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Tuesday, December 14, 2010

Matemática e Cachaça
Josias era um homem trabalhador, honesto e fiel, muito fiel a Deus e a sua querida Joana. Moça bonita, uma morena exuberante, cerca de vinte anos mais jovem que Josias.
Em Santa Martha, Josias trabalhava como sapateiro, um artista famoso, procurado por vários clientes oriundos das redondezas e até da Cachoeiro..
Acontece que, de uns tempos para cá, a Igreja que Josias freqüentava começara a perceber que aquele antigo fiel tinha desaparecido.
Josias começara a beber, primeiramente sozinho e às escondidas, depois cada vez mais frequentemente e a cada dia com menos recato. Até que, um dia, apareceu no barzinho do Gilberto, ponto de encontro da meninada assaz namoradeira do distrito.
A sua estréia foi inesquecível; acabando com todo o estoque de fogo paulista que tinha no bar. Lá pelas quatro horas da manhã foi levado para casa. Totalmente embriagado.
A expulsão da Igreja foi sumária, principalmente depois do dia em que, além de dormir durante o culto dominical resolveu fazer da perna do pastor um urinol improvisado.
O escândalo tomou conta da comunidade, entre assustada e brincalhona.
Quem não gostou nada disso foi Joana, a bela morena se viu, da noite para o dia, vítima das mais indecorosas e maldosas piadas da comunidade.
Mas, a situação estava indo de mal para pior e, apesar de todas as orações, juras e promessas feitas para a salvação do nosso amigo, tudo estava como dantes no quartel de Abrantes, Josias Abrantes, que esse era o nome completo do nosso sapateiro.
As moças e os rapazes de Santa Martha já estavam sentindo a falta do nosso expoente na nobre arte da sapataria, agora as meia-solas e os consertos impossíveis teriam que ser feitos em outro lugar, para prejuízo dos bolsos e da qualidade dos serviços prestados.
Joana, no começo, ainda se manteve fiel ao nosso alcoólatra mas, como, na porta onde entra a miséria sai o amor; não resistiu por muito tempo...
Naquela época, o Governo do Espírito Santo estava contratando novos policiais e Maximiliano era um desses. Lotado em Santa Martha, tinha chegado a pouco tempo na pacata localidade.
João Polino foi o seu instrutor sobre as almas santamartenses mas, por causa de um descuido, se esqueceu de falar sobre Josias. Mas nem precisava, tal a insignificância do pobre cachaceiro...
Gilberto, com pena de Joana, passou a não vender mais bebida alcoólica para o sapateiro mas, nada disso adiantava. Bebia até álcool puro e, se bobeassem, esvaziaria tanque de combustível.
Na noite gélida daquele julho implacável, Maximiliano fazia a sua primeira ronda noturna quando, sem esperar, encontrou um cidadão tentando, de qualquer modo, acertar a chave na fechadura.
Ajudou-o a abrir a porta mas, por dever do ofício e por desconhecer aquele cidadão, perguntou se era ele mesmo que morava ali.
Diante da pergunta, Josias foi incisivo: “Claro que moro, entra comigo e você vai ver”.
Ao adentrar pela casa, Josias foi logo falando: “Tá vendo aquele cara deitado no sofá? É meu cunhado”.
“Vem cá comigo que eu vou te mostrar uma coisa: Aquela mulher deitada aqui no quarto é minha esposa, e aquele camarada deitado ao lado dela; sou eu”.
Ao que o guarda, sem mais nada a perguntar, se despediu e foi-se embora.
Josias deitou-se na cama e ao contar os pés, reparou que havia algo de estranho:
Um pé, dois pés, três, quatro, cinco, seis pés.
Epa! Tem gato nessa tuba! Mas depois, para se tranqüilizar, se levantou e foi até ao pé da cama e recontou: um, dois, três, quatro!
Dois da mulher e dois meus!
É, eu tenho que parar de beber mesmo!
Publicado em: 29/08/2006 19:56:27
Última alteração:26/10/2008 22:41:30




Matiz da vida/Sonhos Libertos

Em laços de fita// Os sonhos libertos
de todas as cores//em vários matizes
descubro-me.//solto ao vento...

Mara Pupin/Marcos Loures

Publicado em: 21/03/2007 14:53:20
Última alteração:28/10/2008 05:44:05



Eu só tenho piripaque
Quando te encontro na rua
Fico à espera do ataque
Que minha sede atenua!

Milla Pereira

Mato tua a sede em tua boca,
No teu corpo mato a fome,
A paixão ficando louca,
Pouco a pouco nos consome...
Publicado em: 20/12/2009 07:30:11
Última alteração:16/03/2010 08:45:11



Mausoléu
A vida inteira João esperara Maria de Fátima.
Menina bonita, correndo solta pela fazenda vizinha a que morava, com os pés descalços e os olhos brilhantes. Menina trazendo nas tranças, a beleza da infância que prometia a mulher exuberante.
João, nos seus quase vinte anos, se encasquetara com a garotinha; “vai ser minha”, não parava de pensar.
O tempo passando, a menina se tornara uma bela adolescente e João, amigo dos pais da menina, começara a freqüentar, com certa freqüência , a casa vizinha.
Entre indas e vindas, todas as semanas batia o cartão de ponto.
Um olho nas guloseimas feitas por dona Ritinha e outro na menina bonita de olhos cabisbaixos e sorriso matreiro.
É claro que a mocinha começara a perceber as intenções do visitante, coisa que a menina mal adivinhara. Nesse ponto, dona Ritinha também começou a achar sentido nos olhos e suspiros soltos descuidadamente pelo visitante.
Todos observaram, menos Seu Jorge, o pai da menina.
Quando alguém tocava no assunto, ele dava bronca e exigia respeito, isso não era assunto que se falasse, que respeitasse o Seu João, amigo da família e que era um absurdo que se pensasse isso dele, etc.
Ao perceber que as dificuldades que teria que enfrentar seriam intransponíveis, por conta da posição contrária de Seu Jorge, o pobre João quase que teve um piripaque. Os sonhos de tanto tempo desfeitos dessa forma eram por demais dolorosos para serem encarados de frente.
Mas, a vida tem suas surpresas e essas nos deixam, muitas vezes, de queixo caído.
Maria de Fátima, ou melhor, Fatinha, dona dos seus quatorze exuberantes anos, surpreendentemente, mandou um recado, um bilhete, chamando-o para conversar com ela depois da missa.
No domingo, João se emperiquitou todo, colocou aquele perfume importado, o Vitess, e foi para a missa com o coração em frangalhos.
O que poderia querer aquela bela moça com ele?
Não perdia por esperar.
Após a missa, Fatinha mais bela do que nunca esperava nosso amigo na lateral da Igreja e foi direto ao assunto.
Queria que ele soubesse o quanto ela o amava e o quanto estava disposta a encarar qualquer coisa por ele e, sabendo que seu pai seria contrário ao namoro dos dois, planejara fugir com ele para qualquer lugar que ele quisesse.
O amor faz das suas e não tem juízo, o que fez com que João, sem pestanejar, topasse as loucuras da adolescente apaixonada.
Tudo combinado, horário e forma da fuga.
Ás quatro da manhã do sábado, todo mundo dormindo, menos Fatinha e João e o motorista do carro que os esperava na estrada, próxima da fazenda do Seu Jorge.
A estrada é longa, mas a vida é mais, as curvas se parecem e numa delas, bem distante de tudo, o carro parou e deixou o mais novo casal daquelas redondezas.
Fatinha, dona dos seus catorze anos e o quase quarentão João, prontos para começar a vida...
No começo, tudo tranqüilo, mas com o tempo, Fatinha se mostrara insaciável e João, pobre João, não tinha condições de satisfazer plenamente os desejos da sua amada...
João, prevenido e mais vivido, quase lívido com tamanho apetite e, pleiteando pela integridade de sua honra, resolveu tomar uma atitude radical.
Construiu uma casa numa região distante, bem distante de qualquer outra, isolada no meio de um pasto quase inatingível.
Lá, morava com sua amada que, a cada dia, se transformava em uma das mais belas ninfas da região, ninfa e ninfomaníaca, exigente, cada vez mais exigente...
Na casa, quase inatingível, João se encontrava, desesperadamente, em segurança. Por mais que a amada quisesse, não poderia trair aquele amor.
O maior amor do mundo, o amor de João.
Mas, o quase inatingível se mostrou verdadeiro quando, num dia em que João estava fora, trabalhando, apareceu um rapaz, dono da vitalidade dos vinte anos, belo e forte.
Viera do Rio, em busca de sua família perdida naquele grotão mineiro.
Vizinhos distantes de João, os seus pais permitiram que desse uma volta com o cavalo. Cavalo bravo, fugidio, rapaz novo, sem experiência...
O cavalo, como a que guiar nosso Apolo, levou-o diretamente àquela casa perdida no meio do pasto, longe de todos...
A sede e a curiosidade o fizeram bater à porta, no que foi atendido pela Fatinha, exuberantemente bela e carente.
A porta aberta, a mesa posta, a broa de fubá, os carinhos, os seios, os lábios, a cama revolta e o sexo explodindo furioso, dentro daquela casa feita por João, com todo amor e carinho do mundo.
Uma vez, duas vezes, dez vezes, agora o cavalo já não errava o caminho.
Mas João, um dia, errara a hora ou a chuva adiantara sua volta, ou uma inocente dor de barriga, sei lá. Só sei que voltou a tempo de ver o rapaz subindo no cavalo e retornando pelo pasto a fora.
A dor foi cruel, lancinante, percorrendo todo o corpo e a alma de João.
O que fazer?
Teria que se vingar de Fatinha, mas teria que agir sorrateiramente.
Pegou seu cavalo e partiu, a galope, atrás do Apolo amante de Fátima.
Excelente cavalo e bom cavaleiro, garrucha nova, tiros certeiros. O corpo foi fácil de ser escondido, uma pedra no pescoço, não afunda mais.
Retornou para casa, como se nada tivesse acontecido.
O sorriso na cara da mulher tinha, então, uma explicação.
Sorriso que, com o passar dos dias e com a ausência do objeto de desejo, foi se transformando em irritação.
Irritação em lágrimas e lágrimas em desespero, contido desespero.
João, então, resolveu se vingar da amada.
Dolorosa vingança.
A pequena casa tinha três cômodos, uma janela no quarto, outra na sala e a porta da sala. Única porta da casa.
O remédio fora fácil de ser encontrado.
O boticário tinha mandado tomar um comprimido à noite. Daria uma noite de sono profundo.
Vinte comprimidos diluídos em um litro de suco. Suco de abacaxi, coisa divina. O preferido por Fatinha.
Devorada rapidamente, a garrafa vazia, a cabeça rodando, vazia...
Excelente pedreiro, João não teve dificuldade de fechar as janelas e a porta.
Trancadas com uma estrutura de ferro e cimento. Invioláveis.
Agora, quem passa perto daquele pasto, estranha aquela construção, toda fechada.
Parece que foi, um dia, uma casa.
Agora, ninguém mais sabe o que era.
A não ser João, que casado com Dona Rosa, tem três filhos e mora lá em Goiás, mal se recordando do mausoléu construído num pasto, no interior de Minas Gerais....
Publicado em: 01/08/2006 16:10:53
Última alteração:26/10/2008 22:30:11



MAS TE AMO...
Olhando para o filho
Entre as grades do passado,
Ungida criatura dita o trilho
Correndo pelas ruas
Nuas luas beijam fado.
Retrato na parede de uma cela,
Selando o compromisso,
Mas, omisso, viro fardo.
Cardos tantos
Medos prantos
Heresias...
Perdoe pelo nada
Pela ausência
Pelo vago.
Afago teus cabelos enovelados.
Velando o teu sono,
Abandono...

A vida escorregando entre meus dedos,
Erros e pecados.
Amores e paixões.
Senões que coleciono.
Infância
Clemência.
Penitências.
Existo. E daí?
Morrendo em cada mancha
De sangue sobre o rosto
Estúpido e cruel.
Vilania...
Mas te amo.
Disforme
Inconformado...
Publicado em: 13/05/2009 15:06:25
Última alteração:17/03/2010 19:45:50



Matando em seu perfume, o medo atroz
56

Matando em seu perfume, o medo atroz
Floradas de esperança em primavera,
No aroma que se espalha espanta o algoz
E mostra ser possível a nova era

Aonde uma amizade seja santa,
E o amor, marca sublime de um Deus bom.
Na força e na beleza em que se planta,
A natureza traz o sacro dom

Que um dia glorifique toda a Terra,
Marcando cada face com sorrisos,
Negando qualquer luta e qualquer guerra,
No alvorecer dos sonhos, paraísos.

Porém secando a fonte perco as águas.
O copo está vazio, pleno em mágoas.


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O copo está vazio, pleno em mágoas
Abrindo das saudades, as comportas
Inunda o coração em negras águas
Ao fechar, atroz, antigas portas.

No rosto adolescente que lagrima,
As marcas da vendeta pelas ruas.
Só tendo algum trocado que redima,
As moças vagam cegas, seminuas.

As pagas por serviços mal prestados,
Resumem a loucura em que chegamos,
Depois de tantos séculos passados,
Cativas prostitutas com vis amos

Infância que tão cedo determina
A podre carne exposta numa esquina.


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A podre carne exposta numa esquina
É como um bofetão dado em MEU PAI,
O bem de uma esperança assim se mina,
E a máscara canalha, agora cai.

Cruel insensatez que nos carcome,
Mostrando uma heresia sem igual,
Quem planta em covardia a dura fome,
Recolhe esta verdade bestial.

Poder que é feito assim, em grana e sexo,
Extrema a nossa luta, num momento.
Humanidade segue sem ter nexo
Espalha sobre tantos tal tormento.

Sob os olhos satânicos, tal karma,
O olhar se transformando em cruel arma.


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O olhar se transformando em cruel arma
Nos morros e barracos da cidade,
Nem mesmo a fantasia já desarma
A vítima cruel da iniqüidade.

Na cocaína, tráficos, maconha,
Nos tráfegos, os carros virulentos,
Espalham depressa tal peçonha
Amor segue sem rumo, perde os ventos.

Na capa das revistas, nos jornais,
Notícias tão diversas nos dão conta
Do mundo em que o domínio é dos boçais
A liberdade segue cega e tonta.

Na exploração das carnes quase nuas
Cadáveres de sonhos pelas ruas.


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Cadáveres de sonhos pelas ruas
Demonstram demos vivos e canalhas,
Banquete que se faz das carnes cruas
Esconde; em seus talheres, vis navalhas.

Ao ver no olhar faminto da criança
As mãos endereçadas ao bom Pai,
A sede de justiça já se alcança
O músculo com ira se contrai.

A porta da esperança está fechada,
Nem mesmo nas igrejas vejo amparo.
A vida se perdendo, derrotada,
Amor puro se torna um bem mais caro

Na porta que se fecha; eu já te digo
O quanto somos tolos, meu amigo.


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O quanto somos tolos, meu amigo;
Expressa-se em verdades absolutas.
Do quanto eu nada sei, agora eu digo,
Nestas metamorfoses, nossas lutas.

Conhecimento mostra este paiol
Na explosiva e mimética mistura,
Da luz que nos domina, um girassol
Saber em plenitude já procura.

Aos poucos nos perdemos; insensatos,
Olhando para o sol, seguimos cegos.
A fonte não prossegue nos regato,
O mar traz dura seca em vagos egos.

Assim matamos logo a cara trilha,
Distante do que fora uma partilha.

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Distantes do que fora uma partilha
Perdidos, prosseguimos pela vida.
A solidão nas curvas já nos pilha
Ao encontrar minha alma distraída.

Esgarça com vigor uma esperança
Fazendo deste encanto, sordidez.
Olhar que ao simples nada, a sorte lança,
Destrói toda a verdade de uma vez.

Das lúdicas estâncias infantis,
Esquecidas há tempos pelos cantos,
A projeção de um dia em cores gris,
Distribuindo à farta, os desencantos

Seguindo para o abismo até o fim,
Farrapos que eu carrego dentro em mim.


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Farrapos que eu carrego dentro em mim
Mortalhas espalhadas pelo vento,
Secando sem dar tréguas, o jardim,
Esterco com a dor e o sofrimento.

Partícipe da orgia, duro infausto,
Esqueço os meus sorrisos, ganho a dor.
Encarcerando a vida em frio claustro,
Na plêiade de sonhos, o estupor.

As lavas fumegantes que hoje piso,
Permitem que se espalhe a negação,
Do quanto deseja um paraíso,
Encontro a força vária de um vulcão.

Da negra solidão, nada descerro,
O tempo desfilando a fogo e ferro.


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O tempo desfilando a fogo e ferro
Não traz sequer um brilho esperançoso,
No frio que se espalha, também me aferro
Moldando amanhecer tempestuoso.

Carcaça do que fora, outrora, luz,
O fogaréu atinge todo o campo.
Olhar que tal cegueira reproduz
Não deixa sobrevir nem pirilampo.

A vida vai passando, simplesmente,
Os rastros se perdendo no vazio.
O canto que tentara, vai demente,
Do passo inebriado, nada crio.

Trazendo a solidão, cruel bandeira,
Nos olhos da esperança, uma cegueira.


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Nos olhos da esperança, uma cegueira
Não deixa que se veja o cais distante.
Não tendo mais na vida, quem me queira,
O rio se perdendo da vazante.

Mortiças, frágeis luzes não me guiam,
Estrelas adormecem dentro em mim.
As forças do vazio já se aliam
Secando qualquer forma de jardim.

Das correntes, rupturas insensatas,
Nos pulsos vão atadas as algemas
Olhares sem ter brilho, tu retratas,
O nada passa a ser os nossos lemas,

Reflete tão somente agora, após,
A fome que se espalha em ledos nós


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A fome que se espalha em ledos nós
Tornando esta corrente insuportável.
Nas mãos, cruel verdugo, fogo atroz,
Deixando uma esperança inalcançável.

O quanto que perdi e não sabia,
O verso que se fez tão merencório.
Da carne quase nua que vendia,
As marcas do canalha e vil empório.

Chagásica lição que nos foi dada,
Há tempos esquecida ainda ecoa.
Na marca da pantera tatuada,
O brilho da alegria assim se escoa.

Um amanhã que o sol em fogo alcança
A vítima promete em contradança


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A vítima promete em contradança,
Nas lutas quilombolas, capoeiras,
Depois da tempestade sem bonança
O sol arrebatando estas viseiras

Queimando sem ter dó qualquer retina,
Ao carcomer os restos desta fera.
Nas mãos ensangüentadas da menina,
Eu vejo renascer a primavera.

Nos tiros espalhados nas favelas,
Nos olhos do menino que trafica,
Riscando o negro céu, claras estrelas,
Futuro sanguinário se edifica.

Deixando um novo rastro em nossa história
Partícipes excêntricos, escória.


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Partícipes excêntricos, escória
Tomando já de assalto a burguesia,
Matando este dragão, mudando a história
Promessa benfazeja de outro dia.

Fuzis ao tocaiarem numa esquina
Mostrando a nova senda, frágil, vária.
A podridão se entorna e assim domina,
Reinado da vingança traz rei pária.

Na fome cocainômana dos nobres,
Repasto para a nova ordem plebéia
Nos risos desdentados e sem cobres,
Rosnando sobre os mortos, a alcatéia.

O futuro em loucuras nascerá
A par deste fantasma que virá.


69

A par deste fantasma que virá
Arrebentando todas as correntes,
Eu sinto o vento forte desde já
No canto tresloucado dos dementes.

Arpoando caminhos desvairados,
As marcas das galés inda resistem,
Os olhos muitas vezes embaçados,
Tocando os que verdades sempre omitem

Farrapos estendidos nos varais,
Numa esponjosa carne lancetada.
As vozes entoando madrigais,
Prometem lacerar cada alvorada.

Erguido dum escombro desumano,
Ourives da esperança, um verso insano.


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Ourives da esperança, um verso insano
Espalha pelas ruas da cidade
Um cheiro nauseabundo e soberano,
Causando a mais cruel tranqüilidade.

Macabras gargalhadas são ouvidas
Nos bares e botecos, nos puteiros.
As hordas de molambos, decididas
Invadem os quartéis, mil companheiros.

Famélicas mortalhas esgarçadas,
Olhando para trás, por sobre os ombros,
Na pele, cicatrizes tatuadas
Nascidas e criadas dos escombros.

Tal fênix se refaz da podridão,
Nos olhos do futuro, a solidão.

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Nos olhos do futuro, a solidão
Espelha o que se fez há tanto tempo.
A morte por total inanição,
Aos olhos do poder, um passatempo.

Na orgástica luxúria do Congresso,
Vendetas sorrateiras; tão abjetas.
E do povo esfaimado, o sol egressa
Abrindo pelos chãos, fartas valetas.

Valetes e janotas, carne farta,
As damas procurando vagabundos,
Sorriso de ironia não descarta
O gozo que terá nos novos mundos.

A vida que a verdade não contém,
Não vale com certeza algum vintém.



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Não vale com certeza algum vintém
A vida feita em podre serventia,
O tempo amargo nega o que mais tem,
Nefasta claridade cega o dia.

O vaso que se quebra em mil pedaços,
Trazendo o corte insano aos frios pés.
A boca vomitando os estilhaços
Estronda com mais força e de viés.

Abutres lacerando a carne frágil,
Na pútrida rotina, a vida segue,
Cobrando a cada sonho sem deságio
Deixando uma esperança quase entregue.

Vivendo tão somente por um triz,
Nos rastros da ilusão, vã meretriz.


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Nos rastros da ilusão, vã meretriz
Não vejo nem sinais do que sonhei.
A mão que esconde a cena, cega atriz,
Fazendo desta esbórnia, a nova lei.

Amor que serpenteia mudo e falso,
Empurra o meu futuro ao calabouço,
Ao ver já retratado o cadafalso,
Não vejo, não percebo e não mais ouço.

Calado; eu vou seguindo na calada,
E tento último grito, desespero.
A vida que se fez teleguiada
Encontra na amargura, o seu tempero.

A fera que se entranha em nossos prados,
Estraçalhando sempre os derrotados.



74

Estraçalhando sempre os derrotados
A garra da pantera inatingível.
Os pés dos andarilhos vão atados,
O sonho se demonstra perecível.

Carrasco que se esconde em carapuça,
Portando nos sorrisos, ironia,
A sede de vingança já se aguça
E a gula se transforma: autofagia.

Na fome insaciável, canibais,
À cântaros, as lágrimas escorrem,
Nas danças insensatas, sensuais,
As víboras burguesas, enfim morrem,

O cheiro das temíveis podridões,
Expressa-se em terríveis sensações.


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Expressa-se em terríveis sensações
O verso que sem dó, convulsiona,
Jorrando a fantasia aos borbotões,
A sorte a cada dia questiona,

Poluem os meus sonhos, pesadelos,
E neles velhos elos reunidos.
Na paz que tanto penso convertê-los
Os medos tomam todos os sentidos.

O quanto que pretendo e nada faço
Trazendo a voz contida, rasga o peito.
Ao penetrar profunda, a faca e o aço
Desviam meu destino de seu leito.

Ao largo do que os sonhos subestimam,
Algozes, os carrascos se aproximam.


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Algozes, os carrascos se aproximam
Mostrando com sarcasmo, suas garras,
Os lábios traiçoeiros que me mimam,
Adentram horizonte em negras barras.

Um viperino beijo, agora sela
Esta amizade feita em falso chão.
A força deste encanto, mesmo bela,
Propõe o fim de tudo, negação.

Os cães que ladram sós na noite em treva,
As presas espreitando de tocaia,
O frio de minha alma quando neva,
As múltiplas passadas da lacraia

Os pútridos vernizes, lábia e grade,
Espelham o que somos, na verdade.


77

Espelham o que somos, na verdade
Os restos que deixamos no caminho.
Depois do sortilégio, em falsidade,
Fingimos adorar o nosso ninho.

Nos cantos de agonia do planeta,
Os versos vão perdidos, sem sentido.
A cada nova insânia que cometa,
O tempo transcorrendo, assim, perdido.

Matando, pouco a pouco, a natureza,
Deitamos sobre nós mesma mortalha,
A vida quando em morte traz a presa
Despreza qualquer luz, nos estraçalha.

Bacante tempestade em leda orgia,
Exprime a mais temível heresia.



78


Exprime a mais temível heresia
O acre gosto mordaz deste sorriso.
Fantasmas que esta audácia cedo cria,
Vestindo contumaz o paraíso,

Argúcia que se mostra nesta espreita,
Estraçalhando o tempo de sonhar.
Cobrindo com urtigas mal se deita
Nega qualquer visão, cega o luar.

O fardo carregado não se esgota,
E o destemor estorva um débil ser.
O que era alegoria segue rota,
Esboça com sarcasmo algum prazer.

Esta ilusão roubada dos janotas
Expressa o quanto somos idiotas,

79

Expressa o quanto somos idiotas
O verso em desespero, proferido.
Expressa a mais vazia das comportas,
O dia que morreu já sem sentido.

Expressa a luz insana que nos guia,
O rumo que nos mira de soslaio.
Expressa o coração sem alegria,
De toda insensatez, pobre lacaio.

Expressa a tempestade que não cessa,
O vento da promessa não cumprida,
Expressa um caminhar louco que apressa
Deixando para trás a própria vida.

Por fim, o assassinar da primavera,
Expressa o que nós somos, cruel fera.

80



Expressa o que nós somos, cruel fera,
Destruidores loucos, sem juízo.
A flor que nascerá jamais espera
O corte sem limites, impreciso.

A poda da esperança pela Terra,
Secando nossos rios e ilusões.
O fim que não represa, sempre encerra
Trazendo ao manso solo, convulsões.

Extingue toda forma de viver,
Grileiros do planeta, sanguessugas,
Estraçalhando tudo ao bel prazer,
Envelhecendo o mundo, frias rugas.

Da terra que será, enfim, de todos,
Um contra-ataque firme e sem engodos.


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Um contra-ataque firme e sem engodos
Trará ao fim dos tempos, a vingança
Nascendo dos resíduos e dos lodos,
Na forma de um inseto, uma esperança.

Cadáver putrefato, a raça humana,
Exposta em esqueletos, fóssil face,
Outrora tão audaz e soberana,
Não tendo nem noção do desenlace

Servindo de repasto para os vermes,
Apenas um escombro do que fora,
Da força sanguinária do deus Hermes
Vazio sobre o chão, o nada aflora.

Sem rumo, sem destino, sempre atroz
Atônita, esta espécie, má e algoz.


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Atônita, esta espécie, má e algoz
Ao destruir o prato em que comia,
Secando todo rio, encontra a foz
Da civilização que aqui cerzia.

Pisando sobre a Terra esfacelada,
Jazendo pelos cantos, cria ermidas.
No tumular caminho, negra estrada,
Total carnificina, podres vidas.

Acura, depois disso, um vão lampejo,
Tenta sobreviver no caos imenso.
Assim, futuro inglório, eu já prevejo
Erguendo em cada verso, um branco lenço.

Do rei que se pensou quase intocável,
O fim já se tornando imaginável.


83

O fim já se tornando imaginável
Deixando simples cacos no caminho,
Destino se tornando insuperável,
O ser humano mata o próprio ninho.

Poder, dinheiro, glórias e riquezas,
Motivos para o nobre suicídio.
Não tendo mais sequer as sobremesas,
Antropomorfo deus se mostra ofídio.

Estúpido, pensaras ser o rei
Tudo sendo criado só pra ti.
Da tua mão espúria fez-se a lei,
Matando e destroçando lá e aqui.

Boçalidade imensa te vestia,
Ao pressupor eterna fantasia.


84



Ao pressupor eterna fantasia
Fazendo desta vida um carnaval,
Uma ilusão deveras é sombria,
Tramando quase sempre um vão final.

Inteligência à parte, pobre raça,
Esquece de aprender o necessário.
Nas matas e florestas, a fumaça
Transborda em desencanto temerário.

Fazendo da injustiça o seu regalo,
Expondo as cicatrizes mais profundas,
De uma agonia imensa doce embalo,
As mãos são sanguinárias, vis, imundas.

Do inferno vai tocando suas fráguas,
Secando ao poluir sonhos e águas.


85

Secando ao poluir sonhos e águas
Trazendo ao universo esta aridez.
Deitando sobre todos; velhas mágoas,
Do nada que foi feito, o nada fez.

Purpúreo entardecer em céu vazio,
Tempestas e nevascas se espalhando.
O quanto se mostrou intenso e frio
O sonho em pesadelo, transmudando.

Aos poucos se esfacela o seu disfarce,
Mostrando a garatuja feita rei,
A cada amanhecer, um novo esgarce
Até não sobrar nada, disso eu sei,

Tramando em sordidez, faz a rapina
No olhar quase pedinte da menina.

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No olhar quase pedinte da menina
Esboço de esperança; sobrevêm
Do quanto se tentou e não termina,
A vida sem surpresas, não vai bem.

Ladrilhas nos caminhos diamantes,
Ladrando, a caravana, logo passa.
Mudando este cenário por instantes,
O caçador se faz, insana caça.

Parceiros deste sonho em derrocada,
As vis caricaturas nos espelham.
A morte numa esquina vislumbrada,
Os olhos quase cegos se avermelham.

Fazendo da injustiça a cruel arma,
O ser humano cumpre o triste karma
Publicado em: 04/02/2008 21:58:56
Última alteração:22/10/2008 17:39:13

Tantas vezes nos magoamos com palavras soltas
Sem sentido, mas com direção exata e constante
Ferirmos um ao outro sem por que
Sem saber que assim nos matamos
Naufragamos e morremos
Ao mesmo tempo em que nos vingamos
Do que não nos pertence
E do que nunca foi nosso: amor!
Publicado em: 26/11/2006 15:27:15
Última alteração:30/10/2008 19:17:50


Margaridas no canteiro
Alegrias no meu peito,
Com você o tempo inteiro
Vivo sempre satisfeito
Publicado em: 17/01/2010 13:26:47
Última alteração:14/03/2010 20:28:04

Maria Feijó e Marcos Coutinho Loures Triste coração.


Cantando sonhos, ilusões fagueiras,
Os sons encheram os meus dias sós;
Notas sublimes, ternas e brejeiras,
Elas trouxeram paz, à minha vida...

Mas como as ilusões são passageiras,
Só me restou este silêncio atroz;
Sumiram do horizonte, nas esteiras,
Os sonhos meus, nas asas do albatroz!

E quando a tempestade deu lugar
Às virações das tardes mais amenas,
Nas lembranças febris, fui procurar

Aquele canto que a tristeza embuça;
E vi que me restou, do sonho, apenas,
Um coração tristonho que soluça...
Publicado em: 01/09/2006 17:00:33
Última alteração:16/12/2006 23:41:55


A Maria me enganou
E me disse que era virgem,
Tanta gente ali passou
Acabou dando fuligem...
Publicado em: 14/05/2008 19:39:21
Última alteração:21/10/2008 14:42:06

Mariana
Que farei sem teu amor? A vida nunca mais será a mesma, vida que se esvai na distância que nos separa...
A minha casa, a nossa sala, nosso jardim. Cada flor que brota me lembra teu sorriso, manso e inesquecível!
Era fatal que partiste, eu bem sei. E a vida teimaria em continuar.
É difícil conseguir vencer os fantasmas que cismam em aparecer todas as noites no meu quarto.
Solidão!
As cordas do meu violão estão caladas, a mi bordão e a sol se arrebentaram mas de que me adianta trocá-las se não irei tocá-las?
Tocar teu corpo, belo corpo de formas ideais e venais.
Ver-te nos meus olhos, emoldurada...
Nunca saíste de meus pensamentos...
Mentores de todos os meus desatinos e desilusões!
A vida roda, a noite roda, o tempo roda e não me enredo mais nos teus braços!
Braços fortes, minha amada e minha mãe. Meu oásis, mel e mar...
Marina, marina, mariana...
Não que te ame...
Não, isso não.
Já te amei
Hoje
Te
Adoro!!!!!!
E não estás, não estás, restam apenas as suas sombras.
Sombras...
Nunca mais
Não
Verei-
Te...
Mariana, amar Mariana...
Versos e fantasias,
universos.
diversos
horizontes.
A fonte seca, a ponte inalcançável.
Incansável...
Insaciável.
Mariana.
Nunca
mais...
Publicado em: 28/09/2006 18:01:10
Última alteração:28/10/2008 06:13:56


Maricota fez melado
Maricota fez melado,
Joaquim foi lá provar.
Desse mel saiu molhado,
Agora não quer casar!

Bateu trem com um fusquinha,
Pouquinha coisa restou.
Maria, Mariazinha...
A outra metade ficou.

Levei água na peneira,
Com ela tampei o sol.
Namorei a noite inteira;
O marido? Futebol...

Moço tome cuidado,
O telhado é bem miúdo.
Pode ficar agarrado,
Ou furar com telha e tudo...

Da licença d’eu contar,
O que foi que sucedeu...
Pescaria no luar,
Até piranha rendeu...

Fiz um bote de cortiça,
Pr’ele melhor flutuar.
Vê se pára de cobiça,
Sereia não vou pescar...
Publicado em: 22/08/2006 19:06:34
Última alteração:30/10/2008 11:04:41



Marido de mulher feia tem horror a feriado.
138

Marido de mulher feia tem horror a feriado.

Realmente me chateia,
Ficar em casa parado,
Marido de mulher feia,
Tem horror a feriado.

Marcos Coutinho Loures

Companheiro, eu não mandei,
Namorar tal jaburu,
Na parreira que plantei,
Não deu uva, só chuchu...
Publicado em: 21/11/2008 12:59:16
Última alteração:06/03/2009 17:00:56



Marido velho é como gato de armazém, só dorme no saco..
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Mote

Marido velho é como gato de armazém, só dorme no saco..

Marido velho, meu bem,
Só sabe jogar buraco,
Como o gato do armazém,
Só dorme em cima do saco...

Marcos Coutinho Loures.

Gato velho quer gatinha,
Pra fazer bela presença,
Do chifrinho que ele tinha,
Não há ninguém que o convença...
Publicado em: 20/11/2008 13:35:32
Última alteração:06/03/2009 18:44:07

Marinho
No vasto mar amar é onda
Abissal, abismal ventarola...
Remansos e tempestas
Festas Netunais...
Carnavais e montarias...
Sereia espera cavalo marinho...
Celacanto provoca tsunami.
Ame e não deixe, espere e reveja...
As águas as mágoas...
Mariazinha foi pro mar,
Cadê Mariazinha
Que não sabe amar?
Se não sei nadar
A culpa é dos peixinhos
Que marinheiro só
Nunca fez verão....
Publicado em: 26/10/2006 16:54:04
Última alteração:30/10/2008 19:28:44


Mas por que me beijaste, te pergunto,
De tudo que sofri, bem sabes quanto,
O beijo que foi dado, suave encanto
Entretanto machuca e não me cura.
Pois sei da maciez duma ternura
Que nunca demonstraste, minha amiga.
A noite em sofrimento, não prossiga,
Não sou quem tu desejas, estou certo,
Meu coração tristonho, meu deserto,
Merece por acaso um sofrimento?
Teu beijo ressuscita o meu tormento.
Tormento da saudade de quem fui,
A manta da esperança já se pui
Desnudando a minha alma sofredora,
Que mesmo que não saibas já te adora!
Publicado em: 12/12/2006 21:30:02
Última alteração:17/10/2008 06:49:42


Marcos Coutinho Loures Trovas temáticas Plantando saudades
Trovas temáticas

Plantando saudades

Ao plantar amor perfeito
Nos jardins dessa cidade
Eu vi nascer, no meu peito
A flor chamada saudade...
Publicado em: 30/11/2006 18:28:05

Marcos Coutinho Loures Trovas temáticas Sim ou não?
Sim ou não?

A vida disse pra mim
Que palavras, leva o vento:
Às vezes, quem nos diz sim
Tem um não no pensamento.
Publicado em: 30/11/2006 18:30:57
Última alteração:30/11/2006 19:12:41


MARCOS E GELIS

M – Maliciosa e sagaz foi tua trama
A – Ao inspirar-me com teus poemas
R – Resgatei toda esperança
C – Com tuas palavras insanas de amor
O – Operou em mim, esperança
S – Solidão já não sinto

Gerando uma alegria em cada verso,
Esperança se fez em alegria,
Levando para mim seu universo
Invades minha vida com magia,
Sabendo todo o bem que me fazia...

GELIS
Marcos Loures
Publicado em: 03/07/2007 20:39:12
Última alteração:23/10/2008 15:53:41

MARCOS LOURES - ADEUS E MUITO OBRIGADO - RETORNANDO AO VAZIO DE ONDE VIM- psicografado
Um cadáver apenas nada mais,
Há tanto abandonado em algum túmulo,
A poesia agora chega ao cúmulo
E os ossos que vos falam, ancestrais.

Apodrecido em vida, me retiro
E deixo-vos apenas a mensagem
Por mais que seja tosca esta paisagem
A cada esquina ouvindo mais um tiro.

Tentei por algum tempo ressurreto
Volver após estar já putrefeito
Ao mundo; mas não surte mais efeito
E o ciclo finalmente aqui, completo.

Mergulho neste abismo constrangido,
De onde não deveria ter saído...
Publicado em: 21/01/2010 17:06:37
Última alteração:14/03/2010 18:27:29

Marcos Loures: O Poeta.


Marcos Loures: O Poeta.



Para um poeta desse porte o quê dizer?
Um Marcos Loures não se encontra todo dia,
conhece bem essas quebradas do viver,
seu verso é forte, é suave, é poesia.



Quando ele some dá um quê de nostalgia
e a galera quer então logo dizer:
menino, moço, um doutor, que na grafia,
numa tacada, um soneto faz nascer,



ventos de Minas já lhe sopram boa sorte,
Caburaí até Chuí, repete a história,
que volte logo, sua falta é imensa,



sua presença é nota dez, é passaporte
pra conhecer um mundo infindo; na memória,
está presente em cada verso mais querença.



Véi


Muito obrigado meu querido amigo, me emocionaste com este belo soneto,
abraços marcos
Publicado em: 21/08/2009 16:43:09
Última alteração:17/03/2010 18:54:53



MARCOS LOURES, poeta de talento;
Faz dos amores, a seta arremessada;
Nobre galã, palavra engalanada;
Um Don Juan, em lavras do momento!...

Nascem sonetos de ti, todos dias;
Digno projectos – aí – desse teu ser.
Poema forte canta, quer viver.
Em doce sorte, plantas fantasias!...

Sendo o Brasil, país forte em paixão,
Amor viril, feliz quem ama mais!...
E vou bradar meu mal, meus tristes ais,
Deixo no ar – fulcral – minha questão:

MARCOS… Farei soneto alguma vez
Cândido rei – verseto – belo inglês?..

De Henricabílio,
poeta maior de Portugal,
Publicado em: 23/02/2007 21:01:13



MARCOS LOURES
M.ineiro guloso do falo gostoso
A.amante amigo em seu audaz
R.iqueza em gozo a me saciar
C.ais que em sonhos guiada a felicidade
O.usadia que se entregas sem meia medida
S.ingelo amor doce moradia faz em rima

L.uxúria e orgia que bem provocas
O. toque na alma dessa escrava
U.nindo fantasia e secretos desejos
R.iso maroto em seus lampejos
E.ncontro em sua mão sedutora
S.eguindo avante em tua masmorra

Amistosamente..
Polí Sub

muito obrigado querida amiga
Publicado em: 01/10/2008 15:52:48



O Marcos, que é Valério, sonetista,
Escreve com estilo de um purista.
Anota em decassílabos perfeitos,
Da vida, muitos fatos e seus feitos.

De amores tanto canta e escreve
Que enleva seu leitor com o que descreve.
Tem veia de um poeta que é romântico,
Transborda poesia de seus cânticos.

Tem obra de valor que é seleta.
Destaque a seus versos bem marcados
Que, hoje, por bem poucos são usados.

Assim, eu teço loas a este poeta
Que ainda dá valor à boa rima
E que versar com métrica, estima.

Manoel Virgílio

Eu faço, emocionado, o registro desta homenagem prestada pelo grande amigo Manoel Virgílio
Muito Obrigado querido
Publicado em: 16/01/2007 20:40:30
Última alteração:16/01/2007 21:03:31




Mineirinho danado, que faz poesia como ninguém...
Amor...Sua palavra chave...Bate forte neste coração
Realidade e fantasia misturados em muita emoção
Cada frase, cada delicada poesia, nos mostra...
O homem maravilhoso e romântico que é;
Saudade...Sente muita saudade!

ISABEL NOCETTI
Publicado em: 09/04/2007 18:12:53



Mares de mim mesmo
Exposto em ribeirão.
Alagamento à vista
Revistas no portão.
Não deixo de sonhar
Embora seja estúpido
O fato de sonhar
Num século imbecil.
Ser vil é ser servil?
Sevícias e carícias
Prostituta alma
Anda entre canaletas
E carpetes.
Jogada na área de serviço
Espera um par.
Partilha
Matilha
Mar que empilha a roupa suja
De nós dois...
Publicado em: 07/12/2007 10:35:49
Última alteração:10/10/2008 14:40:38

Mares Mineiros
Montanhas de Minas.
Mares de Minas, distantes...
Montanhas e mares,
Mares mineiros são utópicos.
Típicos de salgada lagoa.
Pampulha, pampas mineiros...
Mares e luas
Só te faltam mares...
Nas montanhas os segredos,
Monásticos segredos.
Medos e senzalas.
Café com pão,
Pão e leite.
Broa.
Milho.
Montanhas
Queijo.
Desejo de mares.
Mares de minhas manhãs.
Minhas manhas mineiros mares.
Montanhas entranhas.
Lagos e afagos,
Teu fado é sem tino
Destino dos nossos mares...
Mares mineiros são meus sonhos...
As lágrimas que me deste
Encheram o rio de sal.
Meus mares mineiros
Estão no meu quintal!
Publicado em: 28/09/2006 20:22:26
Última alteração:30/10/2008 19:30:53



Marcos Coutinho Loures Crônicas e Artigos - Comentando GOT
Comentando

Uma das minhas maiores alegrias, como profissional da educação foi a de ter trabalhado para dois grandes nomes da política nacional, dois expoentes que ainda não tiveram o reconhecimento histórico à altura da dignidade com que exerceram suas funções públicas.
Minas sempre foi o berço de grandes políticos e, dentre eles, não há como deixar de destacar o Dr. Aureliano Chaves de Mendonça nem o professor Jose Maria de Alckmim, exatamente aqueles a quem me referi, logo acima.
Aos dois em épocas distintas, estive subordinado diretamente, por estar dirigindo a E.E. Professor Orlando de Lima Faria em virtude de terem sido Secretários Estaduais de Educação.
Mantivemos uma permanente e direta relação com aquela Secretaria, pois a administração era centralizada em Belo Horizonte, por não haver, ainda, as Delegacias Regionais de Ensino e éramos subordinados, diretamente, ao Secretário de Estado.
Uma outra dificuldade, o da comunicação telefônica, fazia com que tivéssemos de nos deslocar, muitas vezes, a Belo Horizonte para resolver os problemas da Escola, desde os mais pequeninos.
Limitados assim, pelo tempo e pelo espaço, podíamos dar um toque pessoal ao nosso trabalho e a isto chamávamos de “liberdade pedagógica” que, em parte, foi responsável pelo sucesso da política educacional implementada no Orlando de Lima Faria.
Havendo tal liberdade, pudemos adotar uma carga horária anual bem superior ao mínimo exigido pela lei, fator que resultou, de imediato, num melhor aproveitamento escolar, tornando nossos alunos imbatíveis, nos diversos concursos que enfrentavam em qualquer lugar do país.
Em convênios com alguns Ministérios, sem qualquer ônus para o Estado, conseguimos fazer funcionar o mais moderno GOT – Ginásio Orientado para o Trabalho, com Técnicas Agrícolas, Industriais, Comerciais e Educação para o lar, com professores especialmente habilitados para tal.
Rompemos as barreiras do preconceito, o GOT funcionou até que, por achar que o Governo estava gastando muito com professores, o Estado resolveu desativá-lo, jogando, literalmente, no lixo, o sonho de Darcy Ribeiro que, com as forças da comunidade, conseguimos implementar.
Deixou assim, de funcionar, no Orlando Faria, o GOT, elemento capaz de despertar vocações, canalizando-as para as escolas de segundo e terceiro graus.
Estamos certos de que, já como vice-presidente da República, se Dr. Aureliano Chaves tivesse sabido de tal fato ele não teria permitido que acontecesse justamente na escola que ele implantou, em Muriaé.
O mesmo podemos dizer, em relação ao Prof.José Maria de Alckmim, pois ele sempre se mostrou empolgado com o projeto revolucionário.
Uma extraordinária coincidência faz com que, agora, outro Vice Presidente da República – José Alencar – aqui nascido, também se mostre entusiasta das escolas voltadas para o trabalho, criando em nossa cidade, vários cursos profissionalizantes, como a melhor forma de resgatar nossos jovens para a vida.
Resta esperar que esta belíssima iniciativa se solidifique e seja ampliada, a fim de que possamos repetir que Muriaé, ANTES de José Alencar era uma e que após ele, passou a ser outra, mais generosa, mais solidária e mais humana.
O futuro, desta forma, terá chegado com muito mais rapidez do que se podia imaginar!
Publicado em: 07/10/2006 09:36:49
Última alteração:29/10/2008 18:38:41



Marcos Coutinho Loures Crônicas e Artigos - DE DOMÍNIO PÚBLICO Eclipse Solar

Numa base militar, o capitão chama o sargento e diz:
“Amanhã, acontecerá um ECLIPSE TOTAL DO SOL, coisa que não ocorre todos os dias! Às cinco horas deixe sair os homens, com uniformes simples, levando-os ao campo de futebol onde poderão ver o fenômeno. Se estiver chovendo, deixe os homens no acampamento.”
O sargento chamou o cabo e retransmitiu a ordem:
- Por determinação do capitão, amanhã haverá um ECLIPSE DO SOL, que, de uniforme simples, ele fará, no campo de futebol, coisa que não acontece tosos os dias.
Caso esteja chovendo, o eclipse poderá ser visto de dentro do alojamento.

O cabo chamou os soldados e falou:
-Por ordem do capitão, amanhã, bem cedo será inaugurado o ECLIPSE DO SOL. Os homens vestirão uniformes simples, mas, caso esteja chovendo, o capitão fará a cerimônia no alojamento, coisa que não acontece todos os dias.

Os soldados, diante de tanta clareza, comentavam entre si:
-Que coisa chata! Levantar às cinco da manhã, pôr o uniforme simples, só para ver o capitão fazer o ECLIPSE DO SOL, coisa que, graças a Deus, não acontece todos os dias!
Caso chova, ele fará o tal eclipse dentro do alojamento.
Publicado em: 07/10/2006 08:04:10
Última alteração:29/10/2008 18:46:01

Marcos Coutinho Loures Crônicas e Artigos - De domínio público

A influência da mulher na criação das palavras é, realmente, imensurável.
Foram elas que reduziram vários nomes, especialmente os próprios, a uma ou duas sílabas, especialmente na língua inglesa.
Só para citar um exemplo, Alexander foi reduzido a Alex, pela lei do menor esforço.
Contudo, no exercício da maternidade é que tal fenômeno se mostrou mais visível. A razão é simples:
-Costuma-se dizer que há, na língua, certas letras que são mais facilmente entendidas pelas crianças, como o “p” o “b” e o “m”. O contato da mãe com o filho, produz acomodações na linguagem, como papá, bebê, ou bebé, mamã entre outras.
Assim, Emilia passou a ser Mimi, Isabel deu origem à Bebé, Beatriz originou Bibi...
As letras citadas são conhecidas como “letras visíveis” facilmente entendidas também pelos surdos-mudos.
Isto explica porque, em vez de usarmos a palavra “ósculo”, preferimos usar “beijo”.
Como sabemos, “ósculo” vem de “os” que é boca em latim.
De uma forma geral, a mulher suavizou a linguagem e transmitiu, na comunicação ora, a gentileza que falta a muitos marmanjos...
Publicado em: 07/10/2006 07:55:09
Última alteração:26/10/2008 22:42:33
Marcos Coutinho Loures Crônicas e Artigos - De domínio público
Um psiquiatra, diante de uma turma de formandos em Medicina, quis mostrar que não estava havendo progresso no tratamento dos loucos, em um hospício..
Após selecionar um paciente, fez a ele a pergunta:
-Se eu te cortasse uma orelha, o que aconteceria?
-É claro que eu ouviria menos!
-Muito bem! Mas se eu lhe cortasse a outra orelha, o que sucederia?
-Aí, doutor, eu não enxergaria nada!

Depois de dispensar o doente, o psiquiatra explicou aos formandos:
-É um verdadeiro cretino! Mandem-no para a solitária.
Dez meses depois, ao fazer as mesmas perguntas ao louco, diante de outra turma de formandos, o médico comentou, desta vez na frente do paciente:
-Não falei que ele era um verdadeiro idiota?
Ao ouvir o “elogio”, o paciente retrucou:
-Idiota é o Senhor! Se o senhor me cortasse as duas orelhas, os óculos iriam cair e o chapéu taparia meus olhos.
Como eu iria enxergar assim?

-------------X-----------------


Um vizinho foi se queixar com outro:
-Seu filho jogou uma pedra na minha vidraça!
-Mas que moleque! E como foi? Ele acertou o alvo?
-Felizmente não!
-Então me desculpe, mas não era o meu filho! Ele não erra nunca!
Publicado em: 07/10/2006 08:13:05
Última alteração:29/10/2008 18:45:57

Marcos Coutinho Loures Crônicas e Artigos - De domínio Público

Querendo desfazer-se de um astrólogo, o rei perguntou-lhe:
-Todos sabemos que você é um grande adivinho.
Assim sendo, gostaria saber se você já descobriu a data de sua morte!
Desconfiando do perigo, o astrólogo pediu licença para ver o mapa astral e respondeu:
- Meu mapa diz que morrerei exatamente 24 horas depois da morte de Vossa Majestade!

O rei, diante de tal previsão, não quis arriscar e poupou a vida do esperto adivinho...


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Um menino conversa com outro:
-Minha vó é muito religiosa, mas é surda que dá pena!
- A minha é muito mais! Imagina que ela, ontem, estava rezando um terço, ajoelhada em cima de um gato!


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Um professor de música foi procurado por um jovem que havia acabado de terminar o curso do piano que o surpreende com esta pergunta:
- “Fessô”, queria colocar sobre o meu piano, um busto de um grande mestre. Qual deles me aconselha?
-Sem dúvida, o de Beethoven!
-Beethoven? Por quê?
-Porque era surdo...
Publicado em: 07/10/2006 08:30:38
Última alteração:29/10/2008 18:45:49


Marcos Coutinho Loures Crônicas e Artigos - De domínio Público

Ao receber mais um paciente, o médico, já irritado perguntou:
-Você já fez outra consulta, antes de chegar aqui?
-Já, sim senhor!
-E quem você consultou?
-Consultei o farmacêutico da esquina.
-E que conselho idiota ele lhe deu?
-Ele mandou procurar o senhor....

------------------------X------------------------------------

Aquele médico, famoso pelos foras que dava, recebeu mais um paciente que desabafou:
-Ai doutor. Senti-me tão mal que desejei morrer1
- Muito bem! Então você fez muito bem em me procurar!

--------------------------X---------------------------------

Um amigo cansado de ser explorado por outro, vira-se para ele e convida:
-Quando você quiser, apareça lá em casa para jantar. É só tocar a campainha e abrir a porta com o joelho.
-Com o joelho? Por quê?
-Porque, com certeza, você não irá com as mãos vazias...


----------------------------X----------------------------


Um pai vai à escola e o professor lhe dá a notícia:
-Olha aqui, meu amigo. O seu filho gagueja!
-Eu sei. Mas, graças a Deus, é só quando ele fala...
Publicado em: 07/10/2006 08:51:15
Última alteração:17/12/2006 13:10:41



Marcos Coutinho Loures Crônicas e Artigos - De domínio Público

A mulher, depois da primeira aula, na escola de automobilismo:
-Quanto precisarei para aprender a dirigir bem, um automóvel?
- Cinco ou seis...
-Puxa! Cinco ou seis semanas?
-Não, não! Cinco ou seis automóveis...


----------------------------X------------------------

Uma jovem, ao marcar uma cirurgia que iria fazer, para extrair um cisto, logo acima do joelho:
-Será que a cicatriz ficará visível, Doutor?
-Não depende de mim... Depende da senhora!


--------------------------X -------------------------------

Dois amigos conversam animadamente:
- Ontem, jantei na casa de um milionário. O luxo era tanto que os talheres eram de ouro!
-Não acredito! Só vendo!
E o outro, abrindo a bolsa:
-Pois olha aqui se são ou não são de ouro!

--------------------------X---------------------------------
Um advogado defendia uma belíssima jovem, acusada de dirigir embriagada. Ao verificar que os membros do júri olhavam para ela, com interesse exagerado, saiu-se com esta:
-Será que ireis obrigar essa bela senhora a ficar numa penitenciária sozinha, ou ireis fazer com que ela volte para seu agradável apartamento ali, na Praça da Bandeira, 2004, sexto andar, telefone 3954-3385, onde gosta de receber a visita de amigos e conhecidos?
Por 7 a zero, foi ela absolvida...
Publicado em: 07/10/2006 09:11:08
Última alteração:29/10/2008 18:38:37



Marcos Coutinho Loures Crônicas e Artigos - Domínio Público

Depois da lua de mel, quando tudo ficou em pratos limpos, aconteceu a primeira briga do casal.
- Sabe de uma coisa? Quero voltar para a casa dos meus pais! – disse a mulher.
O marido, sem perder a calma, tira uma nota de 50 reais, oferecendo-a a esposa:
-Seja feita a sua vontade! Aqui está o dinheiro da passagem!
E ela, sem perder a pose:
-Só 50 reais? E como é que vou arranjar o dinheiro de volta?


----------------------------X-------------------------------------

Uma senhora conversava com um homem, numa sala. Em dado momento ele pergunta à dama:
-Será que a senhora seria capaz de me dizer a diferença entre uma mulher e um espelho?
- Não sei... Devem ser muitas!
- É que um espelho reflete, mas não fala, a mulher fala e não reflete.

Tomada de surpresa, a mulher respirou fundo e devolveu a pergunta:
-E o Senhor sabe a diferença entre um espelho e um homem?
-Nem desconfio...

- É que os espelhos são sempre polidos!
Publicado em: 07/10/2006 08:22:04
Última alteração:29/10/2008 18:45:53


Marcos Coutinho Loures Crônicas e Artigos - Domínio público

Um bêbado foi levado à Delegacia e, ao ser interrogado, assim se desculpou:
- Eu bebi porque estava mal acompanhado!
- E quais eram as suas companhias?
-Era um padre e um pastor que tentavam fazer com que eu não bebesse!
-Não entendi! Por que eles eram más companhias?
-Porque desse jeito, eu tive que beber tudo sozinho....



------------------------------X-----------------------------------

Consta que um professor de Português, ao ser empossado na Academia Mineira de Letras, procurou uma antiga namorada, pedindo, de volta as cartas que havia escrito para ela.
-Mas o que você vai fazer com as cartas que eu devolver? Vai publicá-las?
-Não, minha senhora. É que preciso corrigir os erros de português que eu cometia, naquele tempo... Depois eu as devolvo!

-------------------------------X----------------------------

Um viajante, ao chegar à África, mandou um telegrama à esposa. O carteiro, por engano, entregou o telegrama a uma mulher, cujo marido havia sido enterrado, na véspera.
Ao ler o telegrama, ela desmaiou. Lá estava escrito:
“Cheguei bem. O calor está insuportável!...”.
Publicado em: 07/10/2006 08:38:32
Última alteração:29/10/2008 18:45:45



Marcos Coutinho Loures Crônicas e Artigos - Domínio Público

Um casal, trocando carícias em um banco da praça, foi abordado por um guarda.
- Vocês são namorados?
-Não – responde o homem – nós somos é casados...
-E porque vocês não vão para casa, em vez de ficar aqui nesta pouca vergonha?
-É que o marido dela não ia gostar....


----------------------X---------------------------

Na hora da matrícula, o professor pergunta ao menino:
-Qual o seu nome?
-Meu nome é Bastos.
-Bastos é sobrenome! Quero saber o seu nome!
-Meu nome é Bastos-insiste o menino.
-Está bem, está bem. E como se chama o seu pai?
-Meu pai se chama Bastos.
-Desisto! Pela ultima vez, como é que a sua mãe chama seu pai?
-Sua besta, seu idiota, vagabundo!


-----------------------X--------------------------------

A mãe, assustada, ao ver as mãos sujas de barro, do filho:
-Minha nossa! Como foi que você conseguiu sujar as mãos, desse jeito meu filho?
-Foi quando tentei lavar meu rosto, mamãe...
Publicado em: 07/10/2006 09:02:09
Última alteração:29/10/2008 18:45:42


Marcos Coutinho Loures Crônicas e Artigos - Espírito Mamador

Uma das características mais notáveis das chamadas “mutações genéticas” é que elas podem ser transmitidas de pai para filho, isto é, hereditariamente.
Só para exemplificar, há muitos anos, na Bahia, nasceu um pé de laranja especial, com saborosos frutos meio ácidos, poucas sementes boa consistência e grande volume. Como não havia similar conhecido, soube-se que aquele pé de laranja era uma mutação genética e a nova espécie passou a ser conhecida como “laranja - bahia”.
Daquele único pé, através de semente ou de enxertia, nasceram todos os outros, espalhados pelo mundo todo.
Pela brutalidade invulgar dos crimes cometidos por Suzane Richthofen, surgiu a hipótese de que ela venha a ser um novo tipo de ser humano, produzido por mutação genética, capaz de transmitir a seus descendentes – se os tiver -, as mesmas características de insensibilidade, que herdou.
Assim sendo, estamos torcendo para que a moça seja libertada, que se case e tenha uma filha a fim de que possa ela provar do mesmo remédio amargo que ofereceu a seus próprios pais...

Não temos mais é paciência de ouvir inúmeras versões para o ocorrido, dentre as quais, a menina teria sob a influência de um espírito atrasado, o “espírito Negrão” que teria orientado Suzane, na prática do crime.
Tal fato nos faz recordar que, certa época, em determinado “terreiro” costumava baixar no “cavalo” pai-de-santo,m quando apareciam muitas moças bonitas, um espírito oportunista bem safado, o famoso ESPÍRITO MAMADOR...
Durma-se com um barulho desses!
Publicado em: 03/09/2006 15:26:28
Última alteração:23/10/2008 13:13:37



Marcos Coutinho Loures Crônicas e Artigos - Israel, Líbano e Palestina
Quando você ler, nos jornais, a respeito da guerra de Israel contra a Palestina, é bom que saiba que, como elemento motivador mais intenso dessa batalha, está o Irã, cujo objetivo maior como Estado é “apagar do mapa” o Estado judeu.
Em tempos mais recentes, ao anunciar o desejo de enriquecer urânio – matéria prima para a fabricação da bomba atômica - , o Irã foi motivo de séria preocupação internacional, como se tem acompanhado, pelo noticiário.
O seqüestro de soldados israelenses, feitos pelo Hesbollah, foi pretexto para que o estado judeu invadisse a Palestina, e o Líbano, ameaçando destruir aquele país que pode contra com o apoio da Síria e do Irã para se defender.
A entrada do Irã na guerra, poderia motivar o apoio dos Estados Unidos a Israel que, com o poderio aumentado, é capaz de também arrasara aquele país árabe, jogando por terra os sonhos atômicos iranianos.
Parece que está tudo encaminhando para uma definição, salvou uma terceira ou quarta força mundial ameace também intervir no conflito, dando-lhe cores de uma hecatombe universal.
No tocante ao uso de artefatos atômicos, todos sabem que Israel é uma potência nuclear e que, na última defesa de seu território, não hesitará em fazer uso de suas bombas, provocando uma inigualável destruição em massa, naquela região do mundo.
Vamos todos torcer para que o bom senso prevaleça, acima de tudo e de todos, mas não podemos negar que estamos muito mais pertos de uma hecatombe universal em que todos seremos atingidos, com maior ou menor força.
Publicado em: 03/09/2006 15:38:22
Última alteração:23/10/2008 13:13:55



Marcos Coutinho Loures De domínio público Das Cores

Certa vez, um estudioso da Bíblia, garantiu-me que, nos originais da mesma, jamais aparece a cor AZUL, ao contrário das cores Amarelas e Vermelhas lá encontradas abundantemente.
Tal constatação leva-nos a entender que o azul é uma cor moderna! Apesar do Céu e do Mar.
Para aumentar a confusão, os jesuítas garantem que nossos índios primitivos não sabiam a diferença entre o Preto e o Azul! Para eles, as duas cores eram definidas com uma mesma palavra, a “uma”.
Gregos e romanos, por sua vez, para definirem o azul, usavam a “cerúlea” (da cor do céu), mas de maneira genérica.
Sabe-se que Azul, com o significado que hoje lhe damos, tem origem no Oriente, com os persas, sendo derivado de uma pedra, o lápis-lazúli.
Já a cor Vermelha, nem sempre teve este nome. Camões, quando se referia ao Mar Vermelho, dizia sempre Mar Roxo, da mesma forma que dizia “sangue roxo” e “roxa aurora”.

Daí, concluímos que o “Frederico Barba Roxa” tinha mesmo a barba Vermelha ou seja ruiva.
Antes que todos fiquem “roxos” ou vermelhos de raiva, vamos parar por aqui.
Publicado em: 01/10/2006 14:32:42
Última alteração:29/10/2008 18:46:06
Marcos Coutinho Loures De domínio Público Um fato em foco
De domínio em foco

A notícia caiu em alguns jornais sem o destaque que merece.
No Espírito Santo, durante um julgamento popular de uma ré que, segundo os autos do processo, havia matado o companheiro com um veneno muito usado no meio rural.
Durantes os debates, o advogado de defesa que sustentava a tese de que o veneno era inofensivo, incapaz de matar uma simples barata, foi aos extremos: Num arroubo de inconseqüência, pegou o vidro em que estava o resto do veneno e, ante o olhar espantado de todos os presentes, jogou o conteúdo goela abaixo.
Feito isso, deu uns passos para a frente e disse:
-Não falei? Não falei? Este veneno não é de nada!
A seguir, virou os olhos para trás e caiu duro, agonizante, na sala de julgamento.

P-o-d-e?

Obs: fato real, ocorrido em 06 de dezembro de 1990
Publicado em: 01/10/2006 13:52:33
Última alteração:29/10/2008 18:46:19



Marcos Coutinho Loures De domínio público

Nos primórdios da medicina, nomes de animais foram usados para “batizar” alterações de saúde , da mesma forma que o foram para nomear inventos e criações primitivas. Vejamos os exemplos
1 – quando alguém leva uma queda e bate com a cabeça no chão, logo, logo vamos verificar que ficou algum “galo”, na cabeça da vítima
2 - certos tipos de micoses são conhecidos como “cobreiro”, porque, primitivamente, se pensava que a doença era provocada pela passagem de uma cobra, sobre a pele da pessoa.
3 - uma doença que aumenta o volume dos membros inferiores, tornando-os parecidos com as pernas de um elefante, é conhecida como “elefantíase”
4 – como sabemos, “músculo” é o diminutivo de mus que em latim, significa rato. Assim músculo seria, literalmente algo assim como ratinho.

Como os exemplos são incontáveis vamos parar por aqui, deixando para os amigos a tarefa de enriquecer esta lista cujo mérito é mostrar como muitas palavras se formam, através dos tempos...
Publicado em: 01/10/2006 14:21:03
Última alteração:29/10/2008 18:46:08

Marcos Coutinho Loures e Maria Feijó Plantando flores
Plantando flores

Nesse mundo tão louco em que vivemos,
Uma tristeza imensa nos invade;
E pouco a pouco, assim nos esquecemos
Que existe paz, amor, fraternidade...

E, sem colher, da vida, os bens supremos
E sem provar do vinho da amizade,
Esmagamos os sonhos que tivemos,
No alvorecer de nossa mocidade...

Porém, nesta existência singular,
Pelos caminhos vou, plantando flores,
No incansável mister de versejar...

E posso ver nos versos, que são tantos,
Ir diluindo os muitos desencantos
De vidas que só provam dissabores...


O primeiro quarteto é de Maria Feijó, os demais são de Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 30/11/2006 21:14:04
Última alteração:02/12/2006 07:42:56



Marcos Coutinho Loures e Maria Feijó No céu azul do nosso amor

No céu azul de nosso amor, querido,
Gravei teu nome, em cores matizadas;
E agradeci a Deus, ter esquecido,
De um outro amor, as horas mal passadas...

Depois de haver-me tanto consumido,
Sinto o frescor de novas alvoradas
No coração que, há muito, tem sofrido
Na solidão das frias madrugadas!

Um novo amor é chama delirante
Que ao coração nos trouxe as ilusões
De um passado febril e já distante...

E sob a argêntea luz e no calor
Do céu azul de minhas emoções,
Vi renascer a vida, em teu amor...

A primeira quadra é de Maria Feijó os outros versos são de Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 30/11/2006 21:10:11
Última alteração:02/12/2006 07:43:45

Marcos Coutinho Loures Hora da Ave Maria

Acróstico em homenagem a Júlio Louzada que, ao microfone da Tupi AM rezava a oração da Ave Maria, Às 18 horas de cada dia...

Ao fim da tarde, o sino da capela,
Onde a Paz do Senhor se faz presente,
Jorra seu canto triste, sobre aquela
Última luz do dia, ao sol poente...

Lamentosos gemidos que a procela
Imensa desta vida penitente,
Ouço também, na prece que revela,
Lacrimações febris, que o peito sente...

Outros instante não há, de igual fervor,
Unindo céus e terra onde a esperança,
Zangarrilha da fé, o peito alcança!

A noite vem depois e a voz do amor,
Dadivosa, nos traz, no fim do dia,
As bênçãos sacrossantas de Maria...
Publicado em: 07/10/2006 10:10:59
Última alteração:23/10/2008 15:35:28


Marcos Coutinho Loures Musiclip Deusa do Asfalto
Musiclip
Música Tema – Deusa do Asfalto – Adelino Moreira

Por mais que eu busque explicações, não consigo entender porque o destino é tão cruel para com algumas pessoas, trazendo-lhes, sem nenhum motivo, dor e sofrimento sem fim...
Este é o preço que tenho pago, por ter amado aquela mulher!
Tudo fiz para ser digno daquele amor mas ela, indiferente aos meus apelos, partiu com outro, desprezando os meus sentimentos...
Os sonhos que sonhei talvez fossem altos demais, agora eu sei, não tive como evitá-los, pois o coração apaixonado não se deixa domesticar.
De nada valeram os esforços que fiz para conquistar seu amor e, por isso, me condeno, embora não tenha conseguido esquecê-la, tirando-a da minha vida, como seria esperado.
Apesar de tudo o que ela me fez, encontro uma forma de recordar aquele amor e, ao me sentir abraçado pela solidão, minh’alma se entristece e sombras de revolta cobrem meu coração.
Nas longas serenatas que ainda faço, abraço o violão, único amigo que restou e me lembro dela, voltando a sonhar com o seu amor, imaginando que a brisa possa levar a ela as queixas que trago no peito.
Doce ilusão que embala meus sonhos impossíveis e que explodem em nossa canção de amor.
Na canção que, um dia, eu lhe dediquei para confessar toda a mágoa que tive, ao perdê-la, apesar de tudo.
Publicado em: 03/09/2006 14:35:55
Última alteração:26/10/2008 22:42:01


Marcos Coutinho Loures Para Maria Feijó

Vamos nós cantar
Nessa quadra minha
Pr’homenagear
A Mariazinha

a-i-a-ô-ô
a-i-a-ô-ô

nasceu na Bahia
em Alagoinhas
e, da poesia
é nossa rainha!

Por onde ela passa,
Mostra o seu valor,
Com talento e graça,
Fala só de amor!

Acertou em cheio
E de Norte a Sul,
No “Canto que Veio”,
No “Meu Chão AZUL”

Bela sinfonia,
Ela foi fazer,
Luz de um novo dia,
Ao amanhecer...

Como trovadora,
Ela se renova,
E mais sedutora,
Fica a sua trova.


Até De Mãos Dadas
Escreveu canções
Rosas perfumadas
De dois corações!

No soneto traz
Suas fantasias
Belos versos faz
Com muita alegria!

Jubileu de prata
Hoje comemora,
E por esta data,
PARABÉNS, agora!


Homenagem feita a Maria Feijó pelos 25 anos de vida literária, na Biblioteca Regional de Copacabana – Rio de Janeiro.
A música é o A-IA-Ô, dos Cursilhos da Cristandade
Publicado em: 07/10/2006 10:18:14
Última alteração:26/10/2008 23:15:45


Marcos Coutinho Loures Sextina primaveril Para Maria Julieta Drummond de Andrade


Falar em primavera, em nosso tempo,
Pode implicar no estudo da Semântica,
Se a primavera vem depois do inverno,
Não se deve mudar esta seqüência!
Esperemos, assim, que a Primavera,
Possa chegar, mudando a Paisagem!

Cada estação se mostra, na paisagem,
Nas modificações que traz ao tempo!
As flores, na explosão da Primavera,
(verbo explodir, sem ilação semântica)
Brotam do solo, em natural seqüência,
Após o fim do tenebroso inverno.

É difícil viver, se faz inverno,
Pois nem se pode ver a paisagem...
Os dias que se passam, em seqüência,
Realmente não mudam, nesse tempo!
Ouso afirmar, munido da Semântica,
Que a vida é mesmo um dom da Primavera!

Busquemos sempre a Eterna Primavera!
Que não haja, entre nós, um novo Inverno,
Capaz de dar explicação semântica
Para as nuvens que roubam a paisagem!
Paremos, se preciso, o próprio tempo
Que ordena as estações, em tal seqüência!

Preciso acreditar que essa seqüência
Vá nos trazer a Eterna Primavera,
Tão esperada, neste nosso tempo!
Que se afaste de nós, um novo Inverno,
Onde tudo se explica, na paisagem,
Na artimanha das regras da semântica!

Mas não havendo explicação semântica
Que elucide, de todo, esta seqüência
De versos, nesta minha paisagem,
Que sejam eles, Flor da Primavera,
Surgida logo após tão denso Inverno
Que fez do NÃO PENSAR, o nosso tempo!

Se precisar, porém, uso da semântica
Para escrever, de novo, esta seqüência
Pois outro Inverno ronda a paisagem...


Nota É da escritora o seguinte comentário: Parabéns, a sua sextina está perfeita e bem melhor do que a minha. Mando para o senhor um pensamento cordial, neste difícil fim/começo de ano: Esperamos todos Que não haja, entre nós um Novo Inverno.
Buenos Aires, 21/XII/1978
Maria Julieta Drummond de Andrade
Publicado em: 07/10/2006 09:52:23
Última alteração:30/10/2008 19:29:52



Marcos Coutinho Loures Trovas temáticas As boas ações
As boas ações

Só palavras nada valem
Nem tampouco as intenções:
Se não formos pela estrada
Plantando boas ações...
Publicado em: 30/11/2006 18:29:33



Marcos Coutinho Loures Trovas temáticas I
Trovas temáticas

Gesto de amor

Não recuse, a quem merece,
Um simples gesto de amor:
Uma palavra, uma prece
Alivia o sofredor!

Teu ciúme

Vejo bem que o teu ciúme,
Que dizes ser bem pequeno;
Como o vidro de perfume,
Quanto menor, mais veneno...

Emprego ou trabalho?

Agora não dou mais sossego
E, se não der, sento o malho!
Já te disse: quero emprego,
O que não quero é trabalho!

O sábio e o Néscio

O sábio procura a paz,
O néscio promove a guerra!
Mas só quem ama é capaz
De dar amor a quem erra!

O saber

O saber- rico tesouro-
Que o justo deve guardar:
Vale mais que bens em ouro
Que os ladrões podem roubar!

Volta às aulas

A meninada, feliz,
Em festa vai para a escola:
Na pasta, um lugar pro giz,
Na perna, um lugar... pra cola...

O pôr do sol

O pôr-do-sol é tão triste,
Como a vida sem amor...
Vejo bem que nele existe
O espelho de minha dor...

O Tempo

O tempo foi dividido
Em dias, meses e anos;
E até chego a acreditar,
No mais cruel dos enganos,

Que é o tempo que vai passando!
Mas, se penso, acho graça
Pois vejo que, em vez do tempo,
É mesmo a gente que passa...

Quem parte

Quem parte, leva saudade,
Um dia, alguém ensinou;
Mas, ao partir – que maldade!
Saudades você deixou!

A industria de sabão “Piteira”, ao ver que estava faltando matéria prima (pita) para produção:

Plantem piteira nas hortas!
Pede a indústria muito aflita,
Fecharemos nossas portas
Pois não mais abunda a pita!

Amor eterno

Amor eterno, é verdade,
Você me diz que não vê!
Explique, então a saudade
Que hoje sinto de você!

Tentação

A mulher é tentação
Não existe quem o negue!
Por que procuro, ou então,
Diabo que me carregue?

Moda contra uso de sutiã

Sutiã não se usa mais!
Esta a moda do momento.
Em seus instantes finais,
As indústrias... de enchimento!

Males do analfabetismo

Não leste, nos olhos meus,
Algo de novo e secreto?
Mas como? Filha de Deus!
Pois eu sou analfabeto

Conversa de paquerador

Mulher, mulher, me perdoa,
Se parei pra te fitar!
Meu coração é canoa,
Teus olhos, um verde mar!

Mulher fazendo o serviço militar


Mulher-soldado não cola
Acaba co’o regimento
Pois todos vão dar bola
E vão ter... mau pensamento..

Homem jabuticaba

Jabuticaba parece
Com gente que eu sei quem é;
Pois logo depois que cresce,
Ele também... dá no pé!


O trovador

Nesta cantiga de amor
Sinto o drama que me invade
Que vale ser trovador
Tendo, por musa, a saudade?

O sorriso

O sorriso é como a prece
Saída do coração!
Também a rosa floresce
Sendo, primeiro botão!

Incêndio de amor

Nas horas de bem querer,
Mais depressa o tempo passa,
Incêndio que faz arder,
Deixa somente a fumaça!


Lembrança

Ao morrer minha esperança
Todo o bem me abandonou!
Vivo agora da lembrança
Que o seu amor me deixou...

Meu destino

Meu destino, vejo agora,
É fugir da realidade;
Fazer castelos, lá fora,
Viver sentindo saudade


Ilusão

Tudo é ilusão, nesta vida,
Sei o quanto isso é verdade!
Mas é cruel ver perdida
A ilusão – felicidade...

Mundo interior

Teus olhos que dizem tanto
De teu mundo interior,
Traduzem todo esse encanto
Da vida, plena de amor...

Teus olhos

Se em teus olhos há segredo
Que decifrar, não espero,
Ao vê-los, já sinto o medo
De neles ler: “não te quero”!

Vou mas volto

Digo adeus pois vou partir,
Outro fica em meu lugar;
Não chores... tenta sorrir
Pois se vou, torno a voltar...

Saudade

Quem não sentiu, num segundo,
Da paixão a tempestade,
Só passou por este mundo,
Não soube o que é ter saudade...

Sonhos

Sonhos, sonhos já me bastam
Por isso vivo a sonhar!
Se, de mim, todos se afastam,
Podes também se afastar!
Publicado em: 30/11/2006 20:55:26
Última alteração:01/12/2006 20:06:58

Marcos Coutinho Loures Comentando


O resultado das eleições aí está, comprovando as previsões de acurados observadores da realidade brasileira como Leonardo Boff e Frei Beto, por exemplo, feitas há mais de ano antes das eleições.
Das lições que as urnas nos trazem, algumas são particularmente preocupantes pois expõem o distanciamento histórico que as elites teimam em manter das camadas mais carentes da sociedade, os excluídos.
Infelizmente, a voz rouca das ruas parece não ter chegado aos ouvidos de muitos candidatos, mesmo aqueles que compõem a base de sustentação do governo, como se viu.
As candidaturas á Presidência da República, desde o primeiro turno, mostraram uma identidade programática só diferenciada no carisma que, de maneira inquestionável, faz parte da personalidade de Lula e faltava aos demais.

Sendo assim, nem mesmo as grandes denúncias de desvio ético provocada pelos “aloprados” ou que nomes tenham, conseguiram abalar as preensões de Lula que, como se viu, conseguiu perfeita identidade com nosso povo, dando-lhe a vez e a voz, que sempre lhe foram negadas.
Esperar porém, que a eleição de Luis Inácio Lula da Silva tenha resolvido todos os nossos problemas é, no mínimo, preocupante!

Mesmo que ele consiga, nos próximos anos, implementar todas as políticas sociais propostas em sua campanha, ainda assim, será muito pouco, diante das reais necessidades de nosso povo, tão abandonado pelas oligarquias, desde o descobrimento!

Ter realizado o debate a respeito de assuntos tão relevantes, este foi o grande saldo positivo do segundo turno e estamos certos de que isso favoreceu o nosso sentido de cidadania e deu sinais do Brasil que desejamos, para nossos filhos e para nossos netos!

Imaginar que isto basta para sedimentar as fortes conquistas sociais do nosso povo é verdadeiramente inconcebível mas não deixa de ser relevante.
É preciso que haja ainda, muitas mudanças no comportamento de nossos políticos e, por incrível que pareçam as modificações feitas nas eleições proporcionais deste ano, ao lado de alguns poucos aspectos positivos, favoreceu a eleição de outros que, em situações anteriores, não teriam nenhuma chance, por absoluta incapacidade moral ou financeira.

Todos sabemos que o famoso “Caixa 2” ainda está bem vivo entre nós e que inúmeros crimes eleitorais ocorreram, como o transporte irregular de eleitores e inúmeras outras incongruências que, na verdade, só serão banidas com leis mais rígidas e uma real reforma política.

Romper com este passado é tarefa gigantesca e pode requerer um amplo e definitivo pacto social, sem o quê teremos, no decorrer dos tempos, períodos de avanço e de retrocesso pois, como se sabe, em matéria de política, não há quem queira fazer concessões, mesmo aquelas destinada ao bem comum!

Isto se dá aqui, entre nós e é um fato comum, na história das Nações, como nos ensina Montesquieu.

Só nos resta esperar que as modificações propostas por Lula sejam defendidas pelo povo e por aqueles que amam nossa gente, como muitos dos nossos intelectuais, comprometidos com a VIDA e, não com a morte!

Tenhamos a coragem de, gradativamente, ir eliminando da vida pública, os corruptos, aqueles que se tornaram ladrões de nossa esperança, de nossa Fé e de nosso futuro, o futuro de nossos filhos e netos.

Em nome desta esperança é que acompanharemos o segundo governo Lula, na certeza de que ele saberá traduzir os anseios de uma gente sofrida e explorada, desde que o Brasil se fez colônia de Portugal!
Publicado em: 01/12/2006 16:35:29


Marcos Coutinho Loures Comentando
comentando
15 DE OUTUBRO DE 26

Aproxima-se o 29 de outubro e o debate sobre a corrupção endêmica no País é posto sobre a mesa, graças às recentes denúncias contra o PT.

Contrariando certas expectativas, a estratégia parece não ter dado certo porque os “defensores da moral e dos bons costumes” são representantes das oligarquias perversas, responsáveis pela fome e pela miséria ainda existentes, num país tão rico e promissor!

Há bem pouco tempo, em debates semelhantes, discutiam-se programas de governo, de acordo com a proposta filosófica dos partidos de sustentação das candidaturas, ao contrário do que está se vendo.

O mesmo se dá no campo das religiões, na disputa pelos fiéis, deixando o ‘crioulo” totalmente louco, na feitura do samba gospel.

Quem pode estar se sentindo órfão, no campo político, é o leitor indeciso que, ao contrário do que se pensa, como afirma Ziraldo, tem sim, boa memória, não se deixando enganar por argumentos fajutos.

Um pequeno esforço mental leva-o à conclusão de que na arte de jogar pedras sobre os adversários, todos têm o telhado de vidro....

Enquanto isso, ocorre um inócuo debate, mais a nível de programas policiais em que é questionado o destino dos reais, de pastas rosas doados a tribos tucanas e pefelistas ou dos dólares nas cuecas de notórios petistas, não menos assanhados e sem escrúpulos.

Valorizar tais tipos de denúncias, no mais crucial momento da vida política nacional, soa como um profundo desrespeito aos eleitores e não contribui para a consolidarão da democracia em nosso País.

O povo quer saber em que propostas votar, pois é impossível continuar suportando, como o mitológico Atlas, sobre os ombros, todo o peso de um mundo profundamente injusto que nada oferece aos menos favorecidos.

Um sinal de mudança pode estar aí nas escolas profissionalizantes que José Alencar está trazendo para Muriaé, depois de tantos anos em que, pelo decreto 402, de FHC, foram elas proibida em todo o Brasil!

Temos sim, como faz nosso Vice Presidente, que ouvir a voz rouca das ruas e, em tais ocasiões, nada melhor do que ouvir aqueles que sabem traduzir os anseios populares, com o coração e com sabedoria.

E dentre estes intérpretes estão a CNBB e Leonardo Boff, que podem servir de bússola para que não nos desviemos do Rumo Norte, sem risco de colisão, pois o confronto não interessa ao País e nem aos seus filhos.

Bem que tentam sufocar essas vozes mas elas não se dirigem aos ouvidos e, sim, ao coração de todos e, há mais de dois mil anos, ecoam por montanhas e planícies, a cada injustiça praticada contra os mais pequeninos, sendo impossível calá-las .

Estamos sim, no mundo todo, diante de uma luta de classes, de pobres contra ricos mas, aqui entre nós, ela se inverte, quando os poderosos propõem a fazer uma política rica para os ricos e pobre para os pobres.


Isto se dá com o aval dos mais esclarecidos, muitos deles, falsos intelectuais que se agregam ao poder, desprezando os miseráveis os desamparados da sorte, em troca de migalhas que sobram do banquete...

Jogar por terra tal estado de coisas passa a ser mais que um dever de cidadania e isto já nos foi ensinado, há mais de dois mil anos!

Assim está posto o desafio para esse segundo turno e não podemos nos omitir, por covardia ou por desonestidade intelectual.

Resta-nos ouvir a voz silenciosa e rouca das ruas para sabermos como votar, de acordo com o nosso coração e com nosso entendimento!
Publicado em: 01/12/2006 19:04:09


Marcos Coutinho Loures Comentando
Os que perdem seu tempo lendo estas minhas crônicas sabem que, às vezes, tento avivar a memória de muitos, a respeito de pessoas e acontecimentos que fizeram ou fazem parte do meu mundo.

Basta fazer um passeio pelo site que assino ou pelos blogs de minha responsabilidade, para fazer esta constatação.

Ricas em boas recordações, minha vida foi abençoada, por ter tido eu a oportunidade de conviver com pessoas realmente especiais.

Isto não quer dizer que as não citadas não mereçam igual destaque, como este que pretendo, hoje, dar.

Gente fora do comum, muito além de seu tempo, como Paulo Fraga, companheiro cursilhista que não se deixou contaminar pelo mal, nem mesmo quando teve que conviver no meio político, com figuras de conduta não recomendável... nem todas, é claro!

Agora mesmo, vieram-me à lembrança fatos relativos ao longo convívio que tivemos com o legendário e saudoso “Sargento Joaquim” e a sua querida esposa, Dona Elza Morais de Azevedo.

Desde o primeiro contato que tive com o Sargento Joaquim, chamou-me a atenção o largo sorriso, estampado num rosto de traços firmes e bem delineados, o rosto de um autêntico guerreiro!

O seu único objetivo na vida, era o de educar os filhos, dando-lhes a melhor escola e o mais decidido apoio, em todas as circunstâncias.

Para todos aqueles que se colocavam à margem da lei tinha um modo diferenciado de agir e era comovente vê-lo dar a mão aos mais necessitados, ajudando-os a sair do erro, da mesma forma como era implacável com os outros que teimavam em não seguir as suas recomendações.

O seu modo de vestir, quase sempre de branco, dava-lhe um charme especial, até mesmo quando numa roda de amigos, ao fazer um brinde com a melhor “branquinha “ não se envergonhava de derramar quase todo o conteúdo
“para o santo”, antes de se juntar ao grupo, no brinde proposto.

Reverenciado por muitos e temido por outros, assim foi Sargento Joaquim, amigo de todos os amigos, até o último dia de sua vida!

Tinha ele, como dissemos, como objetivo de vida, educar os filhos e, para isto, a todos acompanhava, com interesse invulgar.

Eles, sempre gentil e reverente, deixava de lado todas as formalidades quando o assunto era a defesa da família!

Um exemplo disso foi a maneira incisiva com que reagia a uma atitude de determinado professor que, sob a alegação de indisciplina, deu a nota zero a um dos seus filhos.

O pai zeloso, enfrentando a tudo e a todos, conseguiu provar que aquele zero por suposta indisciplina “feria todas as normas da pedagogia, pois a nota é para avaliar conhecimento e não comportamento”.

Lembro-me, finalmente, da lembrança que ele deu no aniversário de meu filho, o primeiro ano de vida: uma girafinha de borracha daquelas que serve como mordedor e enfeitam o quarto das crianças.

Há sim, no decorrer de nossas vidas, pessoas muito especiais, como Sargento Joaquim e Dona Elza.

Assim, nada mais justo que a eles render minhas homenagens pelas lembranças tão doces e tão queridas.

Resta-nos, ao fazê-lo, a certeza de que o amigo descansa em paz, pelo exemplo de pai, esposo e amigo, que deu em vida!
Publicado em: 02/12/2006 12:14:07


Marcos Coutinho Loures Crônicas e Artigos - Reforma Política
A proposta de se instalar uma Assembléia Nacional Constituinte que chegou a Lula, exclusivamente para livrar nossa política dos “penduricalhos” agregados por muitos anos de colonialismo e outro tanto de ditadura deve ser analisada com muito cuidado.
Estudiosos garantem que a ética política é bem distinta da judaico-cristã que inspira as leis e os códigos e isto, se não as torna excludentes faz com que sejam incompatíveis.
Interessante observar que experiências do passado demonstram que, para resolver o problema da violência, os pontos de vista são variados, dependendo da categoria profissional dos que dão suas receitas.
Delegacias de policia acreditam que a prioridade é instrumentalizar as polícias, com melhores equipamentos e construir mais penitenciarias.
Professores acham que a solução está na construção de escolas e, não de presídios!
Religiosos falam em fornecer, desde os primórdios da vida, uma sólida cultura religiosa, com base em famílias bem estruturadas, no respeito às leis divinas.
Em resumo, uma Assembléia instalada para resolver problemas políticos deve ser constituída de políticos, cabendo aos especialistas de outras áreas darem a eles, o suporte técnico necessário para colocarem no papel, as idéias que tiveram.
A dificuldade será, sem dúvida, encontrar uma maneira de escolhê-los, num universo tão comprometido com a desonestidade e o embuste.
Achar bons políticos, capazes de querer mudar alguma coisa, este é o “x” da questão!
Publicado em: 01/10/2006 14:03:43
Última alteração:26/10/2008 22:42:27

Marcos Coutinho Loures e Maria Feijó - Renascer dos Sonhos

A poetisa Maria Feijó, deu-me as duas quadras, desafiando-me a terminar o soneto. Assim nasceu esse Soneto a quatro mãos.


Dos muitos sonhos que sonhei, na vida,
Ficou o teu somente, a me trazer
Doces lembranças de uma fase, tida
Como a mais linda, deste meu viver!

Foi palmilhar de estrada colorida,
Iluminada ao sol entardecer...
Das ilusões, enfim, a mais querida,
Um doce encanto, me enfeitando o ser!

Assim, quando a tristeza, o peito oprime
E a lágrima que cai molha o meu rosto,
Posso sentir o quanto foi sublime

Ter tido, em vida, o amor-eternidade,
Que afastando, de mim, todo o desgosto,
Traz-me a alegria, em forma de saudade...
Publicado em: 01/09/2006 16:56:25
Última alteração:16/12/2006 23:36:23

Marcos Coutinho Loures - Editorial Religião...
Editorial

Temos visto, com preocupação, como a intolerância religiosa anda grassando em todo o mundo, indicando a existência de milhões de desocupados cujos únicos interesses é o de defender os interesses das religiões que professam.

Fatalmente, chegaremos ao ponto de encontrar, na rua, um fiel que, encostando um punhal em nosso peito, oferecerá uma das opções:
-Ou morre ou segue as normas de minha religião!

Bons tempos aqueles em que as pessoas, embaladas pelo Imagine ou pela voz de Presley, podiam, tranquilamente, caminhar em direção ao inferno, sem que corressem o risco de serem impedidas por alguém, tentando salva-la do fogo eterno que, como sabemos, foi o primeiro moto-contínuo citado nas escrituras.

Seria muito bom se Quevedo ou Van Ballen pudessem explicar melhor esse negócio de demônios, capetas, diabos...

À semelhança de Buda e Kardec, o que temos visto é o aparecimento de alguns bispos que já bolaram uma convivência moderna, entre nós, pobres mortais e os deuses do Olimpo, com a diferença que o panteísmo pagão foi substituído pelo monoteísmo cristão onde UM é igual a TRÊS.

Mais recentemente, aparece o império cibernético onde 1 é igual a 1, 2 é igual a 10, três equivale a 11 e o cabalístico 7 é igual a 111. E como 111 é o número de mortos no Carandiru, é bom parar, antes que os simpatizantes do Cel. Ubiratan pensem que estamos falando mal de um santo.

A propósito, Santo Padre Bento XVI, por que Vossa Santidade foi se recordar de uma frase dita por alguém, logo depois da expulsão de Adão e Eva do Paraíso, em vez de tentar, como Lula, acabar com a fome do mundo?
Não seria mais proveitoso?
Publicado em: 15/11/2006 10:33:44
Última alteração:26/10/2008 22:44:43

Marcos Coutinho Loures - Editorial Revista e Constrangimento
Editorial Do Correio Muriaense

Com grande veemência, a OAB – Ordem dos Advogados do Brasil – condenou o pacote antiviolência, no ponto em que ele prevê a revista dos advogados, na entrada das penitenciárias, pelo método tradicional de apalpar os suspeitos.

A alegação é de que o simples ato de apalpar uma pessoa representa um constrangimento significativo que retira da pessoa humana um grau de dignidade podendo ser considerado aviltante.

Parabéns à OAB que, na defesa da classe se mostra tão zelosa mas seria bom que ela se manifestasse a respeito das Revistas a que são submetidas nossas crianças, tanto na entrada das escolas onde se realizam eventos esportivos quanto no recinto da Exposição sendo que, como agravante, tais revistas são feitas por guardas de segurança cuja estrutura parece não adequada a este tipo de “abordagem”.

Não custa relembrar que, ao que tudo indica, em tais casos fica caracterizado o “constrangimento ilegal” a que meninos e meninas são submetidos sob os olhares omissos de pais e educadores.

Que a OAB – Seção de Muriaé, se manifeste a respeito do assunto, tomando como ponto de partida o Estatuto da Criança e do Adolescente, já que pais e educadores têm se omitido, em detrimento da formação integral de seus filhos e tutelados.
Publicado em: 15/11/2006 10:06:27
Última alteração:26/10/2008 22:44:51

Marcos Coutinho Loures - Editorial Era Dunga
Editorial do Correio Muriaense

A “era Dunga” na Seleção Brasileira de Futebol começou de uma forma surpreendentemente positiva, especialmente se levarmos em conta a vitória sobre a sempre temida Argentina de Tevez e Mascherano.

Mas, a ser verdade o noticiado pela grande imprensa, não podemos concordar que o fracasso da Copa 2006 esteja sendo colocado na conta dos jogadores exclusivamente.

Dizer que Dunga colocou Kaka, Ronaldinho de castigo, da mesma forma que vem fazendo com Ronaldo o Fenômeno pelo desempenho dos três na Copa do Mundo é mais do que um desrespeito à inteligência do torcedor.

O que, de fato, aconteceu na Copa foi que a seleção foi mal treinada e ma escalada e, desta forma, teria mesmo que perder.

Todos sabemos que, no Brasil, se o técnico quiser, pode escolher 10 seleções diferentes, com chances de ganhar a Copa do Mundo, tal a quantidade de bons jogadores que temos. Mas, para tal, é preciso um bom treinamento feito por um técnico competente, coisa que Zagallo já foi e Parreira, nem pensar.


Zagallo, Ronaldo, Cafu, Roberto Carlos foram escalados com o objetivo de baterem alguns recordes individuais em prejuízo do grupo.

Se alguém tem que ser colocada de castigo teria que ser a cúpula da CBF e não nossos jogadores que tanto nos enchem de orgulho, nos campos de todo o mundo.

O reto é tentativa de desviar as atenções e Dunga não pode aceitar o papel de dedo-duro, cuspindo no prato em que, como jogador, comeu um dia!

-Ou estamos errados?
Publicado em: 15/11/2006 10:16:52
Última alteração:26/10/2008 22:44:47

Marcos Coutinho Loures - Editorial Oriente Médio e Bolívia
Acontecimentos graves, no âmbito internacional marcaram há poucos meses, com o agravam dento das tensões no Oriente Médio, especialmente entre Israel e o mundo árabe.
Tiveram tais fatos grande repercussão aqui no Brasil, País que tem recebido, em ambiente de paz, árabes e judeus, dando-lhes iguais oportunidades de vida e tratamento igualitário.
Mesmo algumas declarações destemperadas de certos líderes políticos, segundo as quais, a morte de brasileiros, vitimados pela artilharia israelense, significava uma declaração de guerra entre os dois países, mudaram o humor da diplomacia nacional.
Numa reunião do Mercosul onde assumiu a presidência daquele organismo, o Presidente Lula, ao se referir ao conflito entre árabes e judeus, disse que “só nos restava condenar os dois lados, pois se Israel estava reagindo de maneira desproporcional às preposições do hezbollah, os foguetes lançados contra Israel não iriam resolver problema algum, a não ser os problemas financeiros de quem fabricava aqueles artefatos bélicos”
A atuação ponderada de Lula parece irritar certos segmentos políticos internos, adeptos do “quanto pior, melhor”
Para esses grupos, já no episódio do gás boliviano, o Brasil deveria ter reagido energicamente e “energia” para essa gente significa com violência, até com declaração formal de guerra ao país amigo,
Eles devem pensar assim porque, na verdade, não têm filhos ou netos que possam ser convocados para frente de batalha. Ou se tiverem, esperam dar “um jeitinho” e só mandar para lá pobres e filhos de pobres.
Ou será que estamos errados?
Publicado em: 01/10/2006 09:33:18
Última alteração:26/10/2008 22:42:22




Marcos Coutinho Loures - Editorial Ortoeutanásia
Editorial

Desenvolve-se, em nosso país, uma nova maneira da medicina encarar os desafios de uma doença terminal, bem diferente das duas concepções dominantes até então e conhecidas como opostas: a eutanásia e o prolongamento das funções vitais, pelo maior tempo possível, a qualquer preço.
O novo modelo é conhecido como “ortoeutanásia” e pode ser conceituado como intermediário pois tem como objetivo proporcionar aos terminais uma morte digna, sem provocá-la.
Na ortoeutanásia, a Medicina tem em vista a qualidade de vida do paciente que, mesmo acamado, deve ser a melhor possível.
Nela, ficam descartados os tratamentos cujo único objetivo é o de prolongar a vida, mesmo à custa de intenso sofrimento do paciente e da família bem como a aplicação de remédios capazes de abreviá-la, como prescreve a eutanásia.
Um dos óbices a ser vencido é o que define a Medicina como uma intensa batalha contra a morte e, para tal coloca à disposição do profissional da área, uma gama de medicamentos e equipamentos, cada vez mais sofisticados, capazes de prolongar uma vida vegetativa indefinida a doentes terminais.
Nem eutanásia, nem vida artificialmente mantida esta a nova proposta que anda sendo discutida em tribunais éticos do mundo inteiro.
Como a virtude está no meio, estamos certos de que a ortoeutanásia, dentro de pouco tempo, passará a fazer parte da rotina médica, não só aqui, entre nós, como em todo o mundo!
Publicado em: 01/10/2006 09:21:56
Última alteração:26/10/2008 22:42:18




Marcos Coutinho Loures - Editorial Pássaros
Editorial

O calçadão da JK é uma vitrine, onde se pode observar de tudo, das mais bucólicas às mais esdrúxulas manifestações culturais de nossa terra.
Há dias, ao passarmos por aquela avenida, tivemos nossa atenção despertada por um jovem que, apontando para uma das árvores, mostrava um ninho de “trocal”, uma espécie de pomba, muito comum nos arrozais, de onde se podiam ver dois filhotes, à espera de comida.
Dizendo-se especialista em animais, aquele jovem, não se contentava em condenar a escolha dos pais, pela localização do ninho que, segundo ele, deveria ser feito do outro lado do Rio Muriaé, em virtude da poluição sonora que a Avenida JK traz para as árvores situadas no calçadão.
Não satisfeito com isto, ele começou a falar sobre a consistência do ninho, incapaz de proteger adequadamente os filhotes que corriam o risco de cair da árvore, segundo o especialista.
Realmente, os argumentos do expositor, eram acentuadamente claros e pareciam ter uma lógica admirável se não fosse um ponto fundamental: será que nós, humanos, somos mesmos capazes de ensinar os pássaros a fazer ninhos?
O episódio levou-nos a pensar naquela frase de Simonsen, depois de ouvir uma belíssima palestra de um brilhante professor de economia da USP – Universidade de São Paulo:
“No Brasil quem sabe, faz e quem não sabe, ensina...”
Para sermos mais diretos e complementares, poderíamos acrescentar:
“... até mesmo ensina pássaros a fazer ninhos...”
Publicado em: 01/10/2006 09:00:05
Última alteração:26/10/2008 22:42:08

Marcos Coutinho Loures Histórias do Interior A Onça
Histórias do Interior

Um caipira, depois de muito relutar, foi convencido a dar um vôo num teco-teco, sob o argumento de que o aparelho era muito seguro.

Além do mais, como o vôo era sobre a floresta amazônica, caso ele caísse, iria encontrar o tapete as árvores para evitar o choque do aparelho com o solo.

Acabou acontecendo aquilo que todo mundo já sabe: com meia hora de vôo, o avião perdeu altura e despencou, deixando o piloto e o nosso Jeca-Tatu pendurados, na copa de um jequitibá frondoso.

Depois de muito esforço, os dois conseguiram descer da árvore e já se preparavam para procurar socorro, quando o caipira, homem tarimbado, ou pelo cheiro, afirmou que havia onça no pedaço...

Tanto o nosso amigo quanto o piloto começaram a temer o ataque da onça mas o caipira, recuperando a calma, começou a calçar aquela velha botina que havia trazido no passeio aéreo.

O piloto, mesmo sob enorme tensão, ao ver aquela cena não se conteve e começou a rir zombando do matuto:

-Não vai me dizer que você está calçando as botinas porque pensa que pode correr mais do que a onça!
- De jeito maneira – responde o caipira.
-Então se não é para isto, por que é que está calçando as botinas?
-Mais do que a onça eu sei que não corro! O que eu quero é correr mais do que você!

O piloto sabia comandar um avião mas, pelo visto, não entendia nada da relação entre o homem e a natureza... Especialmente se houvesse onça no meio...
Publicado em: 15/11/2006 09:56:31
Última alteração:30/10/2008 19:02:38

Marcos Coutinho Loures Histórias do Interior As coisas boas da vida
Histórias do interior

Dois amigos conversavam sobre as delícias da vida, encontradas nas Artes, nas ciências, na culinária, nos esportes, na vida familiar e em tantos outros ramos do conhecimento humano.
Um matuto, a certa distância, ouvia as considerações sobre a beleza dos espetáculos promovidos pelos Três Tenores – Pavarotti, Plácido e Carreras ou pela magia da vida noturna de Las Vegas, pelo encantamento da Cidade Luz, pela força das cataratas do Niágara , enfim, por tudo o que há de belo e grande na Natureza!

Em dado momento, nosso caipira resolveu entrar no papo e fez a seguinte pergunta aos dois amigos:

- Tá tudo muito bem, tá tudo muito bom mas eu queria que ocês me dissessem quais as três coisas mais mió que há no mundo!
- As três coisas melhores? – corrigiu um deles.
- Sim – confirmou o matuto. E completou: Quero saber quais são as três coisas mais melhores que há no mundo!
-Não sabemos – disseram os dois
E o caipira explicou:
-As três coisa mais melhores do mundo são DINHEIRO, MULHER E BICHO DE PÉ.
- O quê? Exclamaram os dois. Bicho de pé? E pra que serve esse tal de bicho de pé?
Enquanto acabava de enrolar o fumo na palha de milho, o caipira explicou:
-Ora, Sô, se você tem dinheiro, tem mulher, mas o bicho num tá de pé, prá que serve a muié e o dinhêro?
Mais não disse e nem precisava dizer.
- E ainda tem gente que duvida da inteligência do nosso Jeca-Tatu...
Publicado em: 15/11/2006 09:42:31
Última alteração:30/10/2008 19:02:45

Marcos Coutinho Loures Histórias do Interior O cavalo tarado
Histórias do interior

Quando o amigo Édson do Espírito Santo tomou a decisão de não mandar castrar o seu cavalo Montanha, ele não podia imaginar as encrencas que estavam por vir...

Edson era um feirante de Muriaé e tinha muitas razões para não submeter seu animal ao vexame pois ele precisava de um bom reprodutor para cobrir as éguas de sua propriedade e aquele cavalinho parecia o ideal para o “árduo serviço”.

Trazendo os produtos rurais, três vezes por semana, numa charrete puxada por Montanha, nosso amigo estava, como se diz, numa boa.

Certo dia, após ter montado sua barraca e ter deixado Montanha amarrado numa árvore, Edson foi surpreendido por uma gritaria infernal, seguindo-se de um corre-corre e de chamados desesperados:
- Édson, Vem cá! Corre aqui!

Ao ir ver o que estava acontecendo, o feirante teve a surpresa ingrata de ver o Montanha cobrindo um BURRO, em plena via Pública, depois de arrebentar o freio que o prendia à árvore.

A muito custo, conseguiram separar os dois e, naquele dia, o Fiscal da Feira chamou nosso amigo para uma conversa, por causa daquela “pouca vergonha”...

Edson prometeu dar um jeito e, a partir daí, só trazia o cavalinho depois de ter deixado que ele transasse com uma égua.

Mesmo assim, um mês depois, o fato se repetiu: Montanha partiu para cima de um outro cavalo que, por não ter reagido ao “ataque”, ficou totalmente desmoralizado, entre os feirantes!

O dono do outro animal ficou uma fera e pediu indenização e o Fiscal da Feira ameaçou expulsar o Édson, caso ele trouxesse, de novo, o Montanha em sua carroça.

Hoje, pela fama adquirida, dizem que o Montanha é “o cavalo que tem mais filhotes, nesta região de Muriaé”...
Publicado em: 15/11/2006 09:28:22
Última alteração:30/10/2008 19:02:55


Marcos Coutinho Loures - Histórias do Interior
Histórias do interior

Na Capetinga, terra natal do Nérso, um fato chamou a atenção de todos e, em nome da verdade, passo a contá-lo aqui, do jeitinho que me contaram, há muitos anos...

Um fazendeiro, já idoso, tinha o hábito de caçar e , por um destes acasos, certo dia, matou uma fêmea de veado que, infelizmente, estava ainda amamentando um veadinho, frágil e arredio.

Ao ver o dano que havia causado ao filhote, seu Anastácio- este o nome do fazendeiro – resolveu adotar o mesmo e passou a criá-lo, com grande amor.

Com o passar do tempo, seu Anastácio descobriu que o veadinho era muito mais inteligente que os cães de caça da fazenda.

Assim sendo, resolveu ele “testá-lo” numa caçada ás onças que surgiam, de vez em quando, na sua fazenda.

Na primeira caçada, o homem teve uma enorme surpresa quando o veadinho entrou na toca de uma onça e, segundo depois, saiu correndo com uma onça pintada em seus calcanhares.

Inteligentemente, o veadinho corria em círculos e, ao notar que o seu Anastácio engatilhava a espingarda, o bichinho parou, fazendo com que a onça também parasse, preparando o bote, tempo necessário para que o fazendeiro acertasse uma bala, na cabeça do grande felino.

A partir daí, quando alguém quisesse caçar onças, ia lá, pedir emprestado o veadinho que, segundo se sabe, ficou conhecido como o primeiro veado caçador de onças, das Minas Gerais...
Publicado em: 01/12/2006 21:43:53


Marcos Coutinho Loures - Histórias do Interior
Quando chegou a Cachoeira Alegre, Padre Nonato encontrou uma comunidade bastante receptiva, mas igualmente necessitada de ações pastorais e, neste ponto, ele era imbatível.

Profundamente identificado com a alma do povo, em pouco tempo ele angariou o respeito de todos, independentemente da denominação religiosa ou de convicção política.

Certa vez, ele foi procurado por um grupo de senhoras que, apavoradas, foram lhe pedira para expulsar o demônio que se apossara de uma jovem, numa distante fazenda.

Acostumado a situações semelhantes, Pe Nonato não pensou duas vezes: munido de todo o material necessário, subiu em um cavalo que ali estava esperando por ele e se dirigiu ao local onde o capeta havia se manifestado.

Uma hora depois, antes de abrir a última porteira, pôde ele ouvir os gritos desafiadores da moça possuída:

-Vem cá Zezinho, seu sem vergonha! É você que tem roubado as galinhas da Dona Mariquinha, não é mesmo?

Logo depois mudando de tom, a jovem continuava:

-Chega aqui, Tuniquinho! Vou contar como você passou a perna nos seus irmãos, na herança de seu pai!


Ao ouvir aquilo, Pe Nonato parou, pensou duas vezes e, ao dar meia volta, comentou com as senhoras que chegavam em um Ford 29:

-Sabe, vou deixar esse exorcismo para amanhã. É que hoje, fui pego de surpresa e ainda não fiz minha confissão semanal com o Padre Américo.

Já na última curva da estrada, ele ouviu o desafio que partia da jovem:

-Volta Padre! Pode voltar que eu não vou contar o quê que o senhor diz das mulheres que ficam conversando, na hora da Missa...
Publicado em: 01/12/2006 23:03:24


Marcos Coutinho Loures - Histórias do Interior
Histórias do interior

Dois amigos conversavam, na porta de um barzinho, em uma conhecida cidadezinha do interior de Minas Gerais.

Um deles, tentando se convencer do grau de solidariedade do outro, fez-lhe a seguinte pergunta:

-Se você, por acaso, tivesse cinco fazendas, seria capaz de dar uma para mim?

-Mas é claro! – respondeu o outro, para alegria do seu inquiridor.

-E se você tivesse cinco automóveis, você jura que me daria um deles?

-Juro de pés juntos, respondeu o outro, sem pestanejar!

- E se o amigo tivesse cinco galinhas, não daria uma para mim?

Do mesmo jeito e com a mesma rapidez, o outro respondeu:

-É claro que não!

Arregalando os olhos diante da negativa, o amigo ainda argumentou:

-Mas se você é capaz de dar uma fazenda, um carro, porque você não me daria uma simples galinha?

Com a sabedoria do mineiro, o homem respondeu.

-Sabe cumpade; é que, cinco galinhas, eu tenho de verdade...

Pensando bem, está conversa está muito parecida com certas promessas de políticos, candidatos, às vésperas das eleições, saem prometendo a torto e a direito, na esperança que os eleitores caiam na sua conversa...
Publicado em: 03/12/2006 12:42:48

Marcos Coutinho Loures - Histórias do Interior
Já disseram que cachorro é gente, mas para os habitantes das fazendas do interior, cachorro, muitas vezes, é mais que gente.

Assim, não foi nada surpreendente quando os donos de Tigre, um belo pastor alemão, foram procurar um desses missionários evangélicos, ávidos por dinheiro, que fazia seu trabalho, numa igreja recém inaugurada na única rua da vila.

-Bom dia, Pastor!

-Bom dia, o que é que os irmãos desejam?

-Sabe, Pastor, nosso cão de estimação morreu ontem à noite e nós queríamos que o Senhor fosse até à fazenda, fazer a encomenda da alma do pobrezinho.

-Impossível! Que coisa mais absurda! Onde já se viu encomendar alma de cachorro?

-Mas, Pastor, para nós ele era mais que gente, era como se fosse um membro da família!

-De jeito nenhum!

Com aquela resistência, os donos do cachorro morto apelaram:
-Eu queria que o senhor soubesse que, para batizar o cachorro, nós pagamos mil reais e que para enterrar não vamos fazer questão do preço.

Com um argumento tão forte, o missionário sorriu e antes de dizer sim, ainda exclamou:

-Puxa vida! Porque você não disse antes que o bichinho era crente?
Publicado em: 03/12/2006 13:25:56
Marcos Coutinho Loures O AMOR

Não quero decifrar-te! Sei, apenas,
Que pareces, do amor, desiludida;
Nem consegues, nas coisas mais pequenas,
Sentir toda a beleza que há na vida!

O amor não se limita a horas amenas,
Se traz, no coração, nova ferida...
Não é jardim de lírios e açucenas,
Nem é suprema dor, desconcebida!

Ele é talvez, um novo e ardente amigo
Que ao te livrar da dor e do perigo,
Não permite que caias na sarjeta!

É destino e conquista e é sentimento,
Que, na forma de dor e sofrimento,
É a larva que se torna borboleta!
Publicado em: 30/11/2006 21:01:03
Última alteração:02/12/2006 07:44:50


Marcos Coutinho Loures - O Deus da Raça
O Deus da Raça

-Rondinelli? Dunga?
-Não! Bem antes deles, um grande jogador de Muriaé, incorporou o espírito guerreiro que deve comandar as ações do craque, durante uma partida de futebol: O inigualável Miguel Lanoglia!
Para ele não havia bola perdida. Quando a jogada era dividida, entre ele e qualquer outro adversário, você podia apostar que, enquanto o outro ficava no chão, a bola ficava nos pés dele, meiga e obediente!
Se, por acaso, extenuado pelo cansaço da partida, um ou outro companheiro de time se acomodasse, dando uma paradinha para respirar mais fundo, ele saía lá de trás e “pagava geral”, até mesmo para o Corisco e o Dominguinhos, craque nacionalino que parecia jogar de terno e gravata, de tanta elegância no trato com a bola!
Com ele, a defesa do Nacional era imbatível e ao Corisco, só restava fazer um golzinho para que a partida terminasse 1 x 0, com mais uma vitória do NAC.
A história do futebol cita muito o Rondinelli e, mais recentemente o Dunga, como exemplos de força, liderança e determinação , nos campos e fora deles.
É que os famosos cronistas não tiveram a oportunidade de ver jogar o grande Miguel Lamoglia; este sim, o primeiro e único Deus da Raça que, durante muitos anos, doou sangue, suor e lágrimas às cores do Nacional, clube que amou por toda a vida!
Quem quiser saber mais a respeito dele, converse com alguém da Velha Guarda, especialmente os seus colegas de time.
Estamos certos de que, assim como nós, todos os que conheceram melhor a vida e a obra deste ídolo do passado, passarão a ter orgulho do nosso Miguel Lamoglia, o Deus da Raça!
Publicado em: 01/10/2006 09:11:34
Última alteração:26/10/2008 22:42:14

Marcos Coutinho Loures O relógio e o tempo

Na parede, o relógio ali na sala,
Repetindo, das horas, o abandono,
Na pendular cadência, às vezes fala
Ao coração que está chegando o outono...

E posso ver, das horas, nas batidas,
Lembranças pelos ventos espalhadas;
Pétalas de flores, ressequidas,
Nem mais pela saudade, perfumadas...

Da humana essência, o tempo não conhece
As aflições que nascem do vazio,
Como a gota da chuva desconhece
Ser ela que formou o grande rio!

Se o relógio, porém, volta ao começo
E o rio, em gotas, outra vez se torna,
O tempo, nas agruras que padeço,
Como a vida que passa, não retorna...
Publicado em: 30/11/2006 21:04:47
Última alteração:02/12/2006 07:44:07

Marcos Coutinho Loures Acordes do Coração De tanto amor...
Acordes do Coração
Tema – De Tanto Amor Roberto Carlos

Eu venho aqui, amor, para falar de uma saudade imensa que vai chegar, agora e para sempre...
Venho me despedir das ilusões que fizeram de mim um sonhador, mas levarei comigo aqueles sonhos, já transformados em saudade, na saudade que vai chegar agora e para sempre...
Nada condeno em ti, pois nosso amor valeu a vida, e valeria mil vidas, se mil vidas tivessem os mortais!
Eu me culpo, porém, por ter te amado tanto assim, como jamais alguém amou na vida... Ouve o canto final de nosso amor:

Para sempre terei uma saudade
Do teu primeiro olhar, há tantos anos,
Quando ruir, ao som dos desenganos,
O meu castelo da felicidade...

Os teus carinhos, quentes e profanos,
Para sempre terei uma saudade,
Quando chegar ao fim, a intensidade
Do amor que torna Deuses, os Humanos.

Como esquecer teus lábios sensuais
Cansados dos meus beijos? Nunca mais...
Olvidar os teus carinhos... Não, não há-de

Meu ser fazê-lo! Amor, dos teus cabelos,
Desses teus olhos meigos e tão belos,
Para sempre terei uma saudade...
Publicado em: 03/09/2006 14:43:58
Última alteração:26/10/2008 22:42:05

Marcos Coutinho Loures Acordes do Coração - Traumas
Programa – Muito mais que uma lembrança
Quadro – Acordes do Coração
Música Tema – Traumas

O tempo tem ficado cada vez mais curto, todos estão com muita pressa e não podem dar mais atenção a coisas aparentemente sem importância, como os anjos.
Sim, os anjos, deliciosamente protetores que existem ao lado dos demônios, desde os primeiros tempos...
Quem,hoje em dia, se importa com estas criaturas aladas e transparentes que zelam pelo sono das crianças, afugentando os fantasmas sempre terríveis, soltos pelo ar?
Foi você, meu pai, alma de minha alma e um pedaço de mim, que trouxe os anjos para o meu mundo, ensinando-me os procedimentos para tê-los amigos e companheiros...

Mas eu cresci e, ao crescer, não percebi que, um a um todos eles se foram, ficando apenas nas minhas lembranças, como fantasias de um tempo distante...
E hoje, ao me sentir cercado por mil demônios e sem a proteção dos anjos, eu busco por você, meu pai, para velar por meu sono, fazendo-o leve e tranqüilo, como nos tempos de outrora...
Como seria maravilhoso sentir suas mãos deslizando sobre meus cabelos, descendo sobre meu rosto, e enxugar as lágrimas que a vida me trouxe...
Como seria bom voltara a ouvir as suas palavras, as palavras da compreensão e de afeto de quem, ao contrário de mim, passou pela estrada da vida, dominando todos os fantasmas que me atormentam agora...
Eu gostaria de pedir perdão, mas será que a culpa dos meus tropeços é somente minha?
Ou será que a culpa é daqueles anjos que me abandonaram, deixando-me só e ferido?
Seria tão bom, meu pai, ter você a meu lado, mas você também está com muita pressa e, assim como os anjos, você me deixou, entregue aos demônios que, só você, meu querido pai, é capaz de afugentar..
Publicado em: 03/09/2006 14:26:21
Última alteração:26/10/2008 22:41:57

Marcos Coutinho Loures Acordes do Coração Música tema – A primeira vez Roberto Carlos..


Todas as mulheres que passaram por mim, durante a vida, tinham feições estranhas e desconhecidas.
Olhavam-me com os olhos perdidos no horizonte e, a cada encontro distanciavam-se mais e mais, até desaparecerem para sempre...
Quando te vi pela primeira vez, foi bem diferente:
Tive a nítida impressão de que te conhecia, em algum lugar e de algum tempo, perdidos no emaranhado das minhas lembranças.
Ao te falar das minha certezas, o teu sorriso familiar mostrou-me que, de alguma forma, o destino havida colocado, à minha frente, aquele amor que determina todos os meus passos, nos caminhos do existir, nesta vida e nas vidas anteriores, através dos séculos de mistérios que nos envolvem.
Naquela noite em que, pela primeira vez, nós nos encontramos, a madrugada chegou trazendo a chuva que nos viu abraçados e lavou toas as impurezas de nossas almas
Na seqüência de nosso amor, purificados pela chama do desejo, encontrei em teus lábios todos os sonhos impossíveis... E quando ,pela primeira vez, o amor se fez, vivi a sensação da eternidade, num momento de infinito prazer.
Mas, pela primeira vez, descobri em teu olhar, o mesmo olhar de todas as mulheres...
E co’o olhar perdido no horizonte sem fim, vi teu vulto desaparecer nas brumas do passado, enquanto ressoava no camarim de meu desespero, a última palavra de nosso amor: adeus...
Publicado em: 03/09/2006 15:08:50
Última alteração:14/12/2006 13:44:30

Marcos Coutinho Loures Acordes do Coração Vivendo por Viver
Acordes do Coração.
Música tema – Vivendo por Viver – Roberto Carlos


-Como tudo terminou...
Ao me ver aqui sozinho, sozinho e a seu lado, sinto-me como um pássaro ferido, com as asas do sonho se arrastando pelo duro chão da realidade que hoje vivemos...
Nenhum sorriso, nenhuma palavra de carinho, nenhum gesto de ternura! Apenas o chão, onde seus pés descuidados esmagaram meus valores, tirando-me a alegria de viver...
Nas ruas e nas calçadas por onde passo, eu me perco á procura do nada, oprimido pelos sorrisos que cruzam o meu caminho, apesar de minha dor que, inutilmente, pede passagem.
Quando a noite chega, inundando de trevas o meu coração, olho para o lado de minha cama e vejo você dormindo.
As lembranças de um tempo distante tomam conta de mim e penso em reviver o antigo amor, tentando acariciar seus cabelos e afagar o seu rosto.
Mas eles se afastam de minhas mãos, tirando-me a esperança de voltar a ser feliz...
No fundo do baú de minhas fantasias, encontro restos de um vestido de criança, de uma boneca que a vida nos deu, como parte de nossos planos.
Cúmplices de nosso desencontros, se foi você quem fez em pedaços aqueles planos, fomos nós dois que, sem o saber e sem o querer, destruímos nossos sonhos de felicidade.
Enquanto espero que você volte a sorrir para a vida e para o amor, a solidão me invade e eu me agarro às lembranças daquilo que você foi, para sentir a sua presença, seja como for...

Como pássaro ferido, aguardo a chegada de um novo dia, o dia em que, juntos, haveremos de reconhecer os nossos erros e, abraçados e chorando, recolheremos o que sobrou de nossas vidas e de nossos planos, reconstruindo o nosso amor.
E enquanto espero o novo dia chegar, sem motivos, vou vivendo... Vou vivendo sem você...
Publicado em: 03/09/2006 14:55:49


Marcos Coutinho Loures - de domínio público
Joãozinho, como não podia deixar de ser, tinha horror à escola.
Assim, foi com grande surpresa quando sua mãe ao recebê-lo de volta, à tarde, ao fim do primeiro dia de aulas, verificou que ele vinha sorrindo feliz e comentou:
Fico feliz em ver que você gostou muito da escola, não é mesmo Joãozinho?
Ao que o levado menino retrucou:
Peraí, mãe! Não confunda ida com volta...
Publicado em: 01/12/2006 15:44:09


Marcos Coutinho Loures - de domínio público
Pois o mesmo Joãozinho chegou á escola e foi logo inquirido pela professora:
-Juquinha, por que você não veio à aula, ontem?
-É que fui mordido por uma abelha, fessora.
-Que pena! E onde a abelha mordeu?
-Não posso dizer, fessora.
-Tá bom, não vou obrigar você a me dizer, mas pode ir o seu lugar e sentar-se.
-Também não posso me sentar fessora...
Publicado em: 01/12/2006 15:47:20



Marcos Coutinho Loures - de domínio público
Um grande e vitorioso empresário, desses que acumularam milhões de dólares em patrimônio, chama a secretária e determina:
-Quero uma reunião para sexta feira.
Instintivamente, a secretária quis saber se sexta se escrevia com x ou s e ele responde?
-Bem... Muda a reunião para quinta feira mesmo...
Publicado em: 01/12/2006 14:50:04
Última alteração:01/12/2006 15:01:11



Marcos Coutinho Loures - de domínio público
Padre Marcelo estava fazendo sua pregação numa praça lotada de uma cidadezinha do interior. Ao longe, “um ônibus do tipo ‘jardineira”, preparava-se para deixara o ponto, carregado de passageiros.
Pregando à multidão, Padre Marcelo cantava:
-Ave, A-ve A-ve Maria...

De repente, ao notar que o ônibus havia perdido o freio e descia a rua ,a toda velocidade, em direção á multidão, o Padre parou de cantar e começou a gritar a plenos pulmões:
-OLHA A JARDINEIRA!!!!

Imediatamente, a multidão desandou a cantar:
“Ô jardineira, por que estas tão triste?
O que foi que aconteceu...”
Infelizmente, naquele dia, todos tiveram que chorar a morte de muitas camélias, atropeladas pela jardineira, carregada de passageiros...
Publicado em: 01/12/2006 15:11:26



Marcos Coutinho Loures - de domínio público
Um norueguês pulou de pára quedas mas não conseguiu abrir o pára quedas principal. Tentou acionar o secundário que também falhou,
Ao olhar para baixo, viu um conterrâneo subindo em sua direção, ao passar por ele, o pára-quedista perguntou:
-Ô gajo, entendes de pára-quedas?
-Nem de pára-quedas nem de barril de pólvora , respondeu o outro, enquanto subia em direção às nuvens...
Publicado em: 01/12/2006 15:14:41


Marcos Coutinho Loures - de domínio público
Na Imigração, o funcionário pergunta ao chinês qual o nome dele. O acompanhante, que entendia um pouco de português responde:
-Espirro, non!
O funcionário, intrigado, esclarece que precisa do nome EM CHINÊS e, não em português.
Aí, o acompanhante sorri e balançando a cabeça, responde
-A-tchin.
Publicado em: 01/12/2006 15:17:19

Marcos Coutinho Loures - de domínio público
Um norueguês, indo a um shopping pela primeira vez, fica encantado com aquela máquina automotiva de venda de refrigerantes.
Vai ao caixa e pede umas fichas que, colocadas na máquina, vão apresentado as latinhas de refrigerante uma a uma.
Depois de juntar mais de cem latinhas ,um guarda chega perto dele e pergunta:
-Meu amigo! Será que você não vai parar de colocar as fichinhas na máquina?
Com um sorriso, o norueguês responde:
-É claro que não! Só vou parar depois que a sorte me abandonar!
Publicado em: 01/12/2006 15:20:55
Última alteração:01/12/2006 15:23:44



Marcos Coutinho Loures - de domínio público
Um Instituto de pesquisa quis saber o que os homens faziam depois de fazerem sexo e o resultado foi espantoso:
20 por cento viravam para o lado direito da cama
20 por cento viravam para o lado esquerdo.
Os restantes sessenta por cento se vestem e vão dormir em casa com as suas mulheres...
Publicado em: 01/12/2006 15:23:20


Marcos Coutinho Loures - de domínio público
O rapaz, altamente religioso, conversa com o amigo de infância e faz uma confissão:
-Pois é Pedrão, antigamente as coisas eram diferentes. Eu mesmo, apesar de ter namorado muito, nunca transei com a minha noiva. E você? Não foi a mesma coisa?

Meio sem jeito, Pedrão quis fugir do assunto mas, diante da insistência do amigo,acabou deixando escapar:
-Não sei como você descobriu, mas eu só transei com ela duas vezes...
Publicado em: 01/12/2006 15:32:08


Marcos Coutinho Loures - de domínio público
E o paciente, ao voltar para a consulta médica, conta ao doutor:
-Fiz tudo o que o senhor mandou! Passei a dormir com as janelas abertas para melhorar a ventilação interna do apartamento.
-E a dor de cabeça sumiu?
-Bem, doutor, a dor de cabeça não, mas sumiram a televisão, o DVD e todas as minhas roupas...
Publicado em: 01/12/2006 15:34:53




Marcos Coutinho Loures - de domínio público
Mas aquele deputado, tão orgulhoso quanto analfabeto, resolveu inovar e, ao ir para a cama, vestiu roupas intimas bem avançadas, fato que provocou grande surpresa na mulher que o aguardava depois de longo período de abstinência (ou recesso).
Ao ver o esposo naquelas roupas diferentes, ela deu um grito:
-Meu Deus!
Imediatamente, o parceiro sorriu, agradecido e respondeu:
-Que é isso mulher? Pode me chamar de queridinho mesmo
Publicado em: 01/12/2006 15:38:04



Marcos Coutinho Loures - de domínio público
A nossa querida e conhecida norueguesa, Maria, leva a conhecida latinha para fazer o exame de fezes, já com o respectivo material para o exame, mas sem qualquer tipo de identificação e entrega-o à recepcionista.
Diante disso, a moça entrega a ela uma etiqueta e pede que escreva o nome e coloque a mesma sobre a latinha, a fim de identificá-la.
Maria faz tudo, entrega a latinha de volta e se retira para a casa.
Minutos depois, a atendente lê, na etiqueta colada sobre a tampa da mesma:
-Merda...
Publicado em: 01/12/2006 15:41:25


Marcos Coutinho Loures - de domínio público

Numa folha de papel, abandonada sobre um banco de jardim, encontramos parte de um dicionário das aparências que, por simples diletantismo passamos a descrever

Abismado – suicida que caiu em um abismo.
Alopata – saudação que o pato dá para a companheira
Elevada combustão - mulher grande com seios maiores ainda
Armarinho – brisa que vem do mar
Comunguei – transo com homossexual
Detergente – função policial
Documentado – pessoa que usa supositório de menta
Edifício – contrário do que é fácil.
Embaixador – local mostrado pelo jogador de futebol indicando onde a bola pegou nele quando estava na barreira
Experto – o que foi para longe
Leilão – a jogadora de vôlei musa da seleção brasileira se, por acaso engordar.
Menosprezo - Carandiru depois que aquele coronel invadiu
Obscuro – absorvente íntimo para afro descendente
Paulatino – nome que os latinos apelidaram os seus devidos
Tabela – aquilo que o homem diz à mulher quando galanteia
Unção – concordância verbal muito usada por políticos.
Publicado em: 01/12/2006 13:28:41



Marcos Coutinho Loures - de domínio público
De domínio público
Algumas charadas são muito boas e a solução delas lembra um filme bem conhecido. Vamos ver:

- um maneta que se casa com uma maneta, nove meses depois nasce um menino – o nome do filme?
Ninguém segura esse bebê

- uma goma de mascar casou-se com outra goma de mascar, tiveram quatro filhos e foram muito felizes
O nome do filme?
A Família Adams

Um cara leva um cachorro malhado ao cinema. Um outro expectador senta-se em cima do cachorro.
O nome do filme?
Sento em um dálmata.

Lula pega o pro Luisinho recebendo dinheiro do Bob Jefferson.
Qual o filme?
Que é isto, companheiro?
Publicado em: 01/12/2006 13:33:07
Última alteração:01/12/2006 13:37:33


Marcos Coutinho Loures - de domínio público
Todos temos um chefe...
Veja em que categoria o seu chefe se enquadra:

- chefe abelha – é o que faz cera o dia inteiro mas quando se levanta é pra ferrar você
- chefe sorvete – é aquele que, quando vê o dono se derrete todo.
- chefe band-aid – é aquele que não sai do seu calcanhar...
- chefe chulé – é aquele que gosta de pegar no seu pé
- chefe Papai Noel – é aquele está sempre de saco cheio
- chefe LP – é aquele que chia mais que tudo!
Publicado em: 01/12/2006 13:37:08

Marcos Coutinho Loures - de domínio público
Não há quem não tenha medo de passar em frente a um cemitério, à meia-noite, numa sexta feira 13.
Pois foi num desses dias que um senhor, por motivo imperioso, teve que fazer este trajeto, morrendo de medo.
Contudo, ao avistar, mais adiante, uma jovem aparentemente esperando um ônibus, ele se acalmou e até puxou assunto?
-Puxa! Uma moça tão bonita, exatamente nesta hora, em frente a um cemitério! Você não tem medo de assombração?
No mesmo instante, a moça respondeu:
-Agora não! Mas quando eu era viva, eu morria de medo...
Publicado em: 01/12/2006 13:42:46

Marcos Coutinho Loures - de domínio público
Como geralmente não acontece em muitas cidades, um padre que não se dava bem com o prefeito e, um burro morreu bem em frente à Igreja, ficando seu corpo lá, abandonado.

No segundo ou terceiro dia, o fedor já estava incomodando os fiéis que iam rezar, razão pela qual o padre resolveu procurar o prefeito para reclamar uma providência.


-O Senhor não sabe que há um burro morto, em frente à Igreja?
O prefeito aproveitou para tirar uma casquinha e retrucou:
- E o senhor não sabe que a Igreja é responsável por nossos mortos?

Cônscio das intenções do prefeito, o padre arrematou:

-Saber eu sei, mas achei que era melhor avisar aos parentes antes de providenciar o enterro!
Publicado em: 01/12/2006 13:48:09

Marcos Coutinho Loures - de domínio público
- Na época da ditadura, todos sabiam que a polícia secreta, para ver facilitado o seu trabalho começou a premiar os delatores – ensinava o professor de História diante de uma turma bem interessada.
-E quais eram os prêmios? Perguntou um aluno.
- Para quem denunciasse um comunista era um fusca, para quem denunciasse dois o prêmio eram dois fuscas. Se denunciasse três eram três fuscas.
-Esse denunciasse quatro, eram quatro fuscas? Perguntou o aluno curioso.
-Aí, ele seria preso porque estava conhecendo comunistas demais...
Publicado em: 01/12/2006 13:53:09



Marcos Coutinho Loures - de domínio público
Um fiscal da secretaria de saúde faz uma auditoria no atendimento de um hospital e pergunta a vários pacientes que, numa fila, aguardam atendimento:
-Qual o problema de vocês?
-Hemorróidas – respondem todos, menos um.
-Que tratamento propuseram?
-Pinceladas de azul de metileno, disseram todos.
- E está dando certo?
- Tudo certo, garantem todos, menos um.
Intrigado, o auditor se aproxima daquele homem e refaz a pergunta:
-Todos disseram que têm hemorróidas, menos o senhor. Qual o seu mal?
-Dor de garganta – responde o doente.
-E qual o tratamento indicado?
-Pinceladas de azul de metileno.
-E por que é que o senhor reclamou do tratamento?
-É que eu gostaria que eles usassem um pincelzinho só para mim...
Publicado em: 01/12/2006 13:59:35
Última alteração:01/12/2006 14:00:15


Marcos Coutinho Loures - de domínio público
De domínio público

O povo mineiro é de uma tranqüilidade de dar inveja...
Numa pequena cidade, uma mineirinha estava à janela, olhando para o céu ,quando apareceu um senhor que a cumprimentou:
-Boa tarde, dona Sebastiana, seu marido está?
-Não. Ele acabou de sair.
- E a senhora pode me dizer onde ele foi?
-Ao enterro.
-E a senhora pode me dizer se ele vai demorar muito?
-Eu acho que vai, pois ele foi dentro do caixão...
Publicado em: 01/12/2006 14:26:19



Marcos Coutinho Loures - de domínio público
Disseram que na capital da Noruega, acabaram de inventar a goiabada em pó.
-Goiabada em pó? Prá que serve isso?
-Para comer com queijo ralado...
Publicado em: 01/12/2006 14:27:49
Última alteração:01/12/2006 14:29:46



Marcos Coutinho Loures - de domínio público
Placa vista à Câmara de Vereadores de uma cidade do interior:
-Para não perturbar os que estão lá dentro, Proibido amarrar os burros aqui fora.
Publicado em: 01/12/2006 14:29:23

Marcos Coutinho Loures - de domínio público
Depois de uma briga generalizada, todos foram ouvidos na delegacia. Na hora de depor, o delegado perguntou à norueguesa, dona Maria:
-E a senhora foi também atingida pela encrenca?
-Na encrenca não, foi um palmo acima...
Publicado em: 01/12/2006 14:31:46
Última alteração:01/12/2006 14:47:12



Marcos Coutinho Loures - de domínio público
Um ilustre deputado, daqueles que, quando acontece um relâmpago faz pose, pensando que Deus está tirando fotos dele, resolveu mandar sua assessoria procurar um túmulo para, quando acontecesse o pior, fosse enterrado.
-Que tal o túmulo de Gandhi? Sugeriu um dos seus auxiliares.
-Não... Ele era muito preocupado com a pobreza. Pobre só tem me dado voto e alegria! Escolha outro.
-Talvez o senhor prefira o de João Paulo II, o nosso João de Deus, tão querido.
-A idéia não é ruim mas ele ainda está muito recentemente enterrado e, além de tudo, não representa muito a pluralidade de votos que tive.
Diante da recusa do deputado a outras inúmeras sugestões, um dos seus assessores arremata.
-Existe um que está vazio mas é universalmente conhecido e tem, como único ponto negativo o fado de ser controlado por um pessoal que dá muito valor aos dólares...
-De quem você fala? – indaga o deputado.
- Refiro-me ao de Jesus Cristo – respondeu o assessor.
O deputado, para não perder o costume, depois de avaliar a idéia, pede à assessoria que procure entrar em contato com os responsáveis pela conservação do túmulo de Cristo, a fim de conseguir um desconto e conclui:
-Afinal de contas todos sabem que eu só vou ficar lá por três dias...
Publicado em: 01/12/2006 14:46:39



Marcos Coutinho Loures De domínio público Alarme Falso
Três cegonhas encontram-se em pleno vôo. Duas delas levam um bebê e a terceira faz um vôo solo.
A primeira diz para as outras:
- Vou levando um garotinho para um casal que tentam tenta há mais de 10 anos!
A segunda também conta a sua tarefa:
-Pois eu levo uma garotinha para uma senhora que sempre desejou uma filha.
Já a terceira inquirida pelas outras responde:
- Eu não levo ninguém mas, em compensação dou um sobrevôo no Convento das Freiras e deixo todo mundo assustado.
Publicado em: 15/11/2006 16:09:07
Última alteração:29/10/2008 18:39:38


Marcos Coutinho Loures De domínio público amor é lindo
O esposo prostrado num leito, pergunta à esposa que o visita, no hospital:
- Meu bem! Você vai chorar muito, quando eu morrer?
- É claro! Já lhe disse que choro por qualquer bobagem que acontece...
Publicado em: 15/11/2006 16:11:39
Última alteração:29/10/2008 18:39:41

Marcos Coutinho Loures De domínio público Fo-fo-ca
O pinguço encontrou o amigo gaguinho e perguntou:
-Amigo gaguinho, você gosta de fofoca?
No mesmo instante o gaguinho respondeu:
-Go-go-gos-to, mas eu prefiro o pim-pim-pim-guim...
Publicado em: 15/11/2006 16:27:26
Última alteração:29/10/2008 18:45:36



Marcos Coutinho Loures De domínio público Maridos...
A moça mais bonita do lugar viva feliz, sem pensar em casamento, apesar de ser muito assediada.
O padre, incomodado com aquele mistério, aproveitou uma conversa para saber o motivo daquele celibato:
- Mas por que você não arranja um marido, minha filha?
-É que “seu” padre eu tenho um cachorro muito preguiçoso, um gato que passa todas as noites fora de casa e um papagaio que só fala palavrão! Não é a mesma coisa?
Publicado em: 15/11/2006 13:09:01
Última alteração:29/10/2008 18:39:25



Marcos Coutinho Loures De domínio público O Tênis
Três rapazes se salvaram da queda de um avião e, caminhando pela floresta, encontraram uma casa habitada. O primeiro deles era um hindu; o segundo, um judeu e o terceiro um garotão de Ipanema, daqueles que não tiram o tênis nem para tomar banho. Um All-star ambulante.
Ao verem a casa, bateram à porta e pediram abrigo ao senhor que apareceu.
- Só tem um problema- disse o homem. Aqui só tem lugar para dois, um de vocês vai ter que dormir no paiol.
-Mas isso não é problema, retruca o judeu. Eu durmo lá.
Instantes depois, quando já estavam quase dormindo, batem à porta. Era o judeu que assim falou:
-Desculpem, mas lá no paiol há alguns porcos e como, pela minha religião, são animais impuros, não posso dormir perto deles.
-Não tem problema, disse o hindu. Pode deixar que durmo lá.
Pouco depois, batem de novo à porta. Era o hindu, que pedia desculpas nas, como no paiol havia uma vaca e como a vaca é um animal sagrado, ele se sentia impedido de dormir lá.
- Não tem problema, disse o carioca, Pode deixar que durmo lá.
E foi.
Meia hora depois, voltam a bater violentamente na porta.
Eram os porquinhos e a vaquinha...
Ele tinha tirado o tênis....
Publicado em: 15/11/2006 16:35:02
Última alteração:29/10/2008 18:40:06


Marcos Coutinho Loures De domínio público OPERAÇÕES ESPIRITUAIS
Um bêbado passa na frente de uma destas igrejas modernas e se espanta com os berros que vêm lá de dentro.
Sem perder a pose, ele pára e pergunta ao porteiro o que está acontecendo.
É Jesus operando, responde o porteiro.
-MAS SEM ANESTESIA?

Publicado em: 15/11/2006 16:05:25
Última alteração:29/10/2008 18:39:33


Marcos Coutinho Loures De domínio público Pau que dá em paulista...
Um paulistano foi a Minas e, na hora do almoço, serviram abóbora cozida.
Sem pestanejar ele chamou o dono da pensão e reclamou:
-Mineiro de uma figa! Será que você não sabe que lá em São Paulo, quem come abóbora é porco?
-Uai! Que coincidência... Aqui em Minas também é assim, sô!
Publicado em: 15/11/2006 16:18:29
Última alteração:29/10/2008 18:39:49


Marcos Coutinho Loures De domínio público Será o Benedito?
Benedito Valadares viajava pelo interior quando um jovem pediu a ele para trocar de nome pois os pais o haviam batizado de Benedito Merda.
-Que absurdo! Como você quer se chamar?
- José Merda!
Publicado em: 15/11/2006 16:37:23
Última alteração:29/10/2008 18:40:19



Marcos Coutinho Loures De domínio público Tiazinha?
A mulher, sentindo que as coisas haviam esfriado em casa, resolve comprar um kit da Tiazinha e quando o maridão chega do trabalho, ela já devidamente paramentada pergunta:
- E aí, bem! Com o que estou parecida?
O marido, já um pouco chumbado, olha, tira algumas medidas e fulmina:
-Do pescoço para cima parece com o Zorro mas, do pescoço para baixo, parece com o Sargento Garcia!
Publicado em: 15/11/2006 16:03:02
Última alteração:29/10/2008 18:39:30


Marcos Coutinho Loures De domínio público acordo feito, acordo cumprido
Um judeu conseguiu autorização para colocar uma barraca de doces, em frente a uma Agência Bancária.
Um dia, um patrício apareceu e pediu dinheiro emprestado ao doceiro que, na mesmo hora, respondeu:
-Impossível! Quando vim para a porta do Banco fiz um acordo com o Gerente.
Nem o banco vende doces nem eu empresto dinheiro!
Publicado em: 15/11/2006 17:08:22
Última alteração:29/10/2008 18:38:01



Marcos Coutinho Loures De domínio público Até que não foi caro...
Dois sujeitos estão bebendo num barzinho.
De repente, um deles tira do bolso um relógio de ouro, para ver as horas e o outro companheiro de bar perguntas:
-Que belo relógio, quanto lhe custou?
- Esse aqui custou só seis meses de cadeia.
Publicado em: 15/11/2006 17:05:26
Última alteração:29/10/2008 18:38:0


Marcos Coutinho Loures De domínio público De dores de cabeça e de costelas
Consta que, em Gênesis, foi retirado o seguinte diálogo entre Deus e Adão.
-Senhor- disse Adão- Será que posso saber o que é dor de cabeça?
-Perfeitamente! Empreste-me uma costela que eu vou te mostrar...
Publicado em: 15/11/2006 16:51:56
Última alteração:29/10/2008 18:38:15


Marcos Coutinho Loures De domínio público estrada perigosa
Um experiente motorista de caminhão, resolveu se aposentar e, como queria, foi fazer uma viagem na Europa, a fim de conhecer o mais evoluído país: a Noruega.
Chegando lá procura um rent-a-car e aluga um caminhão, só para matar as saudades da estrada.
Qual não foi a sua surpresa ao ver os avisos espalhados pela estrada:
-Acabaste de passar uma curva perigosa!
-Acabaste de atravessar uma ponte que está prestes a cair.
Decididamente, as estradas brasileiras são menos perigosas.
Publicado em: 15/11/2006 16:25:24
Última alteração:29/10/2008 18:39:57



Marcos Coutinho Loures De domínio público Milagre
Um freguês entra em um bar e pede uma pinga, tomando tudo, de um gole só.
O dono do bar o adverte:
-Aqui entre nós, quem bebe tem que oferecer alguma coisa pro santo.
Irritado, o freguês vira-se e fazendo o gesto característico diz:
-Para o santo? Só essa banana!
Na mesma hora o braço do homem se endurece e para voltar ao normal, todos tiveram que rezar um padre nosso.
Vendo aquela cena, um velhinho também pede uma pinga e bebe tudo de uma vez só.
O dono do bar faz para ele a mesma pergunta>
-E para o santo? Não vai nada?
O velhinho abaixa a calça e mostrando os penduricalhos pendurados e em estado de petição de miséria, desafia.
-Para o santo vai isso aqui!
O milagre foi imediato, e ao ver aquilo o velho arranca um tresoitão e ameaça.
- Se alguém rezar aqui, eu mato!
Publicado em: 15/11/2006 16:47:08
Última alteração:29/10/2008 18:38:23


Marcos Coutinho Loures De domínio público O gato e a gata...
Uma senhora muito idosa, sentada em uma cadeira de balanço, encontra uma lanterna mágica que lhe dá direito a três desejos:
-Bem, eu gostaria de ser rica e de ser também uma jovem e bela mulher.
No mesmo instante, os dois desejos se concretizam e ela, para concluir fez logo o terceiro pedido:
-Eu quero que meu gatinho se transforme num príncipe belo, o mais formoso de todos os tempos.
Imediatamente o desejo é realizado mas ela quase morre de tristeza ao perceber que o príncipe era mais delicado do que ela havia imaginado.
O príncipe, ao perceber a cara de decepção da atual jovem e bela princesa, sussurra calmamente aos seus ouvidos:
-Agora você vai se arrepender de ter mandado me castrar né? Miau!
Publicado em: 15/11/2006 16:57:11
Última alteração:29/10/2008 18:38:10


Marcos Coutinho Loures De domínio público Ou isso ou aquilo
Se você tiver algum problema em sua vida, pense sobre o seguinte:
-Só há duas coisas que podem incomodar Você.
Ser bem ou mal sucedido!
Se Você é bem sucedido, não há motivo para se incomodar, ; se por outro lado você é mal sucedido das duas uma, ou você conserva a saúde ou fica doente.
Se conservar a saúde não há problema.
Se não, das duas uma:
Ou você se cura ou morre.
Se você curar-se não há problema,
Mas se você morrer, há duas opções:
Ou vai pro Céu ou vai para o Inferno.
Se você for para o céu não há problema,
Mas se for para o Inferno, você gastará tanto tempo cumprimentando seus parentes, amigos, conhecidos e afins que não lhe sobrará tempo para se incomodar.
Não é legal?
Publicado em: 15/11/2006 17:03:40
Última alteração:29/10/2008 18:38:08



Marcos Coutinho Loures De domínio público Trem elétrico
Dois viajantes internacionais conversam sobre os diversos paises que conheceram:
-Para mim, o mais estranho foi a Noruega! Imaginem que lá, o ônibus elétrico não funcionou!
-Não funcionou? E vocês sabe o motivo?
- É que, nos primeiros cinco metros, a tomada soltou...
Publicado em: 15/11/2006 16:21:42
Última alteração:29/10/2008 18:39:54

Marcos Coutinho Loures De domínio público
De domínio público

No final da tarde de domingo, o maridão, que só pensa “naquilo”, fez uma proposta para a mulher:
-Minha nega, que tal a gente, hoje à noite, pensar numa coisa diferente? Que tal a gente inverter as posições?
A mulher, preocupada com a arrumação da casa e já cansada de ele só pensar naquilo, responde:
-Tá topado! Hoje você lava as vasilhas e eu fico assistindo à TV...
Publicado em: 15/11/2006 12:22:21
Última alteração:29/10/2008 18:38:46


Marcos Coutinho Loures De domínio público
Um bêbado entra na Igreja, no exato momento em que o padre fazia uma pregação contra o álcool.
Ao terminar o discurso, o padre determina:
-E agora, meus irmãos, quem já venceu o vício da bebida, pode se sentar.
Imediatamente todos, menos o bêbado, se sentam e este, sem perder a pose, diz ao padre:
-Pois é seu vigário,! Só nós dois é que sabemos o quanto é difícil deixar a caninha, não é mesmo?
Publicado em: 15/11/2006 12:25:11
Última alteração:29/10/2008 18:38:48


Marcos Coutinho Loures De domínio público
O norueguês teve um filho e foi registrá-lo. Ao perguntarem o nome que seria dado à criança, respondeu:
- Arquibancada do Vasco.
-Mas isso não pode! Onde já se viu um nome assim?
-Uai! Mas não existe o “Geral” do Santos?
Publicado em: 15/11/2006 12:27:38
Última alteração:29/10/2008 18:38:53



Marcos Coutinho Loures De domínio público
O fanfarrão, ao conversar com sua nova conquista, aponta para uma bela loura que tava tomando um aperitivo, numa mesa ao lado.
- Está vendo aquela loura lá? Vivi com ela uns tempos e, depois que me separei dela, há sete anos, ela não pára de beber!
A companhia do moço, já de saco cheio de ouvir tanta besteira, fulmina:
-Duvido! Ninguém consegue ficar comemorando tanto tempo assim...
Publicado em: 15/11/2006 12:32:12
Última alteração:29/10/2008 18:38:57



Marcos Coutinho Loures De domínio público
O pai, cansado de fazer os trabalhos escolares do filho, acaba desabafando:
- Meu filho! Do jeito que as coisas andam, os professores vão acabar descobrindo que sou eu quem faço os trabalhos para você!
- È verdade pai. E eu acho que eles estão desconfiando...
- Desconfiando? Como assim?
- É que um deles falou que achava IMPOSSÍVEL sair tanta besteira da cabeça de uma só pessoa...
Publicado em: 15/11/2006 12:38:32
Última alteração:29/10/2008 18:39:0



Marcos Coutinho Loures De domínio público
Um ladrão sai à procura de casas para assaltar e, na entrada de uma delas, lê o aviso: CUIDADO COM O CÃO.
Assim, sucessivamente, na terceira e na quarta casas. Mas na quinta, encontra outro aviso: CUIDADO COM O PAPAGAIO.
Diante disto, resolve entrar porque ,como se sabe, ninguém tem medo de papagaio.
Mas, ao arrombar a porta de entrada da casa, avista o papagaio que, assustado, começa a gritar, a plenos pulmões:
- Pega ele Pitbull! Pega ele...
Publicado em: 15/11/2006 12:42:10
Última alteração:29/10/2008 18:39:06



Marcos Coutinho Loures De domínio público
Um conhecido político estava dando uma entrevista coletiva quando entrou na sala um bêbado que, pegando o microfone, começou a falar:
-Se meu pai fosse um pato e minha mãe uma pata, eu seria um patinho; se meu pai fosse um cachorro e minha mãe uma cadela, eu seria um cachorrinho. Se meu pai fosse um gato e a minha mãe uma gata, eu seria um gatinho...

-Basta! Gritou o político. E se seu pai fosse um veado e a sua mãe uma veada, você seria o quê?
Fazendo força para se equilibrar sobre as pernas, o bêbado pensou, pensou e arrematou a conversa;
- Aí, eu seria um político!
Publicado em: 15/11/2006 13:00:54
Última alteração:29/10/2008 18:39:11


Marcos Coutinho Loures De domínio público
Lula e Bush, através do intérprete, estavam conversando quando, na sala, entra o mestre de cerimônia e cochicha alguma coisa ao ouvido de Bush. Logo a seguir, Bush fala assim:
-Perdoa companheiro Lula, mas acabo de ser informado que acabou o estoque nacional de camisinhas.
-Não tem problema companheiro Bush! Lá no Brasil temos muitas em estoque e posso quebrar o seu galho!
Para sacanear o amigo, Bush continua:
- As do estoque talvez não sirvam. É que a camisinha norte americana tem que ter uma elasticidade de 25 a 50 centímetros!
Lula sorriu e, pegando o telefone, ligou para José Alencar que havia ficado no Brasil:
- Zé! Pegue um milhão de camisinhas tamanho P e mande para o nosso amigo George.
Publicado em: 15/11/2006 13:05:54
Última alteração:29/10/2008 18:39:16


MARCHA SOLDADO!
O soldado maluquinho,
Com cabeça de papel,
Não marchando direitinho
Vive preso no quartel
Pro menino levadinho,
Vem castigo lá do Céu?
Mas Jesus meu amiguinho
Com palavras bem mansinhas
Disse logo, com jeitinho,
Vinde a mim as criancinhas!
Publicado em: 01/09/2008 21:39:14
Última alteração:08/09/2008 05:01:07



Marcos Coutinho Loures Reencontro

De novo te encontrei, pelas estradas
Que percorri, em passo vacilante;
E ao recordar um tempo já distante,
Volto a sentir nas emoções passadas...

Em teu olhar, tristonho mas brilhante,
Pude rever as lágrimas choradas;
No teu cabelo, espumas orvalhadas
Sutil nobreza davam-te ao semblante.

Estás hoje, mais bela, mais sublime,
Que outros tempos de feliz lembrança...
Mas neste peito meu, que a dor oprime,

O velho coração, triste e magoado,
Vem me dizer que o nosso amor descansa,
Sobre a campa de sonhos, do passado....
Publicado em: 07/10/2006 10:37:18
Última alteração:15/12/2006 21:24:31


Marcos Coutinho Loures Versos em Flor

Perguntas se te amei, mas nada digo
Pois sempre duvidaste do que sinto;
Por isso se disser que não conigo
De todo te esquecer, dirás que eu minto!

Fosse eu, de ti, somente um grande amigo
Que se perdeu, no extenso labirinto
Da vida, em que a tristeza fez abrigo,
Estaria este amor, há muito extinto!

Assim, é bem melhor que hoje me cale,
Deixando que o silêncio, por mim, fale
Da Musa em que, na vida, me inspirei...

Talvez, mais tarde, ao fim da caminhada,
Relendo os versos que deixei na estrada,
Ver que foste a mulher que sempre amei...
Publicado em: 01/09/2006 17:09:15
Última alteração:14/12/2006 18:05:23


Marcos Coutinho Loures De domínio público Como Deus criou a mulher



Segundo a mitologia hindu, para criar a mulher, Deus assim procedeu:
Da folha, tomou emprestada a leveza;
Dos raios de sol, a alegria;
Do sereno, as lágrimas;
Do vento, a inconsistência.
Da lebre, a timidez,
Do pavão, a vaidade,
Das andorinhas, a maciez da penugem
Juntou a tudo isso a dureza do diamante, o perfume da flor, a doçura do mel, a crueldade do tigre, o calor do fogo e o frio do gelo...
Temperou esta mistura com a tagarelice do papagaio e o arrulhar das pombas, deixando ferver por algum tempo.
Assim nasceu a MULHER que foi dada, de presente, ao homem.
Nela, ainda se encontra um pouco daquilo tudo que a formou, razão pela qual é a mais perfeita das criaturas.
Publicado em: 01/10/2006 14:11:30
Última alteração:29/10/2008 18:46:14


Marcos Coutinho Loures ETERNO AMOR

Em teu olhar, há marcas de um passado
De sofrimento e noites mal dormidas;
Em teu sorriso, o pranto vem ao lado,
De indagações febris e não sabidas.

Em teus cabelos, finos e sedosos,
Há nuvens de algodão, dos tempos idos;
De teus lábios, há muito desgostosos,
Restaram só lamentos e gemidos...

És, apenas, um pálido retrato
Da mulher que viveu, em outra esfera!
E ao ver-te assim, depois de longa espera,

Sinto que o tempo foi-te muito ingrato!
Mas se tudo passou, como fumaça,
Somente o meu amor por ti, não passa...
Publicado em: 07/10/2006 09:58:30
Última alteração:15/12/2006 21:24:15



Marcos Coutinho Loures Meus Demônios
Meus Demônios

No meu silêncio, há gritos sufocados,
Tentando dominar-me o corpo e a mente;
Dos demônios, em mim, escuto os brados
E os enfrento, sem medo, frente a frente!

Depois de vê-los todos, derrotados,
Imensa paz, então, minh’alma sente;
Na remissão de todos os meus pecados,
Desta vitória, a Deus, faço um presente!

Tempos depois, esses demônios voltam,
Com mais força, alarido e mais vigor,
Numa noite de insônia e de terror;

E em meio aos gritos que os demônios soltam,
A voz de Deus, mais forte, em mim ressoa
E minh’alma, ao vencê-los, os perdoa!
Publicado em: 01/09/2006 16:45:37
Última alteração:16/12/2006 23:34:13


Marcos Coutinho Loures O Teu Silêncio Fala

Constantemente, o teu silêncio fala,
Na solidão das noites sem luar,
Quando te vejo, entrando pela sala
Dos sonhos que deixaste em teu lugar.

Se tudo em volta, esta lembrança embala,
Sentir posso melhor, o teu olhar!
E na emoção que este meu sonho exala,
Doces momentos posso recordar...

O teu perfume, em pétalas, evola
Do etéreo corpo que, entre luzes, vejo
E, jogando de lado a camisola,

Ficas ali, como um cristal de jade,
A refletir, na paz do meu desejo,
As cores eternais de uma saudade...
Publicado em: 01/09/2006 17:04:50
Última alteração:16/12/2006 23:25:07


Marcos Coutinho Loures Para Maria Ignes (acróstico)

Às vezes, nas esferas oscilantes
Dos desencontros tão comuns na vida,
Ouço o clamor de vozes mais distantes
Chorando, em mim, a perda mais sentida...

Entre formas febris e delirantes,
Marcos talvez, de uma ilusão perdida,
Antecedendo luzes e semblantes,
Rompe o sorriso da mulher querida....

A mesma voz, o mesmo colo ardente,
Incêndio de paixão e de prazer,
Gozo infinito, à luz do amanhecer...

Nesta visão, porém, a minh’alma sente
Ela existir na minha fantasia,
Sonho e paixão de que fui preso, um dia...
Publicado em: 07/10/2006 10:33:12
Última alteração:23/10/2008 15:35:22


Marcos Coutinho Loures Acordes do Coração - Balada Triste
Programa – Muito mais que uma lembrança
Quadro – Acordes do Coração
Música tema – Balada Triste

É comum esquecer.
Mas não me esqueço de ti...
Ao ouvir os acordes de nossa canção de amor, custo a acreditar que tudo tenha terminado, como um simples sonho que se esvai, ao romper da aurora!
Bem me lembro das promessas trocadas em silêncio, da ternura de seus olhos, onde amor e desejo se misturavam, ao leve roçar de minhas mãos em teus cabelos sedosos e perfumados...
Ao som daquela melodia, teu corpo a vibrar era um convite ao paraíso e eu me entregava a teus braços; numa viagem por todos os caminhos do amor e da vida...
Mas... Tudo acabou.
Quando dei por mim, caminhava sozinho, por uma estrada diferente, onde, em vez de flores, só existiam pedras escorregadias, uma estrada que me fez chegar ao imenso deserto em que hoje me encontro...
E aqui, sozinho, pude sentir que, em nosso amor, apenas restou aquela canção que é o retrato de toda a minha vida...
Se tu me esqueceste, ela também foi esquecida por ti...
Sim, aquela canção tem sido minha companheira inseparável e, ao cantá-la aqui sozinho, eu me lembro de um lindo que se foi, ao romper da aurora...
Publicado em: 03/09/2006 14:11:26
Última alteração:17/12/2006 13:07:08


Marcos Coutinho Loures Comentando - "Doutores"
Comentando

É interessante observar como o passar do tempo vai realçando nossas idiossincrasias, tornado-nos pessoas deferentes a cada dia.

Só um fator permanece inalterável em nossa essência e a isto chamamos personalidade que, em síntese é o nosso cerne.

Tenho tido mais presente essa sensação, à medida que me aprofundo no pensamento de Cristo e mergulho, pontualmente, nas palavras de Cláudio Van Ballen, Eduardo Aquino, Marcelo Gleiser, Padre Léo, Waldez Luis Ludwig, Kardec, Gibran, Amicis, Vigil, Romanelli e outros menos cotados.

Um simples exercício mental diante de tantas informações, leva-me a sentir uma certa repugnância por termos como “mestres, doutores, pós-doutores, lideres” e outros congêneres, tão em moda nesta “Nova era”...

Devo dizer que a palavra “líder” só aparece uma vez na Bíblia e mesmo assim com sentido pejorativo enquanto Servo aparece dezenas de vezes, com exemplo de despojamento a ser seguido, na busca da Verdade!

O fato de não existir faculdade, com mestres, doutores e pós-doutores não impediu em regiões e tempos remotos que poetas registrassem a beleza do sentimento humano nem que outros praticassem o dom da cura nem que as aulas fossem dadas à sombra de uma árvore, cujas sementes guardam mistérios até hoje não desvendados, apesar de toda evolução.

Quando Catulo, dirigindo-se a Rui Barbosa, afirmou que “só gostaria de saber o que você ignora”, não fugiu nada da verdade!

Uma outra vez, o dono de uma empresa onde eu trabalhava, ao cismar que certa palavra escrita por mim estava errada, consultou um dos “mestres” que andam por aí.
Em poucos instantes, no meu ambiente de trabalho, fui surpreendido pela presença do “mestre” que, munido de alguns livros, foi tentar me provar que eu estava errado.

Um procedimento antiético como aquele mereceu meu repudio mas mantive a calma e consegui provar que ambos estávamos certos, pois havia registros gramaticais que defendiam as duas formas de expressão.

Mas sugeri que ele buscasse ter maior honestidade intelectual, ao querer demonstrar ser portador de um conhecimento acima dos demais...

Hoje, depois de muitas décadas, posso sentir que meu conselho, em forma de sugestão, foi absolutamente inútil!

O mesmo tipo de constrangimento sofri quando, ao dar minha contribuição a um programa de TV, em nossa cidade, fui procurado por um "Doutor”, formado pela USP que disse que tinha alguns conselhos a me dar.

Mostrei-me receptivo e, ao ser informado de que estava cometendo erros absurdos em minha comunicação, pedi-lhe alguns exemplos, a fim de corrigir meus defeitos pois, como sabemos, ninguém é perfeito.

Ele começou dizendo que eu não podia usar a expressão “ali no Rio de Janeiro” porque, como se sabe, a Cidade Maravilhosa fica distante de Muriaé, devendo substituir o “ali” por “lá”...

Mostrei-lhe que minha intenção era, com a frase, indicar a proximidade cultural entre Rio e Muriaé mas ele não aceitou o argumento.

Quando eu lhe pedi outros exemplos, ele disse não se lembrar e se afastou, no alto da sua sabedoria... e de sapato alto.

Uma dezena de outros fatos, poderia citar, envolvendo outros ramos do conhecimento mas vou parar por aqui.

Eis algumas razões pelas quais, como disse, sinto um acerta alergia a palavras como “líderes, mestres, doutores e pós-doutores”...

Resta-me, no encerramento, fazer minhas as palavras de Catulo a Rui, na “Resposta do Jeca-Tatu”:
“Mas porém eu li agaranto
Que o que vancê já falô
E o que inda tem de falá
E o que inda tem de iscrevê;
Todo, todo o seu sabê
E toda a sua saranha,
Num vale uma palavrinha
Daquelas coisa bunita
Que Jesus, numa tardinha
Disse im riba da montanha...”
Publicado em: 15/11/2006 12:18:47
Última alteração:23/10/2008 14:04:50


Marcos Coutinho Loures Comentando - Educação antes e agora
Quando alguém, movido por justificada curiosidade vem me perguntar como era a escola no meu tempo, a resposta é invariavelmente a mesma.
Um mundo diferente, como aquele, teria de ter uma escola diferente em todos os sentidos!
E esta diferença não quer dizer que as coisas foram mais fáceis ou difíceis pois tudo é relativo.
Basta lembrar que o mundo estava recém saído da segunda guerra mundial o giz e o apagador era o único material didático que os professores podiam contar, na maioria das escolas.
Em relação à disciplina, era aceitável o exercício da plena autoridade e até os castigos físicos, como tapas e reguadas nas cabeças dos alunos que não conseguiram seguir o ritmo dos mais inteligentes.
Lembro que, por ter me colocado com alguns tipos de repressão como dar zero por indisciplina, além, é claro de me opor a qualquer tipo de agressão física, fui muito criticado por certos colegas e por um ou outro diretor de escola.
Assim, em 1965, ao assumir a direção do Colégio Estadual, o meu primeiro desafio foi o de escolher bons professores, independente de opção religiosa, política ou da idade e tive enormes barreiras a vencer.
Só para citar alguns poucos casos, certa vez, tive que contratar um professor-substituto e um dos nomes aventados vazou, após reunião que tive com os titulares da matéria.
Com grande surpresa, fui procurado por um grupo de alunos, moradores de uma república que pediram para não contratar o dito professor que também residia na mesma república e tinha um comportamento sexual não muito ortodoxo, digamos uma pedofilia ás avessas.
O pedido, é claro, foi levado em conta e a escolha recaiu sobre um outro como não podia deixar de ser.
Vi-me, também, em certa ocasião em situação bem desconfortável, ao ter que dispensar um dos mais conhecidos professores da cidade que, “por não ter tempo de corrigir as provas”, dava notas altas a todos os alunos, mesmo que tivessem sido transferidos ou, com no caso de um deles, havia falecido.
Infelizmente, o autoritarismo chegou ao ponto de fazer com que determinadas escolas da cidade, ao ficarem sabendo que seus alunos estavam fazendo provas para ingressarem no Estadual antecipavam o resultado, dando transferência aos mesmos, sem direito à volta, caso não fossem aprovados...
Não me custa recordar que o Conselho Diocesano, na pessoa de um dos mais ilustres membros da época, Mestre e Acadêmico, quis interferir em minhas aulas de Biologia, sugerindo (sem sucesso é claro) que eu não falasse sobre as leis de Darwin que, na opinião do Conselho, eram contrarias à fé, ao afirmar a semelhança do homem com o macaco.
Houve sim, de lá para cá, drásticas mudanças sociais e seria impensável imaginar que somente as escolas iriam permanecer na Idade Média!
As dificuldades para o exercício do magistério, apesar de outras, ainda permanecem e se fala muito em desagregação das famílias como um fator que aumenta, e muito, os obstáculos ao exercício pleno do magistério.
Se, no entanto, alguém me pergunta se, no meu tempo, era melhor ou pior, respondo que era apenas diferente pois o mundo está diferente e , como um processo dinâmico, a educação formal, feita nas escolas, tinha que se adequar como está acontecendo, de maneira lenta, mas constante!
Publicado em: 15/11/2006 18:49:08
Última alteração:23/10/2008 14:04:44

Marcos Coutinho Loures Comentando
Se, entre nós, alguém tivesse que receber uma homenagem pela maneira digna com que viveu, sem dúvidas esse alguém seria o nosso amigo José Leonardo, um homem muito acima da média, pela retidão de caráter e pelas ações solidárias com que aliviou o sofrimento de muitas pessoas.

Em todos os campos do relacionamento humano, pessoal ou profissional, foi ele um exemplo a ser seguido, de maneira inequívoca.

Mergulhado sempre em profundas inquietações de ordem religiosa e ética, jamais deixou que isto prejudicasse seu bom humor nem fizesse dele uma criatura presa ao fundamentalismo de qualquer espécie, razão pela qual sempre foi respeitado por todos aqueles que com ele conviveram.

Tivemos nós a oportunidade de compartilhar com ele agradáveis momentos de uma sadia convivência e podemos citá-lo como exemplo de ser humano, como amigo, como esposo, como pai e como cidadão.

Infelizmente fomos privados dessa companhia e desse exemplo, por ação e obra do imponderável, talvez porque o mundo não merecesse mais ter, em seu meio, um ser da grandeza e da luminosidade de José Leonardo.

O fato de perdê-lo, contudo, não pode fazer com que nos esqueçamos de muitas passagens de sua vida nem de fatos que, juntos partilhamos e que demonstram o lado humano deste amigo, cuja lembrança não cansamos de reverenciar.

Devo esclarecer, ao relatar um desses acontecimentos, que José Leonardo não teve a menor culpa no fato que, como soubemos, lhe trouxe muitas dores de cabeça, devido ao mal entendido.

Ia me esquecendo de dizer que o nosso amigo era dentista e que seu gabinete era a extensão da casa onde morava, numa época em que o leite era vendido ou entregue de porta em porta, numa estrutura batizada como “vaca leiteira”, adaptada numa carroça puxada por um burro.

Ao passar perto da casa de José Leonardo, o condutor, como fazia sempre, deu uma paradinha e tocou a buzina, à espera dos fregueses, no instante em que o telefone do gabinete tocou e que José Leonardo o tirava do gancho para atendê-lo.

É indispensável que se esclareça que, do outro lado da linha, estava uma senhora respeitável, um pouco gorducha, seios fartos, cliente de José e que queria marcar um horário para ser atendida.

Todo esse cenário descrito, nosso amigo com o telefone fora do gancho, resolveu avisar, em voz alta, à esposa que era a “vaca leiteira” e, depois disso, dirige-se à senhora que aguardava na linha e que, ao ouvir aquelas palavras se sentiu profundamente ofendida.

“Reagindo com duras palavras, a senhora chamou nosso doce José Leonardo de “grosso e mal-educado”, depois de afirmar que vaca leiteira era a mãe do mesmo e, não ela” após o quê desligou o telefone.

Imediatamente, nosso amigo tentou refazer a ligação para desfazer o equívoco mas aquela senhora estava indignada e não quis saber de explicações.

Somente com muito tato e diplomacia é que tudo foi esclarecido, para o bem de todos os envolvidos.

Todos esses fatos ocorreram de fato e, ao rememorá-los, mostramos como um mal entendido pode trazer sérias conseqüências, mesmo para pessoas notáveis como o saudoso amigo José Leonardo.
Publicado em: 02/12/2006 14:50:48
Última alteração:02/12/2006 14:51:07


Marcos Coutinho Loures Comentando
É fora de dúvidas que Rosane Campos, no “Personalidades 2006” selecionou o que há de melhor na multifacetária gama de opões de que dispunha, para a escolha final.

Se, por força de regulamento, muitas outras personalidades ficaram para uma próxima oportunidade, isto demonstra a dificuldade dos organizadores, para a seleção final.

Mas, ao levar a todos os escolhidos as nossas congratulações, queremos registrar aqui nossa satisfação pela escolha do nome de AILTON MALTA para fazer parte do rol dos homenageados.

Acompanhando o trabalho dele, observamos que Ailton vai sedimentando páginas importantes da história e da cultura de Muriaé e da região com elogiável competência e indispensável isenção.
Isso nos levou, inclusive, a sugerir-lhe a feitura de uma vinheta que deixasse bem claro esse registro, especialmente nas entrevistas que ele tem feito com pessoas que, realmente, têm algo a dizer e sabem como fazê-lo.

Sem fortes patrocínios, ele se supera e tem realizado programas antológicos capazes de enriquecer a biografia de qualquer apresentador ou, como queiram, comunicador isento, firme, capaz e sereno.

Quando ele, por exemplo, traz à mesa de debates, figuras exponenciais da sociedade, ligadas à pauta em evidência, está sim, fazendo a história de nossa cidade e do estágio cultural em que chegamos.

Um dia desses, quando a pauta do “Debates em Foco" se referia a Recursos Humanos,nós nos lembramos de que, ao sermos convidados para coordenar o departamento de RH de uma grande empresa, no Rio, há cerca de 30 anos, tivemos que buscar o apoio em várias disciplinas, para dar conta do recado.

Em princípio, tivemos que desmontar aquilo a que chamamos de “central de fofoca”, em que o departamento havia se transformado, para tentar policiar a vida particular de funcionários pois, de acordo com os donos da empresa, toda funcionária grávida, deveria ser demitida, numa atitude execrável que, só mais tarde, a lei conseguiu impedir.

Um outro exemplo, este positivo, serviu para nortear nossa situação á frente do departamento e se referiu a um concurso para o Banco do Brasil, em que um conhecido nosso, aprovado em todos os testes de conhecimento, foi reprovado no exame médico por estar com hanseníase.

Mesmo assim o departamento de RH do Banco conseguiu protelar a posse e o BB arcou com todo o tratamento médico, até a cura final que foi premiada com a admissão definitiva, cerca de um ano depois.

Se quiséssemos também mostrar como NÃO DEVE funcionar um departamento de RH, poderíamos exemplificar com o caso de uma amiga nossa, convidada para se transferir do Rio para cá, largando empregos e fazendo cursos de especialização para, ao chegar aqui , ser contratada e DEMITIDA antes mesmo de vencer o contrato de experiência, sem nenhuma justificativa.

Outro exemplos ainda mais estarrecedores ainda, poderíamos dar aqui mas, como se vê, em vez de falar sobre Ailton Malta, acabei falando sobre algumas experiências de vida.

Nisto é que reside o sucesso de programas comandados por Ailton Malta!

Há sim, extrema necessidade de discutir os temas que passam a fazer parte de nossa história, de nossa cultura.

Parabéns pois à idealizadora do “Personalidades” e a todos os agraciados, em especial o nosso Ailton Malta pois, somente assim, com independência, com simpatia e com competência é que podemos contar a verdadeira história desta cidade que, graças ao seu povo, assumimos como terra natal e da qual tanto nos orgulhamos!
Publicado em: 02/12/2006 18:14:25



Marcos Coutinho Loures Comentando

Geralmente as pessoas se preocupam com os próprios problemas, ignorando os que afligem seus semelhantes.

Recordando alguns acontecimentos da vida, isto fica mais evidente, como passarei a relatar, aqui.

Ao contabilizar as perdas que tive devido a isso, como dizer que a falta de solidariedade explica tal tipo de procedimento egoísta.

Tendo eu começado a trabalhar bem antes de completar dez anos de idade, não me preocupei com a assinatura da carteira profissional, mesmo quando, em 1953, fui contratado pelo Colégio São Paulo para prestar serviços na Escola e no SENAC, de Belo Horizonte, no Ginásio Muriaé.

O tempo passou e só em 1970 é que minha Carteira foi assinada, assim mesmo com algumas imperfeições que me custaram muito caro...

Para complicar, em 1965, fui nomeado diretor da Escola Estadual professor Orlando de Lima Faria e, como tal, em regime estatutário trabalhei por 11 anos, até me exonerar voltando ao regime celetista.

O tempo passou e, após mais de 40 anos de trabalho, resolvi entrar com o pedido de aposentadoria, no Rio de Janeiro.

Recebendo a informação de que “em menos de 45 dias” estaria aposentado, me desliguei da empresa onde trabalhava e fiquei aguardando...

Tinha eu feito um razoável pé-de-meia, mas a demora da concessão do benefício passou a me preocupar seriamente.

Em meu pedido, não fiz contar o tempo de serviço no Estadual pois estava aguardando a averbação, a ser feita em Belo Horizonte e optei pela aposentadoria proporcional e, assim que saísse a averbação, pediria a recontagem do tempo de serviço.

Uma emenda feita em minha carteira profissional quando do registro do Colégio São Paulo, ocasionou-me uma série interminável de transtornos.

A agência do INSS, do Rio, onde dei entrada nos papéis, ao verificar a emenda, encaminhou para Muriaé uma SP – solicitação de pesquisa, pedindo que um fiscal se dirigisse à Escola e verificasse a data exata de minha admissão, constante no Livro de Registro de Empregados.

Contrariando todas as normas, a SP só foi respondida quase dois anos após, ocasionando-me enormes prejuízos pois, para me manter no Rio, esgotei todas as minhas reservas financeiras de mais de 40 anos de trabalho.

E aquela aposentadoria que sairia em 45 dias, só foi liberada dois anos após...

No instante em que ela saiu, entrei com o pedido de recontagem de tempo, anexando, já averbado, o tempo de serviço público e, passando quase dez anos, ainda estou aguardando a resposta.

Outros acontecimentos poderia anexar aqui como o “acordo” que fiz com o Conselho Diocesano, responsável pelo Colégio São Paulo, em que, por mais de 20 anos de serviço como não optante, recebi uma ninharia, como aconteceu com a minha esposa e com outros funcionários daquela casa, mas, no frigir dos ovos, tudo isso serviu para vermos como as pessoas se preocupam com os próprios problemas, deixando de lado os que afligem seus semelhantes e a isto podemos chamar de falta de solidariedade que vai tirando das pessoas, o sentimento de humanidade que deveria presidir todos os nossos atos...
Publicado em: 02/12/2006 19:18:39


Marcos Coutinho Loures De domínio público - O papagaio da freira
Numa cidade do interior nordestino, uma freira ficou encantada com um papagaio
Ensinado que, entre outras coisas, sabia rezar o Pai Nosso.
Sem titubeara, ela comprou o bichinho e o instalou na janela do convento.
Certo dia, começou a chover fininho e uma pessoa da rua, irritada, xingou:
- Ô aguinha do capeta!
O papagaio, muito esperto, decorou aquela frase mas, assim que a chuva passou, uma mula empacou no meio da rua, deixando o carroceiro desesperado:
Um dos passantes deu a receita:
- Enfia um cabo de vassoura no rabo dela que ela levanta!
O papagaio também decorou.
Passados alguns dias, a freira quis batizara o papagaio mas, no instante em que o padre jogou água benta sobre a cabecinha dele, ele gritou:
-Ô aguinha do capeta!
Diante daquilo, a irmãzinha caiu ao chão, desmaiada, e os outros foram socorrê-la.
Ao ver tamanho alvoroço, o papagaio completou:
- Enfia um cabo de vassoura no rabo dela que ela levanta...
Aí, é melhor fechar o pano...
Publicado em: 15/11/2006 13:15:26
Última alteração:29/10/2008 18:39:28


Marcos Coutinho Loures De domínio público - roubo de carro
Um norueguês vai ao Banco, com um amigo e entra numa fila enorme.
Minutos após, o amigo sai do banco, a fim de comprar um cigarro e vê o carro do norueguês sendo roubado.
Volta correndo e avisa ao companheiro que, abandonando a fila, sai atrás dos bandidos e volta, dez minutos depois.
- E aí? Conseguiram prender os ladrões?
Sorrindo o norueguês responde>
- Não, mas fique tranqüilo, eu consegui anotar a placa...
Publicado em: 15/11/2006 16:41:16
Última alteração:29/10/2008 18:38:26



Marcos Coutinho Loures De domínio público A ÉGUA CAMPEÃ
O marido lia o jornal quando a mulher bate com a frigideira na cabeça dele que reage imediatamente!
-Que diabos! Ficou maluca?
-Isto é pelo número de telefone de uma tal Marilu que encontrei no seu bolso da calça!
-Mas, que coisa! Marilu, querida é o nome de uma égua que apostei e o número que está anotado é o valor total das apostas!
A mulher ficou toda envergonhada, pediu muitas desculpas e o caso se encerrou.
Dias após, ele estava lendo o jornal, quando a frigideira explode novamente sobre sua cabeça! Era a mulher que, antes que ele falasses alguma coisa grita:
-Seu safado agora entendi porque a égua era tão cara, ela está no telefone querendo falar com você!
Publicado em: 15/11/2006 16:16:22
Última alteração:29/10/2008 18:39:44


Marcos Coutinho Loures De domínio público - a professora e a diarista
A patroa recebe a nova diarista e, antes de explicar a rotina da limpeza, quer saber quanto ela iria cobrar pela faxina.
-Cinquenta reais, mais 20% do INSS.
-Cinquenta? Isso é um absurdo! Você tem noção de quanto eu ganho POR MÊS como professora?
-E a senhora sabe por que deixei de dar aulas?
Publicado em: 15/11/2006 16:49:59
Última alteração:29/10/2008 18:38:20


Vi teu nome rabiscado
Marcado pela paixão.
Foi nesse tempo passado,
Onde tinha o coração

Um bater desesperado
Descompassado afinal
Tanto tempo já marcado,
Na árvore desse quintal...
Publicado em: 31/08/2007 18:11:02
Última alteração:29/10/2008 17:21:20


Mão que segura um copo deve largar o volante.
88

Mote

Mão que segura um copo deve largar o volante.


Dirigir, hoje eu não topo,
Pois já bebi o bastante,
A mão que segura um copo,
Não pode estar no volante...

Marcos Coutinho Loures

Coisa boa nesta vida,
É cuidar da perereca,
Mas deixa de lado a bebida,
Obedecendo a lei-seca...
Publicado em: 20/11/2008 14:45:59
Última alteração:06/03/2009 18:42:11



MÁQUINA ZERADA...

Mote – O coração é velho, mas a máquina é nova.

Cuidado, presta atenção,
Eu posso te dar a prova,
-Se é velho o meu coração,
Minha “máquina” está nova...

Na boca, pus dentadura,
Essa é a melhor hipótese,
Para que fique bem dura,
Na máquina, botei prótese...

MARCOS COUTINHO LOURES
MVML
Publicado em: 15/10/2007 16:30:25
Última alteração:03/11/2008 21:17:02


Mar de Amor

Por amar Maria tanto
Sem Maria, então, me amar;
Amaria por encanto
Nesse mar vou me afogar
No mar que trouxe Maria
Que jamais enfrenta o mar
Mas que sempre me amaria
Se soubesse navegar
As ondas do amor maior
Que aprendi e sei de cor,
E que quero te ensinar.
Vem Maria pros meus braços,
Teus abraços, nossos laços,
Em ondas de amor gigantes,
Nos fazendo dois amantes
Que sabemos como amar.
Porém se não me quiseres,
Vou voltar para o teu mar
E no mar que amou Maria,
Matando minha alegria,
Entornando a fantasia,
Nunca mais vou navegar!
Publicado em: 03/12/2006 14:29:51
Última alteração:30/10/2008 19:10:15


Mar, sol e areia
No mar que mergulhei minha saudade
Nas ondas que me trazem as lembranças
Nos ventos mais terríveis, as vinganças
Que a vida preparou, contrariedade...

As nuvens que me mostras, negras, densas,
Descrevem maus agouros, minha sorte,
A chuva que virá, por certo forte,
Em cascatas trará dores imensas

O meu sol desmaiando no poente
Esboça sem ter raios, meu futuro,
O tempo que virá, trará no escuro,
As sombras que vivi sem ser contente.

Embora meus caminhos foram tantos
Que mesmo nas escarpas não caí,
Em pleno mar feroz sobrevivi,
A vida que passei tão sem encantos....

Percebo que na vida, quase nada,
Sem ter a fantasia que alimenta
Dos mares e do sol que tanto esquenta.
Me coube ser a areia, vil, pisada...
Publicado em: 29/11/2006 16:41:55
Última alteração:30/10/2008 19:13:51



MARAVIDA
A história da humanidade está plena de lutas dos oprimidos, das vítimas mais frágeis das injustiças dos homens, isso sempre foi e sempre será.Todas as grandes civililzações e potências da humanidade experimentam, experimentaram e experimentarão desse veneno; cruel veneno, inerente ao ser humano.Nova Orleans, ano passado mostrou a cara dos EEUU, ocultada pela propaganda de "bem estar" veiculada pelo governo; essa face verídica e crua, nunca me sairá da cabeça.A miséria européia do leste, principalmente, com suas meninas prostituindo-se e as marcas do totalitarismo imbecil, tanto o de esquerda quanto o de direita, demonstrado nas meninas e mulheres afegãs.Esta luta dos oprimidos, dos negros, índios, sem teto, sem terra, sem expectativas, sem amanhã, embriagados pelo álcool, ilusão absurda que nega o espelho cruel, deturpa a realidade crua, atroz, deve ser respeitada.Quando vemos as tentativas absurdas das elites em calar a voz dos excluídos, no grito diário pelas ruas e campos, mendigos e prostitutas, desempregados e exilados dentro do próprio país, isso nos dá a real dimensão da falta de dignidade dessas.Minha indignação contra os métodos de "sangria e desestabilização" utilizados por essa gente chega ao extremo.O nosso encontro com a dignidade desse povo está sendo lindo de viver, mas temos que estar atentos para que a hora desse encontro nunca seja a hora da despedida.E essa luta tem que vir das nossas entranhas, visceral, como foi a luta de tantos que o mundo teve, de Cristo a Gandhi, a Luther King, ao próprio Lincoln, proletário como Lula.Nas mãos a carícia e a guerra, nos pés a dança e a batalha, na mente o futuro e a primavera dos nossos corações possa ser o verão radioso do nosso povo,Meus amores estão hiperestesiados agora, nesse momento orgásmico da humanidade, com o mundo aprendendo a amar os desvalidos, com o homem aprendendo a amar o homem.Não podemos deixar que eles nos destruam, pelo amor que pudermos ter aos que virão, frutos desse dia, belo dia, dia branco, de luz que se adivinha.Perdoem a minha alegria, a minha esperança, a minha fantasia e o meu sorriso imbecil estampado na cara; que meus mortos me perdoem, mas ando de banda, ando de viés, carregando eles no peito, assim como o poeta.Perdoem meu desabafo de quem sente o bafo da esperança trazido pelo vendaval das mudanças.Perdoem minha dança, pois até onde a mente alcança, ela é a minha vingança contra aqueles que me tentaram impedir o canto e a orgística festa dos desvalidos.Sinto que não foram inválidos meus dias, obrigada por tudo, me inundo de poesia e conclamo a todos, haja o que houver nunca mais nos calarão, não será preciso a calada da noite, nem o açoite, somente o resgate da maravilhosa canção que dizia maravida, amar a vida maravilhosa vida.
Publicado em: 10/08/2006 16:20:39
Última alteração:23/10/2008 13:13:00


Manjericão perdeu o cheiro


Vem depressa rebolando
Que apimentas minha vida,
O teu cheiro vai tornando
Minha noite mais ardida...
Publicado em: 07/08/2008 16:56:29
Última alteração:19/10/2008 19:39:55

Mandamentos do Amor

Que eu nunca pergunte de onde vens, mas sim do que gostas.

Que eu nunca pergunte o que tens, mas sim quais as frutas que aprecias.

Que eu nunca pergunte quem são teus pais e parentes mas sim se gosta de flores.

Que eu nunca pergunte para onde vais, mas sim se gostas da estrada.

Que eu nunca queira saber do seu passado, mas sim de tua felicidade.

Que eu não queira saber onde nasceste mas sim se estás bem aqui.

Que eu nunca queira saber o que pensas, mas sim o que sentes.

Que eu não queira saber nem teu nome, posto que já sei que tu chamas AMOR!
Publicado em: 05/12/2006 09:30:37
Última alteração:27/10/2008 21:24:27


MANGA COM LEITE
Manga com leite faz mal...
Ainda mais quando se bota as mangas de fora.
Publicado em: 10/09/2008 21:52:49
Última alteração:17/10/2008 14:48:58


Manhã do meu desejo

Manhã do meu desejo
Na manhã de meus desejos
Um beijo, um seixo e sexo.
Amantes e mordidas.
Risos e tempestades.
Temperatura...
Na agrura e na saudade
Quem há-de? Quem é de?
Somos as antíteses e as promessas.
Remessas de mantras e partes
Partícipes do mesmo jogo
Fogo e ventania.
Ar e brilho
Lua e marte.
Sorte e aparte.
À parte do que pensamos.
Somos início e gran finale.
Amar-te, a morte meu mote e vastidão.
Chão e cordel.
Corda e céu
Sementes e fruto.
Na manha dessa manhã, meu amanhã e meu afã.
Imã e irmã.
Solidão e companhia.
Cio e ócio.
Sol e lua, sol e mar
Sol e girassol
Contrafeito.
Feito dois unos e somados.
Dívidas e donaire.
Afaire.
Amor
Calmaria calma ria cama rima e solução!
Publicado em: 21/12/2006 23:31:05
Última alteração:30/10/2008 08:43:37

Mais perigosas do que as curvas das estradas, são as da mulher...
59

Mote

Mais perigosas do que as curvas das estradas, são as da mulher...

Eu toco, enquanto puder,
Por estradas sinuosas,
Mas são mesmo as da mulher,
As curvas mais perigosas.

Marcos Coutinho Loures


Vou subindo, vales, montes,
Descobrindo cada ponto,
Dos prazeres, belas fontes,
Tanta curva que estou tonto...
Publicado em: 20/11/2008 12:20:58
Última alteração:06/03/2009 18:46:45

Mais um amor...

Cansei de te obedecer, coração sem juízo!

Volta e meia ouço a tua voz e, novamente me entrego à paixão!

E, pouco tempo depois, outra decepção, outro adeus e recomeça tudo de novo.

Falas demais e insanamente mas, o que é pior, volto a te ouvir e novamente estou envolvido nas mesmas dores e nas mesmas saudades.

Logo que acho que estou cicatrizando as feridas, tu vens e recomeça a ladainha...

Sem refletir e pensar bem, a gente se machuca, já cansei de falar isso contigo.

Mas és desobediente. Lembras-me uma criança teimosa que sobe e cai da árvore e cai de novo, até que quebre um braço ou uma perna.

Andréa, Beatriz, Carla, já foi meio alfabeto e nada de aprenderes a ler.
Publicado em: 02/12/2006 21:37:52
Última alteração:28/10/2008 11:27:50



MAIS UM ANIVERSÁRIO
Nesta data
Que querida não é mais
Eu desejo o que não posso conseguir
Menos velinhas
Na verdade são demais
Colecionadas pela vida afora.
Cada qual representa uma ruga,
O tempo agrisalhou minha esperança...
Publicado em: 20/03/2008 11:53:04
Última alteração:21/10/2008 22:20:21



MAIS UM ANO DE VIDA...
Há tempos tão diversos
Nascer, crescer, e envelhecer...
Não me lembre de hoje
Que o amanhã se aproxima
Depressa demais...
Depois...
Parabéns
Ou pêsames?
Publicado em: 20/03/2008 12:18:11
Última alteração:21/10/2008 22:20:25



MAIS UM ANO...
Meus parabéns, querida, parabéns!
Mais um ano passando sem te ter.
A saudade corrói e faz doer.
Procuro-te... Cadê? Mas tu não vens...

A noite passada
Na busca por ti
Não vejo mais nada
Será te perdi?
Estavas tristonha
A vida maltrata
A gente que sonha
Depressa destrata
Não deixa mais nada...

Um ano a mais
A vida traz
O sonho triste
Nada resiste
Ao triste sonho,
Amor risonho
Fica medonho,
Mas te proponho
Volta p’rá mim!

Meu amor
És a flor
Que plantei
Se fui rei
Ou se errei
Mil perdões.
Amplidões
Corações
Sem alguém
Sem teu bem
Sou ninguém...

Mas será que ouvirás a minha voz?
Meu canto agônico, perdido, triste...
Meu coração tão temerário, insiste,
Teimosamente. A vida é mais atroz...

Mas sinto que estarás aqui, amor,
Neste Nosso Natal, o da esperança,
Teus olhos carrego na lembrança,
Como ao perfume, guarda a triste flor...

Esse vento batendo na janela...
Toda noite trazendo o frio intenso.
Amor que se foi, forte e tão imenso...

Com o vento batendo, na dor, penso.
Mas a sombra da lua, me revela
Que não é mais o vento! Será ela?
Publicado em: 05/01/2009 19:09:33
Última alteração:06/03/2009 12:32:18



Mais Um Dia De Amor

Eu nunca quis te dizer
Se tudo de melhor em mim
Eu deixaria por fazer
Ou talvez pedisse estar
Dentro ou não em mim.
Não vou mais saber.
Plantarei neste jardim
O que sempre quiser
Deixa o tempo rolar
Todo canto vai assim
Nos sóis não sou nem sois
Somos átomos
Atos e tomos
Temores e tempestades
Que não virão,
Ou se vierem
São claridades
Que em quantidades
Mostram os dentes
Das saudades
Do que nunca seria
Mais um dia de amor...
Publicado em: 31/12/2006 15:51:26
Última alteração:30/10/2008 08:40:56




Maior bem eu não conheço
Já te garanto querida,
Vou amando sem tropeço
Bebendo o melhor da vida.
Publicado em: 01/03/2008 21:40:00
Última alteração:22/10/2008 13:31:49



MACABRAS SENSAÇÕES - COROA DE SONETOS

1


Macabras sensações vão me tomando
Perdendo todo o senso, nada tenho.
Não tendo mais noção sequer de quando
Estrídulos; escuto de onde venho.

O céu que me guiara desabando
A vida se esvaindo sem empenho.
As nuvens se aproximam já em bando
Apenas o vazio inda contenho.

A noite que se fora em liberdade,
Entranha nos esgotos, falsidade
E eu mostro a minha face predileta.

Exposto nas esquinas, nos vitrais,
Não deixo nem pegadas nem sinais,
Apodrecido, esqueço a linha reta.


2


Apodrecido, esqueço a linha reta
E em cada nova curva, perco o rumo.
Aos poucos ao vazio eu me acostumo
A solidão se mostra mais completa.

Nas hordas de fantasmas vejo a meta
Daquele que se foi e agora assumo,
Da doce morte eu bebo todo o sumo
E uma alegria insana, a dor já veta.

Nos bares me inebrio a cada dia,
Encontro na sarjeta a poesia
Que traz alguma força para mim.

Do todo que já tive resta o nada,
Deitando o meu caminho na calçada,
Pressinto, vem chegando, agora, o fim...


3


Pressinto, vem chegando, agora o fim
E nele uma terrível solução.
A seca dominando o meu jardim,
Matando toda a minha plantação.

O verso em que teimava, vejo enfim,
Perdido sem caminho ou direção,
Porém, pressinto ser melhor assim,
Da dor eu não conheço arribação.

Carcomidos os olhos que te viram,
Extremas sensações que já sentiram
Cadáveres em vida coleciono.

Na cíclica agonia que nos ronda,
Monástica ilusão por vezes sonda,
Mergulhando sem nexo. Encontro o sono...

4


Mergulhando sem nexo. Encontro o sono
Em meio a tempestades e falácias
A noite vem sugando estas hemácias
Trazendo no seu bojo um abandono.

Apenas quero a morte como abono.
No florescer sutil, belas acácias
Irônicas permitem luz que trace-as
Num quadro tão sarcástico de outono.

Sentindo o frio intenso dentro da alma,
A dor que se faz plena não se acalma
E mostra, tão solene o duro inferno.

Adentro nos bueiros vou ao nada,
Escarro palavrões e em derrocada
Aguardo calmamente, último inverno.


5

Aguardo calmamente, último inverno,
Contraio cada músculo do rosto.
O rei que nunca veio foi deposto
Pelo terrível nada, agora eterno.

O bem de uma esperança que eu hiberno
Aos poucos se perdeu mais indisposto
No frio tão intenso deste agosto
Em paradoxo vejo todo o inferno.

Naufrágios que carrego no meu peito,
Sem ilhas, sem suporte ou direção.
Aguardo em minha morte, a redenção.

E sigo dia-a-dia desse jeito,
Escombro morto-vivo sem destino,
À morte, pouco a pouco, me declino.


6


À morte, pouco a pouco, me declino
E sangro em cada poro, me esvaindo.
Definho enquanto o dia eu sinto vindo
Até que chegue o sol, feroz, a pino.

Não tenho nem mais força ou desatino,
Nem mesmo da ilusão ora prescindo
Minha alma de meu corpo vai saindo
E volto em redenção a ser menino.

Brincando com estrelas que se foram,
Balões riscando o céu não mais decoram
Apenas negritude, espessa treva.

Rajando pelos céus, a tempestade
Impede que perceba claridade
Quem é da fria morte, clara ceva.


7

Quem é da fria morte, clara ceva
Já sabe distinguir o que mais quer.
Não tendo nem saudade, o que vier,
Trará tanta agonia em fria leva.

Não há capacidade que descreva
O quanto me fui rude e sou qualquer,
Joguete das paixões, o que eu quiser
Só mostra o quanto em dor a vida neva.

A vida se passando em tal marasmo,
Sorriso que recebo? De sarcasmo,
Descrevo em cada verso o meu retrato,

Habito os subterrâneos, vou arisco,
O nome da esperança eu logo risco
Como da podridão, inteiro o prato.


8


Como da podridão, inteiro; o prato
Lambuzo-me do fel que recebi.
Aos poucos me despindo chego a ti
E faço com o nada um novo trato.

No espelho em fundo falso eu me retrato
E vejo que em mosaicos me perdi,
Mergulho o que me resta, inteiro, ali
Coleto o que me deste, teu destrato.

No câncer que eu cultivo eu me esfumaço
E trago em cada trago, cada maço
O manto feito em pleno sofrimento.

Martirizado eu sigo em noite imensa,
A morte; eu sei, será tal recompensa
No fogo que me queima, audaz e lento...

9


No fogo que me queima, audaz e lento,
Farrapos do que fui molambo em vida,
Ao ver a minha sorte já perdida
Eu bebo a tempestade num momento.

Encontro no vazio o meu assento
A noite vai passando-se esquecida
A cada novo corte; outra ferida,
Expondo a minha carne em sofrimento.

Vasculho estes resíduos do que fui,
Castelo de ilusões, tão cedo rui
Escombros espalhados pelas ruas.

Expresso em cada verso o que hoje sinto
Vulcão que fora intenso, agora extinto,
Pedaços espalhados pelas ruas...


10



Pedaços espalhados pelas ruas,
Estreitos os caminhos que persigo,
Não tendo mais sequer algum amigo
As noites são vazias, ocas, nuas.

As facas entranhando, duras, cruas,
As crias do meu sonho em desabrigo.
Um resto perambula e não consigo
Saber de outras galáxias, astros, luas.

Na negritude plena me perdendo,
O frio dentro da alma corroendo,
Esparsos os meus passos sem pegadas.

As horas vão passando, simplesmente,
E o vento da ilusão, tão envolvente,
Espalha as folhas secas, derrotadas...


11


Espalha as folhas secas, derrotadas,
O outono que recebo como herança
Do quanto me envolvi numa esperança
De estrelas reluzindo em madrugadas.

As noites prosseguindo malfadadas
Sem rumo sem caminho e sem fiança,
Apenas solidão decerto alcança
Quem mata em nascedouro as alvoradas.

Tristezas, velhas lobas em matilha,
Seguindo cada passo desta trilha
Esgueiram-se qual réptil pelas gretas.

No céu em derradeira voz, temível,
O dia prenuncia-se terrível
Toando apocalípticas trombetas.


12


Toando apocalípticas trombetas,
A manhã derradeira se anuncia.
As nuvens impedindo o novo dia
Notícias do final; trazem cometas.

O céu vai trespassado pelas setas
Nem mesmo algum alento ou fantasia,
Um mundo tão fantástico se cria
Moldado pelas trevas mais concretas.

O fim estipulado pelos sonhos,
Trazendo tais verdugos tão medonhos
Porém trago um sorriso quase irônico.

Estóico, não permito um só entrave
A morte, esta palavra amiga, é chave
De um novo que virá bem mais harmônico.

13


De um novo que virá bem mais harmônico,
Deixando o velho corpo apodrecido,
Por duras tempestades foi vencido,
Agora encontra enfim, na morte, o tônico.

O sonho que virá me faz afônico
Houvera sempre tido em tal sentido
Um rumo já decerto construído
Num ser que é tão feliz estando agônico

Servindo de alimento aos frios vermes,
Refaço o meu caminho, quase um Hermes,
Vencendo qualquer forma de tristeza.

Carpido pelas moscas derradeiras,
Amigas e leais, tais companheiras;
Devoram-me – um banquete sobre a mesa.


14


Devoram-me – um banquete sobre a mesa,
As últimas palavras são leais.
Os vermes, tão divinos comensais
Esgotam toda a forma de pureza.

Não tendo mais sequer uma tristeza
As vísceras expostas; ledo cais.
Aquele que se fora sem jamais
Saber se houve delícias ou beleza.

Aos poucos minha carne é corrompida,
Numa orgia divina consumida,
As larvas e bactérias devorando

E como numa espécie de sarcasmo
Tomado pelo fogo de um orgasmo
Macabras sensações vão me tomando.
Publicado em: 28/01/2008 21:20:01
Última alteração:22/10/2008 16:48:36


Macho que é macho
Macho que é macho
Só usa binóculo.
Trinóculo? Inocula...

Publicado em: 10/09/2008 21:40:44
Última alteração:17/10/2008 14:47:34


Madrugada canta o galo,
Me acordando o desgraçado,
Eu não sei vou assá-lo
Ou comê-lo refogado...
Publicado em: 15/01/2010 12:15:15
Última alteração:14/03/2010 21:01:23



Mãe me remetes ao útero, ao colo, a ingenuidade do amor sem dívidas nem dividendos;

Ao amor primário, primeiro, intrínseco, divino.

O amor sem medos e sem segredos, puro e íntegro. Latente e inerente, portanto inteiro.

Mãe, falar teu nome emblema de vida, de luta, sem segredos outros que não o próprio amor.

Lembras-me o inerente amor de Deus pelo homem, repetes esse milagre, é o ideal realizado, nas próprias entranhas do amor.

Quando criança, tinha a distância amiga e acolhedora do colo protetor, segurança para a criança que se desenvolvia, incapaz de adivinhar as pedras do caminho; sempre afastadas pelas mãos macias que me acalentavam, deixando os olhos livres para olhar para o horizonte.

Cumprias o milagre de Midas, transformando em ouro tudo o que tocavas principalmente as esperanças do moleque livre, correndo entre laranjais, entre as quebradas dos sertões da alma; onde acalmavas meus anseios com teus fartos seios acolhedores e belos.

Minha mãe, meu início e princípio, certeza de amanhecer com alegria e, na dor, acolhedora esperança.

A mãe Terra, a mãe embriagante como o canto da vida por onde emana a eternidade do universo, agasalhando os frios da lida, acompanhando nos tombos e nos vôos.

Tenho-te tão próxima e tão distante, mas constante; em todas as partidas da vida e em todos os reinícios, todos os renasceres nos víveres e nos viveres.

A manca vida, nos solavancos diários, aprendida e apreendida a cada curva da estrada, a cada passo mal dado, a cada espinho e espreita, a cada cilada, na calada e na caída. Cálida presença.

O amor de quem nunca cobra, da que nunca nega, nas refregas da existência, a cadência da esperança.

O amor que nunca morre, que escorre e se alastra, transmuda, transporta, trafega pelas entranhas, num cordão que se distende, mas nunca se rompe, nunca se extirpa, nunca se corta.

Na porta aberta do amanhã, a certeza na frente da luta, do embate, nesse combate sem tréguas, sem mágoas, sem dívidas, sem dúvidas.

A garantia de que o mundo será melhor, bem melhor se ouvirem vossas vozes, mães.

A cadência do coração acelerado e acalentado, da febre mitigada, da dor amortecida, da luz incendiada e ascendida.

Abrindo os olhos e vejo, no atropelo das lágrimas da distância, os olhos caridosos e puros, mãe dos homens, mãe de Deus, mãe da vida...

Tua mansidão firme e sem medo seja o segredo da vida, compreendido pelos filhos ignaros que se a ti se remeterem encontrarão as respostas para as injustiças da vida.

Está no teu amor o grande segredo para a salvação dos teus filhos, no mitigar da dor, no compartilhar, no crescer e no podermos transformar a humanidade num filho pródigo da GRANDE MÃE TERRA.

Geradora e mantenedora de todos os seus filhos, muitas vezes ignóbeis.

Mãe, princípio e final. Caminho de eternidade.

Nos dias todos da vida, que Deus permaneça conosco e que, ao olharmos para ti, possamos sempre nos lembrar disso.

Amando nossos irmãos, todos, perdoando seus erros e, principalmente, unindo-nos para que não haja mais fome, miséria e injustiças.

Para que todos sejam, realmente dignos de ti, MÃE!
Publicado em: 13/02/2007 20:03:04



MAGIA DO AMOR -

Quando me vejo, querido
Ancorada em seu abraço
Tatuada no teu corpo
E selada neste beijo
Sei não poder me esquivar...
Rendida, me vejo inteira
Laçada e presa na teia...
Magia do nosso amor!

Teu corpo em tatuagem
Colado junto ao meu
Fazendo esta viagem
Além de um infinito
Laçado pelo sonho
Que mostra no seu rito
Que a vida não espera
Quem sabe faz agora
Não deixa pra depois
Nós dois de braços dados,
Eternos aliados
Na busca do que somos
E do que enfim seremos
Nos barcos, velas, remos
Na fruta, doces gomos
Sonhando com os gnomos
Sílfides e com ninfas
As horas que não voltam
Nas taças de cristal
Amor que magistral
Tal qual tanto quisemos.
Se não perdemos lemes
Queixumes são deixados
Qual fossem os cadáveres
Perdidos na viagem.
Estou ao teu dispor,
Chamando irei depressa
Que a vida nos apressa
Felicidade já!

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 25/07/2007 11:18:42
Última alteração:05/11/2008 18:25:39

Magia do amor




Batendo a mesma tecla eu insisto

Eu remo e a maré me trás de volta

Falando que te amo, amor, não minto

És minha, tenho certeza deste fato. jrpalácio



O mundo vai girando, passam dias

E eu a te falar dessa certeza

Amor que tenho em ti é farta mesa

Num rito tão fantástico de alegrias. marcosloures



Seguindo os teus passos, mesmo rumo

Mergulho, em teus desejos, já sem prumo

Encharcam-se nossos corpos de teu mel marcosloures



A noite uma criança! Amanheceu

Clareando nossas mentes como o dia

Reinando em nós, do amor, tanta magia


. jrpalácio



Magia e sedução/ Encanto e paixão

Invadem o pensamento/ Tomam meu íntimo

delírios e vontades/ sentidos aguçados

à flor da pele / por prazer.

Marcos Loures / Mara Pupin

Publicado em: 26/03/2007 13:23:40
Última alteração:28/10/2008 05:46:55


. Magia e sedução/ Encanto e paixão/Calor e emoção

Invadem o pensamento/ Tomam meu íntimo/Assaltam minha vontade

delírios e vontades/ sentidos aguçados/perfumam meu sentimento

à flor da pele / por prazer./por necessidade

Marcos Loures / Mara Pupin/ MariSaes

Publicado em: 26/03/2007 15:03:59
Última alteração:28/10/2008 05:46:59

Mágoas
Cansado de chorar a cada dia,
tristezas que me trazes a cansar-me.
Pedindo, por favor, quero o desarme,
antes que me desarme uma alegria.

Desamas se rechaças quem sempre ama,
embora não percebas, mas me cansa.
O sonho de viver já não se alcança,
nas dores que me causas, finda a chama.

Nas chamas que não deixas mais acesas,
amores se esfumaçam quando chamas
e dizes que, tristonha, ainda me amas.
Não creio nos amores em tristezas.

E tentas convencer que é mesmo assim,
Que a dor se cura em dor que a dor produz
assim como da luz se faz a luz.
Que todo meio sempre vem do fim.

Nas mágoas que magoas minhas mágoas,
Não curam minhas mágoas nem me deixam.
Os olhos embotados já se queixam,
de tanto que choraram , tantas águas...
Publicado em: 02/12/2006 09:48:05
Última alteração:30/10/2008 19:11:11

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