada mansidão.
Mirraste meus delírios de grandeza.
Pachorrenta andorinha sem verão.
Loteaste infortúnios com vileza...

Fui latifundiário sem limites,
Amei dissimulando tantas vezes...
Criei amores falsos, paixonites,
Mereço por mentir dias e meses...

A minha cicatriz não se consuma,
A parte que me cabe não consola,
Das leis que te omiti, formaste suma.
Hemorragicamente foi escola...

Me sinto tão cretino, não te nego.
Meu par enebriante foi um mito.
Dos olhos nebulosos que carrego,
Um grito emana, salta ao infinito!

Não vês que me embriago de luxúrias,
Não viste que fingi um ser errante.
As marcas no teu corpo são espúrias.
O beijo da pantera asfixiante...

Te deixo, sepultura minha, em vida...
Refaço meu caminho sem segredo.
Mecânicas as mãos na despedida,
Os hóspedes não fingem sequer medo..

O coração piloso, t’as melenas...
O peito analfabeto quer poemas...
Não deixo por querer as velhas penas...
Amor e sofrimento, os mesmos temas!

Espraio meus sentidos pelo norte,
Vasculho cada canto do meu ser...
A poesia farta-se de morte,
Partilhas vai fazer, depois morrer...

Amada, me perdoe não ter tido
O filho que jamais querias ver.
Amante mais boçal, mais distraído,
Irias nesse mundo conhecer?

A tua face escondes azul véu,
O velcro da saudade foi satânico.
Impede conceber viver o céu,
Não deixa refletir senão meu pânico!

Despeço-me de ti, ó fantasia!
Na névoa abençoada te criei.
A porta do barraco, permitia
Amar assim a quem jamais amei!
Publicado em: 23/09/2008 18:29:37
Última alteração:02/10/2008 19:00:12



Os pássaros cantores na manhã
Trazendo em cada canto um doce afã
Fomentos de prazeres e de amores,
A vida se moldando mais dileta,
Em meio a tais jardins, divinas flores,
No sonho de um repente se completa.

Poeta, Deus pintou raro matiz,
Mostrando que é possível ser feliz
No amor desde que traga uma esperança
Alvíssaras da glória melindrosa
O raio da ilusão, decerto alcança
A sorte de viver, maravilhosa...
Publicado em: 26/09/2008 15:19:26
Última alteração:02/10/2008 14:41:27


Amor que em amizade sustentava
Felicidade plena bendizia,
Uma esperança a mais sempre abrigava,
Trazendo claridade para o dia,
Meu mundo no teu colo se entregava
Formando uma ilusão em poesia.

Encanto magistral da poesia
O sonho mais feliz já sustentava
A lua em maravilha se entregava
No verso que esperança bendizia
Prevendo amanhecer em novo dia
Aonde uma alegria se abrigava.

Meu corpo que em teu corpo se abrigava
Tocado pelas mãos da poesia
Raiando em mansidão formoso dia
Um sonho mais audaz se sustentava
No amor que tão sereno bendizia
Prazer que mansamente se entregava.

O rumo de meus braços entregava
Certeza de que amor cedo abrigava
O canto divinal que bendizia
A vida na sublime poesia;
A cada novo passo sustentava
Certeza de raiar um belo dia.

Renova-se esperança a cada dia
Ao qual felicidade se entregava
E o passo com mais força sustentava
No colo que decerto me abrigava
Forrado pelos dons da poesia,
Encanto que quem ama bendizia.

Meu verso te buscando bendizia
A glória de poder saber um dia
Tocado pelas mãos da poesia
Mostrada neste olhar que se entregava
Àquela que em seu peito me abrigava
E amor intensamente sustentava.

Amor que sustentava e bendizia
Na luz que se abrigava forma um dia
Aonde se encontrava a poesia.
Publicado em: 04/01/2009 22:08:46
Última alteração:06/03/2009 12:37:09


Senti que te perdi nalguma curva
Da estrada dos meus sonhos, bulevar...
Quebradas esperanças sobra nada,
Somente esta vontade de chorar...

O tempo traiçoeiro te levando
Do pensamento faz-me renascer.
Agora tão distante de meus braços,
Noutros procuro paz e meu prazer...

Desculpe se te deixo no passado,
Qual sombra que não posso distinguir,
A vida foi passando passo a passo,
Um novo espaço trama outro porvir...

Mas saiba que te quero eternamente,
Embora noutros lábios me encontrei.
Espero que perdoes; minha amada,
O sonho que sem ti, eu já sonhei...
Publicado em: 19/04/2008 14:29:53
Última alteração:21/10/2008 13:12:09



Alma liberta
Incerto pouso
Voando solta
Entregue aos sonhos.
Sigo os teus rastros
Deusa nua
Porto inseguro,
Falena sideral.
Vou cego de luz...
Publicado em: 22/05/2008 13:13:12
Última alteração:21/10/2008 15:17:07



Prazer que com certeza é nosso rito
Trazendo esta beleza em pleno amor.
Vivendo nosso sonho mais bonito
Percebo novo encanto a se compor
Adentro nos teus braços, infinito,
Mergulho neste olhar tão sedutor.
Num mar de poesia, minha amada,
A vida em mil prazeres, desenhada...






Mascaro minha pele em tua pele
Na tatuagem feita de esperanças.
O quanto que te quero se revele
Nas noites mais ousadas, nas andanças
Do corpo que ao te corpo me compele
E faz do bel prazer nossas festanças.
Os sinos, guizos, risos, nossos gozos,
Os dias sempre são maravilhosos...





Estrela que me guia pela vida,
Rainha dos meus dias, sedução
De todas as tristezas a saída
Encontra-se no fogo da paixão
Que torna a poesia mais querida
E vibra em nosso peito, coração!
Eu quero estar contigo o tempo inteiro,
Caminho em que me guias, verdadeiro..



“Detalhes tão pequenos de nós dois”
Que fazem, meu amor, a diferença
No gozo que emoldura e no depois,
A vida se renova a cada crença;
Nos cabelos e coxas misturados,
Desejos tão sublimes e safados...
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Amor que te declaro a cada verso meu
Em doce fantasia, adentra a vida afora.
O bem que se proclama há muito amanheceu
Gritando com firmeza, o peito que te adora;
Marcando este compasso, um canto concebeu,
Amor que se a cada dia, intenso já se aflora.
Receba em cada beijo o gosto da alegria,
Amar tão tenramente a cada poesia!
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Atos, hiatos
Ditames estames
Estamos conjunto.
Assuntos diversos
Dispersos planetas
Alinhados, remessas
Ao infinito.

Espaços e traços
Distrações à parte
Amor faz da arte
A arte de amar
Armar parte a parte
Lunar-te e ser teu.
Arroios e rimas
Trismos e prismas
Luzes ao léu.
Céu de diversos
Matizes.
Gêiseres e guizos
Geleiras derretendo.
E sendo o conjunto
Múltipla ação
Multiplicação!



Rosas, ramas, flores
Amor sem mortalhas
Ardências em desejos
Levo os benfazejos
Aportes da esperança
À dança libertária
Ao gesto incendiário
O fogo deste bom
Transgride enquanto alenta
E venta em tempestade
Amor insensatez…
Na tez amorenada
O bronze da vitória
O louro da memória
O corte deleitoso
O gozo se aproxima
A rima gera estima
Num ato que nos ata
Sem ata, sem remendos.
Ascendendo aos paraísos...




Plantando nos trigais do coração
Granando em cada toque vejo o fruto
Que toca a minha boca e me sacia.
Lambuzado do gosto e do prazer
Recebo em tal carinho o meu sustento.
E roubo deste fruto uma semente
Que espalho nos trigais de uma emoção...

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O laço que nos prende não sufoca;
Tampouco nos impede de viver,
Somados somos feitos num só ser
Criados na emoção que hoje nos toca.

Vencidos pelo amor, ou vencedores,
No enlace mais profundo e soberano,
Não precisamos nunca de um engano
Que nos faça do amor, dois desertores...

Desertos que passamos nos mostraram
A luz que nos levou à parceria,
Que nasce na manhã de cada dia
Aos raios deste sol que nos tocaram...
Publicado em: 06/01/2009 14:04:47
Última alteração:06/03/2009 12:08:53

Mares, marés, rios e fontes
Barcos e becos, beijos ardentes.
Horizontes à frente
Olhos abertos
Rumos incertos
Encontram paragem.
Aragem suave,
Naves e vôos.
Eu te amo.
Publicado em: 01/04/2008 15:51:33
Última alteração:21/10/2008 20:16:20



Bailando em teu corpo
Meu corpo procura
O porto seguro,
A mão da ternura,
Do chão antes duro,
Semente se apura
E amor salta o muro,
Reparte em brandura
Além do futuro,
Esquece a tortura,
Amor eu te juro,
Eu quero esta cura
Que traz tanto apuro
Que entranha a loucura
Dos corpos unidos,
Vencidos os medos,
Distâncias, temores,
Amores sutis,
São qual vendavais
Dilúvios divinos
Eu quero teu cais,
Prazeres tão finos,
De novo, bem mais,
Causar desatinos,
Unido nós vamos,
Os mesmos destinos.
Publicado em: 10/04/2008 17:36:08
Última alteração:21/10/2008 18:22:52

Eu te amo
Em versos
Prendas
Risos fartos.
Sentidos à flor da pele,
Bocas olhos pele ouvidos e narinas.
Não vejo mais fronteiras
Somos um.
Mergulho em ti
E me encontro
Espelhando
Nosso amor.
Publicado em: 21/09/2008 21:53:50
Última alteração:02/10/2008 20:21:16

Paixão que já nos toma totalmente,
Não larga um só minuto o pensamento.
Vibrando no prazer de estarmos juntos,
Rendendo-se ao desejo, sentimento.

Delírios mais profanos, fome tanta,
Recebo o teu carinho com vigor,
No pátio da alegria me esbaldando,
Sentindo o teu respiro sedutor.

Vaivém de corpos, dança erotizada,
Na lúbrica loucura que não cessa.
Eu te amo, nunca nego esta verdade,
Vem logo que o amor tem tanta pressa...
-----------------------------------------------------


Desejos e vontades, tresloucados,
Roubando cada beijo em tua boca,
Vivemos feito dois enamorados,
Na senda da emoção divina e louca.
Sabemos que teremos mesmos fados.
A voz bradando amor, ficando rouca
Mas sempre procurando te dizer
O quanto o nosso amor me dá prazer...


Quem dera se pudesse, venturoso,
Falar desta presença que me encanta,
Amor que nos guiando, tão gostoso,
Ao mesmo tempo assim nos agiganta.
Falando deste bem maravilhoso,
Vontade de te ver, é tanta, tanta...
Quem dera meu verso te mostrasse,
Cansaço nos teus braços; repousasse.




Nesta noite delicada
Entre estrelas na calçada
Uma estrela já me guia,
Tua luz eu vou seguindo
Meu amor em fantasia
Alegrias descobrindo.

Cada verso que eu te faço
Navegando pelo espaço
Encontrará tua luz
No meu canto, o teu encanto
Com desejos reproduz
Este amor que eu quero tanto...





Na festa prometida em noite bela,
Desejos se procuram, se completam,
A louca fantasia se revela
Prazeres sem iguais já nos repletam
Os corpos tão sedentos, esfaimados,
Delícias e prazeres que buscamos,
Bebendo desta fonte, apaixonados,
Ao Éden, num momento, mergulhamos...

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Nem garras, sem dentadas
Nem ânsias ou delírios
Amores sem martírios?
Palavras derrotadas,
Vencer os teus pudores
Singrar teus oceanos,
Por baixo destes panos
Do jeito que tu fores,
Sem medo e nunca tédio,
Dois corpo num só vejo
E tanto este desejo,
Um sacro e bom remédio,
E bela, clara e nua
Deitada em rara lua.
Publicado em: 17/06/2010 13:15:59




Saudades de teu beijo
Vontade de poder
Expor o meu desejo
De ter vivo prazer
Na boca que procuro
No anseio delicado,
Aguando o chão tão duro,
Mudando a sino e o fado,
Um canto que se entregue
Em versos, desejosos,
No mar que enfim navegue
Carinhos prazerosos.
Fadado a ter saudades
De quem eu quero bem,
Tantas felicidades
Contigo eu sei que vêm.
Arcando com meus sonhos,
Teus lábios, tua boca,
Em dias mais risonhos,
Vontade que se aloca
De ter saudade extinta
Em noite intensa e bela,
Tocado pela tinta
Que enfeita em aquarela,
No canto que pressinta
Presença desta estrela
Publicado em: 09/04/2008 16:51:02
Última alteração:21/10/2008 18:19:13


Preso na garganta
Grito que não solto
Tanto me revolto
A vida dói, tanta.
No canto que tento
Invento meu cais
O meu grito, atento
Não solto jamais.
Recebo em tempesta
A festa que fazes
Nas frases mais feitas
Não peço mais pazes
As horas perfeitas
Desfeitas em dor,
O grito que penso
Mas não me convenço
O grito do amor!
Publicado em: 17/04/2008 15:53:18
Última alteração:21/10/2008 18:28:32


EU TE AMOOOOOOOOOO
Não posso permitir que me torture
A dor d’uma existência sem sentido.
Por mais que a tempestade se perdure,
O dia brilhará, eu não duvido!
Preciso muitas vezes que se cure
A dor da solidão no amargo olvido.
O trilho que me trouxe ao teu regaço
Com minhas mãos sedentas, o desfaço.

Vieste qual penumbra dos meus sonhos,
Nasceste com a marca da pantera.
Os dias que vivemos, vãos, medonhos,
Por certo de se jogaram na cratera
Do esquecimento. Morta essa quimera,
Nascerão com certeza mais risonhos.
O sol que nunca brilha, se esvaindo.
A lua dos amores vem surgindo!

Recebo das manhãs, doce promessa
Da vida que se fez enamorada.
Albor de bela aurora me confessa
Os sonhos que guardei da madrugada.
Querer ser mais feliz, já tenho pressa,
Procuro nos meus sonhos nova fada.
Vestindo claros mantos, mansa lua,
Desfila nos meus édens, toda nua...

Respiro seus momentos de prazer,
No cio que jamais vou confessar.
Penetra feramente todo o ser,
Na calmaria atroz vinda do mar.
Soprando nova brisa, converter
As duras tempestades, calmo ar...
Forjando sua imagem, minha mente,
Encontra teu olhar, puro, envolvente...

Meus versos disfarçados em sementes
Fecundam os teus olhos, mostram lume.
Os gritos que bradara, vãos, dementes,
Perderam intensidade de costume,
A boca que mordia sem os dentes,
Tua flor já me inunda de perfume.
Amor que não soubera paradeiro,
Invade, me tomando por inteiro...

Não quero mais saudades nem tristezas,
A vida se demonstra mais sincera.
Percebo que virão tantas certezas
Matando a solidão, minha quimera.
Os campos se encharcando de belezas,
Nascendo, finalmente, a primavera!
Recebo desta vida, seu pendor,
Na doce mansidão do teu amor!!!!
Publicado em: 24/04/2008 15:18:47
Última alteração:21/10/2008 13:25:15



O meu afrodisíaco perfeito...
Deitada se esmiúça em desafio.
É fera que amedronta, em pleno cio,
Proclama-se senhora do meu leito.
Sem hora chega, vê-se no direito
De vasculhar meu mundo fio a fio.
É vela que devora o meu pavio,
É rasto que me leva e rasga o peito!

Na lúbrica ternura, tantas unhas...
As garras incrustadas entram fundo.
Amor que tanto quis, sem testemunhas;
Em plena madrugada, nos motéis
Amores vão cumprindo seus papéis
Nos jogos sedutores, entrelaces...
Nas ânsias me devoras, perco o mundo,
Nos nossos loucos gozos, tantas faces...
Publicado em: 10/09/2008 14:02:09
Última alteração:17/10/2008 14:37:08



Quem pensa que em amor tem salvaguarda,
Que a sorte triunfante sempre aguarda
Em dias malfadados sofre... e tanto...

Se deixo de cuidar de quem me quer,
Vencido por um mal, mesmo qualquer,
Amor vai se perdendo, sem encanto...

Por isso minha amada me perdoe
Embora te falar, muito me doe,
Errei em te deixar sem meu cuidado...

Agora que percebo meu engano
Prometo que no amor, meu soberano,
Irei ter bem mais zelo. Estive errado...

Afagarei teu corpo com carinho,
E te darei meu canto, um passarinho
Que sabe que precisa cultivar

Àquela que realça a cada dia
A vida com certeza de alegria,
Irei, muito mais forte, sempre amar...
Publicado em: 23/11/2008 19:34:03
Última alteração:06/03/2009 16:50:08



Amor que se perde
Sem rumo sem nada,
Coração vazio
Procura uma estrada
Que afaste este frio
E traga alvorada.

Não quero a saudade
Batendo na porta
Amor que perdi
É frio que corta
Vivendo sem ti,
A minha alma morta.

Mas vejo talvez
A nova esperança
Que traz alegria
Que cedo se alcança
Na voz que pedia
Renovada dança.

Vem logo morena
Que o tempo não pára,
Eu tenho o desejo
Da flor que mais rara,
No gosto do beijo,
Perfuma e me ampara...
Publicado em: 25/11/2008 12:00:45
Última alteração:06/03/2009 16:40:20



Netuno, num momento extasiante
Ao ver uma sereia que cantava
Sentindo tal poder em voz macia,
Aos poucos se tocava e se enlevava.

Um deus tão poderoso se rendia
À sedução da maga criatura
E num momento assaz maravilhoso
Entregue à profusão feita em candura

Ao ter tanta beleza em sua cama,
Deitada e sorridente em mar remoto,
Amando com furor e com vontade
Num átimo rebenta em maremoto...




Recebendo o teu carinho
Em cada verso que faço,
Nossa cama, sacro ninho,
Desfrutado passo a passo.

No teu corpo em chama ardente,
Tua pele me convida,
Brônzea festa permanente,
Solução pra nossa vida.

Beber desta fonte amena,
Embalado em tuas formas,
Amor feito em luz serena,
Já não segue as velhas normas.

E assim feito, rumo certo,
As vontades se desfilam,
Circulando em mar aberto,
Mil prazeres já destilam.

Nós somos feito siameses
Pelo amor glorificados,
Tantos brilhos, tantas vezes,
Bem distantes dos pecados.

Conhecendo nossos portos,
Eu te quero sempre mais,
Na mistura de dois corpos,
Santo amor encontra o cais...




Revelo o teu retrato neste espelho
Aonde posso ver o meu futuro,
E posso num momento percebê-lo
Tomando toda a cena, meu reflexo.
Quem dera se eu pudesse alçando um vôo
Chegar aos braços teus neste momento,
Seria a mais feliz das criaturas,
Dançando pelo espaço sideral,
Vencendo estas tormentas de onde vim,
Reféns do amor insano que nos toma,
Somamos nossos sonhos, somos um.
Lavrando esta alegria na memória
Mudamos nossa história num momento.
E digo, finalmente ao vento atroz
Que o mundo renasceu em plena paz...



Bem sei que é dura a pena que mereço
Por ter te magoado, com dureza.
Tu falas com desprezos e aspereza;
Perdão, pelos meus erros, eu te peço.

A dor que me provocas, merecida,
As lágrimas que causo terão fim.
Pois tudo o que já sei, melhor em mim,
A minha alma à tua alma, oferecida.

Carrego, desde sempre, esse defeito;
De ser tão machucado pela vida,
A cada novo passo, uma ferida,
Ferir também pensei ser meu direito...

Nem sinto, muitas vezes, que te ofendo.
Por isso é que me calo, quase mudo,
Meu coração usando como escudo,
Com duros dardos sempre me defendo...

Publicado em: 26/11/2008 11:54:30
Última alteração:06/03/2009 16:38:39


Amor se confessa
Em versos e luz
A sorte tão doce
Amor reproduz

No jeito sereno
Da moça bonita
Meu peito batendo
Coração se agita

E galga as estrelas
Em versos, em trovas,
Querendo de ti,
A paz que renovas

E vendo que a noite
Se mostra mais bela,
Amar-te demais,
Calor se revela

Pois venha querida
Espero teu beijo,
Rainha dos sonhos,
Não tenha mais pejo

Adentro teu quarto
Fogueira me espera
Eu tiro essa roupa,
Vejo a primavera

Deitada na cama
Por sobre os lençóis
Desnudo a menina
Com calma e feroz

Depois, bem macia,
A carne gostosa
Sedenta, no cio,
Tão voluptuosa.

Eu amo a mulher
Que enfim Deus me deu,
Coração feliz,
Pois é todo teu...
Publicado em: 28/11/2008 08:06:29
Última alteração:06/03/2009 16:31:52


Um rio que descendo em cachoeiras
Por vezes entoando um canto forte,
Percebe em sua foz a imensidão
E já se entrega, assim, à própria sorte.

Ao rolar entre os seixos, no seu leito,
Redemoinhos forma, perigosos.
Assim Amor também se fortalece,
Refém destes momentos fabulosos

Aonde amar se mostra a solução
Perfeita para os medos, para as dores.
Embocadura bela, ancoradouro
Sublime que encontramos nos amores.


.. EU TE AMOOOOOOO!!!!!

Calor que me invadiu, teu olhar...
No mar de esperançosas ventanias...
Nos dias que passei, luas redondas
Nas ondas deste mar que tanto espero
No fero sentimento te adorar!
Naufragar em teus braços minha amada...
Cada noite que passo, mais te sonho...
Ponho meus tristes barcos, meus saveiros,
Canteiros que produzem rosas belas.
Telas onde emolduraste tal beleza,
Certeza de que há Deus e que ele ama!
Na chama eternizada dos teus olhos.
Molhos de delicadas ervas trazes.
Fases lunares linda tempestade...
Arde a sutil manhã que prometeste.
Inconteste delírio destes deuses
Reluzes nos orgásticos desejos.
Nos beijos que prometes inebrias...
Frias as minhas noites se não vens...
Tens o poder sublime da loucura.
Moldura que encontrou grande pintor.
Amor que deslindando-se enlanguesce.
Esquece as amarguras e penúrias.
Nas cúrias nos escuros parlamentos,
Ungüentos que me curam e transformam...
Formando delirantes desvarios,
Vários rios que levam para o mar.
Martírios que deixei no pó da estrada.
Fada que me encantou, embriagante
Elegante desígnio divinal.
Final de toda dor, ressurreição!
Afeição extremada, desejosa...
Maravilhosamente apaixonante.
Diante de tanta luz, que faço Deus?
Os meus tormentos mortos, esperanças!
Lembranças destes tempos cristalinos.
Alabastrinos seios doce alvor.
Calor que permanece sem segredo.
O medo de perder, evanescente,
Nascentes deste rio que navego,
Carrego toda luz que te roubei...
Sei de tantos amores, vida breve,
Leve folha, flutua nos meus sonhos...
Medonhos tais fantasmas se perderam...
Eram deveras tristes os meus dias...
Frias as noites, versos sem sentido...
Incontido desejo mergulhava...
Sonhava com paixão, felicidade...
A tarde nunca vinha, nebulosa...
A rosa que plantei só deu espinhos...
Caminhos que segui perdi a esmo...
Mesmo minhas canções eram de dor.
Amor que se omitia, velho e morto.
Porto que sempre nega desembarque.
Parque que não pretende ter criança,
Dança que não deseja nem carinho...
Ninho que desprezou um passarinho...
Vinho que não me deixa embriagado,
Fado, destino, sina, desespero...
Tempero para a vida, sinal glória...
Memória triste, vaga, traz saudade...
Claridade que desfeita, deixa o breu...
Ateu coração pede por um Deus...
Meus olhos imploraram tal visão!
Solução para torpe solidão.
Solidão esvaindo-se depressa.
Compressa cicatriza essa ferida.
A vida que pensei agora trazes,
Fazes todos meus dias melodias,
Orgias são bacantes amplitudes...
Quietudes maravilhas, ambrosia...
Poesia deflagras na fragrância...
Elegância caminha mais suave,
Na nave que julguei fosse perdida,
Comovida, esperando delicia,
Caricia naufrágios tão amargos...
Nos lagos dos meus sonhos és remanso.
Um remanso que em versos, traz calor,
Calor que me invadiu, teu olhar...
Publicado em: 28/09/2007 20:41:33
Última alteração:28/10/2008 14:34:06


Afagos
Magos
Lagos
Placidez.
Tez
Morena
Voz acena,
Mesmo tom.
Dom divino
Beijo e gozo,
Me alucino...
Publicado em: 22/09/2008 11:07:14
Última alteração:02/10/2008 19:50:21



Ansiosamente espero cada verso
Que mandas pelo vento de um desejo.
Riscando o céu vagando no universo
Encantos que me trazem; quando eu vejo
Deixando para trás dias perversos
Revelam paraíso que eu almejo.
Tu tens este poder de seduzir,
De me encantar e sempre reluzir.




EU TE AMOOOOOOOOO
Amor, minh’alma triste te procura,
No amanhecer da vida foste fera;
Agora que, saudade já impera,
A noite se aproxima, mata escura...

Num momento feliz, foi tão amigo;
Mas a vida transforma toda gente,
E depois, tão cruel, foi diferente,
A paz, então, jamais vive comigo...

Sentir a baforada dessa boca,
Que acalenta a dor, vero sentimento;
É conseguir suprir meu pensamento,
Dessa ternura audaz, a voz mais rouca...

Amor quimera, mera diversão,
Que maltrata quem sonha liberdade;
Tão faminto, traduz voracidade.
Começa a devorar, sem ter perdão...

Amor, é doce fruta que envenena,
E vicia quem dela for provar;
E bêbado, tropeça no luar,
Agiganta a que fora tão pequena...

Nos lábios, minha amada, meu desejo;
Um resto de ilusão bate na porta.
Contigo, essa tristeza já vai morta,
No cálice fantástico do beijo...

Teus olhos, são promessas d’esperanças,
Num tempo mais feliz da minha vida.
Seus brilhos iluminam a avenida,
Por onde caminhávamos, crianças...

Nos teus cabelos trazes maciez,
Que minha mão jamais vai esquecer;
Neles, vou embrenhar-me e conhecer,
O que fora da glória, essa altivez...

Em teu pescoço; jóias e colares.
Em teu louvor cantar todos os hinos,
Buscando, nos teus olhos cristalinos,
A força que leva aos teus altares...

Beber de teu sorriso tanto mel,
Saber de tuas noites orvalhadas;
Sonhar contigo minhas madrugadas,
Por ti, agradecer a Deus do Céu...

Amada, tão risonhos os meus dias;
Desde o momento mágico que tive,
Felicidade igual onde, sei, vive
Os pássaros que encantam, melodias...

Teus pés de tão macios e pequenos,
São obras d’arte feitas com louvor;
Por quem foi o mais mágico escultor,
Que por inspiração, não fez por menos...

E caminhas? Flutuas pelos ares,
Teus passos são concertos orquestrados;
Meus olhos na procura, extasiados,
Desejam conhecer os teus altares...
Publicado em: 17/04/2008 14:12:56
Última alteração:21/10/2008 20:02:25



A par do par que formas
Formas várias
Verso espraias
Praças praias
Areais...
Vendas
Vais
Vendavais
Vasos rotos
Hemorrágica poesia
Que sangra pelos poros,
Porejando emoção...
Verves
Verdes
Esmeraldina esperança
Dos óculos.
Das naves
Aves migrantes.
Arribações da alma...
Lúdico
Lúbrico
Elétricos...
Mas nunca tétricos
Atléticos sonhos
Coerentes? Pra que?
Se o que quero
Queres idem.
Além, mas nunca aquém.
A quem interessa
A pressa atrapalha,
O fogo se espalha
Jamais é de palha.
Apenas tempestuoso e nunca temerário.
Nuca lábios arrepios.
Pios momentos
Sóbrios e ébrios.
Sombrios? Não mais...
Estios...
Publicado em: 31/07/2008 21:27:50
Última alteração:19/10/2008 22:08:30

EU TE AMOOOOOOOOO
Ardentes gozos
Loucas tempestades
Imerso dentro em ti,
Vibro de desejos.
Porejas cada gota
Deste rocio
Desejado
E prazeroso.
Safados, sem limites,
Fogosos num galope,
Que traz imensidão
E a sensação de plenitude.
Tocando com a boca
Com meus dedos,
As tocas esfaimadas
E sedentas.
Umedecendo os lábios
Róseos, carmesins.
Captas e engoles
E tramas num remelexo
As explosões intensas
Derramando em cascatas
Em borbotões as inundações
Sonhadas.
Te quero sem pudores,
Sem temores
Só tremores e gemidos,
Suspiros e vontade de sempre mais.
Repetindo em cada cópula
Os antigos rituais,
Eternos e inerentes.
Misturando nossos gozos
E sementes.
Aflorando a vida.
Vida e prazer
O prazer de viver
E de ser, novamente vida.
Roçando teu sexo
Com o meu,
Beijando e acarinhando
Teu clitóris,
Teus seios,
Tuas nádegas divinas
E ser teu homem,
Teu macho,
Teu.
Simples
E inteiramente teu.
Nesta fantástica aliança
Entre corpos e volúpias.
Nesta prece ao amor,
Eros, fraterno,
Sem algemas,
Libertário.
Amor que nos transforme
E nos mostre ser possível
Crer num Éden.
Serpenteando nossa nudez
Por sobre a cama,
Acariciando bocas
E depois, num suave beijo,
Suores misturados,
Sorrisos francos,
Adormecermos
Unidos pelo supremo amor...
Publicado em: 19/11/2008 14:21:33
Última alteração:06/03/2009 19:00:53



As palavras soltas
Quando estão revoltas
Em versos morrendo
Diversos sentidos
Já tão esquecidos
Vejo renascendo.

Amores amaros
Amargos licores
Nas tão belas flores
Sentidos ignaros.
Se tenho ciúme
De ter teu perfume

Não peço que o vento
Traga-me o tormento
Nem impeça o sonho.
De amor que me rói,
Embora risonho,
No fundo destrói.

Diga-me seu nome
Tão triste quimera
Amor quando some
Ressurge na fera.
Espreito esperança
De novo, outra dança.

Agora meus dias
Sem ter fantasias
Depressa cometo,
Amor que me acalma
A ti eu prometo,
O coração, a alma...
Publicado em: 18/11/2008 06:48:53
Última alteração:06/03/2009 19:05:46


EU TE AMO!! SEXTINA DUPLA


Meu barco se perdendo em tempestade
Distante dos teus braços, sigo só.
Não tendo mais sequer a claridade
Percebo bem longínquo o porto, o cais
Quem dera se eu pudesse ter o amor
Decerto eu poderia ser feliz.

Quem busca nesta vida ser feliz
Ao enfrentar a dura tempestade
Já sabe da importância de um amor
E nunca quer seguir assim tão só.
E busca na alegria ter seu cais,
Farol de uma esperança – claridade!

Percebo em teu olhar tal claridade
Que sabe me deixar bem mais feliz
Proporcionando à sorte um belo cais
Vencendo a mais terrível tempestade.
O coração amante não vai só
Ao ter a calmaria feita amor.

Seguindo os rastros mansos deste amor
Percebo ao fim do túnel, claridade
Que surge quando um sonho não vai só
E me permite ser enfim feliz
Embora a vida traga a tempestade
O amor leva meu barco para o cais.

Encontro nos teus braços o meu cais
Levado pelos ventos deste amor
Depois de ter vencido a tempestade.
Nos olhos de quem amo a claridade
Iluminando a glória: ser feliz,
Caminho de quem nunca vive só.

Quem pensou tantas vezes ser tão só
Ao ver no colo amado, um doce cais
Já sabe que é possível ser feliz,
Pois tem a fortaleza deste amor
Bebendo da alvorada a claridade
Não teme mais sequer a tempestade.

O meu passado em plena tempestade
Daria uma certeza de ser só
Não fosse ter a sorte e a claridade
Depois de tantos anos, como um cais
A maga sensação do pleno amor
Promessa de um futuro mais feliz.

Não tendo mais temores, vou feliz
O peito aberto enfrenta a tempestade
Contando com a força deste amor
Que nunca me abandona e deixa só.
Quem sabe que terá na vida um cais
Das trevas faz surgir a claridade.

Dos teus olhares sinto a claridade
Tornando o dia-a-dia, enfim feliz.
Ancoradouro belo, um raro cais
Afronta com bonança, a tempestade,
Matando a sensação amarga e só
Revigorado sempre pelo amor.

No barco, o timoneiro sendo amor
Traz a inerente luz e claridade
E segue o seu destino por si só
E tem por garantia o ser feliz,
Apascentando sempre a tempestade
E chega calmamente a qualquer cais.

Vagando a noite inteira, busco um cais
Levado pelos ventos de um amor
Enfrento a ventania, a tempestade,
Seguindo passo a passo a claridade,
Decerto assim serei bem mais feliz
Desembarcando aqui, não vou mais só

E peço assim querida, uma vez só,
Recebe o meu saveiro no teu cais
Deixando-me contente e mais feliz.
E ao ter o teu carinho, meu amor
Na paz que me transmite a claridade
A vida não trará mais tempestade.

É dura tempestade o ser tão só
Porém em claridade sei do cais
Que quando em pleno amor nos faz feliz.

SEXTINA DUPLA CONFORME PRECONIZADA POR PETRARCA
Publicado em: 25/11/2008 12:18:04
Última alteração:06/03/2009 16:40:24


Moça bonita, te quero
Vem comigo namorar,
Faz tanto tempo que espero
Que posso até me casar.

Quero o teu beijo na boca
Com gostinho bom de mel,
Vou te deixar muito louca,
Vou te carregar pro céu.

O teu beijo me envenena
E também, amor, vicia,
Venha cá minha morena,
Vou te beijar todo dia...

Moreninha tão faceira
Eu nunca vi outra assim,
Venha ser a companheira
Todinha feita pra mim...

Na cidade aonde eu moro
Cada casa tem pomar,
Tanta fruta, não demoro,
Dá vontade de chupar.

Tanto limão, tanta lima,
tanta silva, tanta amora,
tanta menina bonita
e meu pai sem uma nora...

A última trova é da região de Ouro Fino, Minas Gerais

Publicado em: 04/05/2007 23:03:27
Última alteração:28/10/2008 17:04:52



Eu Te Amo...



O cheiro do mato
O ato do amor
Num ato e desato
No campo, uma flor.
Que nasce e cresce
Perfume que cede
Sede de amar...

O pote de mel
O cetro do rei
Princesa se foi.
A tarde caiu,
O mundo rodou
Cavalo fugiu
Sem ter paradeiro
No circo menino
Amor picadeiro
Trapezista
Caiu.

O corte, o sangue
A barca dos sonhos,
Meus dedos cortados
Os olhos...
O tempo passou.
Se sou se não sou
Se rio ou se mar.
Só sei que era sério
Esse rio de amar...

publicado com o pseudônimo DIASBETTI
Publicado em: 21/08/2007 15:51:11
Última alteração:28/10/2008 16:38:17

EU TE AMO...


Meu corpo ao teu desejo se oferece
E mostra-se profana tempestade.
Do jeito que vieres, te obedeço,
E sei que assim terei felicidade.

Sou teu, jamais neguei e nunca nego
E o amor a cada dia novo, cresce,
E dele eu me alimento, pois a aranha
Só vive na verdade do que tece...
Publicado em: 29/09/2007 17:29:42
Última alteração:28/10/2008 14:34:44


Meus olhos tantas vezes embotados,
Vencidos pelas dores e tormentos,
Sentiram-se sozinhos e enganados
Ao enfrentar no amor, tais fingimentos.
Meus versos pelos ventos espalhados
Aguardam que tu voltes num momento,
Meus olhos se perdendo no horizonte
Aguardam pra rever a bela fronte...
Publicado em: 10/11/2007 08:03:58
Última alteração:28/10/2008 12:57:39



Quem dera se eu pudesse te dizer
Num canto, devagar sem sobressalto
De todo o sentimento e do prazer
Que tomam a minha alma já se assalto;
Assim talvez pudéssemos seguir
Sem medo de sofrer, de repartir

O gosto da maçã e do desejo,
Na mansidão discreta de meu peito,
Futuro bem melhor, pra nós, prevejo,
Do amor que nos transporta em calmo leito.
Não tema o amanhecer, pois sou só teu,
Meu rumo nos teus passos se perdeu...
Publicado em: 22/12/2007 22:15:00
Última alteração:22/10/2008 21:15:35



Destino que selamos dia a dia
Regando a bela planta do jardim,
Vivendo a mais perfeita fantasia
Encontro o meu caminho e sigo assim,
Atado nos teus braços, na alegria
Que mostra quanto é bom amor sem fim,
Eu tenho todo amor que eu bem queria
Trazendo uma esperança para mim.
Publicado em: 26/12/2007 10:17:41
Última alteração:01/01/2008 12:28:57



Nossa noite, sem tristeza,
Na nossa cama, querida
No teu leito de princesa,
A vida mais colorida...

Sabendo de nossa sorte
Sabendo que sou feliz,
Coração batendo forte
Do jeito que sempre quis.

Minha vida em tal destino,
Minha sorte no caminho.
Amor diamante tão fino,
Não me deixas mais sozinho...

Eu tenho a felicidade
A vida que procurei.
Eu já conheço a verdade,
Mundo que sempre sonhei!

Nessas quadras que te faço,
Com desejo e muito amor,
Em cada verso um abraço,
Em cada estrofe uma flor.

Os medos que já senti,
Esquecidos pela estrada
Desde que cheguei aqui.
Nos braços de minha amada.

Amor que tanto comove
E me deixa emocionado
Todas as pedras remove,
Coração pesa de um lado.

Escute minha canção
Que te faço com carinho,
Em feitio de oração
Um canto de passarinho
Que vibra em meu coração.
Publicado em: 29/12/2007 09:27:40
Última alteração:22/10/2008 21:22:57




No mundo mais cruel que concebias,
Cabia meu tormento em tuas liras,
Percorrendo vazio, tantos dias,
Sem saber que fingias tantas miras,
Nas penumbras fatais, sem melodias,
De tua mão, sentida flecha, atiras.
Querendo sufocar minha cantiga,
De tantas quanto herdei a mais amiga...

Vivendo essa funérea desventura,
Que traduz a verdade em sofrimento,
Concebo claridade, minha jura,
Tragada pela luta, meu tormento...
Amargo o vinho, âmago, tortura,
Na amargura de todo meu lamento.
Amei-te, no passado mais distante,
Por sorte, meu amor foi inconstante...

Bem sei que naufragaste outro desejo,
De quem não poderia te negar.
Flagrada pois, em cândido cortejo,
Atada a vários braços ao luar.
Mereces bem, portanto escarro e beijo,
Escárnio de quem possa procurar
Em ti, por algo além do sensual,
És página virada dum jornal!

Não vejo em ti, portanto nada além
De restos esquecidos sobre a mesa,
Se eu já te quis, agora me és ninguém,
Não vou te negar glória na beleza,
Nem vou mentir, deveras, foi meu bem...
Mas hoje, tão distante realeza;
Se faz passado pútrido e mordaz.
E, francamente, não te quero mais!
Publicado em: 02/01/2008 15:06:14



Em tua morenice
Mergulho sem juízo,
Além do que te disse
Prometo o paraíso
É fogo que se atice
Depressa num sorriso,
Tu não terás mesmice
Escuta o que te aviso,

Na boca, em tuas pernas,
De lado, frente e trás,
Carícias firmes, ternas,
De tudo sou capaz,
Nas coxas, nas virilhas,
Nos seios e pescoço,
Carinhos, maravilhas,
Causando um alvoroço
E percorrer as trilhas
Garanto: é um colosso!
Publicado em: 22/05/2008 20:05:06
Última alteração:21/10/2008 06:36:38

Lua que se deu
Em clara florescência
Dolência inesquecível
Nos ócios deste amor.
Cintila enquanto toma
Meu sonho totalmente.
Toando de repente
O quanto que se sente
Amor que é feito em soma...
Publicado em: 27/11/2008 11:22:21
Última alteração:06/03/2009 16:34:24


A solidão jamais passou aqui,
Tu és a flor mais bela; saiba disso,
De todos os meus sonhos que vivi,
Meus olhos nos teus olhos ganham viço.
O cheiro desta flor eu não perdi,
Estou tão radiante, amor por isso,
Espero que tu saibas que vivi
O tempo inteiro sempre dentro em ti.
Perfume anunciando a primavera
Mostrando que viver já vale a pena,
Bem sei que a solidão, amarga fera,
Rondando uma alegria, nos maltrata.
Mas sinto nos teus olhos, bela cena
Que salva, que me cura e me arrebata...
Publicado em: 08/05/2010 15:25:31



Derradeiro sonho
Desfiladeiro e luz;
Correnteza e foz.
Medonhas maravilhas.
Amor martírio e glória
Salvação e emaranhado.
Noviças velharias
Velhacarias mordazes.
Ases entre damas e valetes.
Paralelas congruentes.
Ou não...
Publicado em: 28/11/2008 11:11:04
Última alteração:06/03/2009 16:31:13




Pensamento tão brejeiro
Faz a gente suspirar
Navegando o mundo inteiro
Na procura de teu mar.

Uma voz que me comanda
Coração faz seu estrago,
O meu peito assim desanda
Procurando o teu afago.

Nos veleiros da esperança
Os meus dias tão sozinhos
Quando o meu olhar alcança
Surge a rosa e seus espinhos.

Mas sou muito cuidadoso,
Jardineiro experiente,
No canteiro mais formoso,
Amor faz expediente.

A colheita vale o frio
Vale a dor que assim passei,
Coração não mais vazio
Faz do amor a sua lei...



Se saudade tira o prumo
E nos traz tanta tristeza
Eu vou perdendo meu rumo
Já me leva a correnteza

E me traz uma vontade
De contigo namorar,
Meu amor, por caridade,
Não me deixe te esperar.

Quero a flor deste desejo
No sorriso delicado,
Meu amor quando te vejo
Fico logo apaixonado!

Tens o gosto do ciúme
Tens o cheiro do pecado
Da alegria o teu perfume,
Ouça bom o meu recado.

Menina moça faceira
Que ensinou como se quer,
Vou querer a vida inteira,
Venha ser minha mulher!
Publicado em: 13/02/2007 21:01:59
Última alteração:28/10/2008 18:09:20

Quando alguém fala de amor,
Eu penso nesta mulher!
Mas sou mesmo um sofredor,
Pois ela, enfim, não me quer!

Toda a noite te procuro
Meu amor, minha querida,
O meu mundo é tão escuro,
Sem você na minha vida.

Você é a minha flor,
A razão do meu jardim,
Cada dia sem amor,
O que será, Deus; de mim?

Quantas vezes que sonhei
Com teu carinho, afinal,
Logo cedo me entreguei,
A este sonho fatal.

Eu pensei que poderia
Te encontrar meu bem querer,
A minha alma anda vazia
Esperando por você!

Eu te amo e nunca renego
Este sentimento atroz,
Sem tua luz fico cego,
Sem amor, eu perco a voz.

Já não canto mais, sozinho,
Nem a lua me consola,
Pareço esse passarinho
Trancado nessa gaiola.

Vem depressa minha amada,
Vem curar o meu sofrer,
Sem você, a vida é nada,
Sem te ter, melhor morrer!

Marcos Coutinho Loures
Marcos Loures

Publicado em: 24/03/2007 15:04:52
Última alteração:06/11/2008 10:20:14



Lembro-me de teus olhos tão azuis
Roubando toda cor da bela tarde,
Vieste justamente no momento
Da tarde em minha vida, num outono.
Sem medo me entreguei ao azulejo
Dos olhos tão azuis, belo cristal.
Pois diamantinamente; ladrilhaste,
Meus sonhos que quaravas no varal
No azul da tarde pura em que te vi.
Agora a noite chega viras lua
E o brilho em que me guias, continua...
Publicado em: 07/04/2007 09:01:31
Última alteração:28/10/2008 17:06:56


Dou-te tudo o que quiseres,
não precisas pedir mais.
Só te peço que me esperes.
Vamos nos beijar em paz

Esse beijo é bem gostoso
Pois é dado com amor,
Teu cangote é bem cheiroso
Tem o perfume da flor.

Menina venha comigo,
Não precisa se esconder,
Meu beijo não tem perigo,
Ele é dado com prazer.

Toda vez quando te beijo,
Fico todo arrepiado,
Aumentando o meu desejo,
O resto deixo de lado...

Beijo bão, quando se estima,
Que delícia! Eu também acho,
Quando liga lá em cima
Esquenta tudo por baixo!

HLuna
Marcos Loures
Publicado em: 14/04/2007 07:54:26
Última alteração:06/11/2008 09:34:56


Amor que inebria o mundo inteiro,
é vinho do mais doce - refinado.
É sonho bem real e verdadeiro:
nós somos um casal apaixonado.
Nas asas do amor voei um dia,
só encontrei perfume e alegria.

Das terras do sertão donde cheguei
Trazeno uma esperança como guia,
Nas mata adonde um sonho eu embrenhei
Apenas ilusão por companhia;
Dispois di tanto tempo eu esperei,
Inté, meu bom sinhô, rumpê o dia.
Muntado em meu cavalo galopero,
Pércuro um grande amor o tempo intêro.

Apois vêno a beleza da muié
Qui um dia conheci im Fortaleza,
Recupéro aligria e minha fé,
Dexâno bem distante uma tristeza;
Vou contigo, querida onde quisé,
A rainha de toda buniteza!
Nas asa desse amor, o meu corcel,
Galopa nas estrela lá do céu

HLUNA
Marcos Loures
Publicado em: 26/05/2007 13:47:02


Amor sem fim
Chegando assim,
Dentro de mim.
Flor e jardim,
Um querubim
Voando enfim
Em liberdade.
Felicidade
Sinceridade
Na claridade
Dos olhos teus.
Amores meus
Distantes breus
Sonhos ateus,
Em teu abraço
Vou passo a passo
Estreitos laços
Em corpos nus.
Não sei mais cruz
Aonde eu pus
Meu coração.
Em profusão,
Na sensação
Do amor que então
Fez-me feliz...



Neste amor, eternidade,
Encontrei tanta alegria,
Nosso amor é de verdade,
Tanto bem que eu te queria

E vieste em noite clara,
Lua cheia, estela bela.
Meu amor já se declara
Nos teus braços se revela.

Venha ser a minha amada,
Não me esqueço de cantar,
Cada noite ou madrugada
Quando vejo este luar.

Somos dois apaixonados,
Passageiros da esperança.
Corações enluarados,
Neste amor, toda pujança.

Vou contigo e não me canso
De cantar esta emoção,
Quem me dera este remanso,
Deste sonho em sedução...




Não quero ir mais sozinho,
Preciso te encontrar
Nas curvas do caminho,
Nos raios do luar
Amor fazendo o ninho
Querendo se abrigar
Em busca do carinho
De quem quiser me amar.
Chegando de mansinho
Invade areia e mar,
Sem teu amor, definho
E morro devagar,
Meu peito passarinho
Não sabe mais voar
Chorando o pobrezinho,
Querendo te encontrar
Aqui no meu cantinho
Procuro por meu par,
Meu paletó de linho
Não tem por que dançar,
Quem dera ter teu vinho
E dele desfrutar
Bebendo de mansinho
Até me embriagar.
Da dor já me avizinho
Sem poder nem sonhar,
Por isso, meu benzinho,
Vem logo namorar...





Dentre tantas manias, meu amor,
Que tenho eu te garanto, não duvide,
Amar-te é com certeza a mais constante,
Mesmo que este amor já se divide

Em dois, em três ou quatro, um batalhão,
Eu creio que inda reste algum espaço
No coração pra quem tanto te quer,
Ao menos para dar algum abraço.

Mas sei que esta morena é fabulosa,
Jabá com jerimum, filé mignon,
Delícia de banquete em mil talheres,
Mesmo que sobre um pouco, já tá bom..




EU TE AMO... TE AMO

Refaço cada passo
Que andei atrás de ti
Vencido o meu cansaço
Percebo estar aqui
A perfeição do laço
Que um dia persegui
Nos braços de quem amo,
Amor mostra o compasso
Perfeito pr’esta dança
Que mostra que esperança
Se alcança num minuto
Quando esta voz escuto,
Em coração aberto
Bem perto do que sonho
Risonho amor proponho
E rego o meu deserto
Com toda devoção
Quem fora outrora incerto
Se acerta com paixão...
Publicado em: 05/01/2008 19:46:23
Última alteração:22/10/2008 19:35:29




Refaço cada passo
Que andei atrás de ti
Vencido o meu cansaço
Percebo estar aqui
A perfeição do laço
Que um dia persegui
Nos braços de quem amo,
Amor mostra o compasso
Perfeito pr’esta dança
Que mostra que esperança
Se alcança num minuto
Quando esta voz escuto,
Em coração aberto
Bem perto do que sonho
Risonho amor proponho
E rego o meu deserto
Com toda devoção
Quem fora outrora incerto
Se acerta com paixão...
Publicado em: 11/12/2008 17:12:08
Última alteração:06/03/2009 15:37:42


Qual fosse agonizante maravilha
Nasceu no coração paixão imensa.
O quanto que te quero, inesgotável,
O tanto que sofremos, nada além
Da eternidade cruel de uma distância.
Teus olhos, de improviso rebrilhavam
E davam a total expectativa
Da flor que nascerá em primavera...
Publicado em: 16/11/2007 13:34:12
Última alteração:28/10/2008 12:53:40

Amor que ao se entregar permite o sonho
Aonde se matiza um infinito.
Meus olhos nos teus olhos quando ponho
Encontro um céu imenso e tão bonito
Amar e ser feliz, eu te proponho,
Fazendo da esperança um belo rito.
Teu corpo junto ao meu, gozo profundo,
Que inunda de alegria todo o mundo..
Publicado em: 01/06/2008 21:25:51
Última alteração:20/10/2008 20:12:01


EU TE AMO... TODO DIA

Segunda-feira eu te amo,
têrça te quero bem;
na quarta morro por ti,
quinta por mais ninguém.

Todo dia, meu amor
Eu não canso de querer
Seja do jeito que for,
Eu quero amar é você...

Pode ser dia de chuva,
Pode ser dia de sol,
Casamento de viúva,
Casamento de espanhol...

Moça bonita e faceira,
Minha boca não se cansa
De beijar semana inteira,
Nunca me sai da lembrança...

Dou um beijo mais ligeiro,
Ou dou beijo demorado,
Quero ser seu companheiro,
Quero ser seu bem amado...

Lá nas terras do querer,
Encontrei desilusão,
Meu amor só quero ter
Teu amor no coração!

A primeira trova é da região de Santa Maria de Suaçuí, Minas Gerais
Publicado em: 10/03/2007 19:24:47
Última alteração:28/10/2008 18:02:46

EU TE AMO...

Depois de desmanchado esse buquê
Jogada em minha cama, essa saudade
Do tempo em que trazias belas flores.

Não quero mais o brilho sem a lua
Nem quero mais perfumes sem jardim
Tocar tão mansamente em teus espinhos.

Falar desse buquê por sobre a cama
Deitada sem sentir o vento frio
Que vem do coração de quem te adora.
Jogado em tua cama qual buquê...
Publicado em: 02/01/2007 00:48:04
Última alteração:28/10/2008 20:35:43


Querida,

Apesar de os poetas terem afirmado a existência de indizível forma de beleza no sofrimento, confesso jamais ter compreendido esta colocação, considerando-a fantasiosa e fria.

A dor e o pranto sempre me trouxeram pensamentos sombrios e, como as aves fogem das nuvens que anunciam a tempestade, também eu me afastava de todos os que estavam sofrendo.

Entretanto, quando você invadiu a minha vida trazendo a alma repleta de cicatrizes, pela primeira vez descobri que o peso do sofrimento pode trazer à tona, uma “tristeza bonita”, que tudo diz, sem dizer uma só palavra.

O silêncio mudo de suas angústias e decepções falou-me de um modo cintilante, de rara beleza, num mundo que jamais pensei pudesse haver.

Da mesma forma que não se pode prender o raio de luz com as mãos, o seu olhar tristonho não conseguiu esconder de mim a chama de ânsias reprimidas, que ardia, no fundo de sua alma!

Uma chama que incendiou também o meu coração esquentando o frio da insensibilidade diante do sofrimento alheio.

Foi graças a você que passei a enxergar, na dor silenciosa, uma beleza tão grande, como outra igual não vi, em toda a minha vida!

A beleza que vi inundar meu coração, na tristeza do seu olhar, capaz de tudo nos revelar, sem dizer uma só palavra...

Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 23/02/2007 15:13:22
Última alteração:27/10/2008 19:46:12



Eu beijo tua boca, amada minha
Com gosto de desejo, e de melado,
Meu sonho; sei que sempre está guardado

Nas asas desta lúbrica andorinha...
Tocando levemente nos teus seios,
Sentindo a turgidez e o arrepio

Que sinto não se fez só pelo frio
Tampouco pelos medos e receios...
Eu quero ter comigo o teu afeto,

No gosto deste sonho mais voraz,
Ternura e maciez em plena paz
No jogo prazeroso e predileto...

Publicado em: 02/03/2007 12:17:19
Última alteração:28/10/2008 17:23:46




Tem cuidado. A rosa bela
É das flores, a mais linda
Seu perfume nunca finda,
Mas não te aproximes dela.
O seu ramo tem espinho,
Vai ferir devagarinho
Essa tua alma singela...

Deus me fez um beija flor
O quê que eu posso fazer
Se na rosa, o meu prazer,
É por certo encantador
Toda faca tem dois gumes,
Claro, escuro; vaga-lumes,
Todo amor sempre traz dor...

Jardineiro cuidadoso
Não me canso de cantar
Seja no sol, ao luar,
Amar é maravilhoso,
Rosa vermelha, amarela
Meu coração é só dela,
Desse amor que é tão gostoso...

Mas saibas; minha querida,
Estou amando de verdade,
Encontrei felicidade,
Todo amor que houver na vida,
Num jardim tão bem cuidado,
Eu estou apaixonado
Já não tenho outra saída...


Bem me quer meu bem querer,
Me responde o coração
Vai batendo por paixão,
E não teme mais sofrer...
Neste colo faço os ninhos,
Não me importo com espinhos..
A minha rosa é você!


HLuna
Marcos Loures

Publicado em: 13/03/2007 12:41:47
Última alteração:06/11/2008 12:00:07



Amo-te tanto, querida;
É sublime, amar-te assim,
Não concebo despedida,
Te quero sempre, pra mim.

A vida não me negaria,
Pois, tanta felicidade,
Minha maior alegria,
Poder te ter, de verdade...

Minha amada, doce canto,
Em tua boca traduz,
Tanta luz e tanto encanto,
Tudo, em ti, me seduz...

Quero um momento contigo,
De poder me confessar,
Não quero mais o perigo
De viver sem te amar...

Meus segredos? Sabes todos...
As esperanças também,
Não me permito os engodos
De viver sem ter alguém.

Quero, portanto teu beijo,
Quero carícias sensíveis...
És, portanto, meu desejo.
Os lugares mais incríveis...

Contigo, não temo a morte,
Nem a espero, contudo
Não quero perder a sorte,
Te perdendo, perco tudo...

Minha pobre namorada,
Minha rica companheira,
Companhia nessa estrada,
Minha paixão derradeira...

Agradeço tanto brilho,
O que emites para mim,
Te persigo, lindo trilho,
Perfumado de jasmim...

Nos cabelos tão macios,
Nos teus olhos tão bonitos,
Eu me prendo nos teus fios,
Amores mais infinitos...


Publicado em: 16/03/2007 12:17:10
Última alteração:28/10/2008 18:02:40



Quando vi o teu retrato
Eu sabia desde já
Que este amor era de fato,
E decerto brilhará
Vai tomando todo o quarto
Como um raio de luar,
De teu corpo não me aparto,
Como é bom te namorar.
Procurando pelos rastros
Encontrei tuas pegadas,
Maravilhas correm astros
Mil estrelas derramadas...
Publicado em: 14/05/2008 21:12:36
Última alteração:21/10/2008 14:43:37

Todo o meu bem querer guardei pra ti
Nunca duvides disso, meu amor.
Ao te encontrar, querida, me perdi,
Do nosso amor sou simples servidor.

As flores são por vezes bem ingratas
Além dos seus espinhos, os ciúmes.
Não se deixe enganar; se te maltratas
Talvez perca o melhor dos seus perfumes...

Esqueça o malmequer; é mentiroso,
Sou o teu bem-me-quer por toda a vida,
Vivemos nosso caso mavioso,
Não deixe que uma flor, amor decida...
Publicado em: 12/09/2008 15:20:21
Última alteração:17/10/2008 13:24:21


Se, por acaso, ao ver-te; me endoideço
E versos mais audazes tu me inspiras
Amor quando acendendo tantas piras
Se não tomar cuidados, eu padeço.

Querendo teu traçado e tuas horas
Nas mãos que me carinham perco dores
Afloras em sevícias loucas flores
Se fores por caminhos sem demoras.

Desatas as gravatas e meus nós
Amando desta forma a mando dela,
Estrela pressupondo a noite bela
Mandando um alvo leite sobre nós.

Nas regras dos amores, amador,
Aprendo a cada dia a ser amante.
Amar é aprender ser inconstante
Na constância divina de um amor!
Publicado em: 16/09/2008 22:11:01
Última alteração:17/10/2008 13:51:06


EU TE AMO, TE AMO....
Segredos, sonhos,
Mares risonhos
Marés serenas,
Nas noites plenas
Bocas que acenas
Prazer intenso.
Gemidos, risos
E paraísos,
Toques precisos
Sorriso e gozo.
Amor gostoso
Risco fogoso,
Quem, andrajoso
Fora andarilho,
Buscando o trilho
Adentra a festa
Rendido em frestas
Abrindo portas,
Janelas, muros.
Portos seguros,
Teus braços mansos,
Alcanço a glória
Nossa vitória
Que é peremptória
Já vangloria.
Sabendo disto,
Amor que listo
Não mais despisto
Eu aterrisso.
Publicado em: 10/04/2008 21:32:41
Última alteração:21/10/2008 18:23:27


Estendo minhas mãos, carinho terno,
Nos braços de quem amo, engrandecido.
Distante do que penso ser inferno,
Eu agradeço ao Pai por ter vivido,
Que seja, nosso amor, portanto eterno,
A ti, podes saber, agradecido
Por seres a mulher que Deus me deu,
Meu todo, sem ter dúvidas, é teu.
Publicado em: 07/12/2007 19:49:37
Última alteração:27/10/2008 17:39:51


Quando terei descanso nesta vida?
Sorrindo e bendizendo mesmo a dor,
Tantas angústias formam o meu canto,
Meu canto sem encanto, tanto amor...

Depois de ter buscado nas montanhas
O gosto deste amor, meu esplendor.
Depois de ter seguido puro espanto,
Meu canto quer encanto, o teu amor...

Mas nada do que sonho, pude ter;
Vivendo em pleno frio, sem calor.
Na luta pela vida me agiganto
Meu canto pede encanto, o nosso amor...

E sinto que talvez por tanto quanto
Amei amar demais, com tanto ardor,
No canto tão vazio, um doce manto,
O canto que cantei, por tanto amor...
Publicado em: 19/01/2007 22:01:09
Última alteração:28/10/2008 19:13:51



Minha alma sonhadora te procura
Pois sabe que, contigo, terá cura
Das dores mais terríveis desta vida.
De amores que se foram pr’outro mar
Da lua que me esconde o seu luar.

Te quero, com certeza, toda nua,
Na sina que de noite continua,
Tu és minha canção, a mais querida.
Tu és minha esperança de sonhar
Tu és uma vontade de ficar.

De tanto que pensei em noite escura
De tanto que sofri, tanta amargura.
Achando que minha alma era perdida.
Amores que se foram com o mar,
Matando uma esperança de ficar...

Minha alma sonhadora, enfim, flutua,
Ao ver uma esperança nessa lua.
Com raios de minha ama refletida,
Dando-me uma certeza de sonhar
Contigo, meu amor, nosso luar...
Publicado em: 04/02/2007 22:12:35
Última alteração:28/10/2008 18:26:11

Esse nosso amor gostoso,
Tão dengoso
Vem trazendo uma esperança
No teu perfume de rosa,
Tão vaidosa
Minha alma mais feliz, dança.

Eu só quero uma ternura
Toda pura
Nosso amor, um diamante.
Tanto amor; assim, me curo
Sem escuro,
A tua alma deslumbrante...

A minha alma na tua alma
Já me acalma
Sensação de plena paz;
Eu te quero sempre assim
Junto a mim.
Fazer deste amor bem mais.

Eu viajo nos teus sonhos
Tão risonhos
Eu te quero; meu encanto.
Eu estou apaixonado,
Felizardo.
De felicidade eu canto.

Eu te quero a vida inteira
Companheira
Sem temer qualquer tristeza.
Minha vida se completa
Vai repleta
Espelhando essa beleza...

Não me deixes mais sozinho
Passarinho.
Que busca, em ti, seu descanso.
De cantar o nosso amor,
Sonhador,
Com certeza não me canso!
Publicado em: 11/02/2007 09:54:36
Última alteração:28/10/2008 18:07:27



Eu quero o gosto salutar do beijo,
Roçando os lábios, mansidão trazendo;
Nesse querer, aprofundar desejo,
Num renascer, por todo amor, morrendo...
Quero viver ansiedade... Vejo
Nos olhos, brilho do luar, sorvendo...
Ah! Quem me dera conhecer perdão,
Seria assim, como m’erguer do chão...

Eu quero a mansidão do teu carinho,
Quero a ternura mansa de teus dedos
Percorrendo; macios, todo o ninho,
Onde se esconde todos meus segredos...
Eu quero me sentir belo azevinho,
E não guardar, sequer, nenhum dos medos,
Que tantas vezes foram empecilhos,
Que impediram, seguir enfim, meus trilhos...

Eu quero a sombra d’arvoredo em mim,
Beijar as mãos de quem carícia traz.
Sentir o teu poder, trazido assim,
Nessas manhãs que me permitem paz...
Esquecer quem sou, vindo d’onde vim,
Saber cada minuto, ser capaz
De penetrar esses caminhos tortos,
Vou esquecendo tudo, até meus mortos...

Ter amor, ter paixão, felicidade...
Saber que estás, por perto a todo instante;
Conhecer quão amarga uma saudade.
Amor, palavra que traduz constante,
Num diário exercício, liberdade...
Ao contrário, paixão, inebriante,
Delira e me maltrata, sem ter pena,
Enquanto o amor, suave manso, acena...

Perdido num passado me encontrava,
Sem luz, sem brilho, delirante algoz;
Juro-te, então, jamais imaginava,
Que poderia ouvir silente voz,
A voz do coração, que se negava,
Sequer mais uma chance, dor atroz...
Agora que conheço ser feliz,
Mergulho no teu colo e peço bis.

Amiga, me permita um desabafo,
A vida foi cruel, mas é passado...
Da fera solidão, senti seu bafo,
Meu mundo tantas vezes foi errado.
Quantas vezes calado estou, abafo
A sensação feroz do triste cardo.
Nos seus espinhos me feri demais,
Minha memória grita então, Jamais!

Quero a delicadeza de teus pés,
No caminho feliz que me ensinaste...
A vida tantas vezes no viés
Desviou-se do rumo que traçaste...
Meu barco, naufragando sem convés,
És o porto seguro, fiel haste
Sustentas com vigor a minha vida,
Quem dera nunca houvesse despedida...

Se bem sabes o quanto que te quero,
E quanto devo nunca tenhas cismas;
Em cada novo verso, eu sempre esmero,
Tentando prosseguir sem cataclismas;
Porquanto tanto amor, sempre tempero
As luzes vou filtrando em novos prismas...
Amada, nunca fujas de meus beijos,
A vida se traduz nesses desejos..


Estes versos foram feitos há seis meses quando Rita estava grávida de meu filho caçula Marcos Vinícius.

Esta homenagem a essa mãe maravilhosa e companheira dileta nos momentos mais difíceis de minha vida, se torna atual.

Apenas passou a ser subscrita por mais um Marcos.

O terceiro que se encontra sob o abrigo sereno e calmo desta mulher maravilhosa.

Falar que te amo é redundância.

Te agradeço não só os nossos filhos, mas principalmente a paciência e o carinho com que levas a nossa vida.

Marcos Loures

Publicado em: 11/03/2007 12:22:40
Última alteração:27/10/2008 18:53:41

EU TE AMO, TE AMO...

Polvilhas
Teus desejos
Maravilhas,
Rumo certo,
Num momento
Vento bate,
Arrebata,
E já domina,
Mina o gozo
Ouso um canto
Tanto quanto
Encantos deste.
Nortes, sendas,
Vestes soltas.
Teus cabelos
Revoltosos,
Selas, somas,
Seios velas,
E revelas
Teus anseios.
Veios, vias,
Vogas ondas,
Vagas luas,
Nuas pedras,
Perdas, ganhos,
Prendas sonhos,
Sanhas, sêmen
Homem/fêmea
Almas gêmeas
Que semeiam
Em volúpia,
Fúria e tramas,
Chamas, comas;
Fomes, flamas,
Framboesas.
E coesas,
Mais acesas
Sobremesas
Sobre a cama...
Publicado em: 27/09/2007 17:51:00
Última alteração:28/10/2008 14:41:17


Convívio
Vívidos
Lívidos.
Ácidos
Únicos
Hálitos
Confusos.
Formas
Reformas
Formões e
Fornalhas.
Gozo e granizo
Giz e mortalha.
Lagos, afagos, graças
E gramíneas
Linhas convergentes
Ver gentes diferentes
Na mesma criatura.
Amar é com
Viver.
Viperinos beijos
Viciados gozos,
Vícios, precipícios
Ojeriza e desejo.
Trocas de salivas
E venenos.
Palavras são facas de dois gumes,
Cumes e vales,
Valas resvalas
E acalentas meus medos.
Amar é não ser rês.
Amar é não ser
E ser demais.
Drásticas medidas
Sem medidas,
Irremediáveis contemporizações...
Eu te amo, Mariquinha,
Caviar ou canjiquinha.
Mas deixe de conversa
Que a noite não tem dono,
Depois chegando o sono
Apenas resta o ronco,
O mau hálito mordaz
E a vontade de mandar
Tudo pro inferno!
Publicado em: 04/10/2007 17:04:24
Última alteração:28/10/2008 14:07:27

Eu te amo.
Mortalhas dos dias
Antigas senzalas
Distantes fornalhas
Que o vento me trouxe.
Do doce perdido,
Do louco gemido
O frio que resta,
Forrando esta cama,
Sem nada a fazer.
Lençóis de cetim,
Mostrando pra mim,
O quanto já foste
O nada que resta.
No amor, lamparina
A dor, minha sina,
Serralha que amarga
Talvez vire pó.
E o que antes fora só
Agora se renova,
E prova da esperança
Da boca gostosa
Morena sestrosa
Rosa ventania...
Publicado em: 30/09/2007 22:12:50
Última alteração:28/10/2008 14:35:11




Tu bagunças meu coreto
E me fazes ficar doido,
Coração em disparada,
O meu mundo mais afoito,
Acoitado neste canto
Na tocaia da esperança.
Amordaças minha voz,
Em piorra quero infância.
Na clemência deste verso,
Passageiro do futuro,
Carrossel de pensamentos,
Mergulhando vãos espúrios.
Somos somas diferentes
Mas conjuntos intercedem,
Nos arranjos desta vida,
Nem as dores nos impedem
Destas flores recolhidas
Nos canteiros de um amor,
Nas mortalhas que carrego
O teu passo é salvador.
Na saliva que trocamos,
Mesmo altiva me garantes,
Nada disso eu percebia,
Nem saberia bem antes.
Mas sou teu, isso é que importa,
Diferentes, mas iguais,
Porta aberta, sina feita
Nas baladas sensuais...
Publicado em: 10/10/2007 21:39:05
Última alteração:28/10/2008 14:15:52



Dos sonhos que eu carrego neste instante
Percebo tua carne desejada,
Querendo ser de ti, amigo e amante,
O coração em fogo cedo brada,
No gozo de um desejo tão vibrante,
A vida num momento dá guinada
E passa a conduzir em liberdade,
Amor que me trará felicidade...
Publicado em: 27/10/2007 12:33:13
Última alteração:28/10/2008 13:18:09


Teu corpo tão sublime e desejado,
Pintura que se mostra em novas cores,
Prazeres prometidos, lado a lado
Encontro em tua pele; refletores
Deixando o meu caminho iluminado,
Tomado pela insânia dos amores,
Invado o labirinto, tuas pernas,
E as noites prosseguindo são eternas...
Publicado em: 10/11/2007 10:36:35
Última alteração:28/10/2008 12:57:09



Lambendo estas escaras, velhas chagas
Dois cães que em noite plena satisfazem
Os gozos e desejos mais profanos
Mordendo tão solenes quem afaga,
Rosnando pra nós mesmos, sempre em cio.
Num vício que nos leva à redenção.
Nas vilas e favelas, somos ermos.
Perdermos nossos rumos? Não! Jamais!
Apenas escoramos nossos sonhos
Com restos de mortalhas e jornais.
Publicado em: 13/11/2007 21:39:18
Última alteração:28/10/2008 12:53:26




Deixando uma tristeza no passado,
Vivendo em teus carinhos, mansamente.
O tempo da alegria demonstrado
A cada belo encanto e novamente
Seguindo suas trilhas, encantado,
O mundo se transforma, de repente.
E tudo o que eu sofrera, não foi vão,
Depois desta tristeza: redenção!

Publicado em: 19/11/2007 22:41:35
Última alteração:28/10/2008 12:18:29




Canto de liberdade em tom maior
Com toda esta alegria de viver.
Mostrando cada vez mais união
Num gesto de firmeza em tal prazer
Que sempre nos faz ver uma esperança
Na mansa e verdadeira sintonia,
Do dia que virá sem mais espanto,
Do canto mais possante em nossa voz.
Dos nós que nos ataram, solidários,
Dos vários sentimentos mais felizes,
Matizes mais diversas deste céu
Que em mel se fez brilhante em azulejo.
No desejo mais possante e mais capaz
Do nosso sonho audaz de puro encanto,
Do canto em liberdade, amor maior...
Publicado em: 30/11/2007 12:38:02
Última alteração:28/10/2008 12:14:19



E viva sacanagem dia a dia,
Sagrando nossa sorte tão bendita
Na carne que se espalha a cada orgia,
O gozo desta glória sem desdita.
Roçando tuas coxas, bem queria
Orgástico prazer que se repita
Nas pernas, coxas, bocas e virilhas
Esparramando méis e maravilhas...
Publicado em: 22/11/2007 16:02:08
Última alteração:28/10/2008 12:16:51




Eu quero o gosto salutar do beijo,
Roçando os lábios, mansidão trazendo;
Nesse querer, aprofundar desejo,
Num renascer, por todo amor, morrendo...
Quero viver ansiedade... Vejo
Nos olhos, brilho do luar, sorvendo...
Ah! Quem me dera conhecer perdão,
Seria assim, como m’erguer do chão...

Eu quero a mansidão do teu carinho,
Quero a ternura mansa de teus dedos
Percorrendo; macios, todo o ninho,
Onde se esconde todos meus segredos...
Eu quero me sentir belo azevinho,
E não guardar, sequer, nenhum dos medos,
Que tantas vezes foram empecilhos,
Que impediram, seguir enfim, meus trilhos...

Eu quero a sombra d’arvoredo em mim,
Beijar as mãos de quem carícia traz.
Sentir o teu poder, trazido assim,
Nessas manhãs que me permitem paz...
Esquecer quem sou, vindo d’onde vim,
Saber cada minuto, ser capaz
De penetrar esses caminhos tortos,
Vou esquecendo tudo, até meus mortos...

Ter amor, ter paixão, felicidade...
Saber que estás, por perto a todo instante;
Conhecer quão amarga uma saudade.
Amor, palavra que traduz constante,
Num diário exercício, liberdade...
Ao contrário, paixão, inebriante,
Delira e me maltrata, sem ter pena,
Enquanto o amor, suave manso, acena...

Perdido num passado me encontrava,
Sem luz, sem brilho, delirante algoz;
Juro-te, então, jamais imaginava,
Que poderia ouvir silente voz,
A voz do coração, que se negava,
Sequer mais uma chance, dor atroz...
Agora que conheço ser feliz,
Mergulho no teu colo e peço bis.

Amiga, me permita um desabafo,
A vida foi cruel, mas é passado...
Da fera solidão, senti seu bafo,
Meu mundo tantas vezes foi errado.
Quantas vezes calado estou, abafo
A sensação feroz do triste cardo.
Nos seus espinhos me feri demais,
Minha memória grita então, Jamais!

Quero a delicadeza de teus pés,
No caminho feliz que me ensinaste...
A vida tantas vezes no viés
Desviou-se do rumo que traçaste...
Meu barco, naufragando sem convés,
És o porto seguro, fiel haste
Sustentas com vigor a minha vida,
Quem dera nunca houvesse despedida...

Se bem sabes o quanto que te quero,
E quanto devo nunca tenhas cismas;
Em cada novo verso, eu sempre esmero,
Tentando prosseguir sem cataclismas;
Porquanto tanto amor, sempre tempero
As luzes vou filtrando em novos prismas...
Amada, nunca fujas de meus beijos,
A vida se traduz nesses desejos...





Bruxuleante luz que me transtorna tanto...
Me embaço em teu olhar, são minhas esperanças
Do dia que trará um novo e belo canto...

Cansado de viver somente em duro pranto;
Buscando no teu mar augúrios das bonanças,
Um brado do meu peito; amor... Alto, levanto!

Profano sentimento envolve-me, n’espanto
Rompendo em minha dor antigas alianças
Trazendo um sentimento onde, enfim, me agiganto!
Nas fúnebres saudades onde escondes
As luzes das promessas, velhas frondes,
Encontro a solidão, manto de treva.
Mesquinho sentimento de vingança
A noite dos amores, triste neva,
Levando nos seus braços, a esperança...

No pássaro canoro, um bom parceiro,
Também aprisionado num viveiro,
Procura pela luz e claridade.
Meus olhos vagueando pelos céus,
Buscando tão somente claridade,
Envoltos na penumbra destes véus!

As vastas amplidões obnubilaram
Desejos tão sutis que te esperaram.
Não vieste, sequer deste notícia,
Não pude compreender tua saída.
A noite me açoitando traz sevícia,
O mote que deixaste, despedida!

Ataste nos meus punhos a corrente
Com a qual me tornaste teu cativo.
O frio tão soturno e envolvente
Dormita em cada canto aonde vivo...

As noites inflamadas de desejo
Em passos miasmais traz o relento.
A boca onde derramo o manso beijo
Se esparsa no universo. É a do vento...

Quem fora, noutros tempos o meu cais,
Degeneradamente se destrói.
Promessas de viver, nunca, jamais...
A vida sem futuro; como dói!

Vieste na promessa não cumprida,
Viveste em profundezas colossais.
Na porta da chegada, a de partida,
Meu barco, naufragando, cadê cais?


As cartas que legaste, testemunho
Dos sonhos já desfeitos. Fecho o punho
Em lutas com fantasmas que não vejo.
As ânsias mais ferozes de outra sorte
Destroem-se, infelizes, num lampejo
Tão fantasmagórico, de morte.


Versejo procurando meu espaço
Por entre siderais constelações
Embalde, não encontro meu regaço,
As dores me devoram, borbotões.
Dos sonhos que já tive; sequer traço,
Em plena tempestade, confusões...
A vida que já fora minha fonte,
Desmaia-se, chorosa, no horizonte!


Mergulho as esperanças neste açude
Das águas que lacrimo sem descanso...
A dor é companheira e amiúde
Me espreita e não permite mais remanso.
Nem olhos suplicantes, nada ilude,
Trôpegos passos, pernas, pernas, tranço...
A mansidão farsante não me engana
Das cruzes do meu peito já se ufana.

Não posso desculpar quem não me quis,
Embora tantas vezes fui feliz,
Mentiras, sedimentos de esperança?
O gosto da tortura sangra lábios,
Penetra, destrutiva, venal lança.
Amor, jamais achei, meus alfarrábios.


II

Estrelas refulgentes, brilho esparso,
Em tantas solitudes me desfaço
À beira deste rio enluarado.

Escaras e profundas cicatrizes
Herdadas qual noturnas meretrizes
Denotam este amor des’perançado...


Canto que cantaste,
Lua que me deste
Rasga a bela veste
Morre sem luar
Negando esperança
Morre e não avança
Não sobra fina haste
Nem luz a brilhar.

Rasgo meu cometa
Disfarço ciúme
Esqueço o perfume
Mato a doce rosa
Perco meu jardim
Aborto o jasmim
Perco essa luneta
Morro sem luar...

Eu já busquei primavera
Minhas noites do sertão,
Encontrei a solidão
E beijei esta pantera
Acariciei tal fera
Disso não faço segredo
Minha herança? Meu degredo.
O gosto amargo do fel,
O meu barco de papel,
Naufragou, morreu de medo...

Vestido de lua clara
Buscando por claridade,
Eu carrego esta saudade,
Jóia bela e muito rara
Com a qual não se compara
Nem o raio deste sol
Nem o belo girassol
Nem o verde desta mata
Nem o véu, minha cascata,
Nem o brilho do farol!


Vestido de tanta lua
Encontrei um novo amor
Espinho recende flor
Ladrilhei de novo a rua
Minha vida continua
Não quero mais minha morte
Me revigoro, estou forte,
Meu caminho vai ao mar
Essa noite de luar
Já é meu rumo, meu norte...
Publicado em: 29/12/2007 21:34:41
Última alteração:22/10/2008 21:20:18


Entendo os teus receios, minha amada.
Olhando com cuidado de quem sabe
Que a vida deve ser maravilhosa,
Não quero que este amor, um dia acabe.

No sabre dos desejos, ser audaz,
Às vezes nos traz dores e angustia.
Eu tenho a mansidão dos que se aquecem
Na fonte com doçura em calmaria.

Virei bem da maneira que quiseres,
E sou mais paciente que imaginas.
Embora nas centelhas eu me inflame,
Adentro calmamente ricas minas.

O medo não impede o puro amor
Que mostra-se em sorrisos e benesses.
Eu vejo em ti decerto uma mulher,
E adoro todo amor que me ofereces...
Publicado em: 07/04/2008 13:26:20
Última alteração:21/10/2008 20:00:28



Felicidades mil, ele me traz
Não sendo, embora, aquilo que mais quero,
Das coisas boas que ele sempre faz
Um bem-querer infindo sempre espero!

Nesse teu rosto, ao ver teus lábios quentes
Posso sonhar co’os beijos perfumados
Que em vida se fizeram tão ausentes
E que, de ti, jamais foram roubados.

Por isso, nada exprime esta loucura
De teu amor buscar, com mais prazer
Mas quando, um dia, o mesmo acontecer,

Eu estarei perdido na procura,
Pois este amor que, em vida, me consome,
Força maior não há, que o prenda ou dome...

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 17/04/2008 12:36:17


Riscos ritos rumos
Sumos somos um
Fomos gomos vários
Hoje amor nos une
Única vontade
Ultimas maravilhas
Ilhas tão distantes
Hoje um arquipélago.
Publicado em: 16/04/2008 19:34:31
Última alteração:21/10/2008 18:25:04



Espalhas poesia pelo chão
Enquanto te procuro pela rua,
Desfraldas maravilhas, desejosa,
A rosa despetalo, e quero nua

Colhendo os seus prazeres sem pudores,
Espinhos desconheço, sigo em frente
Perfumas o meu corpo, bela rosa,
Os gozos derramados qual torrente.

Afoitas, nossas línguas bandeirantes
Avançam Eldorados noite afora,
Nos languescentes corpos que se dão
A fonte, raro gêiser, já se explora

Sorvendo cada gota quero sempre,
E cada vez com fúria tu me dás,
Insaciável rota que tomamos,
Até que o dia e trague a paz...
Publicado em: 24/04/2008 17:45:47
Última alteração:21/10/2008 13:27:19


Na solidão do mar
Procuro te encontrar
Deitada a descansar
Minha bela sereia
O vento vai batendo
O sol vai ascendendo
Amor vai acendendo
Calor aqui na areia.

As ondas vão quebrando
As conchas marulhando
O tempo vai passando
A vida tece teia,
A tarde vai chegando
O dia terminando
A lua iluminando
Amor já me incendeia...

Publicado em: 19/04/2008 20:37:38
Última alteração:21/10/2008 13:13:28


Lembra-me aqueles momentos
em que não estiveste ao meu lado.
E, em repúdio aos sofrimentos,
Meu coração foi lacrado.

Mal sabias que em tormentos
Andava triste e marcado,
Aflorando os sentimentos,
Querendo estar a teu lado.

Deixaste-me ao abandono,
com amores que eu nunca quis!
E, à busca de um novo dono,
Deste coração infeliz!

Mas voltei como de um sono,
Sem ter sequer cicatriz,
Rainha; volte ao teu trono,
Comigo serás feliz!

MILLA
Marcos Loures
Publicado em: 11/07/2007 18:57:01
Última alteração:05/11/2008 19:32:08




Amada, como é bom sentir o vento
Soprando em meus ouvidos o teu nome
Tu vives já em cada pensamento,
Fazendo com que a sorte já retome

Caminhos que deixara de saber,
Por tanto tempo; eu sei, te procurei,
Agora que consigo perceber
Que amar é novamente sina e lei,

Eu quero mergulhar no teu regaço,
Sentir o teu perfume junto a mim,
E descansar dolente, no teu braço,
Gritando: Sou feliz! Meu Deus, enfim...

Eu quero ser teu par na contradança
Da vida prometida em belo sonho,
Preciso prosseguir nesta aliança;
Promessa de um futuro mais risonho...

Menina que Deus pôs em meu caminho,
Depois de tantos passos mais incertos,
Escute este cantar de um passarinho,
Oásis que encontrei em mil desertos!
Publicado em: 29/08/2007 09:13:35
Última alteração:28/10/2008 16:39:55



Quem me olhar arqueando as sobrancelhas
Sobrando dissabores e rancores
Nos cancros que demonstram invejosos,
Mancos pensamentos já se enfurnam
Nos olhos de quem nunca foi feliz.
No triz que a vida mostra pra quem ama,
Perfumes mais gostosos, cio e gozo.
Decerto não souberam. Esqueceram?
Duvido, pois quem goza não se esquece.
Mas venha abrindo as pernas devagar
Que agora a jiripoca vai piar!
Publicado em: 20/09/2007 19:41:59
Última alteração:28/10/2008 15:29:41




Noite imortal, carnívora, lasciva,
dois corpos se adentrando em fogo e gozo,
prazer compartilhado, doce ardência
do jogo que se quer, maravilhoso.

Orgásticos pendores, luas, sendas,
amor que já perdeu qualquer um nexo,
rondando qual falena em volta à lua
meus dedos vãos vagando no teu sexo

E encontram em seus rumos umidades
as grotas inundadas da paixão.
E a noite que sangrentas tempestades
exige meu amor, repetição...
Publicado em: 21/09/2007 18:26:23
Última alteração:28/10/2008 15:30:20


Bocas inebriadas dos desejos
Vasculham sem cessar, corpos e mentes.
Resgate da loucura em que engendrei
Meus gozos e torturas mais prementes.

Tua nudez exposta, escancarada,
Fornalhas e lareiras que adivinho.
Bebendo do teu néctar, redimido
Pelo prazer divino, tinto vinho.

Desmaia nos meus braços, brônzea tez,
Rogando em euforia, cada prece
Em tuas catedrais, altar insano
Aonde num delírio se estremece...
Publicado em: 24/09/2007 19:17:19
Última alteração:28/10/2008 15:36:52


Murmuras mil palavras em mistérios,
Num frenesi que açoda e me contém.
Ao mesmo tempo dás a tua rosa,
Depois já tudo negas, nada vem...

Eu quero o que tu queres, não discuto.
Apenas desfrutar desta alquimia
Que sabes, nos devora e nos atiça,
Trazendo para o amor total magia,

Querendo te tocar, beijar num êxtase
Com rara plenitude em santa fúria,
Deitar-te em minha cama, assim desnuda,
Rompantes de loucura e de luxúria...
Publicado em: 26/09/2007 20:43:03
Última alteração:28/10/2008 14:40:52



Voando em céu liberto e sem fronteiras
Alçando o gozo pleno da existência,
Palavras que se mostram timoneiras
Dos rumos que preciso em coerências
Nas horas mais felizes, altaneiras
Amor é feito em gozo e providência.
Alimentando sonhos, esperanças
Amor nos permitindo novas danças..





Encantado em magias, feiticeira,
Amada que me doma, companheira
De versos e verões, verbos, vontades,
Vagamos pelas vagas, oceanos.
Vivemos tão vorazes, as verdades,
Jamais cometeremos desenganos.

Publicado em: 05/01/2008 18:53:56
Última alteração:22/10/2008 19:35:10

Contido no meu peito
Um grito que não solto,
Andando pelas ruas
Te vendo nas calçadas
Eu sinto que jamais
Talvez tenha a coragem
De dizer o quanto
Desejo-te demais...
Meu coração viaja
E sonha com teus beijos,
Seixos que rolam juntos
Na correnteza da vida...
Publicado em: 15/05/2008 17:36:12
Última alteração:21/10/2008 18:31:34


A lei que me domina o pensamento,
Amar assim demais, além de tudo
Regendo minha vida, sem contudo
Se resguardar da dor e do tormento,
Causando-me, por isso, sofrimento.

Pereço sem ter paz, solto no vento,
No coração disperso e tão miúdo,
Sabendo que afinal, eu nunca ajudo,
Mergulho neste amor um sentimento
Que quase sempre nega entendimento.

Por que viver assim em tanto engano?
É certo que demais amor maltrata
Enchente enfumaçando uma cascata
É barco que sem leme, perde o plano.

Amor que me fizera tanto dano,
Recebo com carinho em serenata.
Amor que acarinhando já me mata
Afogado em seus sonhos, oceano...
Publicado em: 18/09/2008 09:03:52
Última alteração:03/10/2008 13:58:15


Um meteoro vaga em noite imensa,
Ateia fogaréus por onde passa.
Entrando no planeta em convulsão,
Fecunda o belo chão e não disfarça.

Desejando entranhar por terra adentro,
Provoca furiosa tempestade.
Em terremotos trava seus delírios
Fornalhas encantadas, saciedade.

Fluindo pela furna, incandescente,
A lava se esparrama fecundando.
Assim ao se espalhar já trama a vida,
Que aos poucos, sempre vai se renovando...





EU TE AMO, TE AMO... /


Continuo a esvoaçar no teu espaço...
O eco a repetir o meu riso...
Alegria, paixão, amor....
Sereia, ninfa, deusa....
Ou apenas quem tu amas...
Que te ama também...
Feliz se sente.........



Amor indecente
Ausência de freios
Dos deuses tementes
Lambendo teus seios
Cravando teus dentes
Amor sem receios
Presentes e risos,
Molhadas lambidas
Suor, paraísos
Mistura de vidas.
Ousadas sem nexo,
Felicidade traz,
Amor gozo e sexo,
Inocência audaz.

Frutos e flores
Cores e méis
Distantes pudores
Delícia em motéis.

Verão tropical
Prazer, desespero.
Se faz sensual
Do sal, seu tempero.

Taperas e choças
Palhoças e mato,
A vida que adoças
Gostosa de fato...

Falando mais baixo
Gritando o prazer,
Ser feliz.


MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 06/10/2007 11:21:34
Última alteração:04/11/2008 11:52:49


Amar é ter certeza a cada passo
Da estrada que se mostra à nossa frente,
Querida, eu na verdade não disfarço
O quanto estou – contigo- tão contente.
Estreito em cada verso mais o laço
No qual tanta alegria se pressente.
Não deixe que este sonho, amor acabe,
Nem mesmo que o castelo – amor- desabe..




.
Eu quero no teu colo o meu remanso,
Fazendo desta noite um sonho belo,
Contigo um infinito logo alcanço
E todo o meu prazer já te revelo
Falando deste amor, não me canso,
Meu corpo no teu corpo assim atrelo
E bêbado de luz, vou caminhando
Seguido a cada noite te buscando...




Na magnitude deste amor
Imensidão de mares tantos
Sete pecados, sete mares
Setembros primaveris
Tramando eternidade
Em perfumes raros.
Aconchego
Encontro
Num remanso intenso
Vencido pelo amor
Enrosco minhas esperanças
Nos teus olhos
E colho o fruto
Desejado e proibido
Do amor ilimitado.


Os olhos que soturnos flamejaram,
Mudando minha vida em cada aspecto
As carnes tão gentis dilaceraram,
Entrando em pensamento mais secreto,
Meus olhos sem limites devoraram
Deitando o fino amor, puro e discreto,
No corte mais profundo a cicatriz
Gritando para o mundo: sou feliz!
Publicado em: 10/11/2007 13:37:45
Última alteração:28/10/2008 12:51:26




Eu quero te sentir adormecida
Dolentemente entregue nos meus braços,
Sentindo a fortaleza destes laços
Que fazem a razão da minha vida...

Eu quero te ninar; menina linda,
Em toda brejeirice, essa morena
Trazendo a meninice que me acena,
E me diz que estou vivo e amo ainda...

Deitada no meu colo, num acalanto
Gostoso que não paro de ninar,
Eu quero em meu amor já te levar;
À terra do prazer em doce encanto...

Publicado em: 28/02/2007 21:04:00
Última alteração:28/10/2008 17:24:17



Boulevard dos Sonhos Desfeitos

É noite. Caminhando passo a passo,
Na rua solitária, escura e fria,
Espero a madrugada. A luz sombria
Dos bares que se fecham, pelo espaço,

Desaparecem todas, sem poesia...
Vultos informes passam, braço a braço
Por mim; o meu cigarro despedaço
Enquanto a madrugada se anuncia!

Súbito, um canção, ao longe escuto!
Paro – De onde virá? Minh’alma vibra,
Enquanto a melodia, num minuto,

Os espaços ocupa e a tudo invade!
Nossa canção de amor! Fibra por fibra,
Meu coração soluça, de saudade!...


Saudade deste tempo tão feliz
Jogado nos porões de um existência.
Voltar para o passado, um aprendiz
Seria um ato simples de clemência.

Um coração marcado em cicatriz
Levando um sonhador a tal demência,
Vagando bar em bar... Tanto te quis!
Agora só me resta a penitência

Das noites pelas ruas, avenidas...
Dos meus sonhos desfeitos; nada, nada..
Somente as noites frias, as calçadas...

Ao longe... Nossa música a mostrar
Quão foram diferentes nossas vidas...
Só me restam sarjetas... Boulevard...

Marcos Coutinho Loures
Marcos Loures
Publicado em: 09/05/2007 08:40:39
Última alteração:06/11/2008 08:04:48



Olhares incisivos que trocamos
Em meio a tempestades, solidão.
E logo após, querida, nos amamos,
Na fome do desejo e da paixão.
Nesta vontade louca de te amar,
Meu mundo, nos teus braços, entregar.

Não me esquivo do fogo da verdade
Que mostra esta vontade cristalina
De termos, nosso amor, sinceridade
Com toda a liberdade que alucina
E faz a gente sempre ser feliz,
Sem mágoa e nem tristeza em cicatriz...







Eu te amo querida
Além do que pensas,
A vida se perde,
Sem dar recompensas

Distante de ti
Sem ter mais um rumo,
É fruta que morre
Sem semente ou sumo.

É barco que vai
Sem cais nem chegada,
É noite que morre
Sem ter alvorada,

A sorte se amarga,
Pior que jiló,
Te peço, não deixes
Meu coração só.

Beber desta boca
Gostoso veneno,
Amor me domina,
Em teu corpo, pleno.

E assim, por favor
Não vá nunca mais,
Sem ter teu carinho,
Meu mundo sem paz...


Andarilhos em busca do infinito
Fazendo deste amor nave suprema,
Trazendo uma alegria como rito,
Do canto em esperança nosso lema,
Espaço sideral sonho bonito
Distante de qualquer dor ou problema,
Amantes das estrelas, navegantes
Dos sonhos mais sublimes, delirantes...







As nuvens vão vagando pelo céu,
Barquinho em correnteza, de papel,
O canto da ciranda cirandou.

Encontrei a morena amor sem dó,
Na terra que sonhara, em Tororó,
Nos braços da morena agora estou.

O anel que era de vidro se quebrou
O amor que era tão pouco se acabou
Apenas a lembrança inda ciranda,

Do bosque solidão achei o anjo
Num grupo sertanejo toca banjo,
Assim a minha infância já desanda.

O gato já fugiu de dona Chica,
Minha morena, agora ficou rica,
Foi de marré, marré, marré d’ici,

Sobrou essa morena em minha rede,
O resto? Pendurado na parede,
Morreu? Bem, na verdade, mora aqui!
Publicado em: 19/04/2008 23:12:17
Última alteração:21/10/2008 13:13:59




Alçando em teus carinhos, o infinito,
Bendigo a vida em plena sintonia,
Do amor que há tanto tempo estava escrito,
Dourando a minha vida em alegria,
De tudo o que disser ou que foi dito,
Jamais uma palavra me traria
A tradução perfeita que persigo,
Falando deste amor, audaz e amigo.

Os dias sem te ter vão penitentes,
As horas já não passam; tristes, duras,
Teus braços como raios envolventes
Garantem caminhadas mais seguras,
Teus olhos que me guiam, reluzentes,
Banhando cada passo com ternuras.
Carícias se derramam como lavas,
Minha alma ganha espaço e vai sem travas.

A cada novo dia, mais contente,
Canteiro em profusão, perfeitas rosas,
Um sonho mais feliz, vida consente,
Distante das outrora temerosas
Tempestas em vazios penitentes
Agora em emoções maravilhosas,
O sentimento ganha da razão
Na força desmedida, uma paixão...

De toda uma ilusão, amor restou
Tornando o meu viver bem mais atento,
Sabendo deste sonho; iluminou
Rondando em emoção meu pensamento,
Amor que num segundo se mostrou
Ausência de mentira e fingimento.
A vida nos teus braços determina
Que a sorte se refaça, uma menina.

Taquicárdico e louco coração
Nos passos do desejo vai, levado
Pelos raios mais fortes da emoção,
Recebe a ventania em calmo prado,
Fazendo sem saber, revolução,
Completamente insano, assim tomado,
Provoca hemorragia, inundação,
Fagulhas incendeiam cada dia,
Tornado em sentimento, fantasia...
Publicado em: 20/10/2007 12:10:21
Última alteração:28/10/2008 13:09:30




Amor sem fim, eterno labirinto
Aonde em cada passo mais me prendo,
Bebendo deste amor luz eu pressinto
E como um prisioneiro eu já me rendo.
De toda esta emoção que agora, sinto,
Segredos e mistérios eu desvendo.
Cativo deste amor; vou a teus pés,
Amando em paradoxo estas galés...





Depois de te buscar a noite inteira
Por becos, ruas, vilas, vou sem eira
Tentando te encontrar a qualquer preço.

Que faço se não tenho nem indício,
Amor que se prepara em precipício
Por certo não deixou nem endereço

Que faço meu amor se não te vejo
É tudo o que mais quero e que desejo
Poder tocar teu corpo mansamente.

A boca delicada, carmesim,
O mundo que guardei dentro de mim,
Rodando nada pára em minha mente...

Busquei pelos teus rastros nas estrelas,
Cansado não bastou-me só revê-las,
Te imaginava entregue à deusa lua...

Não encontrei nem sombra dos teus passos,
Depois de vasculhar todos espaços
Minha alma sem te ter morrendo nua...

Agora que adormeço nesta cama,
Que sinto o teu calor em forte chama
Pressinto que encontrei-te, meu farol...

Ardendo o velho peito em claridade,
Te encontro e me traz felicidade
Bem dentro do meu peito, deusa-sol!



Na festa em que se fez o nosso amor,
Que é bem maior agora que foi ontem.
Brilhando como um sol neste horizonte,
Realça seus matizes e seus tons.
Amor que se faz pleno em alegria
E assim já se repleta em poesia.
Ajuda-nos nesta arte de viver...
Amor que nos dá força pra cantar
E a cada novo dia festejar
Farol que incendiando cada olhar
Indica nossa meta em bom caminho...
Contigo, nunca mais irei sozinho
Já tenho uma esperança como rumo,
Num mundo de total felicidade...





Eu quero em teu amor ser mais feliz,
Embora reconheça; um aprendiz
Sempre erra a cada instante. Me corrija
Das faltas cometidas, meus enganos.
Preciso; meu amor, que me dirija
E acerte o rumo destes nossos planos...

Às vezes não consigo perceber
Se ajudo ou se atrapalho o teu viver,
São tantos meus pecados pela vida,
Pecados cometidos na incerteza
Por muitas vezes sinto-te perdida,
Os olhos vagos, cheios de tristeza...

Mas saiba que eu te adoro e, muito mais,
És mais do que pensei ter, pois jamais
Pensei pudesse ter tanta ternura,
Vivendo nosso amor com emoção
Na sensação divina e quase pura...
Por isso, meu amor, peço perdão!

Publicado em: 04/03/2007 15:53:53
Última alteração:28/10/2008 18:03:32


A noite salpicada em mil estrelas

Que tramam belas telas neste astral

Rondando entre essas nuvens meteoro

Mergulha sobre as águas do oceano..



As ondas quebram na areia

Brilhosas em fantasias

Nessa areia incandescente

Belezas e poesias...



Deitando nesta praia

Sob manto de ternura

O vento lentamente

De toda dor me cura...



E ardo por ti

E penso em ti

E chamo por ti....
Publicado em: 03/07/2007 05:36:44
Última alteração:28/10/2008 17:03:42


EU TE AMO, TE AMO, TE AMO...

meu coração sertanejo
vai buscando a lua cheia
tanto amor, tanto desejo
nesta noite me incendeia

candeeiro da paixão,
acendeu minha vontade
de viver esta emoção
de encontra a claridade,

neste mar, areia clara,
nos teus braços, pequenina,
meu amor é jóia rara
que tão cedo me alucina.

Quem me dera se eu pudesse,
Namorar a noite inteira,
Ilusão, meu peito tece,
Na paixão mais verdadeira...
Publicado em: 03/10/2007 16:29:49
Última alteração:28/10/2008 14:05:54


Amor tanto bendigo
Eu sei que sabes disso,
Cantando noite e dia,
Eterno compromisso

De ser bem mais feliz
Sem medo de trapaça
O coração exposto
Não usa carapaça.

Em cada beijo teu
Um toque benfazejo
Promessa em esperança
Daquilo que prevejo

Um mundo mais gentil,
Uma amorosa gente,
Que sonha e sempre alcança
O que se faz premente.

Felicidade imensa
Saber que estás comigo,
Num versejar mais puro,
De amor que assim bendigo...
Publicado em: 02/02/2008 20:09:49
Última alteração:22/10/2008 16:46:38


Vasculhei teu corpo
em uma procura diuturna e incansável.
Bebi de cada fonte que encontrara
neste caminho verdejante de esperanças
e ao mesmo tempo rubro de desejos incontidos.
Passando pelos portos,
norte a sul,
percebi a suave elegância
das formas deste continente,
de trópicos e de nevascas.
Principalmente de inundações e avalanches.
Nas belas cordilheiras,
tocaias espreitando as bandeiras mais audazes.
Nos vales,
os mistérios em profundidade
e no convidativo orvalho que emerge e,
volta e meia, explode em dilúvios espetaculares.
Tantas vezes ausente de mim mesmo
me perdi entre as curvas mais fechadas.
Ausência rápida e tão fugaz
que nem mesmo percebeste
ou fingiste não perceber.
Nas sublimes emboscadas,
feitas em risos e gargalhadas,
francas e sutis,
tive a verdadeira noção de que fui feliz.
Pela primeira e última vez em minha vida,
fui ABSOLUTAMENTE feliz.
Publicado em: 25/11/2007 14:34:53
Última alteração:28/10/2008 12:15:20


Minha alma
Uma alameda
Feita esperança
Convida para a dança
E te chama.
Vencendo os meus temores
De criança,
Fazendo uma lambança
Em meio a flores,
Encontro já a rosa
Que se entrega
À doce sedução
Deste bailado
Que é feito
Com sabor
Doce pecado,
Sem tréguas
Tais entregas
Nosso fado.
Vem logo
Agonizo se não vens.
Graniza o coração
E se congela
Estrela
Que descendo
Fez-se mar,
Vontade
de jamais
aos céus
voltar....
Publicado em: 08/04/2008 19:05:34
Última alteração:21/10/2008 18:13:51



Vem logo
Que o jogo
Termina
Quando o juiz apita
Se na grita
A Geral
Ensaia uma vitória
Do adversário
No final de tudo
Se eu mudo
Ou se mudo
Estou.
Nada importa
Aporta o vento
A porta aberta
Expõe
A face do libertário amor...
Publicado em: 24/04/2008 19:50:11
Última alteração:21/10/2008 13:28:52



Todo encanto que recebo
De teus lábios meu amor,
Deste amor que tanto bebo
me inebrio em teu calor
encontrando alegre porto
nos teus braços eu me aporto...
Publicado em: 24/09/2008 16:38:11
Última alteração:02/10/2008 14:01:37


Alcanço no meu mote
Amor o teu cangote
E faço deste amor
Gostoso cacoete
Amando novamente
Sem tréguas sem ter tédio
Fazendo um reboliço
Que abala todo o prédio
Amor virando vício
Em carinho- feitiço
Sem tramas nem cadinho
Mostrando uma alquimia
Que traz aurora e dia
Em vento promissor.
Vem logo que a promessa
De chuva não mais passa
Pantera sou a caça
Agora vamos nessa
Que a vida é boa à beça
Já basta de conversa
E vamos namorar!
Publicado em: 04/08/2008 20:05:33
Última alteração:19/10/2008 22:14:15


Estrela que nasceu na morte de Maria
Brilhante qual a lua embeleza meu céu...
Por mais que desejei a beleza do véu
Não mais me trará paz, verei, a cada dia

A marca que deixei da morte que carrego.
Lembro-me, sem querer, de cada nova noite,
Do beijo e do carinho em todo esse pernoite
A morte que te dei, na vida deixa cego...

Agora que morreste, espero meu destino
Em cada tempestade o resto que me trazes
São luas que não vejo, o ferimento, as gazes,
O mar que me devora, o sonho do menino...

Maria nunca mais terei de novo a sorte
De ter o teu desejo e morder tua boca.
A noite que te trouxe e te levou vai louca
Em nosso manso leito, a sombra desta morte!
Publicado em: 05/11/2008 17:18:34
Última alteração:06/11/2008 11:59:18


Reféns do amor imenso que nos toma,
Fazendo desta vida, glória e paz,
Dois corpos multiplicam cada soma
E a vida nos propõe um canto audaz
Quebrando a solidão, já sem redoma,
O manto da alegria, a noite traz.

Imerso na emoção que a vida traz,
Um vento benfazejo vem e toma
Rompendo em temporal, velha redoma,
Promessa de alegria em plena paz.
No passo corajoso e mais audaz
Felicidade chega e sempre soma.

Amor que em amizade faz a soma
Já sabe da emoção que assim nos traz
Quem tem o coração liberto, audaz,
As rédeas da existência; sabe e toma
Adentra um infinito feito em paz
E rompe da distância tal redoma.

Na proteção mais sólida, redoma,
Quem tem uma esperança sabe a soma
Que resulta decerto em plena paz,
Em dura tempestade, a noite traz
A força que terrível tudo toma,
Porém o amor sincero é mais audaz.

Sem medo, em meus caminhos, sou audaz
Amor proporcionando uma redoma
A mão de quem protege sempre toma
O leme que se faz na firme soma
Que o amor em força incrível já nos traz
Tramando em calmaria a nossa paz.

Quem sonha um mundo feito inteiro em paz
Já sabe quanto é belo, raro, audaz
O encanto que o amor a todos traz,
Tristezas já não vencem tal redoma.
Meus braços em teus laços; bela soma
Que a direção da vida, mostra e toma.

Amor que já nos toma em plena paz
Fazendo desta soma a mais audaz,
A divina redoma que amor nos traz...
Publicado em: 12/02/2009 14:43:33
Última alteração:06/03/2009 06:46:21


EU TE AMO, TE AMO, TE AMO
Na rua não sei de onde
puseram não sei que santo,
pra rezar não sei o quê,
e ganhar não sei lá quanto.

Tanta coisa nessa vida
A gente tem quer aprender,
Onde termina a saída,
Onde começar o querer,

Quantas manhas tem um burro,
Quantas estrelas no céu,
Na ponta de faca, o murro
Tinta de sangue em papel,

É tanta bala perdida,
É tanta gente sofrendo,
Tanta dor que tem na vida,
Que da vida, vou morrendo...

Até meu fumo de rolo
Já tá fazendo bem mal,
O açúcar deste bolo,
Não é nada natural.

Meu dente de porcelana,
O seu cheiro boticário,
Tanta coisa já me engana
Amor virou relicário...

Sapo vira perereca
Perereca vira sapo,
Toma cuidado, boneca,
Se beijar toma sopapo...

Carro vira cachaceiro,
Tem gente cheirando cola
O meu amor verdadeiro
Comeu merenda na escola,

Agora não sei mais nada,
Se gosto ou não afinal,
Beijo de mulher amada,
Ficou artificial,

A boca da minha morena
Cheirosinha, de manhã,
Uma boca tão pequena
Com mei quilo de hortelã.

Vamos dançar forró,
Eu falei pra moreninha,
Mas veja bem, olha só,
Quis a dança da bundinha!

Tudo muda, meu senhor,
Tudo muda nessa vida,
Só não mudou meu amor,
Por você minha querida!

A primeira trova é da região de Patos de Minas, Minas Gerais
Publicado em: 02/10/2008 08:05:59
Última alteração:02/10/2008 13:43:10


Mãos delicadas,rosas estendidas
Sem espinhos. Carinhos e desejos,
Nas mãos glorificados azulejos
Que bordam, maviosos, nossas vidas...

E fazendo de cada dia um sonho,
Permite-nos viver em tal leveza
Que possa nos trazer maior fineza
De viver horizonte mais risonho...

Mas, se não as tivesse delicadas
Como a mansidão breve de um carinho,
Amor que te dedico, mais sozinho,
Não saberia dessas mãos de fadas.

A beleza, ao sentir tua presença,
Em ciúmes se recolhe, sem alarde.
Amor que traduziste, mesmo tarde,
De toda a minha vida, a recompensa!
Publicado em: 23/10/2008 14:52:10
Última alteração:02/11/2008 21:43:45



Te vejo como o porto de partida
Da vida que procuro sem dar tréguas
Por léguas tão distantes, muitas vezes,
Há meses te busquei, meu grande amor.
No andor, em praças, paços e caminhos,
Por ninhos e por sonhos, minha glória.
Na merencória lua que não veio
No seio da esperança companheira.
Inteira e desejada em cada cais,
Jamais hei de deixar de te querer...
Publicado em: 05/01/2009 21:49:37
Última alteração:06/03/2009 12:30:14


Nessa adorada e louca fantasia
Meu ser delira minha gran loucura
Quero-te assim sem uma formosura
Mas verdadeira e não fugidia...

Quero a carne ardente que inebria
Quero-te assim sem máscara, mais pura
E sem nenhum disfarce nem pintura
Mas livre como ao mundo veio um dia...

E em tua formosura desvendar
Segredos eloqüentes e profanos
Tomado por insânias e desejos.

E tua pele, amada desnudar,
Até reconhecer diversos planos
Em sentimentos loucos e sobejos...

GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 04/09/2007 18:26:21
Última alteração:05/11/2008 11:53:10




Do amor que se fez verso
O rastro eu não perdi,
Se todo o meu desejo
Encontro aqui, em ti.

No frio, em quietude
Calor dos braços teus,
Que Deus jamais permita
Sequer pensar adeus.

Chovendo uma saudade
De quem só quero o bem,
Eu agradeço sempre
Por poder ter alguém

Sublime fantasia
Que um dia acalentei
Queria ser teu par,
Amar, a nossa lei.

Princesa que encantando
Meu reino iluminou,
Agora por te ser,
Querida, sei que sou.

Navego o pensamento
Nas fases desta lua
Deitando em minha cama,
Tua beleza nua

Esbaldam-se as estrelas
Vendo a perfeita dama,
Qual fossem pirilampos
Acendem logo a chama

No céu em plenilúnio
Vagando sem destino,
Estrelas são cometas,
No amor me descortino..



Eu te amo
Em todos os ventos que cantam,
Em todas as sombras que choram,
Na extensão infinita dos tempos
Até a região onde os silêncios moram.

ADALGISA NERY

Eu te amo
Além do possível
Além do infinito
E aquém do que gostaria.

De uma imensidão ímpar,
Porém infinitesimal
Perante o meu desejo.

Eu te amo
De uma maneira suave e tempestuosa,
Ardente, sem ser profilática,
Sem méritos, mas sem defesas.
Servil e libertária.
Atemporal...
Desde o início
Até o precipício final
Que, espero, entorne-me em teus braços
E permita saber da eternidade
Ao lado de ti.
Eu te amo
E isso me basta.
Morrer a cada novo dia,
Renascendo no calor
De tua presença, a cada noite.
Num fantástico renovar-se,
Interminável e, surpreendentemente,
Trazendo o frescor de uma manhã
Maravilhosamente orvalhada
Pelo rocio dos nossos prazeres.

Eu te amo, e nada mais,
Na simplicidade de quem não pergunta,
E tão somente aceita.
Sem dúvidas,
Sem tréguas,
Constante.
Metamorfótico, mas constante...

E por amar demais,
Encontro a liberdade
De poder sonhar
Sem algemas,
Sem pudores,
Sem fronteiras...
Publicado em: 28/11/2008 14:30:37
Última alteração:06/03/2009 16:29:52



Teus olhos para os meus sempre acenavam,
Como se deles, brilhos esperassem,
E enquanto em mil ternuras aguardavam
Que as dores do meu peito se amainassem,
E em luzes maviosas entornavam
Até que estas tristezas terminassem.
Meus olhos, pirilampos mal sabiam,
De quanto nos teus olhos refletiam...
Publicado em: 18/10/2007 17:52:28
Última alteração:28/10/2008 14:13:34




Flor bonita do desejo
Meu coração te procura
Vontade de dar um beijo
Com carinho e com ternura

Nessa boca que me guia
Nesses olhos divinais,
Correndo prá ti, guria
Encontrar a minha paz

Já perdida há tanto tempo
Tantos dias de tristeza,
Passando por contratempo
Querendo amor de princesa

Que tua alegria venha
Tanto amor no peito acenda,
Me queimar ser tua lenha,
Venha ser a minha prenda!
Publicado em: 02/09/2007 19:35:00
Última alteração:28/10/2008 16:40:57



Amar o mar
De luas que traduzes
Em luzes tão diversas
Versos soltos
Revoltos os desejos
Anseios e prazeres
Dois seres que se querem
Esperam recompensas
Apenas por sentir
O que sem ter limites
No sonho que acredites
Eu ponho meus cometas
E sigo em velhas metas
As setas, direção
Imerso na paixão
Verso em sofreguidão
Sem seca sem sertão
Ser tão o que era pouco.


Publicado em: 30/07/2008 15:19:49
Última alteração:19/10/2008 21:58:11

Noites rondando
O corpo explodindo
Desejos
À flor da pele...
Em visões maravilhosas
Alucinadamente
Misturam-se imagens.

Bacantes
Orgásticas
Volúpias
E prazeres.

Embriaguez
Insensatez
Insânia
E voracidade...

Êxtases
Que se buscam
E se encontram
Nas loucas
Procissões de corpos.

Espelhos multifacetários
Mosaicos de mim mesmo.
Desnudo pelo absinto
Exposto pelo gim.

Nos bares, cabarés,
Motes e motéis.
Ruas, avenidas
Tetos e tetas.
Espelhos e pelos.
Peles, confusões,
Fusões e convulsões.

E a vontade de ser eterno...
Publicado em: 06/01/2009 17:07:03
Última alteração:06/03/2009 12:14:08


No lodo que açodo
No jogo que teimo
Na queima dos fogos
As fotos e os fatos.
Regatos são rotos
Os ritos e os rostos.
Agora sem hora
Senhora das horas
Nas vagas vergastas
As gastas costelas
Nas telas que teces
Nas preces que fazes
As fases se mudam
E mudas, as noites
Em plenos açoites
Serenos pernoite
No meio da sala
Vassala saudade
Assaz pertinente
Contrai cada nervo
No acervo dos sonhos,
Os medos sem modos
Os mares distantes
Instantes constantes
Dementes e frágeis.
Saudade se mostra
Acossa e recosta
Exposta no quarto
Trazendo de fato
O que fátuo se fez.
Publicado em: 11/02/2009 19:54:20
Última alteração:06/03/2009 06:47:26


No teu corpo, seios fartos,
Alvoroço esta vontade
De beber cada gotícula
Até ter saciedade.

Devagar, teu gozo vindo,
Tuas pernas recebendo
O vinho quente que inebria
Sem pudores, num crescendo.

Tempestade em lago fértil,
Avalanche em doce gruta,
Não contendo, em explosão,
Dos prazeres já desfruta.

Embrenhando nestas matas,
Cada vez bem mais sensível
Nas cascatas que derramas,
Um rocio feito incrível.

Depois da sede aplacada,
Ressonando calmamente,
Minhas mãos te vasculhando
Vão pedindo novamente.

Repetimos nossos atos
E fazemos mais amor,
Nos regatos nos fartamos,
Até que chegue o torpor.

Teu desejo, minha gula,
Nossa fúria sem fronteiras,
Corpos nus, lençóis no chão,
Querendo tudo o que queiras...
Publicado em: 08/10/2007 16:33:54
Última alteração:28/10/2008 14:12:35


EU TE AMO, TE AMO, TE AMO!!



No teu corpo, seios fartos,
Alvoroço esta vontade
De beber cada gotícula
Até ter saciedade.

Devagar, teu gozo vindo,
Tuas pernas recebendo
O vinho quente que inebria
Sem pudores, num crescendo.

Tempestade em lago fértil,
Avalanche em doce gruta,
Não contendo, em explosão,
Dos prazeres já desfruta.

Embrenhando nestas matas,
Cada vez bem mais sensível
Nas cascatas que derramas,
Um rocio feito incrível.

Depois da sede aplacada,
Ressonando calmamente,
Minhas mãos te vasculhando
Vão pedindo novamente.

Repetimos nossos atos
E fazemos mais amor,
Nos regatos nos fartamos,
Até que chegue o torpor.

Teu desejo, minha gula,
Nossa fúria sem fronteiras,
Corpos nus, lençóis no chão,
Querendo tudo o que queiras...
Publicado em: 08/10/2007 16:33:54
Última alteração:28/10/2008 14:12:35

Meu amor, passageiro de minha alma,
Desliza entre fornalhas e braseiros...
Meu destino se prende à sua palma
Em sentimentos crus, mas verdadeiros...

Nos delírios, defeitos e recados,
Contrafeitos sentidos, se polvilha,
Buscando encontrar novos fados,
Amantissimamente, uma novilha.

Sai vagabundeante pelo astral
Deslizando entre estrelas e luares...
Tantas vezes proscrito e tão banal,
Esperançosamente traz olhares...

Mendigando carinhos e perdões,
Nos desérticos astros do universo;
Procura por temáticas versões,
Maltrata e dilacera cada verso....

Meu amor caçador pede tocaia,
Espreita pelos passos, minha amada...
Derrama-se solar, plena praia,
Amanhece tal gado na invernada...

Vem sorrateiramente, uma serpente,
Preparando finalmente seu bote.
Me cura e tantas vezes cai doente.
Repetindo fielmente seu mote.

Amor moleque, cais e tempestade,
Previne e tantas vezes vaticina.
Nas horas mais difíceis, na saudade,
Nunca se encontrará sequer vacina...

Nas lutas mais homéricas, refém...
Nas procelas, remédio e calmaria...
Maldito muitas vezes traz o bem,
É noite que amanhece em belo dia...

Tantas vezes pilantra, outras é santo,
Aguardente que mata, refresco que ajuda,
Mordida que alivia e traz encanto.
Passarinho sofrendo a dor da muda...

Na dor, prazer, perfeito equilibrista.
No medo e gozo, brinca qual funâmbulo.
Nos arados, natura, um vero artista.
Nas noites, vaga quarto é um sonâmbulo!

No plantio é semente fecundada,
Garapa desta cana adocicada.
Abelhas e zangões resultam mel,
Delícias gordurosas pedem fel...

Imortal sensação de desamparo,
Reflete escuridão trazendo o sol.
Na doçura promete ser amaro,
É ilha em arquipélago, um atol!

Fortaleza traduz fragilidade,
Infinito, termina num adeus...
Mentira que me trouxe essa verdade.
Demônio disfarçado, imita Deus!
Publicado em: 03/10/2007 20:21:44
Última alteração:28/10/2008 14:07:07


Ignoro o seu destino; e mesmo ignoro
O rumo que eu irei tomar agora,
Depois de te perder na madrugada,
A morte em solidão já não demora.

Eu tento e não consigo argumentar
Não posso me enganar: eu te amo tanto!
Tentáculos da dor eu já prevejo,
Matando lentamente todo encanto.

E uma esperança dorme no meu peito,
Resiste à ventania que arrebenta
Castelos de ilusão, dos sentimentos.
Poeira que me entorna não se assenta...
Publicado em: 22/09/2007 16:04:21
Última alteração:28/10/2008 15:33:39


Querida não suporto tua ausência,
a tua boca mata a minha sede,
um coração que vaga sem ninguém,
às vezes encostado na parede

precisa de um alento e de carinho.
Mergulha no oceano do prazer.
Tocado pelos sonhos que em verdade
ajudam das tempestas renascer

vem logo mitigar tanta tristeza
que a solidão deixou-me de presente.
Beleza deslumbrante nos teus braços,
amada, em alegria, se pressente...
Publicado em: 21/09/2007 21:30:45
Última alteração:28/10/2008 15:30:47


Alma em luto, sempre incompreendida,
Alma de um pequeno sonhador
Jogada pelos cantos, solta e leve
Liberta de temores alça o céu.
Vazia tantas vezes, sem futuro,
Atraca pelos cais e quer voar.
Nas âncoras de um canto em liberdade
Amando sabe quanta dor faz parte
De toda uma emoção à qual se entrega
Sem medos nem pudores, temerária.
Recebe de teu beijo doce alento
Que possa permitir sobrevivência,
E espera que tu venhas novamente
Dançar sem preconceitos nem temores...
Publicado em: 12/06/2008 10:52:43
Última alteração:20/10/2008 21:40:42



Eu te amo! Não somente por que és bela,
Nem tampouco, querida, por desejos.
Nem somente na luz que se revela
Quando na delícia de teus beijos.
Não te amo por motivos tão banais.
Pois não me importaria isso, jamais.
Publicado em: 03/09/2008 16:03:37
Última alteração:08/09/2008 04:45:19


Amor desesperado que me doma,
Vontade de saber divino gosto
Da boca que faminta já me chama,
Beleza que conheço no teu rosto,

O teu perfume doce de jasmim,
O toque de teu corpo me inebria,
O beijo mais gostoso, prometido,
No amor que me domina e me vicia,

Expondo em cada verso uma loucura,
Trazendo para mim felicidade,
Eu quero te encontrar, e te dizer
Do amor que nos assola, de verdade...
Publicado em: 13/05/2008 22:19:54
Última alteração:21/10/2008 14:38:09



EU TE AMO, TANTO

Procuro nos teus olhos o amor que sempre quis
Nos teus sorrisos, meu riso bem mais feliz
Procuro no teu coração, a razão pro meu verso
Nestes sonhos, mais colorido meu universo

Eu vejo em teu sorriso
Amor que sempre quis,
Vivendo o paraíso
Por certo, estou feliz.

De tudo o que preciso,
De todo amor que diz,
A vida sem aviso
Mudando o seu matiz...

Neste caleidoscópio
De sentimentos plenos,
Amor tornou-se um ópio,

Que logo me vicia,
Teus beijos tão serenos,
Traduzem a alegria...

GIANA GUTERRES
Marcos Loures
Publicado em: 04/07/2007 16:08:14
Última alteração:05/11/2008 19:51:48


Eu te amo tanto, querida
Pois tudo em ti traz encanto.
A vida é senda florida,
Eu te amo tanto..

O tempo todo parece
A beleza deste canto
Meu coração emudece.
Eu te amo tanto.

Quanta alegria que trago
Secando todo o meu pranto,
Quando o sinto o manso afago;
Eu te amo tanto...

Não deixe que tudo acabe,
Faça do amor nosso manto;
Pois tudo mundo já sabe:
Eu te amo tanto!
Publicado em: 08/12/2008 21:14:53
Última alteração:06/03/2009 15:23:30


Mansamente
me acheguei
junto de ti.
Cantei versos
fiz amor
vivi um sonho.
Beleza inesperada
com certeza
se derrama
no poema
que componho.
Para sempre
vou te amar
és claridade
que surgiu
na minha vida.
Esta é a verdade.

Amor que
Se de
rra
ma
Em nossas vidas
Fazendo a festa
Trazendo o sonho
Abrindo a fresta
Do coração.

No gozo pleno
Do amor sereno
Um gosto ameno
Felicidade
Que assim invade
Deixando a dor
Já bem distante...

HLUNA
ML

Publicado em: 23/11/2007 12:59:32
Última alteração:31/10/2008 12:17:17


Amor, um sentimento poderoso,
Às vezes violento, outras gentil
Amansa um coração mais belicoso,
Porém algumas vezes faz ser vil
Aquele quem outrora carinhoso
A quem domina faz então servil,
Tomando a nossa vida num segundo,
Mudando de repente, o nosso mundo.

Amor festa cruel que nos ensina
Que nada nesta vida traz a pecha
De ter perenidade, me alucina
E nada do que fomos ele deixa,
Na fúria das paixões, força divina,
Incontida transforma santa em gueixa
Desfere manso golpe em nosso peito,
Não deixa solução nem outro jeito.

Envolto nos seus braços, vou seguindo,
Procuro no teu colo, um acalanto,
Amor feito disforme é sempre lindo,
Rebenta em emoção, inunda em pranto,
Na lábia do menino, vou fluindo,
Entregue sem limites, amo tanto;
E nada do que possas me dizer,
Trará além do amor, maior prazer.

Roçando os meus instintos, sem clemência,
Invade a madrugada em pesadelos.
Da moça que se mostra em inocência,
Sentir doce perfume em seus cabelos,
Sorvendo em sua pele a indecência
Enredo-me em seu corpo, bons novelos.
Fazendo desta noite em euforia,
Volúpia enlanguescente, santa orgia.

Aporto neste cais cada desejo,
Avanço por limites mais audazes,
Usando sutileza, assim prevejo
Momentos de loucura, tão vorazes.
Nas pernas que em prendem, já latejo
Agradecendo a força das tenazes
Que prendem o meu corpo junto ao dela,
E o gozo mais profano se revela...
Publicado em: 18/10/2007 23:13:22
Última alteração:28/10/2008 14:38:57



Tanto bem que quero a ti,
Companheira, minha amada,
Cada noite eu percebi
Nos teus braços, estrelada,
Vou vivendo esta alegria
De poder andar ao lado,
Desta luz que me alumia
O meu sonho, enamorado.
Perseguindo cada passo
De quem amo, pela vida,
Sofrimento andando escasso,
Pois te tenho, amor, querida.
Vem comigo, seja a lua
Que ilumina nosso quarto,
Da beleza imensa e nua,
Eu jamais me sinto farto.
Vivo a vida por saber
Que encontrei o meu caminho,
Nos teus braços, meu prazer,
Toda a noite: o teu carinho.
Publicado em: 05/04/2008 13:08:59
Última alteração:21/10/2008 17:04:17


Amor sem fim
Chegando assim,
Dentro de mim.
Flor e jardim,
Um querubim
Voando enfim
Em liberdade.
Felicidade
Sinceridade
Na claridade
Dos olhos teus.
Amores meus
Distantes breus
Sonhos ateus,
Em teu abraço
Vou passo a passo
Estreitos laços
Em corpos nus.
Não sei mais cruz
Aonde eu pus
Meu coração.
Em profusão,
Na sensação
Do amor que então
Fez-me feliz...



Publicado em: 10/04/2008 20:56:22
Última alteração:21/10/2008 18:23:19


Noite avassaladora refletida;
Belo espelho das águas, ao luar...
As estrelas cadentes, esse mar,
As horas mais tristonhas, de partida...
Um gole de conhaque, alma doída...
Procuro simplesmente, te encontrar,
Noite, tapeçaria, faz sonhar;
Quem me dera morresse, despedida,

Em meio a tal nobreza divinal.
M’abriria então, Deus, o seu portal,
Guardaria essa imagem na retina...
À noite tanto amor que me alucina
Morrer de tanto amor, eu sou capaz.
As mãos te teceram, imortais,
Em tal momento orgástico de paz,
Te emolduram, amor, luz cristalina!
Publicado em: 17/04/2008 19:53:40
Última alteração:21/10/2008 18:30:01



Te procuro no barco
Arco solto sem rumo
Prumo que não se forma
Deforma sensação
Se são ou se seriam
Se riam ou não ris
Se fiz o que quiseste
Disseste o que se quis
Por um triz sou feliz,
Mas não sei mais o nome
Que some e não assume.
No sumo que se deu
No adeus fui sempre gomo.
E tomo meu destino
Que é manso mas escuro
Me curo e te procuro
No barco que partiu
Se viu ou se não viu.
Amor estou aqui!!!!
Publicado em: 18/09/2008 19:18:06
Última alteração:03/10/2008 13:06:56



Coração fazendo festa
Na alegria de poder
Enfrentar a fera besta
E depois sobreviver.
Alegria já se empresta
E nos dá tanto prazer.
Não permita que se perca,
Se preciso, pule a cerca

Que separa estes quintais
Da alegria e da tristeza,
Desejando sempre mais,
Realçando uma beleza,
Ao vencer os temporais,
Pode ter uma certeza
Que a felicidade vem,
Nem que seja noutro bem.

Mas se um dia sentir frio
E morrer enfim pareça
Solução para o vazio
Que inundou tua cabeça,
Esperando um novo estio,
Outro caminho se teça
Nos pendores da emoção,
Sem ter medo, com paixão...
Publicado em: 24/09/2008 15:32:08
Última alteração:02/10/2008 14:02:49


Olhe pra mim
E por mim
Que não tenho senso
Nem siso
Nem rota.
Metamorfosicamente falando
Sou vários em um,
Não economizo sentimentos
Bebo demais,
Fumo demais,
Amo demais.
Mas vou de menos.
Vivo de menos,
Somando
Noves fora, nada.
Nada. Isso
Meramente o nada.
Não confie nos olhos de um cego
Muito menos de um sonhador.
São parecidos.

Vivem o nada
Ou traduzem-se em nada.

Amor traduz ir
Sem saber se volto ou se capoto.
Apenas mimetizo
A cela em que me prendo
Ou atendo o telefone
Ou faço um novo verso.
Ou isso ou a quilo,
Quem sabe alitero
E vou a litro,
À lira
Ao lírio
Ao delito
Ou delírio.
Tantas fiz
Que tanto faz.
Mas audaz
Quero mais
Que bocas e olhos...
Publicado em: 25/09/2008 15:11:07
Última alteração:02/10/2008 14:32:38



Falando minha verdade,
Buscando novo cantar,
Procuro tanto teu mar,
Mares dessa saudade;
Reviver a liberdade...
Quero a boca que me nega;
Que nunca, jamais , sossega...
Quero tentar ter amor;
Desses prados sei a flor,
Flores que a lágrima rega...

Falta minha temporada,
A primavera da vida;
Onde não sei despedida,
Na mais feliz alvorada,
Por amores inundada...
Quero ser tua semana,
Uma esperança que emana
De cada novo cantar,
Horizontes por voar...
Minha luta mais temprana...

Turbilhão de sentimentos,
Não queria tempestade,
Mas tudo isso me invade,
Em todos novos momentos,
Tantos velhos tormentos...
A sombra do que já fui,
Nada mais tenho, se exclui
O que tive, o que passei;
Nos braços aonde errei,
Meu mundo se queda, rui...

Num silêncio vou solene,
Buscando por minha luz,
Carregando velha cruz,
Não há dor que não me empene;
Amor que sonhei perene.
Perante tanta vergonha,
Tudo de bom que se sonha,
Passa para pesadelo,
No frio que corta, gelo;
Restará só dor medonha...

Pus meu barco nesse rumo,
Sem leme, o barco virou;
Do nada que me restou,
A saudade dá seu prumo,
Minha vida virou grumo,
Recebi trato da morte,
Não quero ter essa sorte,
Nem quero mais solavanco,
Assisti tudo no banco,
Na arquibancada dei bote...

Fiz a casa desse barro,
Feito de sangue e pudim,
O que mais quero pra mim
É saber que, se me esbarro,
Nas tristezas que hoje varro,
Foi revés, mas eu reverto,
Minha dor vive em aperto,
Carteada do destino,
Se tem dor, logo me empino,
No final terei conserto...

Nas matas nos pinheirais,
Tudo que for machadada.
Tudo que suar enxada,
São coisas que pedem mais,
A violência que traz paz,
O corte dessa esperança,
A morte vem de criança,
Nos braços dessa parteira,
Sangrando essa terra inteira,
Engorda a pança se dança...

Desculpe tanta flechada,
Acenderei teu pavio,
Secarei esse teu rio,
Não terás mata fechada,
Não te restarás mais nada,
Nem sombra de natureza,
Quem sabe, sem ter beleza,
Sem ter água pra beber,
Poderá, pois, conceber,
Meu amor em tua mesa...
Publicado em: 21/10/2008 14:22:40
Última alteração:29/10/2008 16:57:16


Embebido do amor que me transtorna
Nas sombras de meu triste pensamento
Loucura de viver um só momento
Paixão que no meu peito já se entorna...

A quem confessarei o meu tormento?
Às pedras? Às estrelas ou ao mar?
Ao sol, às nuvens, plantas, ao luar?
Se neles eu não acho sentimento.

Em milhares de nuvens me nublando,
As lágrimas das nuvens do meu peito
Se em nada mais terei sequer direito,
O tempo, sem teus braços, vai passando.

Quanto mais me vês, penso, não amas,
E clamo pelas chamas que escondeste.
Do mal que tanto fiz, tão mal fizeste
Que mal posso entender do que reclamas.

Bem pagas minhas dívidas, receio,
Que nada mais indica seu perdão.
Então se não me queres quero um meio
De apagares a chama da paixão!
Publicado em: 09/09/2008 21:26:10
Última alteração:27/11/2008 12:04:32


Amor-broa de milho
Com sabor de desejo
E de martírio.
Delírios espalhados
Espelhos
E centelhas,
Telhas quebradas
Temporal.
Inundando o coração...
Publicado em: 28/11/2008 14:49:38
Última alteração:06/03/2009 16:29:37



Te quero e te desejo intensamente,
Ao adentrar teus lagos, logo vejo
Vulcões fenomenais que em erupção
Transbordarão em forma de desejo.

Atraco tais vontades no teu corpo,
Desnuda em fantasia sacrossanta,
Lambendo tuas bocas beijos, língua
Na fome de te ter, que me agiganta

E deixa-me em fulgor, extasiado.
Redemoinhos, vagas, fogaréu.
Ao ter tua nudez em minha cama,
Numa oração profana, vou ao Céu!
Publicado em: 22/09/2007 18:34:11
Última alteração:28/10/2008 15:33:5


Meu sonho se perdendo em desengano,
Cavalo que se vai sem cavaleiro,
Meu coração sofrendo imenso dano,
Procurando um amor mais verdadeiro
Que faça deste sonho um soberano,
E seja da alegria companheiro.
Meus olhos com os teus mal se encontraram
E os dias novamente, enfim, brilharam...
Publicado em: 25/10/2007 18:32:27
Última alteração:28/10/2008 13:17:23




Desfraldo meus olhares no teu corpo
Meu porto de chegada, com certeza
Estrelas derramando nos teus olhos
Rendidas ao teu brilho em tal beleza
Imergem e mergulham num segundo,
Forrando o coração em farta luz.
Sentidos aflorando noite inteira
Nas veias e na pele, brônzea lua
Deitada em minha cama, a deusa nua
Farnel de meus desejos incontidos...





Estou dentro de ti
Adentro os teus caminhos
Achando eu me perdi,
Em loucos descaminhos,
Vencendo os teus temores
Pudores e receios,
Embarco meus amores,
Nos olhos, boca e seios,
Recendes ao prazer
Que nada mais importa
A vida a refazer
O sonho em que se aporta
O mundo em doce intenso
Delícias méis e risos,
Amor que sei imenso
Imanta os paraísos
E vamos vida afora
Agora e sempre mais
A vida rememora
Desejo imenso cais
Que é feito no torpor
De um toque benfazejo
Em ato, pleno amor,
Deságuo o meu desejo...
Publicado em: 08/04/2008 19:34:11
Última alteração:21/10/2008 18:14:00

Nas minhas fantasias, te vi solta,
As marcas do teu beijo em minha boca,
São labaredas, queimam. Minha escolta
Procura navegar a nave louca...
Mas teimo em estampar minha revolta,
A voz que grita aflita, fica rouca...
Meu tempo que perdi, nada edifica
A dor que já sangrei, me dignifica

Não resta nem sequer teu telefone,
Meus versos que joguei garganta abaixo,
Das noites que passei, quedei insone,
Procuro, tantas vezes, e nada acho,
Quem dera fosse assim, um Al Capone;
Das trevas que passei, um simples facho...
Terias, com certeza, mais respeito.
Amar demais passou a ser defeito!

Vomitas imbecis tais impropérios,
Fazendo dos meus versos, teus faróis,
Das mortes que cultuas, cemitérios,
As notas que queimaste sob os sóis...
Vagando não te temo. Necrotérios
Esperam quem zombava nos lençóis...
A vida fez comédia mais sem graça.
A morte, sutilmente, nem disfarça...

Mas teimas, tuas queimas virão lentas...
As asas assassinas são vorazes,
Na chama que te chama, não esquentas,
As dores que me trazes são audazes;
Nas portas, nas cadeiras, onde sentas
Cortando fortemente essas tenazes...
Não quero nada sinto, nem prazer,
As horas que disfarças sem querer...

Cigarros vou fumando sem ter pressa,
Na fumaça percebo tua cara.
Não pretendo nem quero essa conversa,
A maldita cachaça me enganara.
Sentimento profundo, vil. Ora essa!
A boca que me cospe se escancara,
A noite que não tarda, não te viu,
A mão que te servia vai servil...

Perdeste tanto tempo, mas ganhaste,
Essa batalha torpe que me inventas.
As noites que sequer enluaraste,
Na porta das lembranças são sangrentas...
Não podes reclamar nem que ficaste,
Pois são mais convulsivas, violentas...
Na porta da senzala que m’abrigas,
As velhas, costumeiras, vãs, intrigas...

Não sei mais o teu nome, nem me importa...
Carpi teu corpo, morto na memória,
Fechei a tua casa, tranquei porta,
Jamais vou reviver a nossa história...
A boca que cuspiste já vai torta,
Tristezas que traduzes, minha glória!
Pútridas as manhãs que me feriste,
Nessa tua gaiola, nem alpiste...

Me restam pois somente esses segundos,
Não quero reviver tais leviandades,
Irei te perseguir por tantos mundos,
Mataste, bem cruel, felicidades...
Nos mares, caçarei, ‘té nos profundos,
Abismos onde houver as claridades...
Não sinta-se feliz nem satisfeita,
A vingança será mais que perfeita...

Veneno que bebi já faz efeito,
A cabeça rodando vem a paz...
Olhando pro teu corpo no meu leito,
Não quero mais saber se sou capaz...
As horas que se passam, tudo espreito.
Consigo distinguir lá: Satanás!
As mortes que refiz são libertárias.
As dores que senti, se foram, várias...

Meus últimos segundos esvaindo...
A morte acaricia meus delírios
Teu corpo, nossos corpos já vão indo...
Cobertos estarão por belos lírios
Amei-te... Foi demais, e foi tão lindo...
Valeram enfim todos meus martírios...
Vivi profundamente meu desejo...
Despeço-me com calma, nesse beijo
Publicado em: 01/05/2008 13:12:32
Última alteração:21/10/2008 14:30:28

Podia falar da lua, da estrela
E do cometa
Mas comento do passado
Quando amor amarrotado
Andava nua na sala.
A vida não se cala
Nem se fala
Se transforma
Deforma
E nos deflora
Aflora amor
À toda hora.
Tolice
Quem te
Disse
Que amor cura.
Sara e cura
Saracura
Curta saia
Saia e curta
Curto circuito.
Nos circuitos que circulo
Um círculo faço em teu rosto
Amor que madeixas de pileque
Me deixa sempre em xeque
Mate que vem do sul.
Mas mata e não remata
Arremata.
Arre! Tanta prata em meu cabelo
Que enrolado qual novelo
Velo e não me diz nada.
Amando a minha amada
Amada que tanto amei
A manhã desesperada
Por tanto que já passei.
Mas, de novo, sem juízo
Coração quer paraíso
Mas para que se não tem?
Coração é bonde trem
É bom de treino
E não sabe
Que antes que o mundo acabe
Raimunda não foi solução
Soluçando teu perdão
Imploro por teu carinho
Coração pedindo ninho
Precisa duma paixão
Que se vem às vezes tem
O que sempre necessito.
Amor bicho bonito,
Mas maldito, sim senhor.
Quero o bem do teu amor.
O pendor desta esperança
Prenda minha nunca fuja.
Eu quero tua emboscada
Se não me deres, mais nada
Esperarei desta vida,
Que comprida
Vai cumprida
Sem ter o gosto do gozo
Mais preciso e mais dengoso
Da morena que não vem....
Publicado em: 12/05/2007 18:30:08
Última alteração:28/10/2008 17:04:40


Não opino, nem me meto,
em brigas de namorados;
vocês hoje estão brigando
e amanhã estão abraçados.
Nosso amor é mesmo assim
Briga,briga e depois cansa,
Amor feitinho pra mim,
Logo depois vem a dança.

De noite aqui do meu lado,
Tanto beijo, tanto amor,
Eu estou apaixonado
Pelo espinho e pela flor.

No tempero da emoção,
Uma briguinha cai bem,
E quando vem o perdão,
Aí não tem pra ninguém...

Depois dum amargo fel
Vem teu cheiro, teu perfume,
Tua boca feita em mel.
É um tempero, o ciúme.

Eu te quero minha amada
Do jeito que Deus mandou,
Eta bichinha arretada!
Isso é que me conquistou!

A primeira trova é da região de Patos, Minas Gerais

Publicado em: 15/03/2007 06:04:33
Última alteração:28/10/2008 17:21:31



Eu te quero meu amor
No perfume desta flor
Levarei por onde for
A delícia de querer.
O desejo mais sincero
Tanto amor que em ti espero
Tanto bem que tanto quero
Tanta coisa por dizer...

Quero o toque sensual
Alegria, carnaval
Este amor fenomenal
Que tanto me dá prazer.
Quero o gosto que domina
Do perfume que alucina
Desta mulher tão menina,
Que adoçou o meu viver.

Quero os olhos cristalinos
Risonhos e tão femininos
Selando nossos destinos
Neste brilho, qual farol...
Quero o gosto desta boca
Meio mansa e meio louca
Deixando minha voz rouca,
Pois clareando, és meu sol!

Publicado em: 12/02/2007 21:55:02
Última alteração:28/10/2008 18:06:14


Montado em meu cavalo ganho o campo,
Minha estrela da sorte é pirilampo
Esperança distante pede lupa
A lua vai montada na garupa

Protegendo da dor do desamparo
Amor é gosto raro também caro
Na boca da morena mais distante.
Vivendo nesse amor tão inconstante

Voltando para a casa, vou sozinho,
Somente desta lua vem carinho,
Mesmo assim, com brilho meio fosco
Coração vai disparado, segue tosco

No lusco-fusco perco minha sorte.
Talvez se vier bate mais forte
O cheiro de jasmim e de açucena
Da pele delicada da morena!
Publicado em: 31/08/2007 23:16:07
Última alteração:28/10/2008 16:41:39

Meu amor numa gaiola
Eu deixei minha esperança
Quando o frio vem e assola
Recomeça a nossa dança

Que não cansa de dançar
E jamais mostra cansaço
Tanto amor posso te dar
Começando num abraço

Terminando num carinho
Mais gostoso em pleno amor,
Meu amor, sou passarinho,
Colibri beijando a flor.

Quero o mel de tua boca,
No teu corpo vou ao céu,
Tatu nunca esquece toca,
Nem abelha perde mel.

Tua pele bronzeada,
Traz a marca do desejo,
Sem você eu não sou nada,
Venha cá me dar um beijo.

Tira logo a minha roupa,
Que depressa tiro a sua,
Vamos deitar nesta sopa
Que esta noite continua...




Mulher,

Tu me perguntas como te vejo...

Embora carregues um sorriso de ironia em teus lábios, posso ler em teus olhos, uma ansiedade imensa, diante da resposta que possa te dar.

Se tua vida foi um interminável calvário de decepções, sei que vive em ti, a pureza da alma de tempos de outrora, inatingida pelas mãos que te acariciam, em busca do prazer.

É assim que te vejo, mas é, sobretudo assim que te quero!

As garras do pecado jamais tocaram o teu intimo, apesar de terem machucado teu corpo, produzindo fundas cicatrizes...

Como Madalena, és mulher e és santa. E é assim que eu te vejo!

Se ainda acreditas no amor, arregaça as mangas do tempo e, em minhas mãos , deposita teus sentimentos e eu saberei cuidar deles, porque te quero e te respeito.

Quero-te, pela pureza de quem jamais se entregou de corpo e alma a alguém e te respeito por seres mulher!

Quero-te por ser a musa inspiradora de meus mais íntimos e pela delicadeza de tua alma sofrida!

É assim que te vejo e, se crês no que te digo, escute meu canto de amor, tu que és mulher e santa, santa e mulher e, acima de tudo, a deusa e rainha dos meus sonhos mais íntimos...

É assim que te vejo e é assim que te espero!

Marcos Coutinho Loures

Publicado em: 06/04/2007 12:08:00
Última alteração:27/10/2008 18:57:58



No sertão do Ceará
Encontrei linda princesa,
Carregada de tristeza,
De tanta dor prá contar.
Beleza igual ao luar,
O luar do meu sertão,
Que, com toda essa emoção,
Não consigo lhe esquecer.
Tão bela quanto você,
Não fez Deus, na criação.




Recebi as flores.
Muito aquém da primavera...
As cordas e as marchas
Meus funerais...
Somos capazes ases e coringas.
Brigas e mandingas
Assassinos...
Recebi os vasos
Deixei de lado e nada.
Romas e armas, aromas...
Somas e despesas, mesas
Sobremesas e destemperos.
Tempero o gozo com mágoa.
Nas águas e lagoas.
Ressoas.
Somos siameses.
Sião.
Nada se revela
A não ser as flores
Procuro primavera...
Publicado em: 26/04/2008 15:37:06
Última alteração:21/10/2008 13:34:45


Um sonho que me invade e toma o peito
Fazendo dos desejos o meu leito,
Eleito pelo amor, pela paixão.

Recende tantas flores no jardim,
Amor que quero mais bateu em mim,
E foi se recolher no coração.

Nesta emoção de estar aqui contigo,
O que passou, passou; eu já não ligo,
Eu quero o teu futuro sem passado.

Amor quando bateu me derrubou,
Não sei mais o que fui; só sei que sou
Um homem sem juízo, apaixonado.

Menina que me nina não se esqueça
Antes que a vida venha e te aborreça
Se deite aqui comigo nesta rede,

Amor deixou de ser só utopia
Agora meu amor, a fantasia
Não é mais um retrato na parede...
Publicado em: 27/05/2008 19:12:14
Última alteração:21/10/2008 15:22:49


Quantas vezes pensei voltar pra casa
Para a mesma casa onde nosso amor
Nasceu. Tão solitário... Sem calor

Que emana deste amor que nos abrasa;
Perdia sempre o rumo de meus versos
Jogados nas paredes da lembrança;

Amar se necessita confiança
Além de outros carinhos mais diversos...
Pedindo-te perdão, hoje eu regresso,

Depois de tanto tempo sem te ver..
Amada, me perdoa; podes crer,
Humildemente sou um réu confesso...

E venho te pedir nova guarida,
Te entrego, se quiser, a própria vida...

Publicado em: 12/04/2007 14:57:10
Última alteração:28/10/2008 17:20:23



A rosa que quero
Na noite que vem,
Somente te espero
Meu amor, meu bem.
Vagando meu sonho
No espaço que vai.
Amor tão risonho,
Do coração sai
E traz uma flor
A flor do desejo
Desejo de amor
Amor, quero um beijo.
O beijo da rosa
Que rubra promete
Promete vaidosa
A rosa faceira,
Amar vida inteira,
O seu colibri,
Que veio, calado,
Tão apaixonado,
Beber deste mel
Que a rosa produz
Que é todo o meu céu
É mais pura luz.
No brilho do sol,
Da lua, da vida,
Sou teu girassol
Eu te amo, querida!
Publicado em: 06/02/2007 19:57:30
Última alteração:28/10/2008 18:27:53



Minha amada, me desculpe;
Se te falo desse jeito.
Se tu sofres, não me culpe,
Isso assim, não é direito.

Tenho erros e nunca nego,
Meus defeitos, um milhão...
Toda culpa que carrego,
Reflete em meu coração.

Se te falo, dessa forma,
Não se iluda, companheira,
Uma imagem se deforma
Se não for bem verdadeira.

Meus enganos, não te engano,
Foram tantos, é verdade,
Eu sei que errar é humano,
Mas não quero falsidade...

Toda dor que nos atinge,
Tenha certeza, querida,
Nova cor, que sempre tinge
Toda a beleza da vida!

Por isso mesmo te digo,
Nunca esqueça meu amor.
Toda dor que está contigo,
Renova o matiz, a cor...
Publicado em: 08/02/2007 19:13:29
Última alteração:28/10/2008 18:30:44




Olhando firmemente pro futuro
Encontro em esperança amor profundo,
Vencendo a tempestade, me asseguro
Desta felicidade e num segundo
Transformo minha vida, salto o muro,
E o sonho benfazejo enfim fecundo
Com sonhos e promessas de alegria
Marcando o renascer de um belo dia...
Publicado em: 10/11/2007 12:22:30
Última alteração:28/10/2008 12:57:06


EU TE AMO, SIMPLESMENTE

Amo-te, simplesmente... Não perguntes
Como e nem o porquê de ser assim.
Na vontade de estarmos mais juntos,
Eu sinto-te bem dentro, aqui, de mim...

Nosso amor se agiganta a cada dia,
Com toda a ternura que se espera
De quem não sendo fera dentre feras
Vê renascer, em paz, a primavera.

A vida me ensinou com tal cobrança
Que às vezes não consigo me conter,
E grito, temeroso de que vás.
Na verdade, o que temo é te perder...

Tu és o brilho amigo e solidário,
O vento que me acalma e se anuncia
Como o todo que eu sempre procurara
Vertendo a minha dor em alegria...

Escute esse silêncio que te chama,
E sinta este carinho nesta brisa,
Sou eu quem vai chegando devagar,
E aos poucos teu cabelo, a mão alisa...

Te amo, simplesmente e nada mais,
Com força e com desejos incontidos...
Menina, tu trouxeste uma esperança
Que salva-me dos dias mais sofridos...
Publicado em: 29/08/2007 17:57:15
Última alteração:28/10/2008 16:40:12



EU TE AMO
Não leves esta esperança
Que trouxeste; meu amor.
Eu quero poder viver
As minhas horas mais belas
Nas tuas mãos carinhosas
Debaixo destas estrelas
Que escondeste; minha amiga,
Assim consigo, enfim,
Tanta noite que persiga
Cravejando amor em mim.
Não deixe velha tristeza
Tão faminta e desdentada
Se sentar à nossa mesa.
Não deixe que esta mortalha
Vestida pela saudade
É tanta dor que ela espalha
Nas ruas dessa cidade
Nas praças e nos motéis
Nas bocas e nas promessas
Nas noites em tantos pés
Que invés, já são avessas...

Traga o sorriso macio
De quem nada mais queria
Se não viver nosso trilho
Em busca do novo dia.
Em busca da claridade
Vivendo felicidade
Sem nada mais perguntar
Sem o gesto da demora
Sem o tempo de ir embora
Nascendo em nosso luar.
Do gesto manso da noite
Com bilhões de pirilampos...
Estrelinhas que busquei
Pra iluminar os campos
Os belos campos que andei
Procurando meu amor.
De tanto amor que te dei.
Nas horas que te busquei
Fazendo do frio, calor.
No fio desta esperança
Desta esperança de amor...
Publicado em: 07/01/2009 09:03:32
Última alteração:06/03/2009 12:05:15

Eu tanto me inebrio
Que perco meu caminho,
Sorvendo no teu corpo
Delícias de bom vinho.

Na adega preciosa
Que encontro em nosso quarto,
Desejos são tomados,
Até que eu fique farto.

Na taça em que ofereces
Bebida maviosa,
Cristal de qualidade,
Perfumada de rosa.

Assim a vida passa
Em hedonismo puro,
Vivendo em cada dia,
Felicidade, eu juro.

Sei quanto o que te quero
E nunca negarei.
E cada vez bem mais
Teu vinho eu beberei...
Publicado em: 08/01/2009 06:52:58
Última alteração:06/03/2009 12:00:39


O riso que tramaste penetrante,
Cortando minha carne uma navalha,
Irônica sorrindo calmamente,
Prenúncios de vinganças, tal batalha,
Jogando com sarcasmos dentro da alma,
Teu vômito em meus lábios já se espalha;

Palavra que maldizes cedo espalha
A podre sensação mais penetrante
Entranha com vileza uma pobre alma
Trazendo em agudeza esta navalha.
Sobrevivência insana assim batalha
Contra quem me mata calmamente.

Às vezes se mostrando calmamente
O fogo que em momentos vem e espalha
Incendiando cedo esta batalha
Algoz em garra fria e penetrante.
No riso o frio fio da navalha
Adentra mais profundo, invadindo alma.


Procuro nos recônditos desta alma,
Mesmo em tempesta, sigo calmamente,
Encontro enquanto afias a navalha
Teu riso mais cruel que logo espalha
A dor que me sinto agora penetrante
Sabendo que perdi esta batalha.


Perdido feito um cão que na batalha
Esquece no caminho corpo e alma,
A dor de um corte imenso e penetrante
Demonstra com sarcasmo, calmamente
O quanto o vento intenso a dor espalha
Aprofundando em mim, tua navalha.

Na lâmina cruel desta navalha
Sinônimo perfeito da batalha
Que em noite sem limites logo espalha
O medo que me invade, adentra a alma,
Mentindo, vou seguindo calmamente
Pisando em cada espinho, penetrante

No corte penetrante da navalha
Sangrando calmamente na batalha
O podre de minha alma já se espalha.
eu
Publicado em: 09/01/2009 12:20:11


Coração solitário esvai em lava,
Do quanto que quisera e sem sentido
Jogado sem carinho, demonstrava
Amor que há tanto tempo está perdido.
Apenas amargura me esperava,
No olhar que segue só, desiludido,
A vida se acabando deste jeito,
Matando pouco a pouco um ledo peito...
Publicado em: 16/01/2009 17:11:57
Última alteração:06/03/2009 07:19:54


no bosque da esperança
bebi os teus segredos
agora sei que és minha
inapelavelmente...
nas fantasias todas
palavras soltas
vontades dispersas
unidas num só sentimento
do amor sem fim...
Publicado em: 11/02/2009 08:53:09
Última alteração:06/03/2009 06:49:06

Um dia que passamos tão ditoso,
Deixando suas marcas em belezas
Depois se não vividos, deste gozo
Transforma de repente, nas tristezas,
Sabor que conheci; maravilhoso,
Agora já se mostra em outras mesas.
Assim deste prazer que conheci,
Somente uma saudade, eu sinto aqui.

Tomando outros caminhos, deixam só,
Aquele que pensara ser feliz.
As águas não mais movem mesmo mó,
O rio vai passando e sequer bis,
O vento levantando todo o pó,
Só deixa numa estrada, a cicatriz
De um tempo que se foi e não voltou,
Saudade deste dia, o que sobrou.

Meu passo vai seguindo estas pegadas
E não encontra nada pela frente.
Manhãs em outras luzes vão raiadas
Deixando o coração mais descontente.
Palavras quando vãs se vão jogadas
Tornando-me do amor um penitente.
Não vendo o teu olhar a dor domina,
Somente a tua imagem na retina...

Tornado da saudade já refaz
O quanto fui feliz e não sabia,
De tudo o que vivi, procuro a paz
Raiando nos teus braços, fantasia
Saudades num momento, assim me traz
Resquícios deste sonho, uma alegria
Vontade de sentir felicidade
Até que a noite venha em saciedade.

Porém mal adormeço, a cada sonho,
Percebo que talvez eu possa ter,
Um dia novamente tão risonho,
Num misto de tortura e de prazer.
Meu barco nos teus braços, eu reponho
E sinto quanto é bom poder saber
De um dia que, distante inda persiste,
Do amor que sei a tudo já resiste...
Publicado em: 20/02/2009 13:12:16
Última alteração:06/03/2009 01:58:49

Metais noturnos
Néons entre automóveis.
Vasculho as esquinas
E encruzilhadas.
Sinto o bafejo da noite
No cheiro forte de urina
Exalado nas calçadas.
Titubeante passo pelas ruas
Luas e mulheres risonhas,
Bêbadas de luz e de desejo.
Nas baladas e nas batidas do relógio
A madrugada se perde
E espera uma alvorada
Com garis recolhendo
Os restos de estrelas
Estendidos no asfalto.
Retorno para casa
E vejo-te exposta
Na parede.
Saudades...
Publicado em: 20/03/2009 08:46:43
Última alteração:17/03/2010 21:07:37



Num ato de fé
Ogivas e canhões.
Canhestras emoções
Esgotos de minha alma.
Amor e sangue
Examino o meu cadáver
E encontro a podre ausência.
Reverso da medalha
Imerso em tal batalha
Perdido; peço o rumo,
E esfumo-me num vão.
Pelejo noite afora
Soluções?
Soluços sobre o corpo
Da ausente.
Esquivo-me
E me iludo...
Frágil criatura
Ascos e borrascas
Asas podadas,
Pólen inútil.
Aonde poderia te encontrar?
Publicado em: 13/05/2009 15:11:45
Última alteração:17/03/2010 19:45:34


Estrelas
Revê-las
Contê-las
E sabê-las
Como são belas
Velas
Versos
Mares
Libertas
Que tudo seja feito
Conforme a Tua vontade
Até o gozo
Dos prazeres
Mais banais
Mais comuns
Reais,
Mas não venais.
A mais
Eu sei do amor
Que amores
Traz.
E vejo estrelas
Em cada rosto
Boca e seio
Que porventura
Por aventura
Qualquer
Qual quer
Motivo.
Carpindo
Esculpindo
Árido
Ácido
Ávido enfim,
Ao fim de tudo
Todo
Sem partes
Apartes
Disparates
Disparar
Taqui
Toque
Truque?
Não deixe se levar
Eleve-se
Erija
Exija
E seja.
Assim
Serás
Feliz.
Publicado em: 22/01/2010 19:54:28
Última alteração:14/03/2010 18:23:27



Amor que a gente faz
Trazendo tanta paz
Mansinho e tão audaz
É festa garantida,
A noite se promete
Em lua e confete
Ao sonho me arremete
E muda a nossa vida.

Num turbilhão divino,
Um rosto cristalino,
No qual já me alucino
E ronda a noite inteira
Deitando em minha cama,
Fogueira que me chama
Chamado desta chama
Que emana da fogueira

Vem logo que incendeia
A noite nos ateia
Paixão em lua cheia
Quem pode segurar?
A sanha adivinhada
Assanha a madrugada,
Depois é tudo ou nada,
Não dá pra disfarçar...






Sorte lançada
Dados rolando,
Vida danada
Tempo chegando
Vento tocando
Mulher tão amada
Ovelha encontrada
Encantos e gozo.
Palavra cumprida
Estrada vencida
A sorte da lida
Se mostra na esquina
Tropeço na quina
E vejo a menina
Que um dia faceira
Morena trigueira
Fugiu dos meus braços.
Agora os cansaços
Dos passos que dei
Tropeços, azares
Vencendo a discórdia
Unindo nas cordas
Teus passos e os meus
Ousadas palavras
Avessos reversos
Olhares dispersos
Se encontram nos teus.
Beijando esta boca
Dançando a ciranda
Amor carrossel
Girando, rodando
Ganhando este céu
Da boca que beijo,
Além do desejo
De ser companheiro
Amor derradeiro
Que Deus já me deu...






Amor é tão diverso
Que nada mais existe
Senão um paraíso
Matando o que era triste.

Não quero te perder,
Depois que te encontrei.
Fiel em cada verso,
Contigo eu viverei.

E tu sabes bem disso,
Sou teu e nada mais,
Afirmo-te conciso
Que eu amo-te demais.

Nas horas em que teço
Meu sonho sem enganos,
Eu lembro-me que tenho
Carinhos soberanos

Desta mulher faceira
Que Deus me reservou,
Não tens o que temer,
Somente teu, eu sou...






Joguei todos os sonhos no estuário
Que percorre teus vales e montanhas...
As flores que colhi do mostruário,
Perfumam essas costas onde lanhas...
Não posso me livrar do teu cenário,
Nem posso achar amores nas entranhas.
Meu outubro ou outono passa hilário.
Carcomendo bastardos terços, banhas...

Quando partiste, morto, me deixaste!
Nas profundezas da alma, tais relíquias...
Nos dedos, dolorosas paroníquias...
Na vida que me roubas, mergulhaste.
Não quero conhecer os teus defeitos.
Somente irei dormir meus vários leitos
Buscando esse perfume que levaste
E as sombras divinais destes teus peitos.
Não sei se encontrei depois da curva
Que corta esse riacho da saudade.
Só sinto que te amei, foi de verdade,
Aguardo, simplesmente, o fim da chuva
Para poder achar sonhos e flores
Nas camas onde fomos mais felizes.
As cópias dos amores, sem matrizes,
Trazendo, nos prazeres, tantas dores!
Publicado em: 15/12/2006 08:57:41
Última alteração:28/10/2008 20:53:49



Amar toda manhã
É tudo que deseja
Um coração faminto,
Provando da cereja

Gostosa desta boca,
No corpo, uma maçã
Deitando em minha cama,
Os seios de romã.

Felicidade plena
Se faz neste pomar,
Que toda noite vem
Com fome de provar

E desfrutar de tudo,
Um pouco e sempre mais,
Segredos que descubro
De mar, de porto e cais.

Veredas que prometem
A fonte genial
Que é feita de carinho
Ousado e sensual.

Depois entrar no rio,
Chegando à sua foz
Lambendo tua praia,
Numa explosão feroz.

Sei quanto amor brotou
Na lavra mais audaz,
Tu sabes minha amada
Como me satisfaz!




EU TE AMO
Não ligue se essa tristeza
Resolver te provocar
A vida não traz segredo,
Deixa esse amor te levar..

O futuro sempre é duvidoso
Não preocupe-se com isso,
Amor é sempre tão vaidoso,
Não vale sofrer nem preciso...

Mas traga sempre esperança
Esperança meu amor.
Quem sabe viver é agora...

Rodando nas nossas tramas
Vivendo só por prazer.
Acendendo novas luas
Sabendo que irás vencer.

Não creia no que te prometem
Nem búzios nem no tarô
As ondas não se repetem
Nem acredite em amor.

Mas traga sempre esse sonho,
Sonhar é bom, meu amor.
Não deixe a vida ir embora....

E rode nessa balada
Que vem de tudo ou quase nada
Trazendo um sonho de valsa
Na dança que noite avança.

E pára sem que se prometa
De todos esses nossos medos,
Amores que a gente cometa.
Que para sempre serão segredos...
Publicado em: 18/11/2008 13:31:27
Última alteração:06/03/2009 19:04:48

Esta moça vai dançando
Nesta festa em contraluz,
Os meus olhos procurando,
Cada passo reproduz
Os meus sonhos mais audazes,
As vontades mais urgentes,
Tempestades que me trazes,
Moça dos olhos contentes.
Poentes de cada sonho,
Repentes em ricas lavras,
Tanto amor eu te proponho,
Não consigo ter palavras
Que possam já traduzir
O desejo que me assola
De poder te conduzir,
Passo a passo, nesta dança,
Refletida em esperança...
Publicado em: 19/11/2008 11:47:43
Última alteração:06/03/2009 19:02:27



Perdi, querida a minha paciência
Com todos os arautos infelizes
Que tentam destruir um sonho breve
De ter na vida dias mais felizes.

Não temo mais o riso de deboche
Que se estampou na face de um ignaro
Que pensa que mostrando o peito em rocha
O torna mais sublime ou mesmo raro.

Amor é fantasia que é benquista
Embora para muitos nada diga,
Sorriso displicente em poesia,
Na mão desta mulher amada amiga.

Eu canto e não me canso, isto compete
A quem senão querida a nós dois mesmos?
Eu vivo o que bem quero, o sonho é meu,
Mesmo que juntos vamos ermos, esmos

Quem não quiser não ouça o manso canto
Que brota do meu peito em penuginha
De uma ave que nascendo sertaneja
Jamais quis que cantasse assim sozinha.

Portanto, minha amada, vamos nessa
Que o sol já se promete bem mais forte,
Amor secando as lágrimas de um pranto,
Não teme estupidez que traga o corte...
Publicado em: 21/11/2008 10:14:21
Última alteração:06/03/2009 17:03:11




Amar o nosso amor, tão simplesmente
Que nada se compare com seu brilho.
Que invada nossa vida, docemente
E traga em cada dia manso trilho...

Amor, em perfeição, mais absoluto.
Caríssima vontade, e tal firmeza
Que impeça nossa dor na correnteza
Que leva com certeza ao triste luto.

Não me deixe estar só, um só momento,
Somente sem ter luzes, me embaraço
E tropeço, te peço que este laço
Nunca afrouxe!Remoce o pensamento.

Amar o nosso amor, é ter o mundo.
E não saber de perdas nem enganos.
Amor que já nos torna soberanos,
Libertos e vassalos, num segundo...
Publicado em: 26/11/2008 09:47:15
Última alteração:06/03/2009 16:39:06



Vem logo minha gueixa
Que a queixa não procede
Enquanto se concede
Amor que se concebe
A sebe preferida
Se faz em nossa cama,
Subindo cada rama
Num gozo violento,
O vento bate lento
Depois é tempestade.

Defloro a flor do sonho
Do medo de quem ponho
E assim, amor; proponho
Qual fosse carrossel,
Bebendo de teu céu,
Adentro méis afora,
Vem logo, pois agora
A lua se arreganha
Menina, a nossa sanha
Se assanha e vem tamanha
Sem manha, só manhã.
No gozo da maçã
Jamais será malsã
Aquela que no amasso
Cedendo cada espaço,
De noite no regaço,
Atando cada laço
Deixando-me então lasso
À beira do cansaço
Deitado no teu braço.
Remanso predileto...
Publicado em: 30/11/2008 19:15:35
Última alteração:06/03/2009 16:29:18



Nesta noite,
fria,
te procuro,
nos meus
pensamentos,
e te acho,
dentro do meu
coração ...
Como te AMO !!
(ivi)

Noite fria
Chuva fina
Abro a cortina
E o coração.
Vento chega
De mansinho,
Sem carinho...
Solidão.
Olho em volta
Na procura
Noite escura
Diz que não.
Porém ouço
A tua voz
Penso em nós
Quanta emoção.
Sei que um dia
Tu virás
Luz e paz.
A redenção!
Publicado em: 02/12/2008 06:17:54
Última alteração:06/03/2009 16:27:54



EU TE AMO
Quero a felicidade de quem amo,
Não posso magoar quem esperei.
Aquele que procura ser a lei
E esquece da leveza deste ramo
Não sabe quanto dói ingratidão.
E, penso, não merece mais perdão!

A vida me ensinou a ver no canto
Um símbolo divino de esperança,
Amor, quando foi feito uma aliança
Exige a cada dia um novo encanto...

Se quero ser feliz, que eu sempre faça
Feliz a quem está sempre comigo.
Senão o vento duro do castigo,
No livro dos meus sonhos traz a traça
Que devora e não deixa nem resquícios.
Amor sem ter prazer: aos precipícios!

Eu quero teu sorriso verdadeiro,
Eu quero essa alegria sem pudor
De quem extasiado em pleno amor
Conhece, num segundo, o mundo inteiro!

Espero pela porta sempre aberta,
A lua nem precisa se esconder
No sonho mavioso de viver,
A mão que te acarinha, sempre alerta!
Amada, amiga, tantas as palavras
Nos campos de esperanças, minhas lavras...
Publicado em: 03/12/2008 12:06:21
Última alteração:06/03/2009 16:08:26


DO AMOR QUE EM CANTO LIVRE SE PREVIA,
JÁ TANTAS ALEGRIAS RECEBENDO,
MOLDANDO NO MEU SONHO A FANTASIA
DE UM DIA MAIS SUBLIME RENASCENDO.
DE TUDO O QUE O MEU SONHO CONSENTIA,
UMA EMOÇÃO PERFEITA PERCEBENDO
NOS OLHOS DE QUEM AMO, FESTA E GOZO,
NO AMOR FEITO EM PRAZER, MARAVILHOSO...
Publicado em: 04/12/2008 12:02:42
Última alteração:06/03/2009 16:04:30


Amor que não temo
Não tremo e que teimo.
Se amo não vou
Se não amo sou
O que proclamo e queria.
Mais dia menos dia...
Poesia me mata
Nos teus braços, morena...

No que me concerne
Cerne e senso
Sou imerso
Vou imenso
Depressa para os teus braços
Raiar o dia
Acordar o dia
Morrer o dia
Vai dia
Vem dia
E nada mais.

Meu terço e prece
Obedece
A quem tece
Os meus olhos nos vazios...

Vagos olhos
Sem lagos
Sem magos,
Sem largos.
Amargos
Amágoas
Ama águas
Dos rios
Que me inundam
De teus braços
Tuas braças
Tuas rias...

O sino chama à promessa
Amor que nunca se meça
Se peça ou se partia.
Na mesma melodia
Que dia a dia
Vai dia
Vem dia
E tudo o mais.

Sou terço e sou metade
Sou o que há de
O que arde
E mesmo que tarde
Adormecerei nos teus braços
E cantarei o meu enorme amor.
Que não cabe nos teus braços
Não cabe nos abraços
Nem no mundo caberia.
Somente no nosso dia
Dia a dia...
Que nunca mais
Iria.
Jamais...
Publicado em: 05/12/2008 13:11:19
Última alteração:06/03/2009 16:00:41



No dia em que nasceste, tanta luz!
Os céus em claridade, extasiados,
Por fogos de artifício iluminados
Ao nascer desta estrela que reluz
Cobrindo toda terra de alegria,
Recobrindo o universo em fantasia.

Gerada pelos raios, pleno amor,
Num êxtase fantástico da paz.
De um útero materno em esplendor,
De tudo que um deus bom será capaz
De dar em gratidão à quem amara.
Entre todas as jóias, a mais cara.

E vieste deitar-se aqui do lado,
Maravilhando os sonhos mais sutis,
Trazendo para o peito apaixonado
As boas novas: ser, enfim, feliz.
A deusa enobrecendo meu viver
Refaz meu coração em seu prazer!
Publicado em: 07/12/2008 19:43:54
Última alteração:06/03/2009 15:26:20


Numa grinalda de rosas
Brancas, puras dolorosas,
Cobrindo a face tão triste
Falando do amor que existe
E que insiste em não viver
Esquecendo do prazer
Que roda sem ter sossego
Perdendo, do mundo, apego,
E fazendo um novo canto
Que no entanto tanto encanto;
Sem lembrar, me prometeu...

Na valsa que dança, avança,
Tramando nova esperança
Da criança que não veio
Vivendo em puro receio
De ter na vida alegria
Sabendo que a fantasia
Roda sempre sem parar
Sob o raio do luar
Nesta noite que se passa
Sem saber amor disfarça
Nem lembra o que prometeu...

Tanto amor que se confessa
Vivendo sem ter mais pressa
Deixando a vida passar,
Amada vou te buscar
Dos sonhos que não mais vive
De tanto amor que já tive
De tanto esperar alguém
De tanto querer teu bem
Bem que sempre desejei
Neste amor que eu esperei
Tanto amor que prometeu.

Agora
Lá fora
Se chora
Demora

Estou
E vou
Restou
Amou...

Amada que não
Sabe da emoção
Que vive por ti
Estou por aqui
Espero te ter
No fino prazer
Na vida sem fim
Vou seguindo assim.
Amor eu sou teu
Amor prometeu
Te quero pra mim...
Publicado em: 08/12/2008 17:31:15
Última alteração:06/03/2009 15:25:19

Depois de desmanchado esse buquê
Jogada em minha cama, essa saudade
Do tempo em que trazias belas flores.

Não quero mais o brilho sem a lua
Nem quero mais perfumes sem jardim
Tocar tão mansamente em teus espinhos.

Falar desse buquê por sobre a cama
Deitada sem sentir o vento frio
Que vem do coração de quem te adora.
Jogado em tua cama qual buquê...
Publicado em: 09/12/2008 13:53:01
Última alteração:06/03/2009 15:43:11



Nosso amor é fogaréu
Na ponta do cravinote,
Nas abas do meu chapéu,
Nos dentes deste serrote,
Na beiradinha do céu
Minha vida é meu mote,
Não posso zombar da sorte,
Se estou vivo é que sou forte,
Experimentei seu corte
Arrebento pedra e pote,
Não há conta que se anote,
Nem destino que me note,
Nem cavalo que se esgote,
Não vou fugir neste trote,
A cobra já me deu bote,
Mergulhei no teu decote,
Se naveguei peço bote,
Me enterrar pede culote,
Agarrei no seu cangote,
Da vida nunca se embote,
Na caça virei coiote,
Sou um príncipe consorte,
De tristeza vendi lote,
Não há coisa que me dote
Nem amor que me conforte,
Nem certeza que comporte,
Praticando tanto esporte,
Não sei lidar com bedel,
Nem vasculhando o farnel,
Nem rasgando esse papel,
Nem se for Papai Noel,
Nada mais triste ser réu,
A dor que mata, cruel,
Menina me dê anel,
Vou andar assim ao léu,
Vou fazer o meu cordel,
Caldo de cana e pastel,
Da noiva roubei o véu,
A levei até bordel,
Pensava que era Bornéu,
Mergulhei que nem ilhéu,
Amargando vida e fel,
Fui parar lá no Borel...
Menina namoradeira,
Se bobear dá bandeira,
Vai deitar na minha esteira,
Não vai ficar de bobeira,
Quem da minha rosa cheira,
Vem correndo, de primeira,
Não pode pensar besteira,
Fica sem eira nem beira,
Vai virar xepa de feira,
Nem me vem bancar a freira,
Pode vir, moça faceira,
Vou bancar a faxineira,
Eu vou te lavar inteira,
Pensa que sou lavadeira,
Arrombei tanta porteira,
E deitei na cumeeira,
Eu bati na caneleira,
Já te fiz chá e chaleira,
Eu te dei chá de cadeira,
Em plena segunda feira,
Amor batendo pedreira,
Não deixa na geladeira,
Penetrar, fazer carreira,
Vou trepar na trepadeira,
Nem adianta a romeira,
Minha mulher verdadeira,
Vem dançar o Zé pereira,
Se pingar vira goteira,
Pode vir qualquer maneira,
Vamos dançar esse xote,
Nosso amor é fogaréu...
Publicado em: 11/12/2008 11:08:30
Última alteração:06/03/2009 15:38:19

Nunca mais saber teu nome,
Nem querer te conhecer,
Preferia, assim, viver,
Sabendo que tudo some,
Vivendo amor sem ter fome,
Nem escolhendo parada,
Devorando a madrugada,
Da poeira, companheiro,
Seguindo esse mundo inteiro,
Sem ter medo, sem ter nada!
Publicado em: 01/01/2008 20:13:00
Última alteração:22/10/2008 21:29:56



Tu és o canto livre da alegria,
Vestida de emoção, minha alma clama,
Envolta nos teus braços, já sabia
De toda a sorte farta de quem ama,
Rasgando todo o véu, na poesia
Ao renovar a vida, muda a trama,
Nas teias de teus braços, adormeço,
Numa alvorada em paz, o recomeço...




Amor que não se esgota
E faz a diferença
Permite que eu já tenha
Decerto nova crença

Felicidade doura
O verso em que eu dizia
Da luz que assim nos guia
Em nossa poesia.

Querência sem limites
Profundo amo já tem,
Amor que nos vicia
Gostoso ter alguém

Em quem tanto confio
Um fio que nos ata,
Seguindo esta alameda
Na noite que arrebata

Mostrando a luz perfeita
Que assim eu procurara
Na paz enaltecida
Por tua voz, tão cara.

Nascemos para a festa
Do amor que a gente sente,
Tomando nossos dias,
E o coração da gente

É fato consumado,
É fogo sem fronteiras,
Viver é ser feliz
De todas as maneiras..

Abraço e logo beijo
Não quero desgrudar
Vem logo, minha amada,
Aqui me namorar...

A luz que me irradia
Amada e clara lua
Tomando nossa noite,
Prateia e deita nua

Mulher que tanto quero
No fogo da promessa
Não perco mais nem tempo
Nem quero mais conversa

Eu sei o que pretendo
Deitado em teu dossel
Bebendo em pura fonte
Doçura de teu mel...

Eu quero o nosso amor
Bandeira desfraldada,
Com toda esta magia,
Rompendo a madrugada.

Viver nesta alegria
Estrelas vespertinas
Saltando esta janela
Abrindo tais cortinas

Deixando em cada verso
Carinho tão imenso
Em ti querida encontro
Amor eterno e denso.

Cavalgo toda noite
Sem rédeas pelo espaço,
Vagando no teu corpo
Um porto belo eu traço

E sinto este arrepio
Fazendo amor contigo,
Deitando em nossa cama,
Teu corpo é meu abrigo...

Publicado em: 02/02/2008 14:42:39
Última alteração:22/10/2008 16:48:17



Amar cada momento que passamos
Ao lado deste sonho interminável.
Caminhos percorridos. Tempo/espaço.
Traçamos horizonte imaginável.

Apreços e vontades, sem litígios.
Vestígios do que fomos; esquecidos.
Nossas almas se buscam, harmonia.
Os dias são perfeitos, bem vividos.

Alados pensamentos, risos francos.
Amor se faz completa redenção.
Batendo bem mais forte em nosso peito,
Descarrilando o trem do coração...
Publicado em: 03/04/2008 19:15:58
Última alteração:21/10/2008 16:58:15


O sonho mais airoso encontramos,
Vibrando em nosso peito, imensa sala
Aonde com certeza desfrutamos
Do amor que se faz grande em alta escala,
A sorte transformando, deslumbramos,
Numa certeza imensa de tocá-la.
Caminho benfazejo feito em glória,
Mudando todo o rumo desta história...
Publicado em: 06/04/2008 19:33:33
Última alteração:21/10/2008 19:54:42


Na ronda deste amor
Mil Beijos te proponho
No sonho que procuro,
A cura inevitável.
Amor nos seduzindo
Num lindo vendaval
Que assola o pensamento,
No toque sensual
Dos lábios e palavras
Nas lavras que cultivas,
Tu és a paz que eu quero
Bendita serenata,
Mulher que me maltrata
E ao mesmo tempo alenta,
A vida passa lenta
Distante se não vens.
Nos versos que fazemos,
Os remos deste sonho,
Aonde a sorte eu ponho,
O leme que eu queria.
No barco/fantasia
Que leva-nos distante...
Na fortaleza imensa
A doce recompensa
Do mel que colho agora
Na boca mais gostosa
Da morena fogosa,
Que tanto desejei...
Publicado em: 17/05/2008 08:21:10
Última alteração:21/10/2008 12:47:07


Andando a vida inteira, lado a lado
Num passo mais preciso e vigoroso,
De ti, eternamente enamorado
Pressinto um mundo bom, maravilhoso,
Deixando o sofrimento no passado,
A vida se promete em pleno gozo.
Vontade de te ter é tanta, tanta,
Amor nos dominando vem, e encanta...
Publicado em: 07/07/2008 07:50:57
Última alteração:19/10/2008 21:44:25

Lembranças de nós dois
Cabelo ao vento
Lua deitando sobre montanhas azuis
Cores diversas
Noites dispersas
Versos e verões
Veras fantasias.
“Não chore que a vida
É luta...”
A força bruta
Ao abrigo dos sonhos
E das canções...
Eu me lembro
Outubros
Dezembros
E os olhos
Vagando multidões...
Disfarces
Em faces
Embaces da sorte
Que corta
E aborta
Sonhos e fantasias...

A gente não tem jeito
Morena.
Apenas porto
Distante
Ausente,
E a danada da esperança
Cachaça que não cansa
Vicia e nada alcança
Nem mesmo a mansidão...

Beijar tua boca
Estrelas e céus
Véus de nuvens.
Cinzas neblinas
Brisas e avisos
“É proibido pisar na grama”
Proibido
Libido
À toda
À tona
À toa...
Publicado em: 31/07/2008 11:56:28
Última alteração:19/10/2008 22:02:52


Ao ver neste horizonte
Um céu azul e claro
Amor que te declaro
Se faz muito mais forte
Estrela que me guia
Mostrou, noite passada
Que a vida sem te ter,
Querida é quase nada
Sem rumo ou alegria
Desvia a minha estrada
E mata a poesia
Deixando demarcada
A solidão feroz
Que um dia, anunciada
Perdendo a força e voz
Ficando enfim, calada....
Publicado em: 04/08/2008 18:04:53
Última alteração:19/10/2008 22:13:42


Amar é ter liberto cada sonho
Embora inda prefira ter teu corpo
Colado com meu corpo pele a pele
Gozando dos prazeres mais tangíveis.
Não posso te dizer que me contento
Apenas com roçar destas palavras
Prefiro te sentir aqui pertinho,
Teu cheiro e tuas pernas bem roliças.
Mas saiba que este encanto em que dominas
Meus olhos e meus sonhos mais audazes
Permite que eu sinta bem aqui,
Cheirosa e bem fogosa em noite imensa,
Vertendo meu prazer em recompensa...
Publicado em: 22/08/2008 16:47:07
Última alteração:17/10/2008 17:06:24


Eu te trago no meu peito,
Com ternura e com carinho,
Tanto amor, nosso direito
Quero ser teu passarinho...

Publicado em: 25/08/2008 18:52:09
Última alteração:03/10/2008 17:35:47


Alma.
Quero tua alma desnuda sobre a minha, entranhada, estranha mas atada
Alma toda, tocando cada centímetro, osmótica, orgástica.
Deliciosamente orgânica embora extra corpórea
Corporação, composição.
Com posições e variedades de sonhos.
Estanhos e formas.
Fornalhas e desejos
Seixos e sombras
Sobra sombrias vagando
E penetrando,
Tocando cada vez mais fundo,
Mistérios e maneiras
Esmos e espasmos...
Te quero alma
Corpo
Ânima, sangue e prazer.
Rompantes e delírios
Seios e mansidão

Alma
Quero alma carnívora, canibal,
Exótica, explicita,.
Cama e carmas, conexões e outros fios. Que nos ligam aos extremos.
Estréias e renovações
Deitada no meu leito, peitos e pleitos. Espreitas.
Aceitas o amor de extremos e das entregas absolutas
Que tragam a lúcida loucura e o desejo inesgotável...
De rompantes e repentes.
Te quero amada
Armada até os dentes
Ate e derrame
Méis e mãos
Plurifacetária
E cármica.
Tenho mares
E quero tuas marés,
Ondas
Ânsias e sorrisos
Sons e tons
Diversos...
Nos mesmos prismas
E tramas que se explodem nas cores e nos acordes e nos cordões.
Acorde e vamos
Buscar a madrugada
Beber até a última gota
Que nos cabe
De nossa almas.
Carnívoras....
Publicado em: 18/09/2008 14:49:54
Última alteração:03/10/2008 13:54:29




Chegaste, de repente
Fazendo tanta festa
Meu peito destruído
Abrindo nova fresta,

Amanhecendo o dia
Em paz tão desejada,
Vencendo a negra noite
O brilho da alvorada,

Em beijos e carícias,
Nas danças tresloucadas,
As bocas se procuram
Delícias são trocadas.

Felicidade faz
Um dia ser eterno,
Deixando bem distante
O que já fora inferno....

Nos raios desta lua,
Amada companheira,
Uma mulher divina
Da vida timoneira,

Voltando para mim
Depois de tantos anos.
Jamais irá sair,
Cometer desenganos.

Agora que chegaste,
Amor que o vento traz,
Eu posso, meu amor,
Enfim, morrer em paz...
Publicado em: 28/09/2008 19:24:59
Última alteração:02/10/2008 14:46:09



Amor trazendo ciúme
É coisa que tanto agita
A rosa com tal perfume
Fica sempre mais bonita.

No ciúme, com certeza
Essa rosa se alimenta
Vaidosa e quer mais beleza;
De tão bela, se arrebenta.

Da rosa que tenho em ti,
Orgulhosa, pois é flor,
Todo amor que já vivi,
Arrebentando de amor.

Ilumina toda a terra,
Faz o mundo mais feliz.
No peito que, amor, encerra.
Todo amor que sempre quis.

Minha amada, me perdoa
Se te faço assim sofrer
Mas a vida só é boa,
Se um pouquinho, ela doer.

Ciúmes não precisava
Pois te quero tanto bem
Eu não quero mais ninguém
Por tanto que já te amava;

Mas gostei da reação,
Que, ciumenta, tu tiveste;
Quando amor, ciúme, veste,
Embeleza o coração!
Publicado em: 24/10/2008 12:08:36
Última alteração:02/11/2008 20:32:44



Onde encontrarei, podes me informar?
Nos olhos da morena, de esperanças,
Nos cantos da memória, nas lembranças,
Nas ondas, nas areias, pleno mar,
Em todas essas festas, tantas danças,
Em paz e nestes lagos, águas mansas...
Nos raios desta lua, no luar...

Estrelas divinais, cometas raros,
Estrelas lá do mar, todas as flores,
Matizes mais suaves, tantas cores,
Essências tão gentis, perfumes caros,
A tarde que declina em estertores
Manhã na aurora bela, nos albores,
Nos olhos da morena, verdes, claros...

Onde encontrarei este pendor
Que traduzindo a dor em tal beleza
Produz e reproduz na natureza
As jóias mais divinas, traz valor
De toda uma verdade, uma certeza,
Faz de toda mulher uma princesa
E nela encontrarei enfim, amor!
Publicado em: 27/10/2008 19:49:24
Última alteração:02/11/2008 20:35:50



Saudade de quem sempre desejaste
Embora simplesmente isso disfarces,
Amor por mais estranho, tem mil faces,
E sabe conduzir mesmo em desgaste.

Agora que percebo que desejas
A quem depreciaste por inteiro,
Amor que sempre fora companheiro
Se esconde nas histórias que versejas.

Amiga, boa sorte em tua vida,
Desejo sem sequer dizer ciúme
Não posso mais querer esse perfume.
Recende a tanta noite já perdida.

Não deixo meus espinhos nem as urzes,
Carrego minhas dores, vou sozinho.
E torço, que tu tenhas no teu ninho,
Amores que não pesem feito cruzes.

Um dia, se quiseres, por favor,
Espero, não precises, mas estou
Aqui para juntar o que sobrou
Daquilo que pensava ser amor...
Publicado em: 16/11/2008 19:25:36
Última alteração:06/03/2009 18:55:48


EU TE AMO

PARA QUE A NOITE TRAGA AOS TEUS SONHOS,
A DELÍCIA DE SABER-TE BELA E SERENA.
QUE, NO TEU COLO, A CRIANÇA DESCANSE
A MACIEZ DE TEUS CABELOS,
A DOÇURA DE TEUS LÁBIOS.
PARA QUE SAIBAS QUE O AMOR TE FAZ BELA.
QUE O BRILHO DAS ESTRELAS ROMPE A AURORA
E TRAZ A SENSIBILIDADE MARAVILHOSA
DO PODER ESTAR E SER, DO QUERER E TRANSGREDIR.
DO NUNCA MAIS ESTAR E SER SÓ.
PARA QUE SINTAS O VENTO ROÇANDO TEU ROSTO
EXPOSTO AO CALOR DAS CARÍCIAS,
DAS DELÍCIAS DE SABER-TE MINHA;
E, POR FIM, PARA QUE TENHAS UMA BELA NOITE
E UM MELHOR AMANHECER.
TE QUERO
Publicado em: 28/11/2007 07:52:14
Última alteração:28/10/2008 12:14:44


EU TE AMO


Ah Morena que saudade
Que vontade de te ver,
Eu num quero liberdade
Em você vou me prender...

Depois de tanta tristeza
Que essa vida preparou,
Fui seguir a correnteza
O meu mundo se afogou,

Mas agora tô voltando
E não saio mais daqui,
Com o sol iluminando
Nos teus braços me perdi.

Deixa eu ser a sua abelha
Venha ser a minha flor,
Na sua boca vermelha
Eu vou ser seu beija flor.

Vou beber todo esse mel,
Que você me preparou,
Se eu quiser saber do céu,
Esse anjo já me encontrou.

Deitadinho no seu colo,
Bolo com bolo faz bem
Depois contigo me embolo,
Aí... Num tem prá ninguém!
Publicado em: 28/08/2007 15:19:55
Última alteração:28/10/2008 16:39:45

EU TE AMO

Eu amo teu sorriso, minha amada;
Certeza tão serena do descanso.
Em tantas tempestades, calmaria.
Trazendo a sensação de bom remanso.
Eu amo tanto...

Eu amo tuas mãos tão delicadas,
Certeza de carinho no depois;
Em tantas desventuras, meu abrigo;
Trazendo esse prazer para nós dois...
Eu amo tanto...

Eu amo teu olhar tão envolvente
Certeza deste brilho que procuro.
Em tantas incertezas pela vida,
Trazendo tanta luz, findando escuro...
Eu amo tanto...

Eu amo estes teus seios, meu regaço;
Certeza tão divina de acalanto.
Em tantos vendavais, meu manso porto,
Trazendo em doce gosto, meu encanto...
Eu amo tanto...

Eu amo tanto amor que vejo em ti.
Certeza de viver felicidade.
Em tantas ilusões que já passei.
Trazendo a sensação duma verdade!
Eu amo tanto...
Publicado em: 11/08/2007 08:09:10
Última alteração:28/10/2008 16:35:39



Na voracidade da dor
Num canibalismo louco
Devorando pouco a pouco
Pressentindo o meu pavor,

Tua boca entreaberta
Aguarda os restos finais
Nos amores canibais
Que teu desejo desperta.

Não vou me entregar inteiro
Nem pretensos suicídios
Nos teus venenos, ofídios
Nas armas deste faqueiro.

Vencido por não ter medo
Arremeto-me afinal,
Neste teu mundo abissal
Eterno mar, meu degredo.

Parido da própria morte
Ambivalente sentido.
Sem rumo, sigo perdido,
Teu amor era meu norte.

Mas tanta fome, querida,
E nada mais me sobrou.
Entreguei, a quem me amou,
O resto de minha vida!
Publicado em: 16/09/2008 12:22:48
Última alteração:17/10/2008 13:48:13


Minha lágrima, estima e sentimento;
na palidez do não, nem talvez,
digo sempre,
praieiro coração...

Nas pedras do cais, o caos,
o vem e não vais,
o jamais, o quem dera.
Vida, esfera,
roda de bar em bar,
girando gitana
em busca da cigarra
que transforme toda forma em matriz,
peço bis,
sou feliz mas não queria...
Meio dia, melodia,
meu dia é diária avaria.

Quebro o tempo, contratempo,
conta-gotas,
vão envoltas
minhas voltas pelo mundo...

Contra-sensos,
são imensos, sou imerso,
vou diverso de verso em verso...

Mas quero o acero,
quero a aragem,
a coragem não se fia.
Fiador da dor
que não pré-curo nem procuro,
sobre o muro que escurece e divide.

Dívidas e débitos,
bytes e bikes,
sou flâmula.

Inflama a alma,
a lama e a trama,
trâmites e trinos,
seus hinos e meus tinos,
desatino...

No quebrar da onda,
mareio e timoneiro,
sou Marte, vou Plutão...

Nunca sim,
quem sinaliza a brisa entoa,
minha canoa não voa,
afunda...

Minha funda melancolia,
colites e cólicas,
eólicas sensações...
Sou vago, e vadio,
meu cio é todo seu.

Quero bocas e delírios,
teus cílios e teus seios.
Teu mar, sou pororoca.

A toca
onde entocas teus desejos,
meu anseio.
Sou vermelho, formalizo,
te aliso e não consigo.

Mas, prossigo, do teu pêssego,
fiz perigo e âmago,
meu gosto nesse agosto
é teu rosto contra o meu...

E te chamo
amo e reamo
reclamo
e me acalmo.

Não temo teu fogo
meu jogo e jogral

E, somente,
semente
te amo!

Serpente
que nada
a minha
amada
caminha
comigo.

E, gomos expostos
somos felizes?
Se dizes, com a corda
atada
concordo.
mas quero
assim.
até o fim?
Publicado em: 21/09/2008 19:29:11
Última alteração:02/10/2008 20:24:08



Vou buscando nas cobertas
O teu corpo perfumado,
As entradas; sei abertas,
Percorrendo mais ousado.

Dos teus seios tão gostosos,
Sei a sede de meus beijos,
Teus carinhos fabulosos,
Acendendo os meus desejos.

Vamos ter festa, eu garanto,
Na verdade este é o começo,
Eu te quero tanto, tanto,
Já te encontro sem tropeço.

Adentrando a mata escura,
Não irei mais me perder,
Teu amor, querida cura,
Meu remédio, teu prazer.

Nossos rios, doces matos,
No banquete em serventia,
Vou lambendo belos pratos,
Dedilhando esta alegria.

No colosso desta festa
Dois bacantes com certeza
Sabem quando amor se empresta
Lambuzando em sobremesa.

Mas vem logo que esta noite
Quero ser o teu parceiro,
Minha língua como açoite,
Vasculhar teu corpo inteiro...
Publicado em: 23/09/2008 14:28:03
Última alteração:02/10/2008 19:20:16

Pranto rolando
Cachoeiras de dor.
Amor é selvagem,
Bobagens que falo
Apelos e cismas,
Pelos tocados
Tufos trocados,
Rendido aos teus braços.
Covardia
É não ver
O sol que emoldura
A pele morena
Da moça sacana,
Que cura e que morde.
Que pede e não nega.
Azulejo no céu
Desejo na cama
Entrego o pavio
E o resto é contigo...
Publicado em: 24/09/2008 12:55:22
Última alteração:02/10/2008 18:13:25


Qual harpia em sobrevôo
Procurando pela caça
Gavião batendo as asas,
Nem de longe mais disfarça
Não sou presa que tu queres,
Nem também sou tão gentil,
Resta um pouco de esperança
Deste amor em meu cantil.
Gargalhando em cada curva
Covas abres sob os pés,
Turvas águas que não bebes,
Mas depressa, de viés,
Numa soma multiplica
Toda a força da vingança
Não sou urze no caminho
Nem sou pedra que se lança
Ao espaço sem destino,
Sou moleque, eu te garanto,
Que o amor que tu me deste,
Na verdade secou pranto.
Rego o rogo que não trazes
Nos canteiros sem adubos,
Meu amor se dilaceras
Açucarando teus cubos.
Cubro os olhos de vergonha
Mas de novo vou contigo,
Travesseiro perde a fronha,
Toda noite é um perigo!
Publicado em: 25/09/2008 11:38:30
Última alteração:02/10/2008 14:22:08

Tecido entre nuvens
O sonho se mostra
Em tramas diversas.
Na nebulosidade
Encontro a partilha
E dela, se empilham
Meus risos e gozos.
Seguido para o mar
De imensa fantasia
Adornas minha praia
Com laivos de sereia.
Serei o que quiseres.
Estátua castelos de areia,
Mergulhos em ondas,
Surfando a esperança.
Imagens superpostas
De sonhos diversos
Permitem o vislumbre
Do sol que virá.
Crianças se banham
E brincam princesas
Torres e reis.
Cavaleiros perdidos
Buscando um recanto.
Encanto de bocas
Há léguas daqui.
Os rios não param
A foz se anuncia
Entranham os mares
Engravidados de ilusões,
Parindo fantasias
Em caracóis e cavalos marinhos.
Assim,
Depois de estar contigo
Eu me renovo,
Embora saiba do sal tão próximo
Não mais temo as ondas
Que sei virão.
Sem servidão
Servirão
Sorvidas e sortidas,
Sentidas
Serenas em sirena
Sementes
Propagando
O bem supremo
Do amor extremo
Em extremados risos.
Avisos não me importam
A porta estando aberta
Aporto nos teus braços
Meu porto mais seguro...
Publicado em: 01/10/2008 11:54:50
Última alteração:02/10/2008 13:55:57



Ouvindo a voz macia da manhã
Me vacinei deveras contra o medo...
Trabalho com certeza muito afã,
O mar não me negou um só segredo...
Enredo que me enreda meu perdão.
As vaias que sofreu meu coração!

Minto pois não credito nada a vida.
Não quero a santidade nem credito.
Os versos que escrevi amaravida.
No canto que ensinaste em vão repito...
Enredo que me enreda teu perdão
As vaias que sofreu meu coração!

Na farsa que montaste tão espúria...
Os rumos bulevares belvederes...
Não posso conservar a minha fúria
Os braços se quebraram nos alteres...
Enredo que te enreda meu perdão
As vaias que sofreu meu coração!

As bancas de tal sorte nem decifro.
Os restos desta pátria sem futuro.
Os chofres e os enxofres, versos chifro
O medo da floresta que me enduro...
Enredo que te enreda teu perdão
As vaias que sofreu meu coração!

As vaias que sofreu teu coração
Enredo que me enreda teu perdão.
Nas viças e voraz és amplidão.
No medo que me enreda solidão
Teu dedo não revela a solução
Nas vaias que me dá teu coração!
Publicado em: 21/10/2008 19:38:56
Última alteração:02/11/2008 21:49:44



O que farei sem teu olhar querida?
Trazendo todo o lume desta vida,
Olhar que me traduz , em desatino,
O sonho que tracei pro meu destino;
Caminho que pressinto, seja o meu.
No olhar que me penetra manso, ateu...
Teus olhos, minha amada, sobrevida
De quem não teve nada em sua vida...
Meu sol, por conseqüência, minha glória.
Teus olhos são meus versos, minha história...
Minha amada! Perceba que sem ti
De tudo que não tive, mais perdi.
Não quero mais sofrer, isso é segredo,
Não deixe que me vença o triste medo,
De viver sem teu amor, por tanto tempo...
Viver sem ter amor, que contratempo!

Não vês que sem te ter, cadê ternura?
A noite sem futuro, tão escura,
Desejo poder ter o teu enlevo
Carícias percorrendo o teu relevo
Entrando nessas matas divinais,
Mordendo tua boca, canibais
Carinhos que jamais eu negarei,
Nas grotas onde tanto mergulhei,
Nos lagos que me inundam de prazer,
Por todos os teus rumos, me perder...
Adormecer sem hora de acordar
Senhora do viver, do meu amar...
Te quero, minha deusa, minha musa,
E desabotoar a tua blusa
Invadindo teu ser sem ter receios,
Beijando calmamente os lindos seios...

Depois, com toda calma e mansidão
As mãos que te percorrem sem perdão,
Correndo toda a sorte de perigo
Beijar tão docemente, teu umbigo,
E ter a sensação de ser um rei,
Jazendo sobre o manto que sonhei,
Entrando nos recônditos pomares,
Saber te dar prazer nos amares,
Sonhando com delícias, maravilhas,
Os vértices gentis, tuas virilhas,
As violetas belas, todas roxas,
Os delicados velos, tuas coxas.
Saber de teus desejos onde espalho,
As gotas divinais do teu orvalho.
Depois de tanta louca insensatez
Saber que, enfim, amor maior se fez...
Publicado em: 23/10/2008 17:45:35
Última alteração:02/11/2008 21:42:55



Morrer na escuridão que não mereço,
Em versos que te invento, já tropeço
Mas peço que não lances neste poço
Amor que já causando um alvoroço
Escondo no meu sonho mais oculto,
Guardando na lembrança um triste vulto
Que se foi sem jamais querer voltar,
Em busca de outro raio de luar...
Publicado em: 30/10/2008 09:11:26
Última alteração:02/11/2008 20:28:19



Há tanto que eu queria te dizer
Do brilho de teus olhos sobre o mar,
Vontade de partir e de ficar
Sabendo o quanto devo ao nosso amor.
Que é feito em primavera, sentimento,
Servindo para a vida qual farol.

Olhar que me ilumina, o meu farol
Decerto tendo muito por dizer
Tocando bem mais fundo o sentimento
Estende o brilho intenso, abraça o mar
E mostra ser possível nosso amor,
Deixando a fantasia aqui ficar.

Ao lado de quem amo, eu vou ficar
Falena que procura um bom farol,
Pois tendo, com certeza um grande amor
Meu sonho toda noite vem dizer
Da lua que se deitando em calmo mar
Explode em maravilha, em sentimento.

Tocando calmamente o sentimento,
Eu sinto esta emoção vir e ficar
Na imensidão da vida feita em mar.
Na noite sem estrelas, meu farol,
Teus olhos já têm muito por dizer
Nos rastros que me levam ao amor

Sentindo toda a força deste amor
Tomando com vontade o sentimento
Não tenho quase nada por dizer,
Somente este desejo de ficar
Deitado sob o brilho de um farol
Mergulho o coração, invado o mar.

E sinto a força imensa deste mar
Em ondas bem mais fortes, nosso amor
Guiado em duras trevas no farol
Do mais intenso e belo sentimento.
Sentindo tal prazer quero ficar
E todo o bem do amor irei dizer

Nos olhos vou dizer do grande mar
Contigo irei ficar, imenso amor
Que além de sentimento é meu farol.
Publicado em: 02/11/2008 19:35:59
Última alteração:06/11/2008 12:12:19



O sol posto, nas nuvens solidão!
Meu verso enamorado de teus braços.
Embalde repetindo esta canção,
Meu sonho procurando teus espaços.
Aguardando-te intero o coração
No tinteiro da tarde nos terraços
Mais altos, nos bordados da amplidão,
Precisamos atar os velhos laços...

Ficavas abrigada das tempestas,
Amor não necessita de saudade
É gás que me cintila em gozos, festas.
Não deixe machucar tantas arestas
Lembrança dolorosa não se acoite
Amor que não se orgulha deste açoite,
E só quer encontrar felicidade.
Publicado em: 05/11/2008 11:05:36
Última alteração:06/11/2008 11:58:20





Aspirando à grande sorte
Que talvez eu não mereça
Mesmo quando se tropeça
Tendo alguém que me conforte,
Vou mudando assim meu norte
Onde a paz já me endereça
E se tanto em nova peça
Vida traça o que me aporte
Sem temor vivendo assim,
Tanto amor que existe em mim,
Das mortalhas do passado
Nada resta e nada tendo,
Só teu corpo me envolvendo,
Pouco a pouco, lado a lado...



Aspirando à plenitude
Faço o verso em que talvez
Tanto amor ou lucidez
Não se trace em atitude
E se ainda mesmo eu mude
No que tange ao que tu vês
Outro tanto se desfez
E se bebo assim amiúde
Desta sorte mais feliz,
Tanto quanto pude e quis
Nada colho senão rosas
Noites claras, dias fartos,
Nossos sonhos mesmos quartos
Em que tanto ris e gozas...




Do infinito de onde veio
Farto amor que ora nos toma,
Muito além de simples soma
Caminhando sem receio,
Novo mundo já rodeio
E bebendo a sorte doma
Coração que em paz retoma
Dos prazeres rumo e veio,
Sigo alheio aos temporais
E te quero sempre mais
Não calando dentro em mim
Esta fúria em doces sonhos,
Onde outrora mais medonhos,
Hoje em flores, meu jardim..





Ao te ver, tua nudez
Dominando este cenário
Tanto amor é necessário
Nele além do que tu crês,
Nosso mundo, insensatez,
Neste mesmo itinerário,
Ao seguir tal lampadário
Toda a treva se desfez,
Mergulhando dentro em nós
Vejo assim em mesma foz,
Os diversos afluentes
Sendo assim nada segura
Onde planta-se a fartura
As colheitas, mais contentes...
Publicado em: 29/04/2010 16:48:14
Última alteração:04/05/2010 17:44:55


A delicada forma que ilumina
Trazendo para mim este clarão
Mudando dos meus passos direção
Na fonte desejada, rara mina,
O quanto esta vontade me domina
E bebo desta luz à exaustão
Sabendo dos momentos que virão
E neles toda a glória me alucina,
Riscando do passado cada traço
E quando nos teus olhos eu refaço
O passo rumo ao tanto eu posso ver
Após a tempestade mais sutil,
O quanto deste amor já se previu
Num raro e belo sol nos envolver.
Publicado em: 09/06/2010 17:17:08


A tela se desenha em sensuais
Delícias e matizes convergentes
E quando tu também deveras sentes
Momentos explosivos, rituais,
Em tantas maravilhas os sinais
De um Paraíso em vida que em ardentes
Delírios sem pudores apresentes
Querendo e repetindo muito mais.
Sorvendo cada gota deste orvalho,
No quanto ao mais sublime eu sempre atalho
O rumo que conheço já de cor,
Vibrando em consonâncias, gozo farto,
Iluminando assim todo este quarto,
De todos os caminhos, o melhor.
Publicado em: 10/06/2010 13:17:07


No leito a desejosa deusa nua
Entregue em languidez ao pensamento
Sensualidade adentra em manso vento,
Bebendo esta beleza a rara lua,
Minha alma ao lado teu também flutua
E sorve com ternura, olhar atento
E nesta maravilha dessedento
Vontade que incontida te cultua,
E toco os belos seios de romãs
E assim as noites seguem seus afãs
Deliciosamente anunciadas,
As fúrias em prazeres e vontades
Desvendam no teu corpo imensidades
Em ânsias sem limites, tatuadas...
Publicado em: 05/07/2010 20:24:24



Eu não quero sentir mais solidão,
Cansado de bater na tua porta
Bem sei que raramente isso te importa
Mas, quem sabe, talvez hoje, isso não.

Não gosto de pensar que te perdi,
Decerto não seria muito bom,
Os ecos se repetindo perdem som
Talvez o bom da vida esteja aqui.

Lembrando do que fomos, dá tristeza
Saber que destruí nosso castelo.
Por isso tantas vezes me revelo
Na foto que deixaste sobre a mesa.

Passado nunca move nem moinho,
Se fomos o que somos tenho chance
E quero renovar nosso romance,
Por isso, não me deixe mais sozinho...

Vais ter uma surpresa, te garanto!
Não sou aquele mesmo que deixara
A jóia preciosa, cara e rara
Abandonada e só, em qualquer canto.

A gente tantas vezes se perdeu
Em coisas tão sutis. Por que sofrer
Se tudo que carrego no meu ser
No brilho dos teus olhos renasceu?
Publicado em: 08/12/2006 21:43:10


De tanto escrever na areia,
O teu nome, minha amada,
E, depois, na maré cheia,
Não sobrar, dele, mais nada.
De tanto sonhar contigo,
Buscando teu colo amigo.

De tanto querer em vão,
Poder ter teu pensamento,
Vasculhando todo o chão,
Em busca d’um só momento,
Podendo estar a teu lado,
No final, desesperado...

Por acreditar em ti,
Por não crer mais, nem em mim,
No que fui, tanto perdi,
Queimando a dor, tão ruim,
Quero viver um segundo,
Em ti, o meu novo mundo.

São palavras que lamento,
São verdades que não digo,
Tanto ardor, tanto tormento,
Vida correndo perigo.
Minha sede, no teu beijo,
Matando mais que desejo...

Foi embora, mas, fiquei.
Esperando te encontrar,
Dessas dores, eu bem sei,
Não consigo nem lutar.
Quero afinal, meu descanso,
No mais sagrado remanso.

Teimando em nunca temer,
Achando, sem valentia,
Onde encontrar meu querer,
Seja noite ou seja dia,
Montado nesse alazão,
Que se chama: coração!
Publicado em: 11/02/2007 19:55:51


Deste sonho que sonhei
Montado no meu cavalo
Nas terras que percorri
Do tempo que não abalo,
Sentindo a mão machucada
No coração tanto calo
De sonhar por quem sonhara
Sem pensar quase que falo
Mas amor é tão incerto
A morte vem num estalo
Te peço então minha amada
Na dureza do meu canto
Um canto pra descansar
Ao lado, no teu recanto
Onde possa mergulhar
Ferido por teu encanto
Na noite de tanto frio
Me cobrires com teu manto
E ter somente a certeza
Deste amor que quero tanto
Na força do teu carinho
Pois nele já me agiganto
E posso sentir que sou
Na vida, tudo o que quis.
Amor que sei, me deixou,
Com certeza mais feliz...
Monto neste cavalo,
esse amor que preciso
Que bem sei levará,
de certo ao paraíso...
Publicado em: 04/03/2007 05:57:15

Sonho com mil fantasmas que se tocam
E formam fantasias, fátuos fogos...
De formas e sentidos já se trocam
Minha alma em vários rogos...

Existindo algo além de tais fantasmas
Fantoches, garatujas, caricatos.
Essências siderais, bruxas, miasmas...
Outros tantos contatos.

Nas ilações diversas sempre creio
Que depois de certo tempo vem alguém.
Morena dê teu colo, dê teu seio...
Quietinho; nada vem...
Publicado em: 25/03/2007 19:21:15
Última alteração:28/10/2008 16:59:30



No cofre de minha alma esta saudade
Recende tantos lírios que colhemos.
Amores tão incertos que vivemos,
Desertos que cultivo da incerteza,
Meus olhos que procuram a princesa
Encontram teu olhar, mediocridade.

Quem fora, certo tempo, uma esperança,
Adormecida está, perdeu a força,
Mostrou fragilidade, feito louça
No fundo eu precisava tanto apoio,
Do mar imenso, mostra-se um arroio
De tudo que preciso, nem lembrança...

Mas mesmo assim te quero companheira,
Nas noites mais dolentes, tanto frio...
Misturas com perícia nosso cio
E tornas os meus sonhos delirantes
Perfeitos; dois parceiros, dois amantes.
Ao teu lado estarei, a vida inteira!
Publicado em: 13/05/2007 10:12:06
Última alteração:28/10/2008 17:04:33


, Amada venha logo
Matar a minha sede
Deitado no teu colo,
Dormindo em nossa rede

De braços confundidos
E presos na esperança
Deixando para trás
As fimbrias da lembrança..

Nas fráguas desta lua
Que deita sobre nós,
Em raios benfazejos,
Sem nada mais após

Somente este desejo
De ser eternamente
Prazer com que convivo,
Sem lágrimas e ardente.

Vem logo e não discuta
Que a vida passa já
E o tempo jamais pára
E nunca parará...




eu te amo!
A minha alma, tristonha caminheira,
Buscando pelos passos de quem amo...
Nas endechas perdida por inteira,
Nos braços de quem peço, triste clamo...

Como a criança sofre com os medos,
Os gozos que persigo atemorizam...
Nas vezes que persigo seus segredos,
As dores de minha alma traumatizam...

Pomba rola que voa sem destino,
O pântano que me deste de presente,
Causando em mim, perjuras, desatino,
O nada que se perde, nem pressente...

As noites sem sentido, são mundanas,
Os beijos que teimei foram ocaso,
Tais marcas de veneno que me empanas,
São formas de viver simples acaso...

A noite que mendigo é tão aflita,
Perdido nesta mata, neste bosque...
No peito silencioso a alma se agita,
Nas noites tanta perna que se enrosque...

Minha alma, empedernida, não se acorda,
Dos sonhos que alucinam meus sentidos...
A borda do que somos, perde corda,
Os montes que vivemos, dos olvidos...

Minha alma, procurando pelo alvor,
Destila toda cor de bela aurora,
Trepida, procurando por calor,
A vida que me deste foi embora...

Quebrado todo o pote, foi-se o doce,
As pombas que cantaram, seu arrulho,
Quem dera que restasse nunca fosse
Amor que me encantava, vira entulho

Ouvindo toda noite tal soluço,
O canto das cigarras não se imita,
Nos trotes do cavalo, rocim, ruço,
O peito tartamudo louco, grita...

Procuro por passagem neste porto,
Espero conseguir um novo pouso...
Um resto de sentido queda morto,
Das tétricas saudades, sou esposo..

A porta que fechaste, gemedora,
Não pode nem sequer por isso chora,
A mão que me carinha, redentora,
Olhar que agora lanço, já te implora...

No meio de tristezas tudo somo,
No seio desta noite, pleno breu,
O mundo se ilumina deste assomo,
O tanto quanto amei já se perdeu...

Perdendo meu sentido e toda a calma,
Pressinto renascerem ilusões,
São falsas e disfarçam a minha alma,
Sentidos e promessas, ilações...

Quem dera tanto amor de duas vidas,
Não fosse de repente assim fanado...
As marcas que me mostram despedidas,
Percorrem sem destino os feros fados...

Quem duvida não pode nem quer crer,
Amar um triste jogo, perigoso,
Mesmo que ganhe, sempre vai perder...
A mão que te machuca te dá gozo...

Exclama tempestades sempre já...
Nunca espera nascerem novas folhas,
A lua que brilhou não brilhará.
As rosas que espreitaste não recolhas...

As páginas que tanto foram lidas,
São restos do que vida, já se foram...
Carinhos que me deste, despedidas,
Os medos qual foguetes, sempre estouram...

As dores que me urtigas são remotas,
As noites que me levas são chorosas,
De tanto que sonhei perdi as cotas,
Amar sempre traduz, maravilhosas...

Quem dera dedicar todo meu canto,
A vida se resume em gesto nobre,
Minha alma vai buscando teu encanto,
O medo da saudade já me cobre...

Num vale dolorido, amor desmaia...
Na pantomima mímicas venais,
A calmaria foge desta praia,
Os olhos embotados, nunca mais...

Não quero nem permito tantas queixas
Do coração que bate nova plaga,
Misturam-se desejos com as gueixas,
A forma de viver tudo, me alaga...

Amar que me pergunta sempre e quando,
As pétalas desfeitas nunca beija,
Nos sonhos que produzes, mergulhando.
A cama se demora e não deseja...

Levanta sutilmente a tua saia,
Sem perceber, audaz, a noite avança...
Deitados envolvidos nesta praia,
Amantes se desnudam, tanta dança...

A vida por tristezas vai banhada,
Nos medos que deixei restaram prantos...
A calma se transtorna, desolada,
Nosso sexo invadindo sob os mantos...

Amor que se delira com afinco,
Na mata penetrante mais escura,
Recebo com delícias o teu brinco,
Amar-te é consumir toda a ternura...

O medo de morrer já me levou
Às margens do que fora um triste rio...
Meu pranto que, de espanto, já nevou,
Derrama sobre tudo um canto frio...

Minha alma de ternuras ressuscita
Palavras que jamais compreendi,
Rompendo meus sinais, resume a fita,
Minha alma vai perdida em mim, sofri...

Minha alma de rancores violentos,
Por céus penetra, infinda, como o medo...
Os campos que conhece, são sedentos,
De tudo quanto tive, um arremedo...

Viscerais tempestades me envolveste,
Minha alma seduzida nunca está
Amar por tantas vezes, inconteste,
Um barco que jamais navegará...

Vasculho por sinais, felicidade,
Esmago qualquer forma de sofrer,
Não peço paciência, veleidade,
Minha alma, nos teus braços, quer viver...

Agora que não tenho solução,
Espreito meu caminho nos penedos...
Aberto sempre deixo o coração.
Carinhos que te faço com os dedos...

Mortalhas que vesti são meus delírios,
Os prados que visito são falsários...
No fundo o que resta são martírios,
Tal qual corvo imitando esse canário...

Nas fimbrias do vestido que desnudo,
Nos pátios destas casas que freqüento...
Não quero teu amor, mas quero tudo,
Montanha que resiste a todo vento...

Dedico minhas noites a minha alma,
O beco que te dei não tem saída...
A boca que me beija sempre acalma,
Resumo a minha alma em tua vida...
Publicado em: 09/09/2008 11:39:45
Última alteração:17/10/2008 14:33:34



Tua beleza querida, tão amada.
Tu és minha esperança.
Alegras minha vida, tantos sonhos...
O bom desta lembrança.

Com teu carinho imenso, sou feliz...
Traz-me felicidade.
És meu sonho de alegria e de coragem...
Contigo; eternidade!

Meus caminhos transformas, paraíso...
Tuas mãos carinhosas.
Como é bom te ter perto de mim...
Teu perfume de rosas.

Encontro, em teu carinho, a solução;
Para essas dores tantas...
Tu és o renascer de minha aurora.
E tu sempre me encantas...

Amada, não permita que se acabe
O nosso belo sonho...
Viver felicidade, eternamente.
É isso que proponho.
Publicado em: 11/09/2008 08:23:50
Última alteração:17/10/2008 14:51:26



EU TE AMO!

Aprisionado sempre
Por força soberana
Que trama em minha cama
Amor que não contive
Espero que tu venhas
Ao acabar a festa
Trazendo o que me resta
De sorte em minha vida.
Vencida por quimeras
Depois das primaveras
Inverno vem chegando
Num frio que não cabe
Mas antes que ano acabe
Se algum calor trouxer
A vida não trará
Somente a dor sem fim.
Regar nosso jardim
Com lágrimas? Jamais
Eu quero sempre mais
Mesmo que nada venha
Pois sei que enquanto houver
No coração a lenha
Trazida por mulher
Que tanto desejei
Restará mais um dia
Aonde a fantasia
Irá ditar a lei...
Publicado em: 25/07/2007 11:29:58
Última alteração:28/10/2008 17:03:24



Na noite que caminho mansamente
Te espero com certeza, novamente
Sentindo o teu perfume dentro em mim...

O verso vai calado e tão distante
Mas saiba que te quero sem rompante
Com tua uma certeza sem ter fim...

Minha alma te procura e sempre chama
Acende com calor fogueira e chama
E sempre te reclama, tanto e tanto...

Meu peito te pedindo sem demora,
Minha alma enamorada sempre implora
E quer ouvir bem perto o nosso canto.

O som de tua voz chega com vento
Não larga meus ouvidos um momento,
Assim como esperança não me deixa...

Entendo estas palavras que tu cantas,
As horas se passando já são tantas,
Desculpe mas entendo tua queixa...

Mas saibas que caminho sem ter medo,
Não quero mais da dor nem arremedo,
Apenas nestes versos te dizer

Que sonho um belo dia, novo encanto
Que traga nova luz sem sequer pranto,
Num canto mais divino de prazer...




Nasci naquela tapera,
Perto da curva do rio,
Onde à noite tanta fera,
Traz mais forte seu bafio,
Derrubando, sem demora,
Sem temer nem ir embora...

Tanta dor que me tempera,
Não me deixa mais vazio,
De tocaia, vou de espera,
Conheço vela e pavio.
Nem todo ovo que se gora,
Nem todo gosto d’amora...

Joguei cravinote longe,
Matei onça de empreitada,
Minha mãe fugiu com monge,
Pelos palpos dessa estrada.
Não tem mais como pereça
Virou mula-sem-cabeça!

Puxei forte da peixeira,
Sangrei mais de dez safados,
Fiz da morte, coisa useira,
Cantei rimas desfiados,
Fiz das primas meu deleite,
E não há quem não me aceite...

Sou peste sem pestanejo,
Desejo toda morena,
No meu sonho sertanejo,
A dor de longe, me acena,
Quem quiser ser a mulher,
Tenho casa de sapé.

No umbigo da montaria,
Atrelei minha placenta,
Vou correndo a fantasia,
Quero ver quem me agüenta,
Sou, de lado, vou de banda,
Vendo sangue na quitanda...

Tropecei nesse defunto,
Esquecido no relento,
Tanta coisa que fiz junto,
Meu olhar mais remelento,
Trago o gosto da remenda,
O luar faz minha tenda...

Mas não temo nem temia,
Venda nova nem fracasso,
Mingau da vida rugia,
No poleiro do cangaço.
Fiz mais três combinação,
Quisera ser Lampião!

Teimoso qual cascavel,
Escorpião da caatinga,
Roubando o brilho do céu,
No véu da noiva respinga,
Cascata da melodia,
Dourando essa cercania...

Meu falar enviesado,
É difícil traduzir,
É que, nele, vem atado,
O que melhor vai luzir,
Tradução de coração,
É brotado de emoção.

Vingança tem saliência
Coça na mão e no coldre,
Se for boa eficiência,
Traz logo, cheiro de podre.
Urubus descendo ao chão,
Querem dizer proteção.

Não virei mais à tardinha,
Nem de noite mais virei,
Na calada, vai sozinha,
A rainha desse rei.
Que não tem nem pode ter,
Contas para receber.

Já cumpri meus mandamentos,
Já te fiz meus rapa pés,
Nas feridas, sei ungüentos,
Misturando tantas fés.
Mastigando tais mezinhas,
Riscando com ladainhas...

Minha manta sei de couro,
Como é de couro o chapéu
Na boiada, meu estouro,
É o estorvo do meu céu.
Buscapé buscando gente,
Queima tudo, de repente.

No repente da viola,
Eu puxei minha peixeira,
Arrebentei a sacola,
Fiz promessa a vida inteira,
Nada consegui depois,
Na boiada, fui os bois...

Ferido de morte triste,
Aposentei o meu laço,
Esqueci tudo que existe,
Abandonado sanhaço,
Fui marcado sem perdão,
Tanta dor no coração.

Agora tô sossegado,
Já não tenho mais vontade,
Acabei envenenado,
Por essa estranha maldade,
Que matou o matador,
Essa praga: o tal amor!
Publicado em: 24/09/2007 14:02:08
Última alteração:28/10/2008 15:34:07



Minha tapera tem lua,
Tem viola e tem sertão,
Tem Maria toda nua,
Disparando o coração.
Tem um ninho de andorinha
Tem minha alma tão sozinha!!

Tapera que fiz no mato,
Cobertura de sapé,
Na margem desse regato,
Lá plantei muito café,
Toda tarde e de noitinha,
Tem minha alma tão sozinha!

Não quero falar de dores,
Nem tampouco de saudade
Na tapera, meus amores,
Procuram por claridade.
Quem me dera fosses minha,
A minha alma é tão sozinha!

Meu roçado tem feijão,
Tem milho e tem capineira,
Tem também um coração,
Que chora uma noite inteira.
Quando a noite se avizinha,
A minha alma está sozinha!

Na tapera que te fiz,
Nunca vieste morar,
Por isso não sou feliz,
Onde posso te encontrar?
Sem te ter perdi a linha,
Minha alma vive sozinha!

Recebi tua mensagem,
Quando é que vais voltar?
Não vais perder a viagem
Estou louco a te esperar!
A minha alma coitadinha,
Não quer mais ficar sozinha
Publicado em: 28/09/2007 18:04:30
Última alteração:28/10/2008 14:33:28



Meus parcos arcos e mancos sonhos...
Medonhos e tristonhos, vagueio.
Seios e somas, lodos e engodos.
Engenho e arte.
Parte e têmpera.
Têmpora e temporal.
Atemporais...
Vieste do cometa que não vi.
Sondaste com teus pés e não percebo.
Sendo o que não sou, és muito mais.
Paz e cais. Capoeira.
Na poeira que meus olhos não discerne.
Meu cerne e minha morada.
Vaticínio e Vaticano.
Engano e pontaria.
Meio e dia.
Melodia...
Meus olhos são vizinhos dos teus olhos.
Repleto de teus olhos, olhos, olhos...
Óleos bentos.
Remeto-me ao cometa donde vens.
Meu bem, bens e benfeitorias.
Feitora e escravo,
Me lavo mas o cravo que me espera...
Fera e ferrão. Sol e solidão.
Pai e paixão. Chão, vão e nada mais...
Publicado em: 02/10/2007 13:39:07
Última alteração:28/10/2008 14:36:50



Quando pensas que estás mais solitária
Não sabes que jamais estarás só.
Não precisas pedir, não terei dó,
A vida sempre foi tão solidária

E nunca percebeste, num segundo,
Que tudo que clareia pede lume,
Que toda bela flor, em seu perfume,
Traz a felicidade deste mundo.

Mendigas por carinho, não me importo.
O rosto que se vira, tua meta.
Se queres tua vida mais completa
Não venhas ao meu colo como um porto.

Vencido por flagrante desespero,
Vagueio no universo sem parada
A noite se dizia enluarada
Não me trouxe sequer um só luzeiro...

Vestido das estrelas sem juízo
Percorro siderais desilusões
O mundo das eternas amplidões
Negou a quem sonhou um só sorriso.

Os mantos que me deste, tempestade,
Carrego e não desfilo pela vida.
A rua me demonstra a despedida
Meu barco já naufraga, realidade...

Não vejo mais futuro; em desencanto
Espreito pelo salto da pantera.
As presas afiadas desta fera
Meus ossos se quebrando sem espanto.

Não quero mais saber deste teu choro.
A tua solidão ofende quem
Desesperado pede por alguém
Que jamais percebeu que eu tanto imploro

Pelo beijo, carinho e mansidão
Pela noite maviosa, enluarada
Parece que não vê, sou quase nada.
Não demonstra a menor satisfação

Mas perceba que existo companheira
Eu amo-te não vês que estou aqui?
Teu mundo no meu sonho já perdi
Espero teu amor, a vida inteira!
Publicado em: 04/10/2007 06:46:08
Última alteração:28/10/2008 14:07:23




Meu verso mais liberto se encontrou
Tornando o meu viver, quase que escravo
Do amor que a verdade penetrou,
Apascentando um mar outrora bravo,
Agora nos teus braços sempre estou,
Nas águas deste amor, quero e me lavo,
Dos versos que eu fizer, é o senhor
Incrível fortaleza, o bem do amor!
Publicado em: 09/11/2007 20:59:37
Última alteração:28/10/2008 13:21:19



Guiado pela luz do nosso amor
Encontro a paz que tanto procurava,
Deixando para trás todo amargor,
A vida em alegria vai sem trava
Abrindo o coração alço o infinito
Nas asas deste amor que é tão bonito.
Publicado em: 25/11/2007 13:38:43
Última alteração:26/10/2008 20:56:48


Caminhando sozinha pelas brumas,
Teus passos são perfeitas jóias raras,
Meus sonhos traduzidos nas espumas
Por onde passas, tantas noites claras!

Como esquecer, enfim, lindas searas,
Enfeitiçadas pelo teu perfume,
A lua embevecida traz tiaras
Tresloucada, morrendo de ciúmes!

Pelos teus passos, alvos de inocência,
Estrelas radiosas, num cortejo.
Ao te verem passar, pedem clemência
Na natureza inteira, um só desejo!

Em teu corpo permeiam claridades
Roubadas pelos céus desse infinito.
As ondas desse mar, as tempestades,
Nos teus passos professam novo rito!

Quem não soubera ouvir da terra os brados,
Quem não pudera ver: os ventos clamam.
Os teus pés iluminam tantos prados,
As vozes mais divinas te reclamam!

Caminhas simplesmente livres passos,
Quem os vê silencia, fica mudo.
Espelham luz dos céus, tantos espaços..
E representas, nos meus versos, tudo!

Quem me dera saber dos teus desejos!
Quem me dera viver nos teus anseios...
Minhas noites teriam tantos beijos.
Os meus sonhos dormindo nos teus seios!

As noites sem te ter são tão geladas...
Delícias se esvaindo como o fumo,
Tantas vezes sozinhas madrugadas,
Só de lembra-te perco todo o rumo!

Minhas tardes, de pobre caminheiro
Espalham pelos campos toda essa ânsia!
Amo-te e isso é mais puro e verdadeiro!
A cada instante sinto essa fragrância!

Quem me dera saber dos teus caminhos!
Viveria por toda a vida amando!
Quem souber que me conte teus carinhos,
Minha vida seria, enfim, cantando!

Te procurei por todos esses mundos!
Eu já te quis buscar na eternidade!
Meus olhos são tristonhos, são profundos,
Só vivem por viver essa saudade!

Quantas vezes dos meus sonhos, vens surgindo...
Apascentas meus olhos desolados...
Ao lembrar que te vi assim dormindo,
Em tal momento estão ensolarados!

Por tantas madrugadas foi atroz
Os sons que me chegaram pelos ventos...
A porta aberta deixa ouvir a voz
Que me recorda tantos pensamentos!

Na maciez serena dos cabelos,
Na maravilha audaz de tais melenas...
Dessa lã que compõe os tais novelos,
A sensação feliz das noites plenas!

Delicadeza doce dessas pernas,
Na sutileza breve da ilusão!
Os meus sentidos todos, já governas,
Justificas assim meu coração!

Beleza igual, jamais verei em vida!
Em lugar algum nunca mais existe.
A mão macia calma e comovida,
Num gesto mais suave eu te vi triste!

A cada dia vivo perseguindo
Os teus olhos, reflexo irisado,
Teu perfume nobreza, vou pedindo
Aos teus pés num repente apaixonado!

Em teus pés livres belos os contornos,
Flutuas pelos céus, anjo adorável!
Teus sorrisos precisos, meigos mornos,
Refletem tal beleza sempre amável!

Nunca mais poderei te ver angélica
Minhas asas partiram sem saber.
Minha noite revoa psicodélica
Meus sonhos, pesadelos passam ser...

És estilo clareza e velho cio.
Esquentas, acalentas meus enganos
Nas horas mais geladas traz estio.
És parte principal de tantos planos!

A morte sem te ter atinge o cúmulo!
Não consigo descanso sem teus olhos!
Meus versos levarei para o meu túmulo,
Das flores que colhi, diversos molhos!

Não sabes desse amor, nem o pretendo.
A porta que me mostras da saída.
Viver assim parece estou morrendo.
A morte representa toda a vida!

Já não sei de teus beijos minha amada,
Nunca soube nem tive tal coragem...
A porta que me deixas vai fechada,
Por ela penetrando essa friagem...

És meu princípio e fim de toda luta.
És o começo triste da chegada.
Minha vida cruel já vai, se enluta
És a marca final da minha estrada!

Passei por tanto tempo minha história,
Em meio a tempestades mais bravias...
Não me resta sequer doce memória
Nada ficou nem mesmo esses meus dias!

Eu passe simplesmente em teu caminho,
E nada mais seria, nem revés!
Tanta flor que brotando, traz espinho.
A vida me pegou me fez viés!

Nas bordas deste mar, sufocam ondas.
Areia que pisei foi do deserto...
As horas que passei, frias, redondas
Nunca estiveste ao menos nem por perto...

As flores que te dei já se murcharam,
Os partos que pensei foram abortos.
Meus sonhos que sonhei, despetalaram
Os olhos que mirei, são mais absortos...

Não vi nem penetrei a tua entranha...
Resumo minha vida em simples lodo.
Nas mortes que vivi, tu foste estranha
Pois nem sequer fui parte deste todo.

Veneno que tomei já faz efeito,
Tudo embaçado vejo, nada sinto...
O mundo me parece mais direito.
Embriagado tomo mais absinto!

Rodando meu passado e meu presente
Futuro nunca tive e nem terei
A mão da morte sinto, mão tão quente,
Carinho derradeiro me faz rei!

Nunca mais sofrerei a tal desdita
Que te fez tão rainha dos meus sonhos.
Agora ouso dizer: tu és maldita.
Por ti sonhei os sonhos mais medonhos!

Afasta-te serpente não te quero!
Inferno foi herança que me deste.
Cruel destino é tudo que venero
Que morras precipício feroz peste!

Teu corpo profanado pelos vermes.
Necrofágicos seres te possuam...
Jamais terás nenhum dos vários Hermes
Que sonhaste, que os cardos te poluam!

Que esse corpo padeça sem perdão!
Que nas pernas te comam as varizes,
Que apodreçam, em vida, o coração.
Que a morte sempre pinte vãs matizes!


Teus filhos devorados pelo vício,
Que nas pedras tempestas te maltratem...
Que não sobre de ti sequer indício.
Que as cracas e os corais rosas te matem!

A morte se aproxima tudo sinto.
O gosto desse beijo da medusa.
As dores da saudade já pressinto
Calor vai consumindo minha blusa...

Arranco, mais depressa minha vida...
Nos olhos carregados de paixão.
Te peço, me desculpe essa ferida...
E que tenhas, feliz, teu coração!
Publicado em: 12/12/2007 22:54:25
Última alteração:23/10/2008 07:51:37

TE AMO!




Não entrego a Mércurio
A minha mensagem...
Pairo no espaço...
Mergulho na espiral do vento...
Sei que me levará até ti...
Nessa praia imensa...
Nesse teu refúgio..
Desvendo os teus segredos..
Torno-me real...
Num deles..........





A minha vida inteira penso em ti;
Nas horas mais difíceis, solidão,
A saudade remói no coração
Lembranças desse tempo em que vivi
Ao lado de quem sempre desejara.
Um amor como o nosso é coisa rara...

Desejo os teus momentos mais felizes
Ao lado de quem sempre desejaste.
Nosso amor que morrendo por desgaste
Foi perdendo por certo tais matizes
Que embelezavam toda nossa estrada,
E depois disso tudo, deu em nada...

Quando ouvindo o cantar de um passarinho,
Belas asas abertas da esperança,
Eu me lembro como era manso, o ninho
Mostrando em nosso amor, nossa aliança.
A gaiola do tempo te levou
Sabiá, de tristezas, não cantou...

Ao ouvir o lamento da saudade
Batendo nesta porta que fechaste,
Pergunto-me por que que tu mataste
Nossa felicidade, sem piedade.
A minha vida inteira penso em ti
E ,por vezes, te sinto bem aqui.

Ao meu lado querida primavera
Que negou, neste inverno, meu jardim.
Quem me dera te ter, ó quem me dera,
Os meus últimos dias junto a mim...

MARTA TEIXEIRA
ML
Publicado em: 29/12/2007 09:40:17
Última alteração:22/10/2008 21:22:40



EU TE AMO!

Se tantas vezes luto, agora festa,
Meus dias vagabundo, agora canto..
Nas horas mais difíceis foste fresta
Nos dias sofredores, meu encanto.

Buscando tuas mãos, encontrei fada.
As marcas do destino nunca saem.
Que bom estar contigo, minha amada,
Os meus olhos sorrindo não me traem..

Querida companheira estou contigo,
Em todos os momentos desta vida.
A curva do caminho traz perigo,
Na curva do teu corpo, distraída,

Derrapo meus sentidos, perco o chão.
Não deixe que se acabe o sentimento,
Amor que não precisa de perdão,
É livre passarinho, solto ao vento...

Vestido de esperanças te procuro,
Encontro um verde prado a me esperar,
Dos males deste mundo, já me curo,
O rumo dos meus olhos, teu olhar...

Menina sei por certo nossos rios,
Deságuam no oceano deste amor...
Não deixe que meus sonhos sempre esguios,
Nas ilusões te traga meu pavor...

Nas noites que lutamos, sem espadas,
As bocas nos servindo de punhais...
São noites mais difíceis, pois geladas,
As ruas vão sonhando seus metais...

Nos cantos desta noite, retratadas,
As dores que se tornam desleais;
Navegam procurando a madrugada.
Por vezes nos amamos, canibais...

Não deixe que se chegue indiferença
Preciso de teus braços p’ra nadar.
Amar quem só recebe recompensa,
É simplesmente troca, sem amar...

Amores que vivemos são tão raros,
Nas noites mais difíceis, aquecer...
Os vasos conservamos, pois são caros,
Assim como é querido o bom viver...

Tua beleza intensa faz feliz,
Viver tuas promessas, me faz rei...
Na cama minha intensa meretriz,
Nas ruas minha dama, disso eu sei...

Morrer ao lado teu. Ó quem me dera!
Viver as fantasias dolorosas...
Nas curvas do teu corpo, primavera,
As tuas mãos sedentas, carinhosas...

Belezas sem igual, ninguém mais tece,
Da forma que forjaram, resta nada...
Amar-te se tornou a minha prece.
Nunca te deixarei abandonada...

Meus olhos esquecidos sem descanso
A musa que me inspira, com certeza,
Promete-me viver doce remanso...
Castelos dos meus sonhos, realeza...

Não deixe que termine nosso caso,
Não quero mais viver sem teu perdão...
A vida sem te ter, me leva: ocaso,
Mas quando junto a ti: é solução!

Menina me ninando teu carinho,
Na rede descansando nossos beijos...
Libertos encontrando um manso ninho,
A vida se renova, nos lampejos.

Musa, minha rainha e minha amada,
Princesa que me fez um sonhador.
Escuta esta canção apaixonada
É feita da verdade deste amor...
Publicado em: 06/01/2008 22:25:15
Última alteração:22/10/2008 19:35:59


EU TE AMO!



Eu me cubro com o o odor do teu perfume,
que desperta, muitas vezes, meu ciúme
se, acaso, dás a outra um olhar.
Porém, creio, eu acredito nesse amor,
que envolveu a minha vida em linda cor,
e que veio certamente pra ficar.



Quero a felicidade de quem amo,
Não posso magoar quem esperei.
Aquele que procura ser a lei
E esquece da leveza deste ramo
Não sabe quanto dói ingratidão.
E, penso, não merece mais perdão!

A vida me ensinou a ver no canto
Um símbolo divino de esperança,
Amor, quando foi feito uma aliança
Exige a cada dia um novo encanto...

Se quero ser feliz, que eu sempre faça
Feliz a quem está sempre comigo.
Senão o vento duro do castigo,
No livro dos meus sonhos traz a traça
Que devora e não deixa nem resquícios.
Amor sem ter prazer: aos precipícios!

Eu quero teu sorriso verdadeiro,
Eu quero essa alegria sem pudor
De quem extasiado em pleno amor
Conhece, num segundo, o mundo inteiro!

Espero pela porta sempre aberta,
A lua nem precisa se esconder
No sonho mavioso de viver,
A mão que te acarinha, sempre alerta!
Amada, amiga, tantas as palavras
Nos campos de esperanças, minhas lavras.

HLUNA
ML
Publicado em: 10/01/2008 13:30:20
Última alteração:22/10/2008 19:55:10



Andarilhos em busca do infinito
Fazendo deste amor nave suprema,
Trazendo uma alegria como rito,
Do canto em esperança nosso lema,
Espaço sideral sonho bonito
Distante de qualquer dor ou problema,
Amantes das estrelas, navegantes
Dos sonhos mais sublimes, delirantes...
Publicado em: 05/02/2008 16:59:28
Última alteração:22/10/2008 17:45:35



O quanto tantas vezes foi demais
A mais do que pensara em outros dias.
As vias que eu pensara confluentes
Afluentes dos sonhos se perderam.
Muito do que buscara em noite rara
Ampara o desengano que se fez.
O mês passando a vácuo, sem proveito
No leito já vazio jaz a sorte.
Consorte desta imagem diluída
Na vida que não pude desfrutar
Altares, catedrais, festas e risos.
Avisos esquecidos na ante-sala
A fala que falseia enquanto abate.
Debate com a vida a cada verso.
Expresso o meu desejo sem limites.
Evitas, mas tu sabes que te quero.
Espero e recomeço esta vigília,
Na trilha das pegadas que deixaste
Contrastes entre partes tão diversas,
Dispersas madrugadas foram rotas.
Esgotas teus caminhos em meus braços
Nos aços de teus olhos, óleos hóstias
Hostis palavras morrem no passado,
Realças meus desejos mais sutis.
No bis que sei por certo pedirei,
Direi o amor que tanto desejei...
Publicado em: 18/02/2008 22:40:53
Última alteração:22/10/2008 17:25:54


Amada venha logo
Matar a minha sede
Deitado no teu colo,
Dormindo em nossa rede

De braços confundidos
E presos na esperança
Deixando para trás
As fimbrias da lembrança..

Nas fráguas desta lua
Que deita sobre nós,
Em raios benfazejos,
Sem nada mais após

Somente este desejo
De ser eternamente
Prazer com que convivo,
Sem lágrimas e ardente.

Vem logo e não discuta
Que a vida passa já
E o tempo jamais pára
E nunca parará...
Publicado em: 02/04/2008 12:21:17
Última alteração:21/10/2008 16:49:49


Te quero
Gostosa
Fogosa
Mulher
Na cama
Rebola
Mexendo
Com fogo
Bebendo
Da brasa,
Sem medos,
Disfarces
Desnuda
E cheirosa.
Balança
A rosa
Avança
Dengosa,
Me toma
De assalto,
Renova
A vontade
E vamos
Pro jogo
Que logo
Queremos
De novo.
Acende
Fogueira
Penetro
Inteira
E assim,
Fogo e riso,
Paraíso
Descubro.
Te cubro
De beijos
Desejos
Ardentes.
De lava
Derrama
Na trama
Que chama
Amar
Novamente...

Publicado em: 10/04/2008 13:06:31
Última alteração:21/10/2008 18:21:04



Não deixe que a tristeza te torture,
Eu te amo e com certeza serei teu.
Amor que se procura a cada dia,
Nos versos mais bonitos percebeu
O quanto é necessária esta alegria
Que doure, num sorriso o novo dia
Trazendo a paz que tantas vezes procuramos
Matando num momento esta agonia...
Publicado em: 07/04/2008 08:45:14
Última alteração:21/10/2008 20:22:04




Que tua vida traga a mansidão
E também a loucura e o sofrimento
Que te faça ter paz e ter tormento
Elementos que formam a paixão.

Alegria em um dia, a dor, tristeza,
Pois sem elas jamais serás feliz.
Todo o contraste forma esse matiz
E na diversidade está beleza.

Somente em sofrimento cresceremos
Esta é uma verdade inquestionável
Pois toda a maravilha é ser mutável
Mas acima de tudo, nos amemos,

Quando ele se refaz se fortalece,
Não deixe que saudade te domine
Ela nunca terá luz que te ilumine
Se encontra na penumbra; estão, esquece.

Mas deixe a fantasia renascer
Nela está o teu sonho, companheiro,
Mas não se esqueça; amor só verdadeiro,
Senão em pouco tempo irás sofrer.

Aceite todo o brilho de quem amas,
Poderá clarear a tua estrada
Mas não fique na sombra, iluminada,
E saiba que produzes tuas chamas.

São tuas não apague-as jamais.
Pois amanhã terás teu próprio dia
A noite, sem teu lume, será fria.
E mostre que também tu és capaz.

Não deixe que esperança te atormente
E te impeça de ver a claridade,
Mas não a deixe morta. A liberdade
É feita em tentativas, sempre tente.

Porém nunca desistas deste amor
Que guia e que transforma nossa vida,
Lembre-se que de toda despedida
Nos traz um novo encontro, traz calor.

E tente ser deveras humorado
Mau humor contagia e fere fundo.
Por vezes se espalhando num segundo
Não deixa que ninguém fique ao teu lado.

Terrível solidão, tão importante.
Quando estamos sozinhos, nós crescemos,
Pensamos, torturamos, conhecemos
E talvez não erremos adiante.

Saiba que dessa treva faz-se a luz,
Deste tempo nublado, em tempestade
O mundo nos trará fecundidade.
Das lágrimas celestes se produz.

Não há nada nocivo totalmente
Nem nada que não seja tão benéfico
Com certeza, benéfico e maléfico,
Se encontram no veneno da serpente,

Até na doce abelha em favo, mel,
A morte pode estar a nossa espreita.
Nenhuma criatura nos foi feita
P’ra nos satisfazer. Deste pincel,

Aprenda que o conjunto nos revela
A beleza final de toda essa obra.
E se nunca cuidares, a vida cobra,
Não deixe que destruam esta tela,

És dela, personagem e como tal,
Também irás morrer se não cuidares,
Das águas, das florestas e dos ares.
De todo vegetal e do animal.

Ânima, animado, alma, como a tua.
Receba a doce brisa deste amor,
Incorruptível, mágico senhor,
Que traz toda a beleza da alma nua.

Também deixe que a música te invada,
Ela amenizará os teus tormentos,
Com ela uma certeza d’outros ventos,
Descansa nossa vida tão cansada!

A cada flor que nasce um novo tempo
De vida que refaz em própria vida
Da morte muitas vezes dolorida.
Este ciclo não deixa contratempo.

A tua própria morte é necessária
Senão como teremos nossos filhos?
O trem que descarrila dos seus trilhos
Deixa toda a viagem temerária.

É preciso seguir sempre, não canse;
Não deixe este desânimo vencer.
Embora preguiça é bom de ter,
Seja hoje ou amanhã, teu sonho alcance,

Mas, se não conseguires, não desista.
Depois, prorrogação, se Deus quiser!
E venha, sabe Deus, o que vier.
viver a cada dia e ser artista.

Todas as promessas são de paz.
Em todas as discórdias, o bom senso.
O mundo é tão pequeno e tão imenso,
Acaba num segundo e nunca mais!

Por isso, companheira, por favor,
De tudo que eu já disse nos meus versos,
De tudo que houver nos universos,
O que nos salvará? Somente amor!
Publicado em: 17/04/2008 12:15:34
Última alteração:21/10/2008 18:25:16




Que eu consiga sentir o teu carinho
Em todos os momentos que puder
Sabendo discernir felicidade
Nos braços tão amados da mulher
Que sempre foi meu rumo e meu destino
Desejo de te ter ao lado meu.
Nas noites mais divinas desatino
Nas tramas de quem, louco, se perdeu...

Quero teu carinho em meu desejo
Desejo meu amor em teu carinho
Quem fora nessa vida tão sozinho
Espera pelo afago do teu beijo.
E sinto que esta noite não termina
E sinto que este amor já não se cabe
De tanta fantasia se alucina
De tanto que te quero e nada sabe.

Nos medos que vivemos, nos receios
Nas bocas que procuram seus recantos
Na maciez divina dos teus seios
Deitado no teu colo, teus encantos.
Eu quero desfrutar do teu perfume
Sem medo de sentir a tempestade
Vivendo nosso amor, sem ter ciúme
Sabendo que encontrei felicidade!
Publicado em: 20/04/2008 19:17:28
Última alteração:21/10/2008 13:14:08


Tô com sôdade d’ôce
Moça bunita e facera
Li pércuro, mas cadê?
A minha arma vai ligêra

Voa qui nem passarim
Coração sarta de banda
Vórta logo para mim,
O luá lá na varanda,
Convidando a punteá
A viola sertaneja
Cum vontade de chorá
Meu amô só li deseja
Vem depressa para cá.

Vô fazê tanto carinho,
No seu corpo, bela frô,
Vô cum jeito, de mansinho,
Pr’esse sonho encantadô.
Publicado em: 21/04/2008 07:32:32
Última alteração:21/10/2008 13:18:17


Nas lutas pelo amor sou vencedor,
Embora por teus olhos fui vencido,
Encontro-me deveras mais perdido
Nas tramas maviosas deste amor.

O brilho que me trazes forma o brilho
Que emano dentro da alma, meu farol.
Do sol que tu me deste faço o sol
Em tua maravilha maravilho.

Amor que me reflete verdadeiro,
Nas asas com que voas, minhas asas.
Nas bases que me embaso tu te embasas,
Na soma das metades mais inteiros.

Amor que me deseja te desejo.
Os pés com que caminhas, os meus pés,
Nós somos sempre quais e nunca invés.
Nas íris dos teus olhos já me vejo.

Mas saibas minha amada companheira
Com isso não pretendo te sugar
Dos meus raios brilham sol, luar.
E encharcam, de beleza, a terra inteira!
Publicado em: 27/04/2008 19:16:41
Última alteração:21/10/2008 13:37:39


Nos braços de quem amo, tantos sóis,
Pois sois o que eu buscara há tantos anos.
Em belas melodias, nos bemóis
Encontro os mais sublimes dons humanos
À noite em nossa cama estes lençóis
Testemunhando amor que sem enganos
Permite que sejamos mais felizes,
Mudando em nossas noites, seus matizes...
Publicado em: 10/05/2008 08:02:49
Última alteração:21/10/2008 14:35:00




Quem dera neste palco tu cantasses
Mostrando nosso amor em outras faces
Nas fases cristalinas de uma lua...

Quem sabe poderia te dizer
Nosso amor que é enorme e dá prazer
Na beleza sutil e mansa e nua

Daquela me traz tanta alegria
E povoa a minha alma em fantasia
Sendo inspiração do meu cantar.

A porta entreaberta do meu peito,
Demonstra que este amor é meu direito,
Por isso nele quero navegar...

E quando a noite fria então vier
Eu posso me dizer desta mulher
Que foi a companheira derradeira

De um pobre sonhador em desatino,
Trazendo um velho sonho de menino,
De ter dentro de si, a lua inteira...
Publicado em: 14/05/2008 18:35:51
Última alteração:21/10/2008 14:41:01


Eu quero me embalar
Nos raios de um luar,
No amor em preamar,
Deitando nesta areia
Sentindo o calmo vento
Tocando o pensamento
Vivendo este momento
Em noite/lua cheia.

Sentindo o teu perfume,
Vagando lume a lume
Deixando que um queixume
Já morra, quase à míngua.
Beijando a tua boca,
Em noite sempre louca,
No amor que assim se enfoca
Roçando a tua língua.
Publicado em: 15/05/2008 12:28:12
Última alteração:21/10/2008 18:30:36

Eu quero te falar do meu amor,
Insano sentimento que domina,
Menina como é bom poder dizer
De todo o bem querer que me comanda.
Buscando te encontrar além do mar,
No porto delicado dos meus sonhos,
Risonhos, os meus dias, eu garanto,
No manto que nos cobre de prazer.
Poder falar do brilho que encontrei
No amor que nestes versos declarei...
Publicado em: 18/05/2008 19:18:08
Última alteração:21/10/2008 15:06:32


Café com pão
Broa de milho
Fubá
Varal
Pião
Que entra na roda
E roda, roda, roda...
Girando carrossel
Barquinho de papel.
A vida amarrotou.

A fruta no quintal
Feriado nacional
Entre estrelas
Barracões
Palhaços
Ilusões
Guizos todos falsos
Amores cadafalsos
Masmorra da esperança.
Mas corra que a criança
Ainda existe aqui.
Cismando em ser feliz,
Em luzes chafariz
Quebrando o meu nariz
Não canso de tentar.
Atento ou desatento
Se eu tento beijo o vento
Espalho tempestade.
A par do desencanto
Janelas e portais.
Nas bocas sensuais
Porteira e fantasia.
Deixando os meus fantasmas
Guardados no porão.
No sótão
No sertão
Ser tudo e nada ser
Contudo o meu prazer
Nadando no riacho,
Sereia fluvial
Renasce em poesia...
Publicado em: 30/07/2008 20:16:44
Última alteração:19/10/2008 22:01:10



EU TE AMO!!
Beijo-te os pés cansados e feridos,
Pelas urzes e pedras e os espinhos;
Nos meus olhos, tristonhos e perdidos,
Trago-te flores, sonhos e carinhos...

Eu te encontro nos sonhos mais queridos,
No espírito das flores e dos vinhos!
E suplantando as dores e os gemidos,
Da vida, iremos sós, pelos caminhos!

E quanto mais for árida a subida,
Mais estaremos juntos , pela prece
De um amor que, tão grande, nos merece...

E como é curta demais a nossa vida,
Este amor que sentimos, tão bonito,
Que ele sendo imortal, seja infinito!...

Nossos sonhos de amor, nossa esperança
Trazendo para mim, novos caminhos.
Distantes, onde a vista não alcança,
Os medos egoístas e daninhos...

Depois destas quimeras tão terríveis,
Naufrágios, tempestades, furacões.
Das dores que se julgam invencíveis,
Numa aridez temível, corações...

Vejo imortalidade em nosso amor,
Que, sinto, enfim, jamais terá seu fim.
Sabendo deste bem, meu salvador,
Voando por espaços, vou assim;

Atado ao nosso amor, eternamente,
Na força que nos guia, de repente...


Antonio Viçoso Magalhães
Marcos Coutinho Loures
Marcos Loures

Publicado em: 30/12/2007 07:41:31
Última alteração:22/10/2008 21:20:05


A vida te trouxe a sina
De ser água cristalina
De ser bela criatura
De não ter sequer defeito
De viver em tal brandura,
De ser ente perfeito!

Semente dos meus sonhares,
És fruto dos meus pomares,
Amores que não têm fim...
És manto mais delicado,
Pois és sempre o vero sim
Coração apaixonado...

Os olhos são dois brilhantes,
De brilhos raros, constantes,
Orientam meu caminho
Clareiam todo meu rumo,
Mirando-me dão carinho,
Acertam a vida e prumo...

Os olhos desta princesa
Hinos à delicadeza,
Faróis que guiam meu barco
Em meio a tais tempestades,
Se sou seta, são meu arco,
Refletem as claridades...

Olhos distantes, serenos,
De ternura são mais plenos,
Esmeraldinas manhãs,
Solar espelho traduzem,
Sem eles como são vãs,
Meus amores não reluzem...

Os olhos da minha amada,
Auroram na madrugada,
Roubam todo belo astral,
Mergulham claro desejo
No brilho imitam cristal,
Neles, a beleza vejo...
Olhos pacificadores,
Os olhos dos meus amores,
Doce chuva calmaria,
Mansas águas deste lago...
Repetem-me todo dia
Todo esse profundo afago...

Prelúdio de mansidão
Penetram meu coração,
Não deixam nada sem brilho,
Nem me permitem tristeza,
Com eles acerto o trilho,
São os marcos da beleza...

Sonatas tentei compor,
Homenageando amor,
Amor que trazes nos olhos,
As rosas que já colhi,
Carregando em belos molhos,
Nos teus olhos me perdi...

Nas serenatas que faço,
De teus olhos busco o traço,
O canto que quero dar,
Nos caminhos que percorro,
Os raios deste luar,
Sem eles, peço socorro...

A saudade ninguém planta,
Teu olhar já me levanta
Não me deixa nem sonhar.
Prá quê que eu quero o sonhado,
Se o melhor vou encontrar
Estando assim acordado!

Teus olhos deixam felizes
Os olhos destas matizes
Que nunca mais encontrei.
Nem princesa nem rainha,
No meu reinado sem lei,
Meu olhar no teu se aninha...
Olhos verdes desta mata,
Onde derramas cascata
Onde produzem esperas,
Dominando toda flora
Toda fauna e tantas feras,
Sem teu olhar, lua chora...

Olhar hipnotizador,
Refletindo meu amor,
Me deixou sem ter saída,
De que vale todo mundo,
De que vale minha vida,
Sem o teu olhar profundo...

Mas, ontem pensei depressa,
Mudando nossa conversa,
Estava deitado na rede,
Quando pude reparar
Nos olhos da cobra verde,
Encontrei o teu olhar...

Reparei neste momento,
Começou o meu tormento,
Esperei o tempo inteiro
Para poder descansar,
O teu olhar traiçoeiro,
Não me deixa respirar...

Eu não tenho mais saída,
Nada de meu nessa vida,
Nada mais posso fazer,
Estou perdido e não nego,
Te peço pra compreender,
Furei meus olhos, sou cego!
Publicado em: 05/01/2008 08:18:07
Última alteração:22/10/2008 19:30:31



Me levas,
para muito
além,
para qualquer
sonho ...
(ivi)

Não quero um sonho,
Nem mesmo uma esperança
Muitas vezes falsária
E indigesta.
Não quero tampouco uma ilusão.

Deles estou cansado.
Vagabundo coração fala, fala e ainda teima...

Não quero uma palavra inútil, nem sentimento breve.

Quero outras manchetes.

Novas notícias,
Em garrafais.

Sem sombra de dúvida, eu quero ser feliz.

Por isso, venha aqui,
De mansinho,
Deite sua cabeça no meu colo,
Sinta meus dedos em teus cabelos,
Num enlevo suave e real.

Deixa que essa brisa tome
A tua casa, o teu quarto
E se bobear,
Se assim quiseres...
O teu coração...
Publicado em: 13/03/2008 20:54:32
Última alteração:22/10/2008 14:34:21


Recatos
são deixados
pelos cantos
recantos
explorados,
maravilhas.
Trilhas desejadas
e cumpridas.
Vidas entrelaces
e prazeres.
Somos
gomos
desta mesma
fruta.
Embates
em bares
e lares,
alhures
aqui,
laços
lenços
lençóis
sóis
e suores.
E assim
passageiros de nós mesmos
vagamos infinitos
em nós dois...
Publicado em: 01/04/2008 14:08:19
Última alteração:21/10/2008 20:16:05

Viver amor que se encanta
Com o canto da promessa
Nossa vida já se empresta
À felicidade tanta
Que se faz decerto santa
Imantando nossos corpos
Que procuram mesmos portos
E se encontram neste cais.
Vasculhamos densas matas
Trovejamos em cascatas
Cachoeiras; sei de cor,
Mas o gosto do pecado
Que trazemos, bem marcado
Te garanto, é bem melhor...

Publicado em: 05/04/2008 11:49:52
Última alteração:21/10/2008 17:02:29



Anos, amos, que marcam sem demora
Vertendo na miséria meus amores.
Que falsos, plastificam tantas flores.
Em meio a tanta dor, tortura aflora.

Embora não se mostre tanto boa,
A hora de viver passa correndo.
E quando mal pressinto, percebendo
Que nada mais me resta, o tempo voa!

Nos calendários sinto que não vens,
Mas assim mesmo sonho tua vinda.
A noite que passamos, brilha ainda
Em todas as saudades os meus bens.

Cansado de correr por tantos mares
A mando dos amares que não tive.
Porejo tantas lágrimas! Estive
Em busca de teus olhos nos luares!

Mas sei que não desejas mais voltar!
O leito que deixaste quer deleite.
Pedindo-te afinal, que me deleite,
Nos braços onde sempre fiz amar!
Publicado em: 17/04/2008 17:28:53
Última alteração:21/10/2008 18:29:12


Dorme minha querida
Espero o teu acordar.
Estarei aqui
Te esperei tanto
Tanto tanto tanto...
Nossa vida...

Dorme minha menina
Espero-te a cada dia,
Estarei aqui.
Meu acalanto
Tanto tanto tanto
Descortina...

Dorme assim minha amada
Toda nossa poesia..
Estarei aqui.
Secando o pranto
Tanto tanto tanto...
Madrugada.
Publicado em: 19/04/2008 08:02:59
Última alteração:21/10/2008 13:09:30




Ao ver o bom caminho abandonado
Deixado para trás depois da curva,
Achara não poder seguir adiante,
A fonte da esperança suja, turva.

Porém ao te sentir voluptuosa,
Com fomes e desejos tão airosos
Eu percebi que a vida vale a pena
Deitando no teu corpo, tantos gozos.

Bebendo cada gota de saliva,
Repito sem cansar a mesma cena,
Num ato que contínuo; salva e cura,
Nas coxas tão roliças da morena...
Publicado em: 26/05/2008 17:31:50
Última alteração:21/10/2008 15:17:30


Amor delicado
Da linda morena
É sina meu fado
Delícias, me acena.
Trazendo no gosto
De cravo e canela
Meiguice no rosto
Amor é só dela.
O jeito brejeiro
De tão bela flor
É tão verdadeiro
Sincero, esse amor.
Que traz alegria
E tanto me agrada
Amor-fantasia,
Mulher tão amada.
Se quero teu beijo
Gostinho de mel;
Morena, te vejo
Anjinho no céu.
Voando gostoso
Morena me chama
Desejo de gozo
Feliz, nossa cama...
Publicado em: 16/02/2007 07:05:57
Última alteração:28/10/2008 18:09:10



Eu te amo. Simplesmente és minha vida!
Tantas vezes eu sofri,
Minha noite, por vezes, vã, perdida...
E tu estavas aqui.
Caminheiro sem rumo, sem estrada,
Mas hoje vivendo em festa,
Pensava tantas vezes, não ter nada,
Na expectativa que resta
De poder ser, enfim, bem mais feliz,
E chegaste, como em sonho!
Tu és, da minha vida, o que mais quis.
O meu sonho mais risonho!

Agora que tenho
O amor que sonhei
Dos sonhos, a lei
Da felicidade
Que mata a saudade
Que traz o sorriso,
Vivo paraíso,
Meu mundo de paz,
Agora, capaz,
Viver, quero mais.
A morte, jamais.

Assim vou vivendo
Do mundo, aprendiz,
O tempo correndo,
Com claro matiz
Minha alma sorri,
Meu mundo é aqui
Ao lado desse anjo
O mais belo arranjo
Que Deus já criou!
Publicado em: 04/12/2006 22:45:56
Última alteração:28/10/2008 20:48:23



Depois de tanto tempo sem ter rumo
Sem nexo sem saber se quero ter
Amor que nunca mais me deu notícias
Não quero mais perder...

No tempo que vivemos nosso caso,
No ocaso sem acaso e sem perdão,
A lágrima vertida foi-se embora
Restou o coração...

O vento que agitava seus cabelos,
Partiu sem piedade e te deixou.
Agora sei que estás assim sozinha,
O vento me contou...

Por isso meu amor não fale nada
Só quero te fazer muito feliz...
Espere chegarei bem de mansinho.
Do jeito que se quis...

Eu trago um coração apaixonado
Marcado pelas garras da saudade.
Eu sinto que por fim vamos viver
Total felicidade.

E quero que me entenda, não maltrato
Amor que sempre foi a minha vida
Que bom que posso estar assim do lado
Da mulher tão querida...

Eu venho como o vento em teus cabelos,
No brilho desta lua que te adora.
Eu sinto que serei mais verdadeiro,
Amar nunca tem hora...

E vamos percorrer nossas estradas,
Unidos pelo amor que sempre insiste.
Sabendo que no fundo, o paraíso.
No nosso amor, existe!
Publicado em: 21/01/2007 08:11:06
Última alteração:28/10/2008 19:13:58

Por vezes tive tanto medo de te perder...
Eu não saberia o que fazer se não tivesse o teu afeto e o teu carinho.

A vida, às vezes, parece ir depressa demais e, quase nos atropela em fatos que se sucedem ininterruptamente.

Assim foi conosco. No começo, em plena primavera dos sentimentos, as flores estavam todas abertas exalando um perfume encantador e, com seus matizes variados, embelezavam as sendas por onde passávamos.

Depois disso, aos poucos, as flores foram murchando e dando lugar aos frutos maravilhosos que seriam a confirmação suprema de que havia valido a pena a rega diária e constante...

Mas, o outono com suas folhas esparramadas pelo chão e o vento frio anunciando todo o vigor do inverno.

Passamos pelo inverno com os dedos engelhados e as emoções congeladas.

Duro inverno que se abateu sobre nossas esperanças...

Porém depois de termos hibernado os sentimentos, eis que as flores recomeçam a mostrar sinais de que a primavera, mesmo que tardia, mesmo temporã, de novo se aproxima.

Que bom que estás comigo.

Somente assim poderei recuperar o vigor e a esperança de uma vida mais tranqüila e mais bonita.

Eu disse tantas vezes e repito, não como um vício, nem como um fator contemporizador.

EU TE AMO!
Publicado em: 24/02/2007 12:06:28
Última alteração:27/10/2008 19:45:58

Meu pensamento voa para lá
Numa ilha com palmeiras, sabiá
Cantando nos jardins do paraíso.

Deitado no teu colo, calmamente,
A vida se passando lentamente
No sonho delicado e tão preciso.

Preciso deste sonho pra viver
Sem isso, meu amor o que vai se
Da vida deste pobre cantador

Que mostra neste verso apaixonado
O sonho de viver sempre do lado
Daquela que traduz-se em grande amor.

Não deixe que a saudade te atormente
O vento te trará tão de repente
A voz deste meu sonho que se encanta

Com esta sensação que sempre diz
Ao coração repleto em cicatriz,
Quem canta; todos males sempre espanta...

Publicado em: 25/02/2007 09:06:49
Última alteração:28/10/2008 17:26:30

Toda noite eu vou lembrando
Desse amor que foi se embora,
Eu passo a vida esperando
A vida jogando fora...

Cada vez que um passarinho
Vem na janela cantar
Eu penso que é recadinho
Que meu amor mandou dar.

Por isso a janela aberta
Da casa e do coração,
E quando a saudade aperta
Eu corro pro violão.

Vou cantando essa modinha
Que tanto me dá prazer
Minha voz canta sozinha
“Ai que saudade d’ocê!

Mas um dia vai chegar
De você voltar pra mim,
Nunca mais vai me escutar,
Falando, meu bem, assim:

Meu peito padece dor,
minh’alma sofre agonia
meus olhos vivem chorando;
- terão consolo algum dia?

Observação: a última trova é da região de Ouro Fino, Minas Gerais.

Publicado em: 10/03/2007 12:18:22
Última alteração:28/10/2008 17:22:03



Amor,

Ouvi muito bem suas justificativas e, em nenhuma delas encontrei razões para que pudéssemos nos separar.

Quando duas pessoas se amam, mesmo elas, é comum se desentenderem por motivos banais sem que isso interfira na intensidade do amor, pois ele está acima do bem e do mal.

O que posso te dizer é que te amo, como sempre te amei e te confesso este amor, a fim de que penses bem, antes de tomar a decisão de me deixar!

Se julgas que, longe de mim, poderás ser feliz, ouso te dizer que, em nenhum momento de tua vida, encontrarás um amor tão sincero, quanto este que te dedico.

Não, amor.

Por mais que me peças, não conseguiria ficar longe de ti, dar um tempo no nosso relacionamento, como insinuas.

Tenho sim, o direito de lutar pelo nosso amor, tentando impedir que saias da minha vida e do coração que, um dia se abriu para te receber, para sempre!

-Não, amor! Enquanto houver em ti, um pouco de amor por mim, em não permitirei que partas, pois, sem ti, não sou ninguém.

Enquanto houver amor, juro por Deus que dos meus braços não sairás!

Marcos Coutinho Loures

Publicado em: 02/04/2007 13:36:16
Última alteração:23/10/2008 20:25:50



Há palavras de adeus no teu olhar,
Distante dos meus olhos, ganha o ar
Parece que procuras outro rosto...
Sem carinho há tanto tempo, nada falo.
Diante disto tudo, amor me calo,
A vida se transforma num desgosto...

Abraço o teu retrato, nele ris,
Lembrando que contigo fui feliz,
Agora só me resta uma certeza
De que este dia frio chegará,
Apenas o retrato sobrará
Da vida que tivemos... Que tristeza!

Começo a maldizer a nossa vida,
Gritando que busquei a despedida,
Mentindo simplesmente, só reclamo...
Da boca que em mil vezes já beijei
Do templo onde no amor me extasiei,
Sangrando ao te dizer: amor, eu te amo!
Publicado em: 10/04/2007 14:41:57
Última alteração:28/10/2008 17:05:52



Errante cavaleiro sem destino,
Em busca de um descanso, uma miragem,
Às vezes me perdendo, vou sem tino,
Procuro um coração, uma estalagem
Aonde possa enfim; arriar sela.
Onde arrieiro peito se revela.

Castelo dos meus sonhos, teu amor;
Dossel tão desejado, tua cama.
Ser teu vassalo, ser teu servidor
Minha esperança audaz, tanto reclama
A sorte de poder viver contigo,
Oásis que mais quero e que persigo...




U TE AMO!!
Querida, sei que as luzes que me tocam
São raios de teus olhos, brilho farto...
Voando para os braços de quem amo,
Menina tão bonita, estou contigo.
Te amar é ser feliz a cada dia,
Num êxtase insensato, mas real.
Felicidade encontro nos teus passos,
Minha alma tão festiva não se cansa
De estar em tua busca sem ter medo.
Segredo meu amor ao deus solar.
Voar dentro dos sonhos delirantes
Sem antes perguntar o paradeiro,
Inteiro, sou teu par na bela dança
Que avança sem temores pela vida.
Ávida dessa vida que sonhamos.
Amamos, simplesmente nos amamos...
Publicado em: 05/11/2007 20:23:40
Última alteração:28/10/2008 13:20:59


Entrego-me querida, sem limites;
Sem medos sem segredos, vou inteiro.
Os olhos em teus olhos refletidos
Amor encontra em ti um raro espelho.
Tu és a minha glória e meu consolo
Minha alegria rara de viver.
Sou teu integralmente e não discuto,
E disso vou vivendo com prazer...
Publicado em: 07/11/2007 12:54:47
Última alteração:28/10/2008 13:21:11


“Mulher a gente encontra em toda parte”,
Dizia um bom sambista do passado,
Porém demorei tanto a encontrar-te
Lançando sempre a esmo um triste brado.
Amor que nos domina e que faz parte
De um mundo tantas vezes aguardado
Trazendo um dia em paz amanhecido
Nos braços deste encanto prometido...
Publicado em: 20/11/2007 06:24:55
Última alteração:28/10/2008 12:18:33



Vivendo o tempo todo lado a lado
Com quem eu desejei ser venturoso,
Deixando uma incerteza no passado
Desfruto deste bem maravilhoso,
A cada novo sonho desfrutado
Percebo a fantasia feita em gozo
Roçando a minha pele, devagar
Os ventos que trouxeste; bem amar...
Publicado em: 22/11/2007 15:05:42
Última alteração:28/10/2008 12:16:31



Amena; a noite chega e benfazeja avança
Trazendo o teu sorriso, amor em plenitude.
Meu verso te procura e, sabes; não se cansa,
Encontra em cada abraço o bem da juventude.
Amor que tanto eu quis, em gozo e temperança.
Na mão que acaricia e que jamais ilude
Eu sinto tanta paz. Por isso, minha amada,
A noite quando vem é sempre abençoada!
Publicado em: 30/11/2007 17:30:04
Última alteração:28/10/2008 12:14:06



Minha alma se aprofunda em galeria
Além da sensação que, audaz, eu sinto.
À noite, meu desejo em ventania,
Buscando pelo amor, um labirinto.
Fragilizado sempre pelo não
Aguardo, ansiosamente o teu perdão.

A voz quase embargada, triste e rouca,
A lua sem juízo, dama louca,
Atando minhas mãos, duras algemas,
Deixando meu destino acorrentado
Nas mágoas dolorosas e supremas,
Só quero caminhar sempre ao teu lado...
Publicado em: 22/12/2007 06:32:32
Última alteração:22/10/2008 21:04:04


COROA DE SONETOS - EU TE AMO!!!

1
Quem pensa que em amor, cedo padece
Não sabe divisar a divina arte.
É como se, querida eu já pudesse,
Alçar em pensamento qualquer parte

Do espaço em que o prazer assim se tece,
Alçando uma alegria sem descarte.
Agradecer a Deus, em louca prece,
Alvíssaras risonhas que reparte

Amor em nossos corpos, cada vez
Que a noite nos impele, insensatez
Ao espalhar a luz numa alvorada

Amor em tentação, tão sensual,
Na multicor aurora boreal
Percorro com vigor tal bela estrada.

2
Percorro com vigor tal bela estrada
Que traz a eternidade como meta,
Na senda mais florida, iluminada,
Meu sonho, ser feliz, já se completa.

Ao perceber a sorte desejada
O coração sincero de um poeta
Percebe no teu peito, minha amada,
A direção e o rumo desta seta

Que um deus quase menino desferiu,
Ferindo enquanto cura em dor bendita.
O toque mais audaz e mais sutil

Dos lábios de quem amo em minha boca,
O peito enamorado enfim se agita
Na mão que acaricia e me treslouca.


3
Na mão que acaricia e me treslouca,
A sorte do viver vai decidida,
Se a dor já se anuncia audaz e louca,
Apenas vislumbrando uma saída;

Depois de uma ventura rara e pouca
Amor muda o sentido em minha vida,
Bebendo todo o mel de tua boca
Concebo esta alegria recebida

Nos olhos de quem amo, luz intensa,
Sabendo ser possível recompensa
De um dia mais feliz, manso e perfeito.

Quem tem amor por glória e redenção
Levado pelo gozo em sedução
Já sente o fogo ardente no seu leito.

4

Já sente o fogo ardente no seu leito
Aquele que deixa transportar
Pelo amor verdadeiro vai aceito
E bebe a fantasia de um luar.

Vivendo tão feliz e satisfeito
Caminha em passo firme e devagar,
Abrindo com certeza um duro peito
Adentra a fantasia, imenso mar.

Eu sinto que este amor que tu me deste
Da glória de viver, perfeita veste
Permite cada passo sem temores.

Nos olhos da esperança, o meu farol,
Nos braços de quem quero, sinto o sol
Emoldurando assim divinas flores.



5
Emoldurando assim divinas flores,
Tornando mais sublime o meu jardim,
O céu em fantasia ganha cores
Reflete esta ilusão dentro de mim.

Contigo caminhando aonde fores
Convites para a festa sem ter fim,
Nos lábios mais macios, refletores
Tocados pelo lume carmesim.

Ser teu e nada mais, eis meu destino,
No quanto sou feliz, eu já me atino
E vivo tão somente esta alegria.

Na radiante estrela matutina
Reflexo de teus olhos de menina,
Trazendo a claridade ao belo dia...

6

Trazendo a claridade ao belo dia,
Teus olhos são estrelas, são faróis
Ao encharcar o mundo em poesia
De ti os meus olhares, girassóis.

Decerto ao perceber quanto queria
Recebo teus clarões, perfeitos sóis,
Iluminando as fontes, fantasia
Tomando em luz intensa os arrebóis.

Um velho caminheiro, um andarilho,
Seguindo passo a passo o raro brilho
Deixado por teus olhos, sinto a glória

De poder ser tão teu e seres minha,
Uma alma que em tua alma já se aninha
Promete ao fim da luta uma vitória.


7

Promete ao fim da luta uma vitória,
Um coração que a ti já se entregou.
Recebe em euforia tal vanglória
E mostra a perfeição que te moldou,

Não tendo mais tristezas na memória
Agora que meu rumo te encontrou,
Mudando num momento a minha história
Contigo ao infinito, sempre vou.

E vejo ser possível nova sorte
Calando o meu destino aventureiro.
Nos braços de quem amo tal suporte

Não deixa o passo ser titubeante
Quem tem amor sincero e verdadeiro
Decerto, nesta vida é um gigante.



8

Decerto nesta vida é um gigante
Aquele que se deixa transportar
No mar de amor intenso e deslumbrante
Fazendo todo o bem frutificar,

Eu sou desta esperança um velho amante
E sinto que esta glória vai moldar
Um novo amanhecer a cada instante
Mantendo nos meus olhos teu luar.

Revestido de estrelas, belo manto
Sagrando cada verso ao pleno amor,
Pressinto ao fim de tudo tal encanto

Que possa ser meu guia vida afora,
Teu corpo tão divino encantador
Em rios de prazer à noite aflora.


9


Em rios de prazer à noite aflora
O corpo que se entrega sem juízo.
Nudez quando em nudez já se decora
Permite vislumbrar um paraíso.

Eu quero o teu desejo desde agora
No toque mais sutil e mais preciso,
O gozo tão sublime revigora
Nesta aquarela rara eu me matizo

Vagando cada ponto, porto e cais,
Em teus ancoradouros, quero mais
Sentindo esta explosão de amor orgástico.

O mar que nos invade em fogo e fúria,
Tomado pelos ventos da luxúria
Num vendaval divino e tão fantástico.


10


Num vendaval divino e tão fantástico,
A sensação de ser, enfim, feliz.
No gozo mais convulso, o corpo espástico
O todo que eu desejo e sempre quis

Na trama deste amor, puro e bombástico
Deixei de ser apenas aprendiz.
Na doce profusão um sonho orgástico
Deitando inundação qual chafariz

De mucos e salivas misturados,
Arrebentando assim, uma barragem
Carinhos tão audazes sem pecados,

Vorazes nossos corpos se procuram,
Fazendo pelas noites tal viagem,
Prazeres quando eternos se perduram...

11


Prazeres quando eternos se perduram
E mostram uma certeza a cada passo.
Os erros do passado nos torturam,
Porém a cada dia um novo traço

Nos olhos que em amores sempre juram
A vida vai ganhando cada espaço
As dores que encontramos já se curam
Na doce mansidão feita em abraço.

Não tenho mais temores, te garanto,
Nem quero ter decerto dor e pranto,
Pois sinto vir no vento esta esperança

Do amor que se faz luz e fantasia,
Em plena tempestade vem e guia
Deixando a solidão só na lembrança...

12






Deixando a solidão só na lembrança
Amor não me permite mais sofrer,
Voltando novamente a ser criança
Encontro nos teus braços bem querer,

Uma alegria enorme já me alcança
E ajuda, com certeza a reviver
A noite de uma infância calma e mansa,
Na rara sensação: puro prazer.

Amor quando se faz em tal partilha
Não deixa qualquer dúvida em meu peito,
Vislumbro finalmente a maravilha

De um dia que virá com luz intensa,
Agora que eu sinto satisfeito
Tenho em amor a glória e recompensa...


13


Tenho em amor a glória e recompensa
Depois de tanto tempo em solidão,
Sentindo esta ternura tão imensa,
Entrego-me aos desejos da paixão.

No amor que nos domina, a minha crença
Permite ter mais perto a solução
Pujante sentimento em luz intensa
Transborda me inundando o coração.

Ser teu é tão somente ser feliz,
Não tenho mais sequer outro caminho,
Eu bebo desta fonte e peço bis

Sedento vou buscando o teu carinho,
E agora que já tenho o que eu mais quis
Do paraíso em vida, eu me avizinho.


14




Do paraíso em vida eu me avizinho
Sabendo que encontrei felicidade,
Bebendo cada gota deste vinho,
Encontro finalmente a liberdade.

No colo de quem amo eu já me aninho
Deixando para trás a falsidade
Mudando claramente o meu caminho
Eu sinto ser possível claridade.

Mantendo o passo firme, inexorável,
Imerso em fantasia demonstrável
A cada novo dia a dor se esquece.

Apenas lamentando a dura sorte
Que traz no peito amargo e já sem norte
Quem pensa que em amor, cedo padece
Publicado em: 14/01/2008 21:45:36
Última alteração:09/10/2008 18:02:04



EU TE AMO!!!!!!!!

Eu quero o gosto salutar do beijo,
Roçando os lábios, mansidão trazendo;
Nesse querer, aprofundar desejo,
Num renascer, por todo amor, morrendo...
Quero viver ansiedade... Vejo
Nos olhos, brilho do luar, sorvendo...
Ah! Quem me dera conhecer perdão,
Seria assim, como m’erguer do chão...

Eu quero a mansidão do teu carinho,
Quero a ternura mansa de teus dedos
Percorrendo; macios, todo o ninho,
Onde se esconde todos meus segredos...
Eu quero me sentir belo azevinho,
E não guardar, sequer, nenhum dos medos,
Que tantas vezes foram empecilhos,
Que impediram, seguir enfim, meus trilhos...

Eu quero a sombra d’arvoredo em mim,
Beijar as mãos de quem carícia traz.
Sentir o teu poder, trazido assim,
Nessas manhãs que me permitem paz...
Esquecer quem sou, vindo d’onde vim,
Saber cada minuto, ser capaz
De penetrar esses caminhos tortos,
Vou esquecendo tudo, até meus mortos...

Ter amor, ter paixão, felicidade...
Saber que estás, por perto a todo instante;
Conhecer quão amarga uma saudade.
Amor, palavra que traduz constante,
Num diário exercício, liberdade...
Ao contrário, paixão, inebriante,
Delira e me maltrata, sem ter pena,
Enquanto o amor, suave manso, acena...

Perdido num passado me encontrava,
Sem luz, sem brilho, delirante algoz;
Juro-te, então, jamais imaginava,
Que poderia ouvir silente voz,
A voz do coração, que se negava,
Sequer mais uma chance, dor atroz...
Agora que conheço ser feliz,
Mergulho no teu colo e peço bis.

Amiga, me permita um desabafo,
A vida foi cruel, mas é passado...
Da fera solidão, senti seu bafo,
Meu mundo tantas vezes foi errado.
Quantas vezes calado estou, abafo
A sensação feroz do triste cardo.
Nos seus espinhos me feri demais,
Minha memória grita então, Jamais!

Quero a delicadeza de teus pés,
No caminho feliz que me ensinaste...
A vida tantas vezes no viés
Desviou-se do rumo que traçaste...
Meu barco, naufragando sem convés,
És o porto seguro, fiel haste
Sustentas com vigor a minha vida,
Quem dera nunca houvesse despedida...

Se bem sabes o quanto que te quero,
E quanto devo nunca tenhas cismas;
Em cada novo verso, eu sempre esmero,
Tentando prosseguir sem cataclismas;
Porquanto tanto amor, sempre tempero
As luzes vou filtrando em novos prismas...
Amada, nunca fujas de meus beijos,
A vida se traduz nesses desejos...
Publicado em: 26/09/2007 22:04:35
Última alteração:28/10/2008 14:41:00


EU TE AMO!!!!!!!!

Caminhando sozinha pelas brumas,
Teus passos são perfeitas jóias raras,
Meus sonhos traduzidos nas espumas
Por onde passas, tantas noites claras!

Como esquecer, enfim, lindas searas,
Enfeitiçadas pelo teu perfume,
A lua embevecida traz tiaras
Tresloucada, morrendo de ciúmes!

Pelos teus passos, alvos de inocência,
Estrelas radiosas, num cortejo.
Ao te verem passar, pedem clemência
Na natureza inteira, um só desejo!

Em teu corpo permeiam claridades
Roubadas pelos céus desse infinito.
As ondas desse mar, as tempestades,
Nos teus passos professam novo rito!

Quem não soubera ouvir da terra os brados,
Quem não pudera ver: os ventos clamam.
Os teus pés iluminam tantos prados,
As vozes mais divinas te reclamam!

Caminhas simplesmente livres passos,
Quem os vê silencia, fica mudo.
Espelham luz dos céus, tantos espaços..
E representas, nos meus versos, tudo!

Quem me dera saber dos teus desejos!
Quem me dera viver nos teus anseios...
Minhas noites teriam tantos beijos.
Os meus sonhos dormindo nos teus seios!

As noites sem te ter são tão geladas...
Delícias se esvaindo como o fumo,
Tantas vezes sozinhas madrugadas,
Só de lembra-te perco todo o rumo!

Minhas tardes, de pobre caminheiro
Espalham pelos campos toda essa ânsia!
Amo-te e isso é mais puro e verdadeiro!
A cada instante sinto essa fragrância!

Quem me dera saber dos teus caminhos!
Viveria por toda a vida amando!
Quem souber que me conte teus carinhos,
Minha vida seria, enfim, cantando!

Te procurei por todos esses mundos!
Eu já te quis buscar na eternidade!
Meus olhos são tristonhos, são profundos,
Só vivem por viver essa saudade!

Quantas vezes dos meus sonhos, vens surgindo...
Apascentas meus olhos desolados...
Ao lembrar que te vi assim dormindo,
Em tal momento estão ensolarados!

Por tantas madrugadas foi atroz
Os sons que me chegaram pelos ventos...
A porta aberta deixa ouvir a voz
Que me recorda tantos pensamentos!

Na maciez serena dos cabelos,
Na maravilha audaz de tais melenas...
Dessa lã que compõe os tais novelos,
A sensação feliz das noites plenas!

Delicadeza doce dessas pernas,
Na sutileza breve da ilusão!
Os meus sentidos todos, já governas,
Justificas assim meu coração!

Beleza igual, jamais verei em vida!
Em lugar algum nunca mais existe.
A mão macia calma e comovida,
Num gesto mais suave eu te vi triste!

A cada dia vivo perseguindo
Os teus olhos, reflexo irisado,
Teu perfume nobreza, vou pedindo
Aos teus pés num repente apaixonado!

Em teus pés livres belos os contornos,
Flutuas pelos céus, anjo adorável!
Teus sorrisos precisos, meigos mornos,
Refletem tal beleza sempre amável!

Nunca mais poderei te ver angélica
Minhas asas partiram sem saber.
Minha noite revoa psicodélica
Meus sonhos, pesadelos passam ser...

És estilo clareza e velho cio.
Esquentas, acalentas meus enganos
Nas horas mais geladas traz estio.
És parte principal de tantos planos!

A morte sem te ter atinge o cúmulo!
Não consigo descanso sem teus olhos!
Meus versos levarei para o meu túmulo,
Das flores que colhi, diversos molhos!

Não sabes desse amor, nem o pretendo.
A porta que me mostras da saída.
Viver assim parece estou morrendo.
A morte representa toda a vida!

Já não sei de teus beijos minha amada,
Nunca soube nem tive tal coragem...
A porta que me deixas vai fechada,
Por ela penetrando essa friagem...

És meu princípio e fim de toda luta.
És o começo triste da chegada.
Minha vida cruel já vai, se enluta
És a marca final da minha estrada!

Passei por tanto tempo minha história,
Em meio a tempestades mais bravias...
Não me resta sequer doce memória
Nada ficou nem mesmo esses meus dias!

Eu passe simplesmente em teu caminho,
E nada mais seria, nem revés!
Tanta flor que brotando, traz espinho.
A vida me pegou me fez viés!

Nas bordas deste mar, sufocam ondas.
Areia que pisei foi do deserto...
As horas que passei, frias, redondas
Nunca estiveste ao menos nem por perto...

As flores que te dei já se murcharam,
Os partos que pensei foram abortos.
Meus sonhos que sonhei, despetalaram
Os olhos que mirei, são mais absortos...

Não vi nem penetrei a tua entranha...
Resumo minha vida em simples lodo.
Nas mortes que vivi, tu foste estranha
Pois nem sequer fui parte deste todo.

Veneno que tomei já faz efeito,
Tudo embaçado vejo, nada sinto...
O mundo me parece mais direito.
Embriagado tomo mais absinto!

Rodando meu passado e meu presente
Futuro nunca tive e nem terei
A mão da morte sinto, mão tão quente,
Carinho derradeiro me faz rei!

Nunca mais sofrerei a tal desdita
Que te fez tão rainha dos meus sonhos.
Agora ouso dizer: tu és maldita.
Por ti sonhei os sonhos mais medonhos!

Afasta-te serpente não te quero!
Inferno foi herança que me deste.
Cruel destino é tudo que venero
Que morras precipício feroz peste!

Teu corpo profanado pelos vermes.
Necrofágicos seres te possuam...
Jamais terás nenhum dos vários Hermes
Que sonhaste, que os cardos te poluam!

Que esse corpo padeça sem perdão!
Que nas pernas te comam as varizes,
Que apodreçam, em vida, o coração.
Que a morte sempre pinte vãs matizes!

Teus filhos devorados pelo vício,
Que nas pedras tempestas te maltratem...
Que não sobre de ti sequer indício.
Que as cracas e os corais rosas te matem!

A morte se aproxima tudo sinto.
O gosto desse beijo da medusa.
As dores da saudade já pressinto
Calor vai consumindo minha blusa...

Arranco, mais depressa minha vida...
Nos olhos carregados de paixão.
Te peço, me desculpe essa ferida...
E que tenhas, feliz, teu coração!
Publicado em: 27/09/2007 19:36:36
Última alteração:28/10/2008 14:32:04



Nosso amor que se completa
Toda noite nesta chama,
Faz a vida ser repleta.
Nossa cama já nos chama

Nos inflama e nos comporta
De desejos vai repleta.
De alegria, abrindo a porta
Ao coração do poeta...

Bela lua continua
Espiã, se delicia,
Tua silhueta nua,
Num delírio, me extasia...

Vou sorvendo cada gota
Que completa o nosso amor,
Nossa fonte não se esgota
Sem temor, dor ou pudor.

Depois de tudo o descanso
Deitadinha no meu colo,
Novamente vou e danço,
Em nosso amor me consolo

Das dores que a vida trouxe
Dos medos que conheci,
Neste mar imenso e doce,
Neste amar, eu me perdi...

Quero a boca tão molhada
Desejosa, pede um beijo.
Minha mulher adorada,
Já é nosso o meu desejo...

Vem rodando numa aurora,
Lua procura por sol,
Eu te quero, vem agora.
Deixa eu ser teu girassol!


-Perdão, se em pensamentos te magoei,
Pois este ultraje sei que não mereces.
-Perdão, se quando fiz as minhas preces,
Pela Santa, um instante, eu te troquei...

-Perdão, se nos meu sonhos, apareces
Nas formas em que mais te desejei...
-Perdão, se dos teus olhos eu me afastei,
Antes que deste afeto, tu soubesses...

-Perdão, pelos poemas que não fiz,
Falando deste amor com que sonhei!
-Perdão, mulher se as emoções febris

Guardei-as, para mim, em pensamento
E se busco olvidar-te – agora sei -,
Não consigo esquecer-te, um só momento!

Perdão se nos caminhos mais distantes,
Meu pensamento em ti, eu não tirei,
Se em tantas fantasias, delirantes,
Acima de mim mesmo, eu te adorei.

Perdão se sempre busco teu olhar,
Na noite mais tristonha e tão vazia.
Perdão se tantas vezes meu cantar,
Teu nome, só teu nome, repetia...

Perdão se não consigo mais conter
O sentimento imenso que me toma.
Só vivo por teu gozo e teu prazer.
Tu és os meus caminhos, tu és Roma.

E sangro uma saudade sem igual.
Distante de teu corpo sensual...

Marcos Coutinho Loures
Marcos Loures
Publicado em: 06/02/2007 17:02:36
Última alteração:28/10/2008 18:26:58


Sempre quero teu sabor
De doce cana caiana,
Na sutileza da flor
Tanta pureza que emana.

Quero o gesto mais sereno
De carinho e de loucura,
Meu amor, doce veneno,
Que me mata e que me cura...

Quero o vento delicado
Na brisa do teu carinho
Meu viver extasiado
No teu colo, de mansinho...

Quero me embrenhar nas matas
Mais fechadas deste amor.
E descer nestas cascatas
Me aquecer em teu calor.

Quero poder te dizer
Toda noite sempre chamo,
Procurando, enfim, te ver
E gritar ao mundo: eu te amo!
Publicado em: 13/02/2007 19:54:05
Última alteração:28/10/2008 18:06:00



EU TE AMO!!!!

Olhar que, pelo amor, abençoado,
Na sorte em que meu peito já se ufana
Mudando qual farol, a sina e o fado
Além do que sonhara e não se engana
Um coração por ti apaixonado,
Rainha dos meus sonhos, soberana.
Teus passos com certeza edificaram
Os rumos que meus dias encontraram...


Memórias de outros tempos, gloriosas,
Aos poucos meu caminho vão mudando,
Espalham mil canteiros, belas rosas,
E as dores com certeza, devastando,
As horas ao teu lado, valorosas,
Do medo de viver me libertando.
Eternamente sei que irei amar-te,
Vivendo a plenitude em qualquer parte.


O coração lateja em sonho insano,
Distante das loucuras que fizeram
Os olhos de quem ama, em desengano,
Rumando por estrelas, já tiveram
Momentos de carinho, mas temprano,
Os medos/sofrimentos que vieram
Cobrindo de tristezas, negra manta,
O brilho das estrelas logo espanta.


Porém eu descobri, emocionado,
Que um sol de uma alegria mais ardente
Depois do canto triste demonstrado,
Promete ressurgir alegremente,
Matando esta tristeza do passado,
Mudando deste mar, fria corrente,
Quem sabe neste amor, firme e perene,
A sorte finalmente, enfim, se acene...

A sorte que já fora vaporosa,
Nos olhos de quem amo, logo muda,
Trazendo em noite clara e tão formosa
Dourada sensação de grande ajuda
Da flama que me invade mais fogosa
Que venha em noite clara e não me iluda.
Espalho o meu cantar pelo universo,
Cantando o nosso amor, a cada verso...


Meu canto te buscando já te alcança,
Enaltecendo sempre a liberdade
Aonde o meu olhara em esperança
Percebe num momento a claridade,
Nos braços de quem quero, amor me lança
Mostrando assim cabal felicidade,
Além do que meu sonho já me mande,
Encontro um mar intenso, belo e grande.

Jardim de uma alegria, florescente,
Deitando no meu colo, a minha amada,
O coração, feliz adolescente,
Escuta em tua voz, uma chamada,
E grita ao doce amor sempre presente,
Já dando em minha vida uma guinada,
A trama que em teus lábios se mostrou,
Em teu sorriso manso me entregou.

Amor não tem juízo e nem critério,
Invade o peito em sonho lisonjeiro,
Formado pelas sendas de um mistério
Amor se sublime companheiro,
Adentra o coração, sem vitupério,
Dos sonhos o perfeito cavaleiro,
Aquece um sentimento outrora frio,
E esvai em mansidão, plácido rio.


Amor é feito pária em majestade,
Tomando o nosso corpo como um templo,
Retorna na velhice, a mocidade,
Do poder absoluto um bom exemplo,
Reflexo de teus olhos, claridade,
No bojo deste amor, sonhos contemplo
E vejo meus caminhos mais formosos
Nos braços deste amor, maravilhosos...


Seu passo, pelos sonhos, vai movido,
Marcando em seu compasso, ritmo eterno,
Nos traços deste amor, vou envolvido,
Distante da tristeza de um inverno,
Seguindo pelo amor engrandecido,
Jamais em solidão, meu peito hiberno,
Amor, que me envolvendo mostra e sente
Um mundo mais airoso, e mais contente...


Amor que se demonstra em tais façanhas,
Deixando a nossa vida mais formosa,
Adentra sem limites as entranhas,
Acalentando a sorte gloriosa
Deixando para trás dores tamanhas,
As vidas se transformam, fabulosas.
Amor é de quem sonha, o companheiro
Que levará ao canto derradeiro.

Distante de um momento duro e fero,
Amor vai nos tomando em seu feitiço,
É tudo na verdade, o que mais quero,
Refaço em nosso amor, o brilho e o viço,
Nos braços deste amor, eu me tempero,
E um mundo mais ameno, enfim, cobiço.
Amor se derramando em forte chama,
Mudando num segundo toda a trama.

Quem tem no seu amor toda a fiança
Reveste o seu caminho em plena glória,
Ao sonho mais sublime já se lança,
Mudando o rumo incerto desta história.
Voltando num momento a ser criança,
Garante para si toda a vitória,
O amor torna mais brando um cavaleiro
E mostra um mundo novo e verdadeiro...

Meus versos que serão sempre esquecidos,
Falando deste amor em clara aurora,
Os medos e as tristezas dirimidos,
A luz em plenitude vencedora,
Meus cantos invadindo os teus ouvidos
Num sonho mais sutil, amor aflora,
E o dia se refaz, deveras forte,
Vencendo qualquer medo, até da morte.

Falar de nosso amor, querida eu posso,
Pois nele mergulhei em puro encanto,
Um sonho em liberdade, assim esboço,
Viver felicidade sem espanto.
Nos traços desta luz eu me remoço,
E de alegria, amada, aqui eu canto.
Cruzando na esperança de outros mares,
Encontro em cada espelho, os teus olhares...

Um coração que morre, estranho e frio,
Sozinho, sem ninguém, desfigurado,
Deixando tão somente este vazio,
Num canto mais cruel, desesperado.
Matando em duro inverno, um forte estio,
Vivendo do que fora no passado,
Não deixa mais sobrar sequer lembrança,
Morrendo em nascedouro da esperança.

Embora o coração seja a morada
Das doces sensações mais valorosas,
A vida que em promessa foi dourada,
Salvando os seus espinhos, mata as rosas.
Não deixa na verdade sobrar nada,
Senão as sombras frias, belicosas.
Assim vai descartando a eternidade,
Cegando a luz em plena claridade.

Um dia que em promessas, luminoso,
Da sorte de viver vai se apartando,
Um mundo mais sublime e glorioso,
Os medos e as tristezas vão cortando,
Um céu que se mostrara mais formoso,
Aos poucos sem ninguém vai se nublando
E um canto de um amor desesperado
Retumba como um eco do passado...

A vida se perdendo num momento,
Distantes dos olhares que desejam
Que mude num repente, o duro vento,
E as sortes redentoras já porejam,
Singrando com volúpia o pensamento,
Amores do passado inda trovejam.
As horas aos amores consagradas,
Perdidas, noutros dias, maltratadas...

Porém numa amizade irão voltando
As pombas que se foram noutros dias.
E aos poucos meus desejos retornando,
Mudando num momento a ventania,
Amiga, com teus braços, demonstrando
Que ainda é bem possível a alegria.
Meus olhos nos teus olhos refletidos,
E os dias mais felizes, percebidos...


Uma amizade feita num momento
Em que a vida se mostra em desengano,
Acalma com seus braços, meu tormento,
Aquece o coração e muda o plano,
Mostrando ser possível sentimento,
Supremo sobre todos soberano,
Com a pureza imensa, um diamante,
Do amor feito sublime e mais constante.

Um passo quando firme e se bem dado,
Permite vislumbrar amor divino,
Não deixa o coração jamais irado,
Promete um novo tempo cristalino,
Matando uma tristeza do passado,
Tornando o peito amargo qual menino,
Chamados da alegria, enfim responde,
Exposto ao vento leve, não se esconde.

Aquele cujos passos, vão guiados
Pela amizade imensa que se sente,
Tem olhos nos espaços assentados,
E toda a glória o faz ser mais contente,
Seus dias com certeza são honrados,
E a voz do coração tão envolvente.
Não sabe de outro dia mais horrendo,
As flamas da alegria, recebendo...

Porém aqueles pobres que inda estavam
Deitados sob a treva em pensamento,
Durante tanto tempo inda lutavam,
Cansados desta dor feita em tormento.
Tristezas sem igual os maltratavam,
E o mundo consumido em fogo lento.
Caminhos para a dor e os desenganos,
Restando sofrimentos desumanos.

A sorte que me foi já concedida,
Mostrando em mansidão um belo aceno,
Mudando de repente a minha vida,
Moldando meu futuro mais ameno.
Numa amizade plena e recebida,
Antídoto real para o veneno
Da negra solidão que assim não cabe,
No peito de quem tanto amor já sabe..


Amiga, o meu desejo já te abriga,
Mulher em sonho claro manso e leve,
Meu peito em plenitude já me obriga
Enquanto a voz audaz, assim se atreve
Falar de uma emoção que é tão antiga,
Palavra de carinho se faz breve,
Amor este moleque peregrino,
Na ceva da esperança um ser divino,

As suas lanças, setas, me tocaram,
E assim me enlouqueceram, estou certo,
Os castelos mais firmes desabaram,
Meu coração se mostra então aberto,
E velhos sentimentos se mostraram,
Apenas movediços. Mal desperto
E vejo nos teus olhos tal magia,
Amiga, transtornando o dia a dia.

Vencido pelo fogo deste amor
Recebo a fantasia feita em vento,
Tentando, num segundo recompor,
A audácia se fazendo sentimento,
Vontade de sentir o teu calor,
Mas nada dá firmeza ao meu intento.
E assim, apaixonado, passo a crer,
No amor em amizade, bel prazer.

Tentando disfarçar, mas não consigo,
Se cada verso meu dirijo a ti,
Queria ser somente teu amigo,
Porém no emaranhado eu me perdi.
Quem sempre me acolheu em manso abrigo,
Agora reluzente brilha aqui,
No peito de quem ama e não comporta,
A força deste amor, arromba a porta.

Envergonhado faço deste canto,
Uma maneira a mais pra te falar,
De toda esta loucura em puro encanto,
Trazendo uma amargura a desnudar
Meu coração, tirando o fino manto
Que tantas vezes pode disfarçar
O amor que eu já sentia e nunca quis
Admitir, mas me faz ser mais feliz...



Decerto, o meu amor já saberia
Quem tanto desejei em luz tamanha,
Vibrando certamente de alegria,
A sorte- ser feliz, amor, nos banha,
E o canto da promessa me dizia,
Do encanto que se molda em nossa entranha,
Vivendo neste amor, perfeita glória,
O medo transformado na vitória.

Recebo cada beijo teu, amada,
Amiga de meus dias/tempestades,
A vida em outra lua vai raiada,
Repleta de desejos, claridades.
Minha alma de tua alma enamorada,
Procura no teu corpo saciedades.
Assim, dois caminheiros que se tocam,
Ao mesmo tempo acolhem, se provocam...

Sou teu e nada mais pode conter
Amor em amizade construído,
Meu rumo é procurar o teu prazer,
Meu passo se mostrando decidido
Permite que eu conceba amanhecer
Deitado no teu colo, distraído.
Eu quero ser teu par, a noite inteira,
Promessa de alegria verdadeira.

Assim, dois passarinhos se engaiolam,
Ao mesmo tempo livres, vão ao céu.
Meus braços nestas asas já decolam,
Adoço o paladar em rico mel,
Estrelas que nos guiam, céus assolam,
E trazem nos seus brilhos o corcel
De uma felicidade que é total,
Vagando pelo amor, ganhando o astral.

Amiga, amada amante e companheira,
Eu quero estar contigo o que me resta
Da vida na emoção que derradeira,
Reflete no meu peito plena festa,
Amor que procurei a vida inteira,
Uma esperança imensa agora gesta
De um tempo em que o amor feito amizade,
Denote aos dois cativos, liberdade...



Amor que em amizade sustentava
Felicidade plena bendizia,
Uma esperança a mais sempre abrigava,
Trazendo claridade para o dia,
Meu mundo no teu colo se abrigava,
Formando uma ilusão em poesia,
Distante destas dores do passado,
Moldava um bom futuro do teu lado.

Nas tramas, nossa cama, feita em céu,
Rolando a noite inteira em mil delícias,
Sorvendo cada gota do teu mel,
Tocando em tua pele, com malícias,
Rompendo a madrugada, rasgo o véu,
Desnudo-te e me entregas mais carícias,
Amor sem preconceitos perde o nexo,
Em Eros espelhado, louco sexo.

Tua nudez desfilas pela casa,
Recebo o forte brilho que transbordas,
Tomado pelo fogo desta brasa,
Desejos mais audazes já me acordas,
Vontades e quereres, tudo abrasa,
Voracidade imensa, assim recordas,
E volto à juventude num segundo,
De teu prazer intenso enfim me inundo.

Reféns desta loucura, minha amada,
Bebendo do teu corpo cada gozo,
A noite se entregando à madrugada
Fazendo o nosso amor bem mais gostoso,
Eu quero mergulhar de alma lavada,
Tocando cada ponto, bem fogoso.
As chamas que se emanam de nós dois,
Fagulhas neste incêndio do depois.

Acolho o teu carinho em meu desejo,
Teus rastros pelo quarto, amor, persigo,
Querendo desfrutar de cada beijo,
Eterno companheiro, amante amigo,
A transparência exposta sempre vejo,
Servindo, com certeza de um abrigo,
Amor que não repete, sem marasmos,
Num turbilhão insano, mil orgasmos...


Amor, um sentimento poderoso,
Às vezes violento, outras gentil
Amansa um coração mais belicoso,
Porém algumas vezes faz ser vil
Aquele quem outrora carinhoso
A quem domina faz então servil,
Tomando a nossa vida num segundo,
Mudando de repente, o nosso mundo.

Amor festa cruel que nos ensina
Que nada nesta vida traz a pecha
De ter perenidade, me alucina
E nada do que fomos ele deixa,
Na fúria das paixões, força divina,
Incontida transforma santa em gueixa
Desfere manso golpe em nosso peito,
Não deixa solução nem outro jeito.

Envolto nos seus braços, vou seguindo,
Procuro no teu colo, um acalanto,
Amor feito disforme é sempre lindo,
Rebenta em emoção, inunda em pranto,
Na lábia do menino, vou fluindo,
Entregue sem limites, amo tanto;
E nada do que possas me dizer,
Trará além do amor, maior prazer.

Roçando os meus instintos, sem clemência,
Invade a madrugada em pesadelos.
Da moça que se mostra em inocência,
Sentir doce perfume em seus cabelos,
Sorvendo em sua pele a indecência
Enredo-me em seu corpo, bons novelos.
Fazendo desta noite em euforia,
Volúpia enlanguescente, santa orgia.

Aporto neste cais cada desejo,
Avanço por limites mais audazes,
Usando sutileza, assim prevejo
Momentos de loucura, tão vorazes.
Nas pernas que em prendem, já latejo
Agradecendo a força das tenazes
Que prendem o meu corpo junto ao dela,
E o gozo mais profano se revela...


Procuro em nosso amor uma maneira
Em passos bem mais firmes, decididos,
De crer numa esperança derradeira,
As angústias e os medos já vencidos,
Mostrando ser a sorte lisonjeira
E os dias sem espinhos, percorridos.
Amor que se tornando mais prudente
Permite um novo encanto e doma a gente.

As horas, na distância, tão compridas,
Os barcos em tempestas, soçobrados.
Porém se aqui te encontro, nossas vidas
Em modo benfazejo, sobraçados,
Seguimos pelas sendas mais floridas,
Nos corpos que se buscam, imantados.
Nos mares deste amor vou navegando,
E os olhos se procuram, se tocando.

Recebo o brilho manso da manhã
No sol que já se emana, acolhedor,
A vida se permite em doce afã
Emoldurando em nós, o puro amor.
Não permitindo assim tristeza vã,
Um canto enfim bendito a se compor.
Somando nossas forças, minha amada,
Promessas redentoras de florada.

Não temo nem o corte, a cicatriz
Transforma-se em sublime tatuagem.
Outrora, simplesmente um aprendiz
Aprende a conhecer nesta viagem
O quanto se é possível ser feliz,
Vestindo este desejo. E na roupagem
De nossos corpos nus e sem pudores,
Audazes, nossos sonhos tentadores.

Pensando em tua pele junto à minha,
Apaixonadamente num mergulho,
Meu mundo, num momento já se alinha,
Deixando para trás qualquer orgulho,
Da solidão que; um dia, à noite vinha,
Não resta nem espinho ou pedregulho.
Os dias tão terríveis do passado,
Renascem neste sol do amor, dourado..

Amar e ser feliz: sonho perfeito,
Embora tantas vezes impossível.
Fazendo da alegria um grande feito,
Percebo a tua luz, mulher incrível
Mostrando que o amor é meu direito,
Felicidade é um sonho bem plausível.
Eu quero te louvar a cada verso,
Jamais de teu caminho, irei disperso.

Tu és a minha glória feita em luz,
Palavras de carinho e de desejo,
Meu sonho a cada noite reproduz
Delícias que encontrei no doce beijo
De corpos que se entregam e vão nus
Na fúria dos prazeres. Num lampejo
A noite se transforma em claro dia,
E entorna na alvorada, a fantasia.

Tu és uma esperança sem ter fim,
A paz que eu tanto quis, encontro em ti.
Vibrando todo amor que sinto em mim,
Eu posso enfim, dizer, já recolhi
A flor maravilhosa em meu jardim,
O sonho mais bonito que vivi,
O mar de uma emoção que nunca cessa,
Amor não é somente uma promessa!

Bebendo desta fonte maviosa,
Delícias e delírios: sou feliz.
Manhã se apresentando radiosa.
Meu canto te chamando sempre quis
O gozo desta vida fabulosa,
Marcando com divina cicatriz
A pele que te toca em noite imensa,
Fadada a ter completa recompensa.

Tu és o canto livre da alegria,
Vestida de emoção, minha alma clama,
Envolta nos teus braços, já sabia
De toda a sorte farta de quem ama,
Rasgando todo o véu, na poesia
Ao renovar a vida, muda a trama,
Nas teias de teus braços, adormeço,
Numa alvorada em paz, o recomeço...


Amor que, tantas vezes, me acompanha
Em noites solitárias, esperanças...
Tomando em tua boca da champanha
Roubando das estrelas luzes mansas,
Vontade de te ter, sede tamanha,
Revendo em cada sonho, nossas danças.
Eu amo e nada, assim, me importará
Nem mesmo a solidão me alcançará!

E Mesmo tão distantes de teu porto,
Meus barcos vão buscando ancoradouro,
Aos dias em que fomos, já reporto,
E sei que em tua pele, o meu tesouro,
Renasce um sentimento outrora morto
Abrir do peito a porta onde me douro
Da luz do amor imenso, fantasia,
Refém desta emoção, aguardo o dia.

Virás em cada raio deste sol
Trazida na alvorada em fogo intenso,
Permita que eu reflita o girassol,
E perca nos teus braços todo o senso,
Sentindo deste olhar, claro farol,
Já posso ser feliz e me convenço
Da existência sublime de um bom Deus,
Matando antigos credos, pois ateus.

Recolho os rastros teus pelo caminho,
Seguindo estas pegadas, me encontrei,
Bebendo do teu corpo o doce vinho,
Percebo, num momento ser o rei
Do império fabuloso em que me alinho,
Fortuna em fantasias, eu criei,
Sabendo que tu vens no amanhecer,
O jardim de minha alma a florescer.

Não quero mais saber desta tristeza
Que um dia, foi sincera companhia,
Rompendo das paixões, cada represa,
Num mar de amor intenso, em ventania,
Transborda inundações, na correnteza
Voraz que me transporta em alegria
Encontro a solução para os meus ais,
No amor que me invadiu, meu porto e cais...

Falando deste amor que é minha sina,
Fomento de esperanças no meu peito.
A vida do teu lado, a paz assina
E mostra ser possível o antigo pleito
De ter uma emoção que descortina
Um novo amanhecer sobre o meu leito.
Vencendo as intempéries, tempestades,
Percebo nos teus olhos, claridades...

No passo sempre firme deste sonho,
Vagando no amplidão, cada momento,
Num canto mais preciso eu te proponho
A força mais tenaz de um sentimento,
Que possa transbordar em mar risonho,
Trazendo para a vida um manso vento,
Capaz de transformar em harmonia,
O que se fez paixão e ventania.

Reféns do amor imenso que nos toma,
Fazendo desta vida, glória e paz,
Dois corpos multiplicam cada soma
E a vida nos propõe um canto audaz
Quebrando a solidão, já sem redoma,
O manto da alegria, a noite traz,
Constelação divina, rara e bela,
Deitando em minha cama, reina a estrela.

Meu verso vasculhando, ganha o céu,
Procura por pegadas, cada rastro
Deixado pelos passos de um corcel
Nos seios da mulher, puro alabastro,
Os olhos descortinam claro véu,
Quem dera se eu pudesse ser um astro
Ganhando a eternidade em manso beijo,
Num mundo mais gentil que em ti prevejo.

Após as dores tantas que passei,
Os medos que invadiram minha vida,
Agora que, feliz, eu te encontrei,
Do labirinto, encontro uma saída,
No mar de tanto amor, eu mergulhei
Deixando a dor distante e já vencida.
Eu quero que tu saibas deste encanto
Da noite constelada em claro manto...


Alçando em teus carinhos, o infinito,
Bendigo a vida em plena sintonia,
Do amor que há tanto tempo estava escrito,
Dourando a minha vida em alegria,
De tudo o que disser ou que foi dito,
Jamais uma palavra me traria
A tradução perfeita que persigo,
Falando deste amor, audaz e amigo.

Os dias sem te ter vão penitentes,
As horas já não passam; tristes, duras,
Teus braços como raios envolventes
Garantem caminhadas mais seguras,
Teus olhos que me guiam, reluzentes,
Banhando cada passo com ternuras.
Carícias se derramam como lavas,
Minha alma ganha espaço e vai sem travas.

A cada novo dia, mais contente,
Canteiro em profusão, perfeitas rosas,
Um sonho mais feliz, vida consente,
Distante das outrora temerosas
Tempestas em vazios penitentes
Agora em emoções maravilhosas,
O sentimento ganha da razão
Na força desmedida, uma paixão...

De toda uma ilusão, amor restou
Tornando o meu viver bem mais atento,
Sabendo deste sonho; iluminou
Rondando em emoção meu pensamento,
Amor que num segundo se mostrou
Ausência de mentira e fingimento.
A vida nos teus braços determina
Que a sorte se refaça, uma menina.

Taquicárdico e louco coração
Nos passos do desejo vai, levado
Pelos raios mais fortes da emoção,
Recebe a ventania em calmo prado,
Fazendo sem saber, revolução,
Completamente insano, assim tomado,
Provoca hemorragia, inundação,
Fagulhas incendeiam cada dia,
Tornado em sentimento, fantasia..

Meu corpo te buscando e na vontade
Que um dia em fantasia me tomou,
Entorno sem limites, saciedade,
De tudo o que aprendi, e agora sou,
Descubro- até que enfim – felicidade,
Na pele que em loucuras me tocou.
Do gozo mais perfeito que persigo,
Apenas junto a ti; amor, consigo...

Recebo a luz em tua companhia,
De toda uma esperança, convencido,
Do quanto desejava e bendizia
O passo bem mais firme e decidido,
Moldado em santa paz e em harmonia,
Trazendo o meu destino resolvido,
Aprazo em noite clara o sentimento
Que molda a plenitude, num momento.

Encontro no teu corpo o soberano
Prazer que tantas vezes procurara,
Vagando por estrelas, vou insano,
Bebendo desta fonte em água clara,
Não me deixo levar mais por engano,
Meu passo em tuas pernas já se ampara
E mostra ser possível a liberdade
Do amor que me ensinou tranqüilidade...

Do sonho de te ter, determinado,
Reféns das emoções maravilhosas,
Depois de tantos erros, no passado,
Aprendo a cultivar perfeitas rosas,
E alçando este infinito, vou ao lado
Das asas deste amor, sempre formosas.
E a voz que me ordenando, eu obedeço,
Imerso na paixão, não sei tropeço...

É como se, querida eu já pudesse,
Alçar em pensamento qualquer parte
Do espaço em que o prazer assim se tece,
Alçando uma alegria, assim, destarte,
Agradecer a Deus, em louca prece,
Alvíssaras risonhas que reparte
Amor em nossos corpos, cada vez
Que a noite nos impele, insensatez...


Amor que em meu caminho, muda o Fado
Tramando em alegria um novo enredo,
Meu canto se mostrando extasiado,
Percebe a solução deste segredo
Há tanto tempo e sempre demonstrado
Distante de temor, receio ou medo.
Minha alma na tua alma mergulhada,
Impede a solidão, fria cilada...

Meu canto em teus encantos, satisfeito,
Transborda em alegria, calmamente,
Felicidade muda em seu conceito
Do amor vira sinônimo e pressente
Que o mundo em nova face, dê direito
A quem necessitar ser mais contente
Deixando o sofrimento já perdido,
Distante, sempre ausente, e sem sentido...

Amor que em esperanças se lançou,
Renova um coração outrora velho,
E busca uma alegria que encontrou,
Não quer da solidão sequer conselho,
Vestindo uma emoção se demonstrou,
Mais forte e mais sereno. Em seu espelho
Reparo a juventude ressurgida,
Ao renovar em brilho a minha vida...


Amor não permitindo mais engano,
Nem mesmo a fantasia que desande,
Repara da tristeza qualquer dano,
Tornando-se maior em feito grande,
Amor que se demonstra soberano,
Não sabe de ninguém que nele mande
Seguindo vai incólume adiante,
De todos os maiores, o gigante!

O sonho que, em amor, se emoldurava,
Na glória de poder tê-lo vivido,
Fulgura em nossa vida, intensa lava,
Permite conceber desconhecido,
Amor não reconhece qualquer trava,
Domina em mansidão todo sentido.
Nas tramas deste amor eu concebi,
O sonho que encontrei, somente em ti..


Amor vai se elevando sobre a Terra,
Além do que eu pensara; imaginário
Sonho aonde esta glória assim encerra
Um canto mais audaz e necessário.
No amor a solução pra triste guerra,
Vencendo em calmaria um adversário
Que contra a sua força não podia
Entregue sem defesas, fantasia...

Invade pelos mares, ganha a areia,
Renova em alegria uma jornada,
Na praia da esperança se incendeia,
A sorte de viver é desejada,
Amor vai penetrando pela veia,
A nossa alma se deixa ser tomada,
Pelas garras felinas deste sonho,
Trazendo um canto nobre e mais risonho.

Andando pelas sendas arenosas
A cada novo passo me acenando,
Embora em cada curva perigosa,
Em loucas sensações, já me incitando,
Amor numa alma pura e generosa,
Aos poucos vai mais forte rebrilhando,
No passo deste amor, ando ligeiro,
De todos os meus sonhos, o primeiro...

Do amor em plenitude, eu sou amante,
Caminho sem ter dúvida esta estrada
Que segue sem temores para diante,
E forte no meu peito sempre brada,
Mostrando uma alegria a cada instante,
E a vida já trazendo iluminada.
O canto deste amor me contagia,
Clareia em luz intensa cada dia...

O brado feito amor já se levanta
Espalha sobre a Terra um bem profundo,
A dor para bem longe, amor espanta,
Mudando a minha sorte num segundo.
Minha alma extasiada, assim se encanta,
Nas águas deste amor, enfim me inundo,
E canto meu futuro venturoso,
Tocado pelo amor em pleno gozo...


O amor que canto em versos, sem descanso,
Moldura em que minha alma se encontrou,
Vestido de esperança sempre avanço,
Buscando aonde estrela mergulhou
O coração feliz, batendo manso,
Já sabe o que procuro, aonde vou,
E segue este cometa enamorado,
Seguindo o que me resta, do teu lado...


FANTASIA SOBRE O CANTO 1 DOS LUSÍADAS
Publicado em: 20/10/2007 14:33:16
Última alteração:28/10/2008 13:09:48


Sou seu sal céu e sol
Soltos nossos sonhos se procuram
E se curam da dor da vida.
Da dádiva de viver
E ver ávido o que se pensou perdido...
Amar é mais que tudo
Ser e não se deixar levar pelo sido,
Nem se deixar morrer pelo vencido.
Vem sido assim conosco
A busca pelo sempre
Em cada segundo.

Mundos diversos que se tornam uno.
No um que somos as diferenças cabem.
Não temo o trem que já vem das discórdias
Inevitáveis.

Não temo o rumo que por certas vezes
Revezes. Revistas as indas e vindas,
As nossas vidas são mais que duas,
Em uma só...

Eu te amo e não nego
O cego desespero da paixão
Que se foi, domado pelo amor
E, acima de tudo, pela amizade,
Que nunca cede, sempre confia
E fia em teares raros
E com fios dourados,
O futuro...
Publicado em: 03/09/2008 09:28:56
Última alteração:08/09/2008 04:51:23


Olhar que, pelo amor, abençoado,
Na sorte em que meu peito já se ufana
Mudando qual farol, a sina e o fado
Além do que sonhara e não se engana
Um coração por ti apaixonado,
Rainha dos meus sonhos, soberana.
Teus passos com certeza edificaram
Os rumos que meus dias encontraram...


Memórias de outros tempos, gloriosas,
Aos poucos meu caminho vão mudando,
Espalham mil canteiros, belas rosas,
E as dores com certeza, devastando,
As horas ao teu lado, valorosas,
Do medo de viver me libertando.
Eternamente sei que irei amar-te,
Vivendo a plenitude em qualquer parte.


O coração lateja em sonho insano,
Distante das loucuras que fizeram
Os olhos de quem ama, em desengano,
Rumando por estrelas, já tiveram
Momentos de carinho, mas temprano,
Os medos/sofrimentos que vieram
Cobrindo de tristezas, negra manta,
O brilho das estrelas logo espanta.


Porém eu descobri, emocionado,
Que um sol de uma alegria mais ardente
Depois do canto triste demonstrado,
Promete ressurgir alegremente,
Matando esta tristeza do passado,
Mudando deste mar, fria corrente,
Quem sabe neste amor, firme e perene,
A sorte finalmente, enfim, se acene...

A sorte que já fora vaporosa,
Nos olhos de quem amo, logo muda,
Trazendo em noite clara e tão formosa
Dourada sensação de grande ajuda
Da flama que me invade mais fogosa
Que venha em noite clara e não me iluda.
Espalho o meu cantar pelo universo,
Cantando o nosso amor, a cada verso...


Meu canto te buscando já te alcança,
Enaltecendo sempre a liberdade
Aonde o meu olhara em esperança
Percebe num momento a claridade,
Nos braços de quem quero, amor me lança
Mostrando assim cabal felicidade,
Além do que meu sonho já me mande,
Encontro um mar intenso, belo e grande.

Jardim de uma alegria, florescente,
Deitando no meu colo, a minha amada,
O coração, feliz adolescente,
Escuta em tua voz, uma chamada,
E grita ao doce amor sempre presente,
Já dando em minha vida uma guinada,
A trama que em teus lábios se mostrou,
Em teu sorriso manso me entregou.

Amor não tem juízo e nem critério,
Invade o peito em sonho lisonjeiro,
Formado pelas sendas de um mistério
Amor se sublime companheiro,
Adentra o coração, sem vitupério,
Dos sonhos o perfeito cavaleiro,
Aquece um sentimento outrora frio,
E esvai em mansidão, plácido rio.


Amor é feito pária em majestade,
Tomando o nosso corpo como um templo,
Retorna na velhice, a mocidade,
Do poder absoluto um bom exemplo,
Reflexo de teus olhos, claridade,
No bojo deste amor, sonhos contemplo
E vejo meus caminhos mais formosos
Nos braços deste amor, maravilhosos...


Seu passo, pelos sonhos, vai movido,
Marcando em seu compasso, ritmo eterno,
Nos traços deste amor, vou envolvido,
Distante da tristeza de um inverno,
Seguindo pelo amor engrandecido,
Jamais em solidão, meu peito hiberno,
Amor, que me envolvendo mostra e sente
Um mundo mais airoso, e mais contente...


Amor que se demonstra em tais façanhas,
Deixando a nossa vida mais formosa,
Adentra sem limites as entranhas,
Acalentando a sorte gloriosa
Deixando para trás dores tamanhas,
As vidas se transformam, fabulosas.
Amor é de quem sonha, o companheiro
Que levará ao canto derradeiro.

Distante de um momento duro e fero,
Amor vai nos tomando em seu feitiço,
É tudo na verdade, o que mais quero,
Refaço em nosso amor, o brilho e o viço,
Nos braços deste amor, eu me tempero,
E um mundo mais ameno, enfim, cobiço.
Amor se derramando em forte chama,
Mudando num segundo toda a trama.

Quem tem no seu amor toda a fiança
Reveste o seu caminho em plena glória,
Ao sonho mais sublime já se lança,
Mudando o rumo incerto desta história.
Voltando num momento a ser criança,
Garante para si toda a vitória,
O amor torna mais brando um cavaleiro
E mostra um mundo novo e verdadeiro...

Meus versos que serão sempre esquecidos,
Falando deste amor em clara aurora,
Os medos e as tristezas dirimidos,
A luz em plenitude vencedora,
Meus cantos invadindo os teus ouvidos
Num sonho mais sutil, amor aflora,
E o dia se refaz, deveras forte,
Vencendo qualquer medo, até da morte.

Falar de nosso amor, querida eu posso,
Pois nele mergulhei em puro encanto,
Um sonho em liberdade, assim esboço,
Viver felicidade sem espanto.
Nos traços desta luz eu me remoço,
E de alegria, amada, aqui eu canto.
Cruzando na esperança de outros mares,
Encontro em cada espelho, os teus olhares...

Um coração que morre, estranho e frio,
Sozinho, sem ninguém, desfigurado,
Deixando tão somente este vazio,
Num canto mais cruel, desesperado.
Matando em duro inverno, um forte estio,
Vivendo do que fora no passado,
Não deixa mais sobrar sequer lembrança,
Morrendo em nascedouro da esperança.

Embora o coração seja a morada
Das doces sensações mais valorosas,
A vida que em promessa foi dourada,
Salvando os seus espinhos, mata as rosas.
Não deixa na verdade sobrar nada,
Senão as sombras frias, belicosas.
Assim vai descartando a eternidade,
Cegando a luz em plena claridade.

Um dia que em promessas, luminoso,
Da sorte de viver vai se apartando,
Um mundo mais sublime e glorioso,
Os medos e as tristezas vão cortando,
Um céu que se mostrara mais formoso,
Aos poucos sem ninguém vai se nublando
E um canto de um amor desesperado
Retumba como um eco do passado...

A vida se perdendo num momento,
Distantes dos olhares que desejam
Que mude num repente, o duro vento,
E as sortes redentoras já porejam,
Singrando com volúpia o pensamento,
Amores do passado inda trovejam.
As horas aos amores consagradas,
Perdidas, noutros dias, maltratadas...

Porém numa amizade irão voltando
As pombas que se foram noutros dias.
E aos poucos meus desejos retornando,
Mudando num momento a ventania,
Amiga, com teus braços, demonstrando
Que ainda é bem possível a alegria.
Meus olhos nos teus olhos refletidos,
E os dias mais felizes, percebidos...


Uma amizade feita num momento
Em que a vida se mostra em desengano,
Acalma com seus braços, meu tormento,
Aquece o coração e muda o plano,
Mostrando ser possível sentimento,
Supremo sobre todos soberano,
Com a pureza imensa, um diamante,
Do amor feito sublime e mais constante.

Um passo quando firme e se bem dado,
Permite vislumbrar amor divino,
Não deixa o coração jamais irado,
Promete um novo tempo cristalino,
Matando uma tristeza do passado,
Tornando o peito amargo qual menino,
Chamados da alegria, enfim responde,
Exposto ao vento leve, não se esconde.

Aquele cujos passos, vão guiados
Pela amizade imensa que se sente,
Tem olhos nos espaços assentados,
E toda a glória o faz ser mais contente,
Seus dias com certeza são honrados,
E a voz do coração tão envolvente.
Não sabe de outro dia mais horrendo,
As flamas da alegria, recebendo...

Porém aqueles pobres que inda estavam
Deitados sob a treva em pensamento,
Durante tanto tempo inda lutavam,
Cansados desta dor feita em tormento.
Tristezas sem igual os maltratavam,
E o mundo consumido em fogo lento.
Caminhos para a dor e os desenganos,
Restando sofrimentos desumanos.

A sorte que me foi já concedida,
Mostrando em mansidão um belo aceno,
Mudando de repente a minha vida,
Moldando meu futuro mais ameno.
Numa amizade plena e recebida,
Antídoto real para o veneno
Da negra solidão que assim não cabe,
No peito de quem tanto amor já sabe..


Amiga, o meu desejo já te abriga,
Mulher em sonho claro manso e leve,
Meu peito em plenitude já me obriga
Enquanto a voz audaz, assim se atreve
Falar de uma emoção que é tão antiga,
Palavra de carinho se faz breve,
Amor este moleque peregrino,
Na ceva da esperança um ser divino,

As suas lanças, setas, me tocaram,
E assim me enlouqueceram, estou certo,
Os castelos mais firmes desabaram,
Meu coração se mostra então aberto,
E velhos sentimentos se mostraram,
Apenas movediços. Mal desperto
E vejo nos teus olhos tal magia,
Amiga, transtornando o dia a dia.

Vencido pelo fogo deste amor
Recebo a fantasia feita em vento,
Tentando, num segundo recompor,
A audácia se fazendo sentimento,
Vontade de sentir o teu calor,
Mas nada dá firmeza ao meu intento.
E assim, apaixonado, passo a crer,
No amor em amizade, bel prazer.

Tentando disfarçar, mas não consigo,
Se cada verso meu dirijo a ti,
Queria ser somente teu amigo,
Porém no emaranhado eu me perdi.
Quem sempre me acolheu em manso abrigo,
Agora reluzente brilha aqui,
No peito de quem ama e não comporta,
A força deste amor, arromba a porta.

Envergonhado faço deste canto,
Uma maneira a mais pra te falar,
De toda esta loucura em puro encanto,
Trazendo uma amargura a desnudar
Meu coração, tirando o fino manto
Que tantas vezes pode disfarçar
O amor que eu já sentia e nunca quis
Admitir, mas me faz ser mais feliz...



Decerto, o meu amor já saberia
Quem tanto desejei em luz tamanha,
Vibrando certamente de alegria,
A sorte- ser feliz, amor, nos banha,
E o canto da promessa me dizia,
Do encanto que se molda em nossa entranha,
Vivendo neste amor, perfeita glória,
O medo transformado na vitória.

Recebo cada beijo teu, amada,
Amiga de meus dias/tempestades,
A vida em outra lua vai raiada,
Repleta de desejos, claridades.
Minha alma de tua alma enamorada,
Procura no teu corpo saciedades.
Assim, dois caminheiros que se tocam,
Ao mesmo tempo acolhem, se provocam...

Sou teu e nada mais pode conter
Amor em amizade construído,
Meu rumo é procurar o teu prazer,
Meu passo se mostrando decidido
Permite que eu conceba amanhecer
Deitado no teu colo, distraído.
Eu quero ser teu par, a noite inteira,
Promessa de alegria verdadeira.

Assim, dois passarinhos se engaiolam,
Ao mesmo tempo livres, vão ao céu.
Meus braços nestas asas já decolam,
Adoço o paladar em rico mel,
Estrelas que nos guiam, céus assolam,
E trazem nos seus brilhos o corcel
De uma felicidade que é total,
Vagando pelo amor, ganhando o astral.

Amiga, amada amante e companheira,
Eu quero estar contigo o que me resta
Da vida na emoção que derradeira,
Reflete no meu peito plena festa,
Amor que procurei a vida inteira,
Uma esperança imensa agora gesta
De um tempo em que o amor feito amizade,
Denote aos dois cativos, liberdade...



Amor que em amizade sustentava
Felicidade plena bendizia,
Uma esperança a mais sempre abrigava,
Trazendo claridade para o dia,
Meu mundo no teu colo se abrigava,
Formando uma ilusão em poesia,
Distante destas dores do passado,
Moldava um bom futuro do teu lado.

Nas tramas, nossa cama, feita em céu,
Rolando a noite inteira em mil delícias,
Sorvendo cada gota do teu mel,
Tocando em tua pele, com malícias,
Rompendo a madrugada, rasgo o véu,
Desnudo-te e me entregas mais carícias,
Amor sem preconceitos perde o nexo,
Em Eros espelhado, louco sexo.

Tua nudez desfilas pela casa,
Recebo o forte brilho que transbordas,
Tomado pelo fogo desta brasa,
Desejos mais audazes já me acordas,
Vontades e quereres, tudo abrasa,
Voracidade imensa, assim recordas,
E volto à juventude num segundo,
De teu prazer intenso enfim me inundo.

Reféns desta loucura, minha amada,
Bebendo do teu corpo cada gozo,
A noite se entregando à madrugada
Fazendo o nosso amor bem mais gostoso,
Eu quero mergulhar de alma lavada,
Tocando cada ponto, bem fogoso.
As chamas que se emanam de nós dois,
Fagulhas neste incêndio do depois.

Acolho o teu carinho em meu desejo,
Teus rastros pelo quarto, amor, persigo,
Querendo desfrutar de cada beijo,
Eterno companheiro, amante amigo,
A transparência exposta sempre vejo,
Servindo, com certeza de um abrigo,
Amor que não repete, sem marasmos,
Num turbilhão insano, mil orgasmos...


Amor, um sentimento poderoso,
Às vezes violento, outras gentil
Amansa um coração mais belicoso,
Porém algumas vezes faz ser vil
Aquele quem outrora carinhoso
A quem domina faz então servil,
Tomando a nossa vida num segundo,
Mudando de repente, o nosso mundo.

Amor festa cruel que nos ensina
Que nada nesta vida traz a pecha
De ter perenidade, me alucina
E nada do que fomos ele deixa,
Na fúria das paixões, força divina,
Incontida transforma santa em gueixa
Desfere manso golpe em nosso peito,
Não deixa solução nem outro jeito.

Envolto nos seus braços, vou seguindo,
Procuro no teu colo, um acalanto,
Amor feito disforme é sempre lindo,
Rebenta em emoção, inunda em pranto,
Na lábia do menino, vou fluindo,
Entregue sem limites, amo tanto;
E nada do que possas me dizer,
Trará além do amor, maior prazer.

Roçando os meus instintos, sem clemência,
Invade a madrugada em pesadelos.
Da moça que se mostra em inocência,
Sentir doce perfume em seus cabelos,
Sorvendo em sua pele a indecência
Enredo-me em seu corpo, bons novelos.
Fazendo desta noite em euforia,
Volúpia enlanguescente, santa orgia.

Aporto neste cais cada desejo,
Avanço por limites mais audazes,
Usando sutileza, assim prevejo
Momentos de loucura, tão vorazes.
Nas pernas que em prendem, já latejo
Agradecendo a força das tenazes
Que prendem o meu corpo junto ao dela,
E o gozo mais profano se revela...


Procuro em nosso amor uma maneira
Em passos bem mais firmes, decididos,
De crer numa esperança derradeira,
As angústias e os medos já vencidos,
Mostrando ser a sorte lisonjeira
E os dias sem espinhos, percorridos.
Amor que se tornando mais prudente
Permite um novo encanto e doma a gente.

As horas, na distância, tão compridas,
Os barcos em tempestas, soçobrados.
Porém se aqui te encontro, nossas vidas
Em modo benfazejo, sobraçados,
Seguimos pelas sendas mais floridas,
Nos corpos que se buscam, imantados.
Nos mares deste amor vou navegando,
E os olhos se procuram, se tocando.

Recebo o brilho manso da manhã
No sol que já se emana, acolhedor,
A vida se permite em doce afã
Emoldurando em nós, o puro amor.
Não permitindo assim tristeza vã,
Um canto enfim bendito a se compor.
Somando nossas forças, minha amada,
Promessas redentoras de florada.

Não temo nem o corte, a cicatriz
Transforma-se em sublime tatuagem.
Outrora, simplesmente um aprendiz
Aprende a conhecer nesta viagem
O quanto se é possível ser feliz,
Vestindo este desejo. E na roupagem
De nossos corpos nus e sem pudores,
Audazes, nossos sonhos tentadores.

Pensando em tua pele junto à minha,
Apaixonadamente num mergulho,
Meu mundo, num momento já se alinha,
Deixando para trás qualquer orgulho,
Da solidão que; um dia, à noite vinha,
Não resta nem espinho ou pedregulho.
Os dias tão terríveis do passado,
Renascem neste sol do amor, dourado..

Amar e ser feliz: sonho perfeito,
Embora tantas vezes impossível.
Fazendo da alegria um grande feito,
Percebo a tua luz, mulher incrível
Mostrando que o amor é meu direito,
Felicidade é um sonho bem plausível.
Eu quero te louvar a cada verso,
Jamais de teu caminho, irei disperso.

Tu és a minha glória feita em luz,
Palavras de carinho e de desejo,
Meu sonho a cada noite reproduz
Delícias que encontrei no doce beijo
De corpos que se entregam e vão nus
Na fúria dos prazeres. Num lampejo
A noite se transforma em claro dia,
E entorna na alvorada, a fantasia.

Tu és uma esperança sem ter fim,
A paz que eu tanto quis, encontro em ti.
Vibrando todo amor que sinto em mim,
Eu posso enfim, dizer, já recolhi
A flor maravilhosa em meu jardim,
O sonho mais bonito que vivi,
O mar de uma emoção que nunca cessa,
Amor não é somente uma promessa!

Bebendo desta fonte maviosa,
Delícias e delírios: sou feliz.
Manhã se apresentando radiosa.
Meu canto te chamando sempre quis
O gozo desta vida fabulosa,
Marcando com divina cicatriz
A pele que te toca em noite imensa,
Fadada a ter completa recompensa.

Tu és o canto livre da alegria,
Vestida de emoção, minha alma clama,
Envolta nos teus braços, já sabia
De toda a sorte farta de quem ama,
Rasgando todo o véu, na poesia
Ao renovar a vida, muda a trama,
Nas teias de teus braços, adormeço,
Numa alvorada em paz, o recomeço...


Amor que, tantas vezes, me acompanha
Em noites solitárias, esperanças...
Tomando em tua boca da champanha
Roubando das estrelas luzes mansas,
Vontade de te ter, sede tamanha,
Revendo em cada sonho, nossas danças.
Eu amo e nada, assim, me importará
Nem mesmo a solidão me alcançará!

E Mesmo tão distantes de teu porto,
Meus barcos vão buscando ancoradouro,
Aos dias em que fomos, já reporto,
E sei que em tua pele, o meu tesouro,
Renasce um sentimento outrora morto
Abrir do peito a porta onde me douro
Da luz do amor imenso, fantasia,
Refém desta emoção, aguardo o dia.

Virás em cada raio deste sol
Trazida na alvorada em fogo intenso,
Permita que eu reflita o girassol,
E perca nos teus braços todo o senso,
Sentindo deste olhar, claro farol,
Já posso ser feliz e me convenço
Da existência sublime de um bom Deus,
Matando antigos credos, pois ateus.

Recolho os rastros teus pelo caminho,
Seguindo estas pegadas, me encontrei,
Bebendo do teu corpo o doce vinho,
Percebo, num momento ser o rei
Do império fabuloso em que me alinho,
Fortuna em fantasias, eu criei,
Sabendo que tu vens no amanhecer,
O jardim de minha alma a florescer.

Não quero mais saber desta tristeza
Que um dia, foi sincera companhia,
Rompendo das paixões, cada represa,
Num mar de amor intenso, em ventania,
Transborda inundações, na correnteza
Voraz que me transporta em alegria
Encontro a solução para os meus ais,
No amor que me invadiu, meu porto e cais...

Falando deste amor que é minha sina,
Fomento de esperanças no meu peito.
A vida do teu lado, a paz assina
E mostra ser possível o antigo pleito
De ter uma emoção que descortina
Um novo amanhecer sobre o meu leito.
Vencendo as intempéries, tempestades,
Percebo nos teus olhos, claridades...

No passo sempre firme deste sonho,
Vagando no amplidão, cada momento,
Num canto mais preciso eu te proponho
A força mais tenaz de um sentimento,
Que possa transbordar em mar risonho,
Trazendo para a vida um manso vento,
Capaz de transformar em harmonia,
O que se fez paixão e ventania.

Reféns do amor imenso que nos toma,
Fazendo desta vida, glória e paz,
Dois corpos multiplicam cada soma
E a vida nos propõe um canto audaz
Quebrando a solidão, já sem redoma,
O manto da alegria, a noite traz,
Constelação divina, rara e bela,
Deitando em minha cama, reina a estrela.

Meu verso vasculhando, ganha o céu,
Procura por pegadas, cada rastro
Deixado pelos passos de um corcel
Nos seios da mulher, puro alabastro,
Os olhos descortinam claro véu,
Quem dera se eu pudesse ser um astro
Ganhando a eternidade em manso beijo,
Num mundo mais gentil que em ti prevejo.

Após as dores tantas que passei,
Os medos que invadiram minha vida,
Agora que, feliz, eu te encontrei,
Do labirinto, encontro uma saída,
No mar de tanto amor, eu mergulhei
Deixando a dor distante e já vencida.
Eu quero que tu saibas deste encanto
Da noite constelada em claro manto...


Alçando em teus carinhos, o infinito,
Bendigo a vida em plena sintonia,
Do amor que há tanto tempo estava escrito,
Dourando a minha vida em alegria,
De tudo o que disser ou que foi dito,
Jamais uma palavra me traria
A tradução perfeita que persigo,
Falando deste amor, audaz e amigo.

Os dias sem te ter vão penitentes,
As horas já não passam; tristes, duras,
Teus braços como raios envolventes
Garantem caminhadas mais seguras,
Teus olhos que me guiam, reluzentes,
Banhando cada passo com ternuras.
Carícias se derramam como lavas,
Minha alma ganha espaço e vai sem travas.

A cada novo dia, mais contente,
Canteiro em profusão, perfeitas rosas,
Um sonho mais feliz, vida consente,
Distante das outrora temerosas
Tempestas em vazios penitentes
Agora em emoções maravilhosas,
O sentimento ganha da razão
Na força desmedida, uma paixão...

De toda uma ilusão, amor restou
Tornando o meu viver bem mais atento,
Sabendo deste sonho; iluminou
Rondando em emoção meu pensamento,
Amor que num segundo se mostrou
Ausência de mentira e fingimento.
A vida nos teus braços determina
Que a sorte se refaça, uma menina.

Taquicárdico e louco coração
Nos passos do desejo vai, levado
Pelos raios mais fortes da emoção,
Recebe a ventania em calmo prado,
Fazendo sem saber, revolução,
Completamente insano, assim tomado,
Provoca hemorragia, inundação,
Fagulhas incendeiam cada dia,
Tornado em sentimento, fantasia..

Meu corpo te buscando e na vontade
Que um dia em fantasia me tomou,
Entorno sem limites, saciedade,
De tudo o que aprendi, e agora sou,
Descubro- até que enfim – felicidade,
Na pele que em loucuras me tocou.
Do gozo mais perfeito que persigo,
Apenas junto a ti; amor, consigo...

Recebo a luz em tua companhia,
De toda uma esperança, convencido,
Do quanto desejava e bendizia
O passo bem mais firme e decidido,
Moldado em santa paz e em harmonia,
Trazendo o meu destino resolvido,
Aprazo em noite clara o sentimento
Que molda a plenitude, num momento.

Encontro no teu corpo o soberano
Prazer que tantas vezes procurara,
Vagando por estrelas, vou insano,
Bebendo desta fonte em água clara,
Não me deixo levar mais por engano,
Meu passo em tuas pernas já se ampara
E mostra ser possível a liberdade
Do amor que me ensinou tranqüilidade...

Do sonho de te ter, determinado,
Reféns das emoções maravilhosas,
Depois de tantos erros, no passado,
Aprendo a cultivar perfeitas rosas,
E alçando este infinito, vou ao lado
Das asas deste amor, sempre formosas.
E a voz que me ordenando, eu obedeço,
Imerso na paixão, não sei tropeço...

É como se, querida eu já pudesse,
Alçar em pensamento qualquer parte
Do espaço em que o prazer assim se tece,
Alçando uma alegria, assim, destarte,
Agradecer a Deus, em louca prece,
Alvíssaras risonhas que reparte
Amor em nossos corpos, cada vez
Que a noite nos impele, insensatez...


Amor que em meu caminho, muda o Fado
Tramando em alegria um novo enredo,
Meu canto se mostrando extasiado,
Percebe a solução deste segredo
Há tanto tempo e sempre demonstrado
Distante de temor, receio ou medo.
Minha alma na tua alma mergulhada,
Impede a solidão, fria cilada...

Meu canto em teus encantos, satisfeito,
Transborda em alegria, calmamente,
Felicidade muda em seu conceito
Do amor vira sinônimo e pressente
Que o mundo em nova face, dê direito
A quem necessitar ser mais contente
Deixando o sofrimento já perdido,
Distante, sempre ausente, e sem sentido...

Amor que em esperanças se lançou,
Renova um coração outrora velho,
E busca uma alegria que encontrou,
Não quer da solidão sequer conselho,
Vestindo uma emoção se demonstrou,
Mais forte e mais sereno. Em seu espelho
Reparo a juventude ressurgida,
Ao renovar em brilho a minha vida...


Amor não permitindo mais engano,
Nem mesmo a fantasia que desande,
Repara da tristeza qualquer dano,
Tornando-se maior em feito grande,
Amor que se demonstra soberano,
Não sabe de ninguém que nele mande
Seguindo vai incólume adiante,
De todos os maiores, o gigante!

O sonho que, em amor, se emoldurava,
Na glória de poder tê-lo vivido,
Fulgura em nossa vida, intensa lava,
Permite conceber desconhecido,
Amor não reconhece qualquer trava,
Domina em mansidão todo sentido.
Nas tramas deste amor eu concebi,
O sonho que encontrei, somente em ti..


Amor vai se elevando sobre a Terra,
Além do que eu pensara; imaginário
Sonho aonde esta glória assim encerra
Um canto mais audaz e necessário.
No amor a solução pra triste guerra,
Vencendo em calmaria um adversário
Que contra a sua força não podia
Entregue sem defesas, fantasia...

Invade pelos mares, ganha a areia,
Renova em alegria uma jornada,
Na praia da esperança se incendeia,
A sorte de viver é desejada,
Amor vai penetrando pela veia,
A nossa alma se deixa ser tomada,
Pelas garras felinas deste sonho,
Trazendo um canto nobre e mais risonho.

Andando pelas sendas arenosas
A cada novo passo me acenando,
Embora em cada curva perigosa,
Em loucas sensações, já me incitando,
Amor numa alma pura e generosa,
Aos poucos vai mais forte rebrilhando,
No passo deste amor, ando ligeiro,
De todos os meus sonhos, o primeiro...

Do amor em plenitude, eu sou amante,
Caminho sem ter dúvida esta estrada
Que segue sem temores para diante,
E forte no meu peito sempre brada,
Mostrando uma alegria a cada instante,
E a vida já trazendo iluminada.
O canto deste amor me contagia,
Clareia em luz intensa cada dia...

O brado feito amor já se levanta
Espalha sobre a Terra um bem profundo,
A dor para bem longe, amor espanta,
Mudando a minha sorte num segundo.
Minha alma extasiada, assim se encanta,
Nas águas deste amor, enfim me inundo,
E canto meu futuro venturoso,
Tocado pelo amor em pleno gozo...


O amor que canto em versos, sem descanso,
Moldura em que minha alma se encontrou,
Vestido de esperança sempre avanço,
Buscando aonde estrela mergulhou
O coração feliz, batendo manso,
Já sabe o que procuro, aonde vou,
E segue este cometa enamorado,
Seguindo o que me resta, do teu lado...
Publicado em: 01/10/2008 19:25:36
Última alteração:02/10/2008 13:44:51



Amada, se tu quisesses,
No coração pleno em preces,
Falar da nossa paixão.
Dizer do nosso desejo,
Que se mostra em tanto beijo,
Invade meu coração!

Se pensar em nosso abrigo,
Desafiando o perigo;
No nosso tempo e amar,
Sabendo do forte vento
Que nos traz o sentimento,
Que transtorna todo o mar.

Nas horas todas perdidas,
Das dores já convertidas
No sorriso que te trago,
Sem penar por ter saudade,
Amando com liberdade,
Te pedindo um doce afago.

Morena como é tão belo
Um amor que sempre velo
E que espero nunca acabe.
Amor que tanto me dói,
Ao mesmo tempo constrói.
No meu destino já cabe...

Amor de noites dolentes
Dos desejos mais ardentes
Que me traz a fantasia,
Vivendo em pleno prazer,
Tão bom que chega a doer
Se explodindo em alegria!
Publicado em: 15/01/2007 22:10:20
Última alteração:28/10/2008 20:35:13



EU TE AMO!!!

Por vezes tive tanto medo de te perder...
Eu não saberia o que fazer se não tivesse o teu afeto e o teu carinho.

A vida, às vezes, parece ir depressa demais e, quase nos atropela em fatos que se sucedem ininterruptamente.

Assim foi conosco. No começo, em plena primavera dos sentimentos, as flores estavam todas abertas exalando um perfume encantador e, com seus matizes variados, embelezavam as sendas por onde passávamos.

Depois disso, aos poucos, as flores foram murchando e dando lugar aos frutos maravilhosos que seriam a confirmação suprema de que havia valido a pena a rega diária e constante...

Mas, o outono com suas folhas esparramadas pelo chão e o vento frio anunciando todo o vigor do inverno.

Passamos pelo inverno com os dedos engelhados e as emoções congeladas.

Duro inverno que se abateu sobre nossas esperanças...

Porém depois de termos hibernado os sentimentos, eis que as flores recomeçam a mostrar sinais de que a primavera, mesmo que tardia, mesmo temporã, de novo se aproxima.

Que bom que estás comigo.

Somente assim poderei recuperar o vigor e a esperança de uma vida mais tranqüila e mais bonita.

Eu disse tantas vezes e repito, não como um vício, nem como um fator contemporizador.

EU TE AMO!
Publicado em: 04/10/2007 17:56:25


Somos
Sêmen
Gozos
Tremas
Trêmulos
Vamos
Beijos
Lendas
Montes
Vênus
Lascivos
Vivos
Altivos
Cumes.
Cordilheiras...

Ósculos,
Óculos
Óstios
Ócios
Cios
E cuias...

Recolho
Estrelas
Bebo
Olhos
Olhares
Espelhos.
Velos
E vales.
Somas
Encalhes.
Entalhes
E falas.
Calhas
E falhas
Botes,
Navalhas,
Batalhas
Cimalhas,
Setas
Alvos.
Sortilégios.
Régios
Desejos
Seixos
E rios.
Somos
Os gomos
Do mesmo
Pomar.
Pavios
Acesos,
Acasos
Encontros.
Prontos
E tontos
Vagamos
Sem medo.
Eu te amo.
Não temo
Teimo
E persisto.
Resisto
Insisto
E sou
O que és.
Publicado em: 30/09/2007 21:24:05
Última alteração:28/10/2008 14:34:59



Amor um dom divino e poderoso,
Às vezes se tornando quase vil,
Caminho que persigo, glorioso,
Nos olhos da mulher doce e gentil,
Tomado pelo brilho valoroso,
De um sentimento nobre e mais sutil,
Encontro no teu colo, por momentos,
Delícia feita em raros sentimentos...
Publicado em: 26/10/2007 20:00:51
Última alteração:28/10/2008 13:17:53




Nas plêiades observo uma tiara
De intensa claridade em belo brilho,
No céu, desesperança cortinara
Não deixando sequer sinal de um trilho.
Minha alma num momento já avistara
Caminho sem fronteira ou empecilho
Quem dera se um cometa aqui chegasse,
E aos braços de quem amo, me levasse...
Publicado em: 16/10/2007 15:29:20
Última alteração:28/10/2008 14:14:23


Não busco tão somente um benefício
Nos braços da mulher a quem me entrego,
Mergulho em nosso amor, um precipício
Divino em que decerto mesmo cego
Percebo do prazer um doce ofício
Nos mares dos desejos eu navego
E bebo desta fonte cristalina
O orvalho que extasia e me alucina...
Publicado em: 10/11/2007 11:32:56
Última alteração:28/10/2008 13:21:39



Bebendo da imensa lua
Rastreio cada passo que deixaste
Entre as ramagens e flores.
Às vezes penso-te próxima,
Ledo engano.
Anos e anos persegui teus rastros
Jogados entre os espinheiros do caminho.
Quem dera se eu pudesse arrancar todos
Os cardos, um a um,
Até chegar ao indescritível prazer
De deparar-me com a fosforescência
Das pegadas que deixaste ao passar...
Publicado em: 21/12/2007 17:08:48
Última alteração:22/10/2008 21:01:30


Caminhando sozinha pelas brumas,
Teus passos são perfeitas jóias raras,
Meus sonhos traduzidos nas espumas
Por onde passas, tantas noites claras!

Como esquecer, enfim, lindas searas,
Enfeitiçadas pelo teu perfume,
A lua embevecida traz tiaras
Tresloucada, morrendo de ciúmes!

Pelos teus passos, alvos de inocência,
Estrelas radiosas, num cortejo.
Ao te verem passar, pedem clemência
Na natureza inteira, um só desejo!

Em teu corpo permeiam claridades
Roubadas pelos céus desse infinito.
As ondas desse mar, as tempestades,
Nos teus passos professam novo rito!

Quem não soubera ouvir da terra os brados,
Quem não pudera ver: os ventos clamam.
Os teus pés iluminam tantos prados,
As vozes mais divinas te reclamam!

Caminhas simplesmente livres passos,
Quem os vê silencia, fica mudo.
Espelham luz dos céus, tantos espaços..
E representas, nos meus versos, tudo!

Quem me dera saber dos teus desejos!
Quem me dera viver nos teus anseios...
Minhas noites teriam tantos beijos.
Os meus sonhos dormindo nos teus seios!

As noites sem te ter são tão geladas...
Delícias se esvaindo como o fumo,
Tantas vezes sozinhas madrugadas,
Só de lembra-te perco todo o rumo!

Minhas tardes, de pobre caminheiro
Espalham pelos campos toda essa ânsia!
Amo-te e isso é mais puro e verdadeiro!
A cada instante sinto essa fragrância!

Quem me dera saber dos teus caminhos!
Viveria por toda a vida amando!
Quem souber que me conte teus carinhos,
Minha vida seria, enfim, cantando!

Te procurei por todos esses mundos!
Eu já te quis buscar na eternidade!
Meus olhos são tristonhos, são profundos,
Só vivem por viver essa saudade!

Quantas vezes dos meus sonhos, vens surgindo...
Apascentas meus olhos desolados...
Ao lembrar que te vi assim dormindo,
Em tal momento estão ensolarados!

Por tantas madrugadas foi atroz
Os sons que me chegaram pelos ventos...
A porta aberta deixa ouvir a voz
Que me recorda tantos pensamentos!

Na maciez serena dos cabelos,
Na maravilha audaz de tais melenas...
Dessa lã que compõe os tais novelos,
A sensação feliz das noites plenas!

Delicadeza doce dessas pernas,
Na sutileza breve da ilusão!
Os meus sentidos todos, já governas,
Justificas assim meu coração!

Beleza igual, jamais verei em vida!
Em lugar algum nunca mais existe.
A mão macia calma e comovida,
Num gesto mais suave eu te vi triste!

A cada dia vivo perseguindo
Os teus olhos, reflexo irisado,
Teu perfume nobreza, vou pedindo
Aos teus pés num repente apaixonado!

Em teus pés livres belos os contornos,
Flutuas pelos céus, anjo adorável!
Teus sorrisos precisos, meigos mornos,
Refletem tal beleza sempre amável!

Nunca mais poderei te ver angélica
Minhas asas partiram sem saber.
Minha noite revoa psicodélica
Meus sonhos, pesadelos passam ser...

És estilo clareza e velho cio.
Esquentas, acalentas meus enganos
Nas horas mais geladas traz estio.
És parte principal de tantos planos!

A morte sem te ter atinge o cúmulo!
Não consigo descanso sem teus olhos!
Meus versos levarei para o meu túmulo,
Das flores que colhi, diversos molhos!

Não sabes desse amor, nem o pretendo.
A porta que me mostras da saída.
Viver assim parece estou morrendo.
A morte representa toda a vida!

Já não sei de teus beijos minha amada,
Nunca soube nem tive tal coragem...
A porta que me deixas vai fechada,
Por ela penetrando essa friagem...

És meu princípio e fim de toda luta.
És o começo triste da chegada.
Minha vida cruel já vai, se enluta
És a marca final da minha estrada!

Passei por tanto tempo minha história,
Em meio a tempestades mais bravias...
Não me resta sequer doce memória
Nada ficou nem mesmo esses meus dias!

Eu passe simplesmente em teu caminho,
E nada mais seria, nem revés!
Tanta flor que brotando, traz espinho.
A vida me pegou me fez viés!

Nas bordas deste mar, sufocam ondas.
Areia que pisei foi do deserto...
As horas que passei, frias, redondas
Nunca estiveste ao menos nem por perto...

As flores que te dei já se murcharam,
Os partos que pensei foram abortos.
Meus sonhos que sonhei, despetalaram
Os olhos que mirei, são mais absortos...

Não vi nem penetrei a tua entranha...
Resumo minha vida em simples lodo.
Nas mortes que vivi, tu foste estranha
Pois nem sequer fui parte deste todo.

Veneno que tomei já faz efeito,
Tudo embaçado vejo, nada sinto...
O mundo me parece mais direito.
Embriagado tomo mais absinto!

Rodando meu passado e meu presente
Futuro nunca tive e nem terei
A mão da morte sinto, mão tão quente,
Carinho derradeiro me faz rei!

Nunca mais sofrerei a tal desdita
Que te fez tão rainha dos meus sonhos.
Agora ouso dizer: tu és maldita.
Por ti sonhei os sonhos mais medonhos!

Afasta-te serpente não te quero!
Inferno foi herança que me deste.
Cruel destino é tudo que venero
Que morras precipício feroz peste!

Teu corpo profanado pelos vermes.
Necrofágicos seres te possuam...
Jamais terás nenhum dos vários Hermes
Que sonhaste, que os cardos te poluam!

Que esse corpo padeça sem perdão!
Que nas pernas te comam as varizes,
Que apodreçam, em vida, o coração.
Que a morte sempre pinte vãs matizes!

Teus filhos devorados pelo vício,
Que nas pedras tempestas te maltratem...
Que não sobre de ti sequer indício.
Que as cracas e os corais rosas te matem!

A morte se aproxima tudo sinto.
O gosto desse beijo da medusa.
As dores da saudade já pressinto
Calor vai consumindo minha blusa...

Arranco, mais depressa minha vida...
Nos olhos carregados de paixão.
Te peço, me desculpe essa ferida...
E que tenhas, feliz, teu coração!
Publicado em: 03/01/2008 17:38:30
Última alteração:22/10/2008 19:31:09


Delírios multiplicam cada sonho
Neste caleidoscópio em fantasia
Amor além de tudo o que proponho
Vestindo intenso brilho, traz magia,
Meus barcos nos teus mares quando ponho
Pressinto renascer a cada dia
A dança inesgotável do prazer,
Amando como sempre, pra valer.
Publicado em: 28/08/2008 16:32:09
Última alteração:17/10/2008 14:24:38


Bares e bordéis, bordas sem aparas,
Em meus dedos, falanges e fraturas.
Tento tragar tentáculos e taras.
Nas mãos cansadas, noites escuras...
Vadeio vagamente, envergo varas
Iscadas em tais margens. Armaduras
São as minhas defesas, indefeso.
Crustáceo ameaçado no defeso...

Fracassei, quis demais, nada resume.
Não quero saber sempre, nem talvez.
Restou um gesto amargo; vou, estrume,
Onde pensara um dia, na altivez.
Procuro mansidão por onde aprume,
As mais diversas formas, tanto fez...
Não virgulo, decifro ângulos retos,
Por mais que se queira, são incompletos...

Vendi alma, nos verdes campos postos...
São clamores senis, são veros vagos,
Nervos e dentes, quebro-os. Impostos
Colocados sobre velhos estragos,
Não trazem nem sequer tosto-os;
Meus medos nadarão nos outros lagos.
Por certo, caridade nem demérito,
Demovem quem sonhou seu próprio féretro...

Nasci do mais decrépito dos medos,
Busquei nas madrugadas, meu sustento.
Não fui completo, simples arremedos,
De quem tentara tanto fosse tento...
Enganos, meus engodos, sempre ledos,
Palavras vão mais soltas, neste vento..
Sangrei cada momento sem desculpas,
Procuro por amores, tenho lupas...

Cimitarras; usei nestas batalhas,
Conta qualquer que fosse esse inimigo.
Vivendo, sobre lâminas-navalhas,
Carrego os meus delírios cá comigo...
Quando estou decidido; tudo talhas,
Entalhados na brasa do perigo...
Não quero nem machados e nem sândalo,
Amores me fizeram, enfim, vândalo...

Cusparadas no rosto são promessas,
Hemorragias, vertem no meu ventre,
E vens, tão calmamente, com compressas.
Dane-se, nada quero que me adentre...
Se são meros deslizes, são conversas.
Meus portais são marcados por: Não entre!
Não quero e nem permito que me ceifes.
O que me trazes cabe nos esquifes...

Víbora e cascavel, conheço bem...
Não trazes outra marca bem o sei.
No breu das velhas tocas, sem ninguém,
Conheço teu passado e tua lei.
Fingindo caridade, cadê? Sem...
Nas tuas ladainhas me acabei.
Prato escarrado, cuspo em quem cuspiu.
Mordaz, irei mordendo. Me esculpiu...

Retrato a realidade em que me deixas,
No basta, bastaria meus embates,
Não quero nem saber de tuas queixas,
Nem quero mais ouvir tais disparates.
Me finges ser esfinges, talvez gueixas.
Prometes novo canto, mas combates
Quem poderia, límpido, caber.
Me deixas; assim, lívido, porque?

Me enojo quando beijo tua boca,
O gosto podre emana quando ris.
Te fazes de sutil, mas te sei louca,
Não queres e nem deixas ser feliz.
Vomitas impropérios, és tão pouca,
Muito menos que pensas; nenhum triz.
Recebo o supetão que não assusta,
És maquinal vergonha, mas vetusta...

Sofrível sentimento são teus gestos,
Na verdade, pareces bem comigo.
De malícias, delícias, já infestos.
Por isso reconheço tal perigo,
Nós dois, juntos, daremos aos incestos,
Um novo paladar e qualidade,
Seríamos espelhos, na verdade...
Publicado em: 19/09/2008 14:29:26
Última alteração:03/10/2008 13:02:16


Não penses que este mundo traz repouso,
Por isso não se canse de lutar.
Nossa felicidade é como o mar,
As águas turbulentas negam pouso.

Porém é tão preciso navegar
E ter a precisão de um timoneiro.
Enfrente com vigor o nevoeiro,
Não deixe essa água mansa te enganar.

As ondas costumeiras e diárias
São qual fortalecer nos exercícios,
Exigem, muitas vezes, sacrifícios
Nas horas onde mostram-se contrárias.

Não penses que isso seja um vil castigo,
Depois de tanta fúria, a calmaria.
Enfrente toda dor com alegria
Assim superarás qualquer perigo...

E ame, acima de tudo, não se esqueça,
O coração comanda o teu navio.
Depois da tempestade, vem estio.
Permita que o amor sempre amanheça!
Publicado em: 14/09/2008 19:36:48
Última alteração:17/10/2008 13:29:58

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