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Saturday, December 18, 2010

Sabe lá o que é saudade?
Sabe lá o que é saudade?
Quem decerto nunca amou,
Não conhece esta verdade
Que em verdade me matou...
Publicado em: 17/01/2010 12:56:36
Última alteração:14/03/2010 20:22:39


SAUDAÇÃO A MARCOS LOURES por RABE

Pois é amigo e assim segue os versos
Meu mundo é pequeno cabe n’um cadinho
Minha rima me aproxima de amplexos
Alguns sinto, outros deixo no caminho

O poema certo para o lugar exato é eterna busca,
E na infinda busca: Dou a conhecer e conheço;
Compaixão, martírio, ilusão, piedade, fealdade.
No templo erguido; neste castelo de cristais

Eu me sento e no intento de saber dos céus
Apreendo do mar e das terras, das flores e do apreço!
Das águas e das crianças do simples e do belo
Não sei do certo, não sei do errado. Se sou pecado!

Peco! Aprendo e esqueço e eis o tormento? Aprendi?
Sou comum... Assim... Assim... Cruz e espaço e eterno fim!
Ouse me dizer amigo! O verbo é castigo?

MUITO OBRIGADO MEU QUERIDO AMIGO, ME EMOCIONASTE
ABRAÇOS FRATERNOS
Publicado em: 25/08/2008 19:36:19



SABER QUE PERDI VOCÊ
Amor:

Ninguém, neste mundo, é capaz de avaliar a imensa falta que você tem feito, em minha vida...

Não é possível que exista ou tenha existido um amor tão intenso, um amor tão bonito quanto o que eu tenho por você e, talvez por isso, seja impossivel acreditar que tudo se acabou.

Muitas vezes, chego a pensar que tudo não passa de um pesadelo, de um sonho mau mas, quando olho em volta, à procura de seus olhos, descubro que tudo mudou, pois não encontro você.

A dura realidade de sua ausência penetra fundo em minh’alma, trazendo-me a angústia de viver, no vazio que você deixou.

A vida sem você não vale nada e, a cada instante, morro um pouquinho mais, sufocado pela dor da sua ausência.

Ah! Amor!

Antes que seja tarde demais, eu lhe peço que volte para mim.

Por favor, venha correndo me dizer que tudo não passa de um pesadelo, antes que o desespero tome conta de toda a minha vida, destruindo o mundo de nós dois...
É impossível, amor, é impossível saber que perdi você...

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 01/10/2008 16:05:46
Última alteração:02/10/2008 13:47:44


Sabes quanto amor te tenho,
Te desejo noite e dia,
É por isso que eu me empenho,
Em te dar tanta alegria..
Publicado em: 20/12/2009 07:32:00
Última alteração:16/03/2010 08:45:06


sabiá já não sabia


sabiá já não sabia
que seu canto incomodava
foi para outra freguesia
que também por lá cantava
Publicado em: 17/01/2010 16:04:30



Sabiá sabia tanto
Mas não soube me dizer,
Se no amor acaba encanto,
Onde guardo o meu prazer?
Publicado em: 07/08/2008 14:54:27
Última alteração:19/10/2008 22:18:33

Sabia ser sabiá
Que cantava na tardinha
Meu amor, vou te encontrar,
Nessa vida, tão sozinha...
Publicado em: 19/12/2008 11:54:34
Última alteração:06/03/2009 13:50:07


SAFÁRI INESQUECÍVEL...

Para participar de um safári, o candidato tem que passar por três provas bem difíceis. Para vencê-las tem que entrar em três moitas distintas e em cada uma delas uma tarefa.

Na primeira moita há algumas garrafas de cachaça e o candidato deve beber o Maximo possível.

Na segunda moita há um Leão com os deites infeccionados e o candidato deve arrancar o dente do leão.

Na terceira moita, há uma linda morena e o candidato já muito bêbado deve tentar conquistá-la e transar com ela.

O primeiro que apareceu para as provas foi um conhecido pinguço que já estava calibrado no começo da prova.

Dada a largada, ele entrou na primeira moita e ao ver as garrafas de cachaça, tomou todas com todo o prazer.

Logo após, dirige-se à segunda moita onde está o leão e ,quem está do lado de fora, passa a ouvir urros e gritos horrorosos, por muito tempo.

Logo a seguir, o candidato reaparece com a roupa toda rasgada, sangrando muito, mas com um ar de vitória na face.

Ao ser perguntado se queria desistir, ele apenas responde:

-Que desistir! Eu só queria que vocês me mostrassem onde está a morena com o dente infeccionado, para eu arrancá-lo!

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 15/10/2007 20:38:12
Última alteração:29/10/2008 18:09:54



SAI CAPETA!

-Temos, entre nós; um médico que atua na área da saúde mental e que desperta, em todos os que o conhecem, um forte sentimento de "respeito e admiração" pela competência; pela simpatia, pela simplicidade e pelo seu grande caráter.

Trata-se do Dr. Edinho Felizardo, como é
conhecido por amigos e pacientes
O fato que passamos a narrar foi presenciado por diversas pessoas e nem ele mesmo poderá desmentir, embora saibamos que Dr Edinho dificilmente o confirmará.

Estava ele em seu consultório quando um carro chegou, com a missão de levá-lo até um determinado local onde uma jovem senhora estava tendo um surto psicótico, de difícil controle.

Dr. Edinho se prontificou a atender a paciente, mas, quando chegou ao local onde a moça estava, encontrou um Pastor, amigo da família que, de pronto, "diagnosticou" uma possessão demoníaca e já estava praticando o cerimonial do exorcismo.

A pedido da família, Dr. Edinho ficou mais um tempo e, pacientemente, a tudo assistia, assentado num banquinho, enquanto o pastor orava, bufava e gritava, sob o olhar fixo da moça que parecia paralisada.

Terminando o ritual, com o grito de "Sai Capeta, “em nome de Jesus”! o pastor deu sua tarefa por encerrada e se descuidou, indo cumprimen¬tar o nosso médico, ali presente.

Foi o suficiente para a moça avançar sobre o pastor e sapecar-lhe um estrondoso tapa no rosto, com tal violência que o homem santo rolou escada abaixo.

Sacudia ele ainda a poeira quando Dr. Edinho se levantou e, com maestria, aplicou uma dose de calmante na moça, o famoso "sossega Leão", fazendo com que ela e o "capeta" que a dominava passassem a dormir um longo e tranqüilo sono...

Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 04/03/2007 13:10:42



SAI PRA LÁ JABURU...
{Vós} sois üa dama
das feias do mundo;
de toda a má fama
sois cabo profundo.
A vossa figura
não é para ver;
em vosso poder
não há fermosura.

LUIS DE CAMÕES

Em vós senhora vejo claramente
As ânsias de um amor que não se acalma,
Trazendo uma esperança dentro da alma
Apenas o vazio este inclemente

Tomando-vos deveras plenamente
Assíduas ilusões trariam calma;
Mas sei o quão difícil, duro trauma
Em vos trazer o nada se pressente.

E perdoai-me se a voz já não se cala
Porém se da verdade a alma é vassala
Entendo que por mais que se procura

A sorte vos desdenha, caprichosa,
O mundo esta esperança vã vos glosa
Somente porque em vós, rara feiúra...
Publicado em: 04/02/2010 18:44:09
Última alteração:14/03/2010 14:34:04



SAIA CURTA
A Maria todo dia
No quintal colhe repolho
Quando chega a ventania
saia curta? Não tiro o olho...
Publicado em: 15/03/2008 20:55:40
Última alteração:22/10/2008 14:37:59



SALÃO GRENÁ
AO SALÃO GRENÁ

Quando o Salão Grená abre as cortinas,
Varando a noite e a fria madrugada,
A luz do amor, do sonho, da poesia,
Vai dissipar a escuridão da estrada.

Os corações mergulham nesta estima
E a melodia ganha um novo brilho
O mais singelo verso se sublima
Na belíssima voz de Collid Filho.

As emoções humanas mais profundas
Despertam, ao embalo das canções;
Nos casebres, nos bares, nas esquinas

E nas mansões mais nobres, onde habita
Um coração sensível, todos vibram,
Quando o Salão Grená abre as cortinas.

HOMENAGEM AO GRANDE E SAUDOSO AMIGO
COLLID FILHO,

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 17/04/2008 15:00:25
Última alteração:21/10/2008 18:28:04




Salário
Um bicho muito esquisito
Voando pra todo lado,
Não é mosca nem mosquito
É salário dum coitado...
Publicado em: 11/11/2006 12:03:30
Última alteração:



30/10/2008 10:45:34


Salete me diz porque
Salete me diz porque
Passarim num qué cantá,
Eu num vou me arrependê
Espero pelo luá...
Publicado em: 13/10/2006 18:56:48
Última alteração:30/10/2008 10:49:2


SALGANDO O MAR


Ausência
Vazio
Lacrimejo
Um rio
Salgando
O mar
Publicado em: 10/06/2008 19:03:18
Última alteração:20/10/2008 21:08:17


Salmo 1 - Versos Brancos
Homem que não seguir conselhos d’ímpios,
E nem dos pecadores, segue a trilha;
Nem de quem escarnece, sent’à roda,
É bem aventurado, com certeza...
Antes, tem seu prazer na lei de Deus.
Medita dia e noite sobre a lei...
Qual árvore plantada no ribeiro,
Dá frutos no seu tempo; suas folhas,
Não cairão, prospera em todos atos.
Pois são como a moinha que se espalha.
Os ímpios não resistem no juízo,
Nem mesmo os pecadores entre justos.
Pois o Senhor conhece,desses justos,
O caminho, que jamais perecerá!
Publicado em: 05/09/2006 20:34:40
Última alteração:30/10/2008 19:31:50


Salmo 2 - Versos Brancos
Os gentios amontinados, vão;
Os povos imaginam coisas vãs.
Os reis da terra se erguem contra o Pai
E contra seu ungido, então dizendo:
Rompamos ataduras, sacudamos
De nós as suas cordas. Deus rirá,
O Senhor zombará desses gentios...
Então lhes falará, na sua raiva,
E no furor, os turbará, enfim.
Proclamarei decreto dito a mim,
Pelo Pai: Tu és filho meu gerado;
Te darei os gentios por herança,
Os fins de toda terra, possessão...
Os esmigalhará, com tua vara,
Os despedaça como um vaso frágil.
Ungi meu Rei no monte do Sião!

Agora, reis, sejais bem mais prudentes.
Juiz da terra, deixa-se instruir.
Servi, ao meu Senhor, com tal temor;
Beijai ao filho, fuja de tal ira.
Para que não pereças no caminho...
Quando acender, su’ira, brevemente.
Boa ventura então, aos que confiam...
Publicado em: 05/09/2006 21:04:10
Última alteração:30/10/2008 19:59:21


Salmo 3 em versos brancos
Tantos são adversários meus ó Pai!
Multiplicam-se erguendo contra mim!
E tentam me ofuscar a salvação.
Porém Senhor, és meu escudo e glória!
Ouviste meu clamor do velho monte...
Deitei, dormi, acordo e me sustentas!
Não temerei milhares que me cerquem!
Me salves , meu Senhor, dos inimigos!
Feriste-os nos queixos, dentes partes!
Que Vossa Salvação nos abençoe!
Publicado em: 30/09/2006 18:14:59
Última alteração:31/10/2008 01:53:45


Salmo 4 em versos brancos
Ó meu Deus da justiça, ouça o clamor!
Tenha misericórdia: ouça oração!
Tentam converter glória em vil infâmia!
Buscam vaidade e nas mentiras vivem!
Meu Senhor separou quem for piedoso.
Ouvirá com certeza, o meu clamor!
Não pequeis e falais com coração!
Dês então sacrifícios de justiça!
Confieis nesse Pai que é Salvador!
O Senhor nos exulta o rosto e brilho!
Mais que todo trigo e todo vinho
As alegrias em mim, multiplicaste!
Deitarei, dormirei em total paz,
Por que me fazes habitar seguro!
Publicado em: 30/09/2006 18:27:18
Última alteração:31/10/2008 01:53:53





Salmo 5 em versos brancos
Ouça-me meu Senhor, minhas palavras...
Atenda enfim a voz deste clamor!
Na manhã ouvirás a minha voz!
Te farei oração. Vigiarei!
Iniqüidade nunca foi prazer,
O mal jamais habitará teu reino!
Os tais loucos fugirão dos teus olhos,
Odeias os maldosos e a maldade...
Destruirás também os mentirosos,
Os fraudulentos, sanguinários, cortas...
Tua benignidade e t’a grandeza
Permitirão que eu entre em Sua casa...
Me inclinarei no templo, ao teu temor.
Guia-me na justiça meu Senhor!
Endireita o caminho para mim,
Pois não há retidão senão em ti.
Dos ímpios as entranhas são maldades
Suas gargantas são sepulcro aberto!
As lisonjas são feitas pelas línguas!
Que caiam pelos próprios vis conselhos.
Que das transgressões múltiplas se lancem
Fora! Pois contra Ti se rebelaram!
Que se alegrem os que, em Ti confiam!
Se exultem para sempre defendidos...
Que em Ti pois, se gloriem no Teu nome!
Abençoarás justos, Meu Senhor!
E os defenderá com Teu escudo!
Publicado em: 30/09/2006 18:48:35
Última alteração:31/10/2008 01:54:03


Salmo 6 - em versos brancos
Em tua ira, meu Pai, não me repreendas!
Também não me castigue em Teu furor!
Tenha misericórdia de mim, Pai!
Eu sou fraco, me cure meu Senhor!
Até quando meu Pai? Minha alma está
Perturbada! Livrai-a Pai benigno!
Pois na morte, não há lembrança em Ti,
Pois quem te louvará neste sepulcro?
Do meu gemido estou já bem cansado,
Inundam, minhas lagrimas, meu leito!
Meus olhos envelhecem tantas mágoas
Que causam inimigos meus, meu Pai!
Apartai, de mim, iniqüidades;
Já ouviste meu pranto e minha súplica!
Então que se envergonhem inimigos!
E que, enfim, perturbados, tornem antes!

Publicado em: 30/09/2006 19:20:12
Última alteração:31/10/2008 01:54:06



Salmo 7 - em versos brancos
Confio em Ti, Senhor, me salve, Pai;
Me livre então daqueles que perseguem!
E que não despedacem a minha alma
Sem que haja quem a livre do leão!
Se paguei com o mal o pacifista,
Que inimigo consiga pegar a alma,
Minha alma... E que reduza minha glória
Ao pó. Levantai tua ira ; desperte
Por mim, ao tal juízo que ordenaste!
Assim te cercarão, pois, nas alturas!
Julgue-me com justiça e integridade,
Que se finda dos ímpios, a malícia!
Se estabeleça, enfim, os que são justos!
Meu escudo é meu Deus, que salva os retos
De coração! Juiz justo, meu Pai,
Se ira todos os dias. Sua espada
Afiada p’ra quem não se converte!
As setas no arco armado, emparelhado,
Inflamadas irão aos que perseguem!
Desses perversos, dores; pois trabalhos
Conceberam, produzem mais mentiras!
Cavaram poço fundo e lá quedaram.
Sua obra desmorona sobre os próprios!
Louvarei meu Senhor, Sua justiça,
E cantarei louvores ao Seu Nome!
Publicado em: 30/09/2006 19:56:58
Última alteração:31/10/2008 01:54:10


Salmo 8 Em versos brancos
Senhor Nosso, admirável o seu nome
Por sobre toda a Terra, tua glória
Está acima de todas as coisas vãs!
Nas bocas das crianças, tua força!
Calando a inimigo e vingador.
Quando vejo estes céus, obras dos dedos
Teus. Essa lua e estrelas que preparas!
Que é esse homem mortal para que lembres?
E seu filho por que enfim o visitas?
Porque pouco menor que Vossos anjos,
O fizeste... De glórias o cobriste!
Faze com que ele tenha tal domínio
Sobre as obras das Tuas Santas mãos!
Porque tudo puseste sob seus pés!
Tantas ovelhas, bois, bichos selvagens,
As aves deste céu, peixes marinhos,
Tudo o que passará pelas veredas
Dos mares. Ó Senhor, quanto se admira
O Teu nome por toda nossa Terra!
Publicado em: 04/10/2006 18:26:32
Última alteração:31/10/2008 01:49:13


Salmo 10 - Versos Brancos
Por que estás tão distante, Meu Senhor?
Nesse tempo d’angúsitas t’escondes...
Os ímpios perseguindo o pobre, fúria!
Que sejam apanhados nas ciladas,
Que eles mesmos, cruéis, já maquinaram...
Bendizendo o avaro, nega o Pai;
Deus, eles não buscam por altivez...
Renegam existência do Meu Deus.
No caminho, atormentam toda vez.
Desprezam inimigos, seus juízos
Estão acima, os abalos não temem...
Imprecações povoam suas bocas,
Assim como os enganos e astúcias...
Malícias e maldades nessa língua.
Nas aldeias, tocaias já preparam,
Matando os inocentes e os mais pobres.
Armas estão ciladas, escondidas...
Prontas para roubar, qualquer um pobre...
Diz, em seu coração, que Deus não viu...

Levanta-te Senhor, erguei as mãos;
Não te esqueças jamais, desses humildes!
Tu viste esses tais ímpios, quebre braços!
O pobre se encomenda ao Meu Senhor,
És auxílio Senhor, dos órfãos todos..
És, pois, o Rei Eterno, em Tuas terras,
Perecerão gentios. Ó Meu Pai,
Ouviste então, desejos dos mansos,
Conforte os corações. Os Teus ouvidos
Abertos, sei, para eles estarão!
Faças cair justiça sobre os pobres,
Que os órfãos, reconheçam-na também,
E qu’homem não prossiga em violência...
Publicado em: 05/09/2006 19:53:18
Última alteração:30/10/2008 19:31:54


Salmo 11 - em versos brancos
No meu Senhor, em toda plenitude,
Confio cegamente, por completo...
Eu não irei fugir para este monte
Como se fosse um pássaro inseguro!

Os ímpios armam arco, põem a flecha
E tentam atirar nos homens bons
Às ocultas, tocaias, escondidos...

Mas, se os fundamentos destruir
O quê que poderá fazer o justo?

O Senhor permanece no seu templo
Santo, pois o seu trono está nos céus,
Os seus olhos contemplam lá de cima,
Todos os filhos do homem, provação.

O Senhor prova tanto o que for justo
Como aquele que for ímpio, em pecado...

A alma divina odeia o violento.

Enxofre, fogaréu irá chover
Sobre os ímpios. No copo, um vento forte
Terrível vento, forte e abrasador!
Publicado em: 15/11/2006 13:42:08
Última alteração:30/10/2008 19:02:32



Salmo 12 - em versos brancos
Nos salve, Meu Senhor não há piedoso
Dentre os filhos dos homens, infiéis!
A falsidade impera e a lisonja.
Corte Senhor os lábios lisonjeiros
E as línguas que estão plenas de soberba!
Acreditam,pois, serem seus senhores!
Por causa da opressão aos miseráveis
E do gemido atroz dos que precisam,
O Senhor se levanta e os protege.
Suas palavras puras como a prata
Refinada em fornalha que é de barro
Também purificada sete vezes!
Publicado em: 15/11/2006 13:51:54
Última alteração:30/10/2008 19:02:21




Salmo 13 - em versos brancos
Ó meu Pai! Até quando esconderás
De mim teu santo rosto. Esquecerás
De mim eternamente meu Senhor?
Até quando minha alma se encherá
De cuidados; tristezas cada dia.
Até quando o inimigo sobre mim
Se exaltará? Pergunto-te meu Pai.
Alumia os meus olhos, que eu não morra,
Para não permitir ao inimigo
O grande regozijo da vitória!
Tua benignidade não permite
Que tal coisa aconteça és salvação.
Cantarei ao Senhor todo esse bem
Que a mim, meu Grande Pai tem dedicado!
Publicado em: 15/11/2006 14:03:50
Última alteração:30/10/2008 19:02:16



Salmo 14 - em versos brancos
O coração do néscio nega Deus.
Abomináveis homens corrompidos,
Em suas obras, não fazem o bem.
Para os filhos dos homens, Deus olhou
Procurando entre tantos quem O buscasse,
Todos se desviaram, são imundos!
Acaso não percebem? São iníquos !
Devoram o meu povo e negam Deus!
Terão grande pavor pois Deus é justo!
Nunca conseguirão frustrar, dos pobres,
O conselho, pois Deus é seu refúgio.
Que de Sião viesse a salvação
Quando o nosso Senhor, enfim, voltar!
Publicado em: 15/11/2006 14:20:11
Última alteração:30/10/2008 19:02:06


Salmo 15 - em versos brancos
Na tenda do Senhor, quem morará?
E quem habitará teu santo monte?
Quem pratica a justiça e é verdadeiro,
Seja irrepreensível nos seus atos!
Aquele que jamais usa de infâmia
Nem faz o mal ao próximo, nem afronta.
Quem desprezar o réprobo também,
Quem honrar os tementes ao Senhor!
Mesmo que seja contra si não muda
Na jura que fizer. Que não usura
E não recebe peitas contra o puro.
Nunca terá abalos, sendo assim.
Publicado em: 15/11/2006 14:29:59
Última alteração:30/10/2008 19:01:57



Salmo 16 - em versos brancos
Em ti, Ó meu Senhor, me refugio!
Tu és o meu Senhor, único bem!
Aquele que escolher um outro Deus
Terá multiplicadas suas dores.
Não tomarei seus nomes em meus lábios
E nem me lembrarei ao sacrifício.
És a porção da herança, meu quinhão;
Tu és o sustentáculo, meu cálice.
Sortes que me caíram em lugares
Deliciosos, a formosa herança!
Bendigo esse Senhor que me aconselha.
Está sempre diante do meu ser,
É minha mão direita, não me abalo!
Meu coração alegra e a minha alma
Se regozija sempre, estou seguro.
Não deixarás minha alma ao relento,
Nem me permitirás a corrupção
Nem que teu Santo possa vê-la. Nunca!
A vereda da vida mostrarás!
Pois na tua presença, a plenitude
Da alegria, delícias são perpétuas!
Publicado em: 15/11/2006 14:43:23
Última alteração:30/10/2008 19:01:51


Salmo 17 - em versos brancos
Atenda ao meu clamor, ó meu Senhor!
Ouça a minha oração, pois não engano.
Tua sentença aguardo pois é justa.
Pois pode procurar iniqüidade
E transgressão que nunca encontrará!
Os meus passos se apegam as veredas
Tuas, como também minhas pegadas.
Clamo-te meu Senhor, por isso me ouça!
Tuas beneficências, Salvador,
Aos que se refugiam ao teu lado,
Tem feito maravilhas meu Senhor.
Me esconda na sombra das asas
Tuas contra inimigos que me cercam.
Fecham seus corações e são soberbos.
Andam rondando os passos e me miram
Prontos a me atirarem sobre a terra.
Tal qual leão que quer matar a presa
Com leãozinho pronto de tocaia.
Derrube-os Senhor, me livre de ímpios
Por tua mão Senhor de homens do mundo.
Nosso maior quinhão está aqui.
A ira entesourada de meu Pai
Lhes encherá o ventre. Fartarão
Dela os filhos, as sobras por herança.
Minha satisfação na semelhança
Que encontrarei quando acordar em Ti...
Publicado em: 15/11/2006 15:06:15
Última alteração:30/10/2008 19:01:46


Salmo 21 - em versos brancos
Na força do Senhor, o rei se alegra,
Na tua salvação, se regozija.
Deste o que desejava o coração,
A petição dos lábios não negaste
De bênçãos excelentes, o proveste.
Coroa d’ouro fino, o Senhor deu.
U’a vida longa, eterna, Deus lhe deu.
Pois grande é sua glória em teu socorro,
De majestade e d’honras o reveste!
Fazê-o para sempre abençoado,
Enchê-o de prazer, tua presença.
No Pai, o rei confia e na bondade
D’Altíssimo será inabalável!
A tua mão alcança os inimigos
A todos que te odeiam os alcança.
Tu os fará fornalha ardente Pai,
Quando vieres. Fogo os queimará.
Destruirá a prole desta terra,
E a sua descendência morrerá.
Pois contra ti intentaram todo o mal,
Maquinaram ardil, serão vencidos!
Tu os porá em fuga, meu Senhor!
Te exalta em tua força, Grande Pai,
Teu poder; cantaremos, louvaremos!
Publicado em: 17/11/2006 17:04:38
Última alteração:30/10/2008 19:01:12



Salmo 18 - em versos brancos
Te amo meu Senhor, és minha força!
A rocha, fortaleza e liberdade;
Onde está meu refúgio e meu escudo.
Meu Pai, tu és a força e salvação!
Invoco o Senhor digno de louvor
E isso me salvará dos inimigos.

Cordas duras da morte me cercaram
Perdição em torrentes já temi.
As cordas do Seol já me cingiram
Tantos laços da morte, de surpresa...
Angustiado, invoco meu Senhor
Do seu templo divino, ouviu a voz
O meu clamor chegou aos seus ouvidos...
A terra se abalou e se tremeu,
As bases desses montes se moveram
Porquanto meu Senhor se indignou.
Fogo devorador em sua boca
Fumaça das narinas, brasas ardentes!
Os céus, Ele abaixou e veio á Terra,
Sob os seus pés, as trevas mais espessas;
Num querubim montou e voou sim,
Sobre as asas do vento, ele voou!
Seu retiro secreto, fez das trevas,
Escuridão das águas, pavilhão,
Assim como as espessas nuvens, céu...
Do resplendor desta presença santa
Saíram saraivadas chamas, brasas.
Então o meu Senhor trovejou voz,
Por entre tantas brasas, chamas, fogo.
Despediu suas setas e as espalhou
Raios multiplicou e os perturbou
Já vejo os leitos d’águas. Fundamentos
Deste mundo se mostram, descobertos;
À tua repreensão sopro do vento
Das narinas do Senhor, meu Grande Pai...
Estendendo seus braços me tomou,
Me tirando das águas que são muitas!
Do inimigo mais forte me livrou,
E dos que me odiavam e eram fortes!
Quando em calamidade, me flagraram,
Mas o Senhor, meu Pai, foi meu amparo!
Num lugar espaçoso me levou,
Por que tinha prazer também em mim.
E me recompensou o meu Senhor,
As minhas mãos tão puras, a justiça,
As conhecem meu Pai, o Meu Senhor!
Eu guardo seus caminhos, não me afasto,
Por isso sou, do Pai, recompensado.

Eu nunca me afastei dos estatutos,
E todas ordenanças eu conheço!
Fui irrepreensível diante dele,
De toda iniqüidade, me guardei!
Por ser mais justo, puro diante dele,
Eu fui recompensado pelo Pai!
Com o benigno sempre és mais benigno;
Para o homem perfeito és mais perfeito!
Para aquele que é puro sempre és puro;
Para com os perversos, o contrário!
Pois que tu livras o povo tão aflito,
Mas os olhos altivos, os abates!
Acendes a candeia meu Senhor,
As trevas que são minhas, alumias!
Eu salto uma muralha com meu Deus
Também com seu auxílio vejo a tropa.
Seu caminho é perfeito, meu escudo!
São todas as promessas já provadas.
O Meu Senhor é Deus, o meu rochedo
Deus me cinge de força em meu caminho.
Faz dos meus pés como os das corças rápidas,
Nos lugares mais altos, me protege...
As minhas mãos prepara p’ra batalha,
Meus braços vergarão um brônzeo arco...
Da tua salvação me deste o escudo.
A tua mão direita me sustém;
Toda a tua clemência me engrandece!
Alargas os caminhos que já vejo,
Impedindo que os pés meus resvalem.
Persigo os inimigos, os alcanço.
Só retorno depois de consumi-los!
Os transpasso de forma que não se ergam,
Os deixo, então, caídos sob meus pés!
Na peleja, cingiste-me de força,
E prostras sob mim, os inimigos!
Que me dêem as costas, também fazes,
Aos que me odeiam, os destruo, Pai!
Clamam, porém não há libertador,
Clamam ao meu Senhor, não os responde!
Como o pó frente ao vento, os esmiúço.
Como a lama das ruas, lanço fora!
Me livres das contendas deste povo
Me fazes, das nações, sua cabeça.
Quem não me conhecia, se sujeite!


E que eles me obedeçam ao me ouvir
Com lisonja, estrangeiros se submetam!
Estrangeiros, tremendo, desfalecem
Dos seus esconderijos, sim, já saem!
Te exalto, meu Senhor de salvação!
Meu Deus me dá vingança e meu poder,
Livra-me de inimigos e me exalta
Livra-me de ser homem violento.
Por isso, meu Senhor, te louvarei
Entre todas nações te louvarei!
Dá grande livramento pr’o seu rei
Dá benignidade a quem ungiu.
E para com Davi, seus descendentes,
(Para sempre!)
Publicado em: 16/11/2006 19:03:32
Última alteração:30/10/2008 19:01:40






Salmo 19 - em versos brancos
.
Os céus proclamam glória de meu Deus
Sua obra, o firmamento me anuncia.
Um dia se declara a outro dia.
Conhecimento, a noite passa a outra.
Não há palavras, fala, nada escuto...
Mas sua linha e fala: universais!
Qual noivo que se alegra quando sai,
Qual herói a correr sua carreira,
Deus pôs em tudo, tenda para o sol,
Que se estende por todo esse universo,
Ao seu calor, por isso, nada foge!
A lei do meu Senhor, perfeita lei,
Minha alma refrigera e aos mais simples
Já dá sabedoria, Meu Senhor!
Todo o seu testemunho é mais fiel.

Seus preceitos são retos e me alegram.
Seu mandamento é puro e me ilumina.
Temor ao Senhor, limpo e permanente.
Juízos do Senhor veros e justos!
São bem mais desejáveis do que ouro;
Mais doce do que mel que vem em favos.
Para quem os guardar, a recompensa.
Quem pode discernir os próprios erros?
Me purifique então dos que não sei.
Me guarda da terrível presunção
Que nunca se apoderem mais de mim!
Então, serei perfeito em Deus, Liberto!
Os termos que eu disser mais agradáveis,
Assim também meditação perante
A tua face Deus, que é minha rocha
E redentor!
Publicado em: 16/11/2006 20:46:03
Última alteração:30/10/2008 19:01:31



Salmo 22 - em versos brancos
Por que desamparaste assim meu Senhor Deus?
Por que estás afastado e não mais me auxilias?
Por que não ouves mais minhas palavras, Pai?
Eu clamo-te de dia, embalde, não mais ouves.
Eu clamo-te de noite, embalde, sem sossego...
Contudo tu és santo, estás entronizado
Sobre todo o louvor que existe em Israel.
Nossos pais já livraste, em ti, pois, confiaram.
Foram salvos, meu Pai, enquanto te clamaram.
Confiaram em ti e não os confundiste.
Porém eu sou um verme, um opróbrio dos homens,
O povo me despreza e todos já se zombam.
Me dizem, Meu Senhor: já que em ti confiei
Que me liberte Pai, pois em ti, meu prazer.
Tu és quem me tiraste e que me preservaste
Desde quando, pequeno, ainda em minha mãe;

A teus braços, lançado és meu Deus desde o ventre.
Não te alongues de mim. Angústia está bem perto
E, meu Pai, meu Senhor, não há quem me acuda!
Os touros de Basã me cercam e rodeiam,
Contra mim, boca aberta assim como o leão
Que despedaça a presa e ruge, violento!
Derramei-me qual água e quebrei os meus ossos!
Meu coração derrete em cera nas entranhas.
Minha força secou qual fora um simples caco.
Tu puseste-me o pó de uma terrível morte.
Rodeado por cães, malfeitores me cercam
Me transpassam os pés e também minhas mãos.
Os ossos posso contar, eles me olham e miram.
Repartem, entre si, todas as minhas vestes.
Mas tu, meu Senhor, não te alongues de mim.
Me socorra, meu Pai, por que és a minha força!
Pai, me livre da espada e do poder do cão,
Da boca do leão e dos chifres do boi.
Anunciarei teu nome a todos os irmãos
E na congregação, eu sempre louvarei:
Vós que temeis a Deus, louvai-o todos vós.
Ó filhos de Jacó, temei, glorificai
Ao Senhor, todos vós, herdeiros de Israel!
Porque não desprezou e nem abominou
Toda aflição do aflito. Nem dele se escondeu.
Pois quando foi clamado ouviu-o, plenamente!
De ti vem meu louvor nessa congregação.
Meus votos, pagarei perante os que te temem.
Os mansos comerão, se fartarão,
Louvarão ao Senhor, aqueles que te buscam.
Que o vosso coração, viva em eternidade.
Nos limites da terra, o teu nome lembrado,
E se converterão, diante do teu nome,
Por todas as nações tu serás adorado.
O domínio é do Pai, e reina sobre todos.
Os grandes desta terra te adorarão, meu Pai.
Os que descem ao pó, os que não retêm vida,
Diante do Senhor, todos se prostrarão!
Futuro o servirá, falar-se-á de ti,
À geração vindoura, em sua plenitude.
Anunciarão ao outro tua justiça
Ao povo que nascer , o que fizeste, Pai,
A todos contarão, será anunciado!
Publicado em: 18/11/2006 11:42:34
Última alteração:30/10/2008 19:01:03


Salmo 20- em versos brancos
No dia desta angústia dolorosa
Que o Senhor ouça-te e proteja sempre.
Envie-te socorro lá dos Céus
E que já te sustenha de Sião!
Lembre-te das ofertas, sacrifícios.
Conceda-te conforme o coração
Deseje e cumpra todo o teu desígnio!
A tua salvação alegrará,
Pendões arvoraremos ao Senhor.
Satisfaça o Senhor nas petições.
O Senhor sempre salva o seu ungido
E lhe responderá do Santo Céu,
Com força salvadora, sua destra.
Uns confiam em carros ou cavalos,
Nós faremos menção ao Nosso Pai;
Uns encurvam-se e caem, nós nos erguemos.
Salve-nos meu Senhor, nos ouça a prece!
Publicado em: 17/11/2006 15:42:20
Última alteração:30/10/2008 19:01:17



Salmo 23 em versos brancos
Meu Pai é meu pastor , nada me faltará!
Em pasto verdejante ele me faz deitar.
Guia-me mansamente a águas mais tranqüilas.
Refrigera a minha alma;a trilha da justiça
Leva-me, por amor do seu divino nome.
Ainda que eu caminhe o vale tão sombrio
Da morte, mal algum, eu nunca temerei,
Pois comigo estás, Pai.Tua vara e cajado
Consolam-me, Senhor. Preparas uma mesa
Perante mim, defronte a tantos inimigos.
Meu cálice transborda unges minha cabeça
Com óleo. Certamente essa misericórdia
E bondade estarão em todos os meus dias.
Na casa do Senhor viverei longos dias.
Publicado em: 18/11/2006 12:00:29
Última alteração:30/10/2008 19:00:53


Salmo 24 em versos brancos
A terra é do Senhor em toda plenitude.
Também é todo o mundo e todos que o habitam.
Por que ela foi fundada em cima destes mares
Por que ela foi firmada em cima destes rios.
Quem subirá ao monte onde está meu Senhor,
Ou quem logo estará no seu lugar que é santo?
Quem for limpo das mãos e puro em coração
Quem não for vaidoso e nunca jura em vão,
Será abençoado, e terá salvação.
Tal é a geração dos que buscam t’a face,
Ó Senhor de Jacó. Ó portas levantai
Vossas cabeças alto. Ó entradas eternas
Rei da glória entrará! Quem é o rei da glória?
O Senhor poderoso e forte na batalha.
Ó portas levantai vossas cabeças alto.
Rei da Glória entrará, ó entradas eternas.
Quem é o rei da Glória? O senhor dos exércitos!
(Ele é o rei da Glória!)
Publicado em: 18/11/2006 14:51:42
Última alteração:30/10/2008 19:00:46


salmo 25 em versos brancos
Elevo-te minha alma. Em ti, meu Pai, confio.
Que eu não seja humilhado; inimigos não triunfem
Sobre mim. Que não seja humilhado também
Os que esperam em ti. Mas sim, os traiçoeiros!
Mostre-me teu caminho e também t’as veredas.
Guia-me na verdade, ensina-me, és meu Deus
De minha salvação. Espero-te o dia todo!
Da tua compaixão, lembra-te meu Senhor.
E da benignidade, elas são eternas!
Não lembres do pecado em minha mocidade,
E nem das transgressões, tenha misericórdia,
Pela tua bondade, esqueça dos meus erros.
Bom e reto, o Senhor, ensina aos pecadores
Os caminhos e guia os mansos no que é reto.
Veredas do Senhor são de misericórdia
E verdade a quem guarda o pacto e testemunhos,

Por amor do teu nome, a minha iniqüidade
Que é grande, Pai, perdoe. Homem que teme ao Pai
Ensinará o rumo ao qual tu seguirás.
Próspero será, e a terra será sua,
Dos herdeiros, também. O conselho do Pai
E o saber do seu pacto é para os que temem.
Ao Pai, o meu olhar estará sempre posto,
Meus pés desatará. Tenha misericórdia
Estou desamparado estou também aflito.
Pai, olhe para mim. Coração alivie,
Da angústia, me tirai. Olhe minha aflição,
Repare minha dor, perdoa meus pecados.
Meus inimigos veja e verás cruel ódio.
Guarda a minha alma e livre, pois em ti, meu refugio.
Retidão me proteja .Em ti, Pai, eu espero.
Redime, de Israel de todas as angústias!
Publicado em: 19/11/2006 12:27:22
Última alteração:30/10/2008 18:58:50



Salmo 26 em versos brancos
Eu tenho confiado em ti Meu Pai
Andado integramente e não vacilo.
Me examine Senhor , estou à prova
Vasculhe o coração e minha mente.
Sei o quanto és benigno e, por isso,
Eu tenho andado Pai na t’a verdade.
Não me sento com falsos homens Pai
Nem dissimuladores meu Senhor.
Odeio malfeitores esses ímpios,
Na inocência lavo as minhas mãos
E assim, estou bem perto desse altar
Para ouvir os louvores e contar
As tuas maravilhas meu Senhor
Eu amo tua casa me plena glória.
Não mistures minha alma com os ímpios
E nem a minha vida aos violentos
Maléficos, corruptos e venais.
Ando em integridade, meu Senhor,
Por isso me resgate e tende Pai,
Piedade de mim, os meus pés firmes.
E bendigo ao Senhor Meu Pai, Meu Deus!
Publicado em: 01/12/2006 14:22:30
Última alteração:30/10/2008 18:24:50



Salmo 27 em versos brancos
Senhor é minha luz e salvação;
Força da minha vida, meu Senhor.
Eu nada temerei em minha vida!
Ainda que um exército me ataque
Ainda que uma guerra contra mim,
Conservarei a minha confiança!
Peço então, ao Meu Pai, e buscarei,
Morar em sua casa todo o dia
Contemplando a beleza do Senhor!
Pois no seu pavilhão me esconderá
E no seu tabernáculo, também
Nos dias onde houver adversidade!
E no seu tabernáculo, o louvor!
Mas ouça minha voz, Pai, quando o clamo.
Compadecei de mim e me responda.
Teu rosto buscarei não o me escondas.
Não rejeites teu servo, meu Senhor.
E não me desampares. Minha ajuda
Tem sido, desde sempre, amado Pai.
Se os pais abandonarem, o Senhor
É a nossa acolhida, com certeza.
Me guie por vereda plana em meu caminho.
Ensine meu caminho e me proteja!
Não me entregue à vontade desses ímpios
Pois contra mim levantam-se, meu Pai.
Hei de ver a bondade nesta terra.
Espere pelo Pai, animação!,
Força no coração. Ele Virá!
Publicado em: 01/12/2006 20:04:13


Salmo 28 em versos brancos
Não te cales meu Pai, as minhas súplicas
Ouça pois minhas mãos estão erguidas.
Juntamente com ímpios, com iníquos,
Não me arraste, Senhor; falam de paz
Mas têm todo mal dentro de s’as almas.
Retribui-lhes segundo as suas obras
E segundo a malícia dos seus feitos.
Retribui-lhes o que eles mereceram.
Bendito seja o Pai por ter me ouvido!
Pois és a minha força e meu escudo,
Todo o meu coração, em ti, confio
Pois sei que sempre irás me socorrer,
E em teu nome, Pai, eu louvarei.
Do seu povo és a força e fortaleza
Salvadora p’ra quem, por ti, ungido.
Teu povo, salve Pai, abençoando
A tua herança, sempre, os exaltando!
Publicado em: 02/12/2006 09:05:47
Última alteração:30/10/2008 18:24:34



São bem aventurados os que passam
A vida sem deixar ninguém ferir;
Tampouco se engrandecem a pedir
O sofrimento alheio. Não têm prazer
Na dor que sempre causa o sofrimento
Daquele que talvez, por um momento
Se esquece deste Pai que existe em Ti.

Eu sei quanto perdão existe em Deus,
Eu sei que não permite que este filho,
Mesmo que siga um outro rumo ou trilho,
Seja humilhado apenas por pensar
Outros caminhos que acham serem vãos.
Esquecem-se que somos nós, irmãos,
Matando o semelhante a Deus, a Ti...

Toda discriminação religiosa fere profundamente
ao Pai de TODOS NÓS...
Publicado em: 28/02/2007 18:08:15
Última alteração:30/10/2008 16:51:02



Salsa
Silencias as ruas
As nuas braças
Os braços espessos
Espertos e esparsos.
Massas e repentes.
Pentes e pentecostes.
Hostes e revelações
Revoluções.
Ações
Paes e Pães.
Pasteis e pastéis.
Invés e revés.
Revestes os meus mares.
Ares e martes, mortes e marés...
Ruas silêncios ócios e cios.
Ossos expostos, postos e óstios
Osmose...
Estilos e tílias.
Filhas e tilápias.
Pias e preás
Sorvendo o vento enveneno...
Ao ver a vera linda ainda fera, espero espera e esfera.
Mulher, como poderia saber vicejar?
Qualquer verso que souber amar
Amar inverso avesso ao mar...
Silencias as ruas,
Passas esgueiras,
Passas bunda...
Passas rindo.
Passarinho...
Passado,
Assim assado,
Jasmim, rosal
Ansiedade
Cidade
Ânsia
Ansiada
Cada asa
Cardo e cartório.
Valha-me Deus!
Cama e cinzel,
Borda e bordel,
Ragu rango rapunzel!
Me deste mediste disseste pediste, ouviste?
Não posso roço, caço e coço, desosso e desmiolo.
Átomo atolo, aiatolá estou cá e lá élan...
Passei por horas tristes...
Mestra destra, canhestra e canhota.... a porta e o aporte.
A meta, moeda e morte... Norte e sertão...
Resta a mesa na sala, onde ninguém mais fala, se cala se esfola e fala...e cala e sala, a salsa...
Publicado em: 24/10/2006 17:25:25
Última alteração:31/10/2008 01:48:22

Se amor fica
Se amor sai
Serei samurai?

Publicado em: 19/03/2007 14:01:45
Última alteração:28/10/2008 05:43:50


SANGRANDO O CORAÇÃO.

Tantas vezes sangrando o coração,
Fazendo de meu verso, mansa prece
Enquanto o peito rasgo em solidão
E a morte num momento se oferece,
Tocando bem mais forte a sensação
Da dor que me tomando me enobrece.
Tristeza, ao mesmo tempo me inundava,
Tomando cada veia, como lava...
Publicado em: 18/10/2007 17:31:19
Última alteração:26/10/2008 19:39:29



SANTA PUTARIA /


Quero a tua foda safada
Que me faz puta mundana
Na tara louca e danada
Trepar assim, doidivanas...
Donde os altares, se tornam bordéis
Transformam santos em pagãos
Nas catedrais, estremecem
Os extintos vulcões
Quando nos damos em lanhos, suores e sais...

Teu corpo
Narcotiza.
Inebria
E vicia.
Teu cheiro,
Tua xana,
Transforma
Meu dia,
Em tal putaria,
Orgias,
Folias
Altares ao gozo!
Gostoso poder
Beber teu prazer
Fuder tua boca,
Alocar meu sêmen
Nas covas,
Nas cevas
Cervejas
Absinto
Eu sinto
Avalanches
Em lavas
Que escorres.
Altares profanos,
Catedrais
Abadias.
A noite em riquezas
A deusa se abrindo
Em muco escorrendo
Fornalha, ardentia.
Rastilhos
Espartilhos
Rasgados,
Jogados no chão.
Vulcão se explodindo,
Sorrindo
Prazer...
Meu ópio
Meu vício
Meu mar
Precipício
Prepúcios
E grelos
Atrelo
Encaixo.
Pra cima
Pra baixo
Cavalgas
Teu macho.
Capacho
E fachos.
Provoco,
Me aloco
Te toco,
E acato.
Mil prismas
As cismas,
Cataclismos
Priápicas
Folias...

LACUNA COIL
MVML
Publicado em: 30/09/2007 22:16:17
Última alteração:29/10/2008 20:12:25

Na ponta deste meu dedo,
Apontei um sanguessuga,
Agora eu estou com medo,
Será que vai dar verruga?
Publicado em: 11/11/2006 12:02:00
Última alteração:30/10/2008 10:45:38


São as trapaças da sorte
São as trapaças da sorte
Tanto tempo sem ninguém,
Aguardando a minha morte,
Mas, teimosa ela não vem...
Publicado em: 13/08/2008 19:32:10
Última alteração:19/10/2008 20:01:5


São coisas tão difíceis de entender,
A vida me escondeu coringas, ases,

me deixou com uma Dama Preta.

Nas tripas me deixou gases,

que queimo numa Lambretta!

Chaplin


São coisas tão difíceis de entender,
Trazendo um reboliço sem igual,
Depois de ter comido com prazer,
Efeito feito em gás, colateral.

Assim como também quando beber
Eructação é sempre assim, fatal,
Num gasoduto, vou me converter,
Porém, doutor me disse: Isso é normal!

Eu gosto de farofa e frango frito,
Falar com boca cheia? Sai da frente.
Entorna a farinhada em toda gente

Assim, a pontaria eu exercito.
Voltando ao velho tema; é tanto gás,
Que traz suficiência à Petrobrás...
Publicado em: 26/01/2009 20:34:50
Última alteração:06/03/2009 07:03:33


São meras fantasias
São meras fantasias
Os passos que se dão
Em frágil direção
Ausentes alegrias,
O quando inda querias
E sei já não virão
Momentos de verão
Em plenas agonias
Utópica beleza
Tomando esta certeza
E o prazo já se finda,
A sorte que tentara
Agora em face amara,
Porém não morta. Ainda...
Publicado em: 06/06/2010 18:57:50



Menina não complique
O fácil do viver,
Não quero que me explique
Só quero ter prazer
Sou mesmo xexelento,
Eu tenho espelha em casa,
Meu fogo queima lento,
Jamais acende a brasa.
Mas deixe que eu te fale,
Segredo. Não espalhe.
Que o sonho que me embale,
Querida, nunca falhe.

Mas vejo: descobriste
Segredos que eu guardava,
Agora andando triste
Apascentei a lava
Quasímodo, eu revivo,
Um sapo não tem dente.
De todo amor me privo,
Além de ser doente.

O canto que enfim canto,
Não encanta ninguém
Perdendo o tempo, tanto,
Irei morrer meu bem.
Porém eu te garanto
Com toda a liberdade,
Que o que seca o pranto
É a força de vontade...




Sapo na Gaiola. Cuma é o nome dele?
Tem algumas coisas na vida que não nos esquecemos. A infância é uma etapa maravilhosa da vida, onde a malícia é palavra desconhecida.
Quando eu tinha meus cinco ou seis anos de idade, na casa de minha vó, na bucólica Miraí, era uma criança livre, feliz e sem medos.
No rádio e na televisão, tocava-se muito aquela música de Dercy Gonçalves, a da perereca na gaiola, quem não conhece?
Pois bem, havia chovido muito na véspera e a terra extremamente úmida atraíra um daqueles sapos, comuns nos brejos e nas pequenas cidades.
Não tive dúvidas, peguei o batráquio e, me aproveitando de uma gaiola vazia que tinha sido abandonada perto do tanque de roupas, resolvi colocar o bichinho dentro de sua nova casa.
Acredito que ele não tenha gostado muito daquela residência que eu tinha reservado para poder aprisioná-lo.
Sapo na gaiola, gaiola na mão, sai feliz da vida a mostrar para todo mundo meu novo bichinho de estimação.
Minha mãe colocou as mãos sobre a cabeça, minha vó recriminando minha escolha, mas eu estava feliz e isso me bastava.
Meu pai tinha saído para pescar e não se encontrava em casa no momento em que fiz a estranha opção.
Durante o dia todo, fiquei tentando adivinhar de que se alimentaria o anfíbio.
Tentei pegar folhas e nada, tentei colocar um pedaço de carne, neca de pitibiriba.
O pobre animal estava assustadíssimo, pulando toda hora e batendo de encontro a grade da gaiola, inutilmente tentando fugir.
Quando meu pai retornou da pescaria, ao contrário da bronca que eu esperava, teve uma reação diferente.
Sorrindo, me perguntou qual seria o nome do bicho.
Eu não tinha imaginado ainda, parei e pensei, repensei até que ele me deu a sugestão:
“Xoxota”.
Prontamente aceitei o nome, e o eu sapo recém batizado, continuou, mesmo deixando de ser pagão, não gostando da brincadeira.
Mas, para mim aquilo era o êxtase.
Saí pelas ruas de Miraí mostrando a todo mundo o meu sapo Xoxota.
Para todos que passavam, eu perguntava se conhecia o meu Xoxota.
Minha irmã, dona da gaiola, invejando tal sucesso do bichinho resolveu intervir.
“Se a gaiola é minha, quem mora nela também, portanto, Xoxota também!”
Ao ver que o troço ia feder gaiola, Xoxota e a confusão armada, meu pai interveio:
“A partir de agora, para evitar a confusão, vou soltar Xoxota”.
Xoxota livre saiu pulando em direção ao quintal, feliz da vida...
Publicado em: 20/08/2006 07:00:19
Última alteração:26/10/2008 22:35:58



Sarrando devagar coxa com coxa,
Sarrando devagar coxa com coxa,
Enfio minhas mãos sob o vestido,
Afasto devagar tua calcinha
E encontro esta xereca molhadinha.
Gostosa cheirosinha e carequinha
Querendo ser lambida e ser chupada.
Tu sarras o meu pau com tua mão
Tocando uma punheta com tesão,
Depois arrebitando a tua bunda,
Levanto o teu vestido e sento a vara.
A gente vai fudendo tão gostoso,
Meu pau, tua buceta, até que o gozo
Espalhe em tuas pernas, meu prazer.
Publicado em: 27/11/2007 18:23:26
Última alteração:29/10/2008 19:02:56



Fecho os olhos e a saudade
Vem formando a tua imagem.
À beleza insuperável
Pensamento faz viagem

E dourando a fantasia
Com tesouros sem igual,
Vem chegando de mansinho
Teu sorriso sensual.

Minha vida se completa
Nos meus sonhos sou teu rei.
De manhã, quando procuro,
Não te vejo. Eu acordei...
Publicado em: 04/06/2008 20:55:24
Última alteração:20/10/2008 21:54:31




A morena que eu queria
Já se foi pra nunca mais,
Que fazer se a fantasia,
Do meu barco virou cais?
Publicado em: 12/08/2008 17:26:34
Última alteração:19/10/2008 19:54:01


Saudade bicho matreiro
De tocaia não se cansa,
No seu bote derradeiro,
Envenena uma esperança
Publicado em: 07/08/2008 16:21:43
Última alteração:19/10/2008 19:39:04



“Beijei a ponta da faca”
Me disse certa menina,
No peito, cravada a estaca,
Da saudade; assassina!

A minha carga pesada,
Eu levo, contra a vontade,
Pois vou sentindo na estrada,
Todo o peso da saudade...

Saudade dói no meu peito,
De noite na madrugada,
Vê se me leva direito,
Pros braços da minha amada...

Marcos Coutinho Loures

Marcos Loures
Publicado em: 09/02/2007 08:46:10
Última alteração:30/10/2008 16:40:40




A noite que me trouxe teu olhar,
Já partiu sem sequer dizer adeus,
Saudade fez adeus dos olhos meus,
Nunca mais poderei saber do mar...
Tua distância,amiga,fez chorar;
Quem sempre quis fugir de escuros breus,
Quem não acreditava, olhos ateus;
Pudesse um dia; cego, procurar,

Pelas vielas; luzes mais audazes,
Quem sempre deparou-se com mordazes
Pesadelos, buscando pela paz;
O medo de perder-te e nunca mais
Saber tão bela lua, várias fases.
E agora, quando achava-me capaz,
Teus olhos, de partida. Isso me traz
Meus medos, e meus braços incapazes...
Publicado em: 10/12/2006 19:09:45
Última alteração:31/10/2008 01:38:05


Saúdo esta saudade
Que saúva
Agilmente destrói
O meu rosal.
Querência ser essência
Ritual que em conseqüência
Propicia dor e gozo.
Saveiro busca um novo ancoradouro,
Tesouro que julgar ser banal.
Tomado por corrente invernal
Retorna ao mesmo cais
Jamais esquecido.
Duvido que saída ainda encontre
Defronte à fronte bela e sedutora
Que embora não presente
Presenteia minha alma
Com os mesmos dissabores.
Publicado em: 12/05/2009 19:40:54
Última alteração:17/03/2010 19:34:24




De saudades de você
Coração em disparada
Eu procuro, mas cadê?
Eu só vejo,então, o nada...

Publicado em: 20/04/2008 22:12:48
Última alteração:21/10/2008 13:15:44


Deixando em cicatriz
O corte mais profundo,
Outrora fui feliz
Agora um giramundo
Que foi ser aprendiz
Do amor em um segundo
Não teve o bem que quis,
E penetrou mais fundo

Nos olhos da quimera,
Serpentes e Medusa,
Matando a primavera
Saudade vem, abusa
E a vida de quem dera
Morrendo tão confusa
No fim se degenera
Nesta palavra lusa.

Saudade é ter o mar
Salgado dentre em mim,
Saudade de te amar,
Ó meu amor sem fim...
Publicado em: 13/02/2009 17:03:45
Última alteração:06/03/2009 06:37:50


Nostálgica mistura lusitana,
Trazendo amargor junto com doçura.
A mesma mão maltrata e logo abana...
O mesmo beijo adula na amargura...

Sagrada insanidade me desperta,
Nos sonhos traga luz e já m'ofusca
Adormece-me manso, mas alerta,
Carícia que me corta, por ser brusca...

Remédio que envenena tarda a cura,
Maremoto sereno nos afoga
Imersos nesses breus, tanta brancura.
Nos traz muitas lembranças, frágil droga...

Nas minhas noites brancas, companheira.
Nos meus desejos loucos, forja farsas.
A paz que me levaste, verdadeira,
O peso que carrego nunca esparsas...

Nenúfares terrestres conta-senso,
Nefária calmaria, mansidão...
Flores pequenas, jardim tão imenso.
Traz na mão que tortura compaixão!

Sortilégio beático, carnal...
Temerário menino, sem maldade.
Prostituta que sente-se vestal.
Eqüina montaria na cidade...

Parturiente louca por luxúrias,
Pacifista que se arma até os dentes.
Leve brisa que traz dos ventos, fúrias.
Brancas mãos calejadas nos nubentes...

Como restos de sangue no sorriso,
Como a fome deixada nos banquetes,
Voluntária no pássaro indeciso,
No silêncio dos fogos dos foguetes!

Sedenta na amazônica floresta,
Uma enchente saárica, desértica...
O dobro do que tinha é que me resta,
Insensível na pura arte poética...

Simulando real ingratidão,
Agradece depois o que não feito.
Bem calma, disparando o coração.
Imperfeita no que fora perfeito...

Sargaços que nos salvam do naufrágio
Âncoras que nos levam flutuar.
Qual funkeiros repiques num adágio.
Tal qual sol se banhando no luar...

Vacilante passada dum intrépido
Um olhar mais sereno em um insano.
Lentidão nos caminhos do mais lépido.
Oração formulada por profano...

Partitura que toca um olho cego,
Claridade que traz escuridão.
Afirmativa audaz que já renego,
Serviçal que comanda seu patrão...

És a rainha louca que condena,
És a vontade lúcida de um pânico,
És a atriz que se perde numa cena,
És divinal sorriso mais satânico!

Teus cabelos ao vento fazem sombra,
Os meus velhos tormentos fazes coro
Em tantas minha fraquezas, se assombra,
Penetras num segundo qualquer poro...

És sutil matreirice mais feroz,
És verdugo que salva, salma e trata.
És ferrenha inimiga mais velos,
Muitas vezes amiga me destrata...

Quando distante muitas vezes perto,
Quando inconstante tantas vezes luto,
Quando errático, sempre estou mais certo,
Quando mais manso, muitas vezes bruto!

É companheira sempre diz amor,
É verdadeira, mesmo quando falsa,
Sempre certeira, nega desamor...
Dançarina cruel, dança essa valsa...

Fatalidade, novo recomeço...
Novas marchas nos pés que se cansaram...
Mostrando-nos reversos desse avesso,
As minhas mãos cansadas, buscaram...

Em lodo se mudando, toda vez...
Em lobo transformando simples cão.
Dos simples mais humildes, altivez.
Enchentes que inundaram meu sertão...

Quem dera nato fosse meu soneto,
Sem marte nem mentiras me poeto...
Nos braços que me embaças me arremeto,
Nas partes que me partes me completo...

Te fiz essas quadrinhas sem ter mérito.
Nos tempos que passei não tem futuro,
Na vida que bebi, sempre pretérito.
O salto que tentei, quebrei meu muro.!

Recebo de teus dedos teu bofete,
Nas cartas escondidas nessa manga.
Os carnavais se foram sem confete,
Das fantasias sobra tal miçanga.

Repentes mais formais, deformam formas
Nos fornos que forjei fórceps ferrenhos,
Das notas anotei as novas normas.
Lutas lentas lutei, levei meus lenhos...

As parcas nessas barcas poucas arcas,
As asas assaz sinas assassinam...
Manhas sem manhãs, minhas mansas marcas...
Ensejos entranhei erros ensinam...

Salvei saúde sem sentir certeza.
Cerrei os cortes cegos, cimitarra,
Baús das brancas bélicas belezas...
Nos gritos dissonantes da guitarra...

Nos medos de transpor meus sentimentos,
Nas velas que velei, só veleidade...
Nas termas que teimei, tantos tormentos,
Soçobram meus sentidos, sã saudade!
Publicado em: 27/09/2007 22:05:44
Última alteração:30/10/2008 13:44:50



Saudade faz a festa no meu peito
Maltrata e emociona o coração.
Escravizando em sonho satisfeito
É tempestade imensa num verão.
Domina sem limites o meu leito
Do céu em revoada vou ao chão
E vejo o que perdi ainda aqui,
Tanta saudades sinto; amor, de ti...
Publicado em: 13/11/2007 06:32:43
Última alteração:26/10/2008 19:26:52




O gosto da saudade sempre impede
O gozo desta vida, renovado.
O tempo que passou, já não concede
Um sonho que se faça abençoado.
Saudade na verdade não se mede,
Deixando o coração bem mais pesado.
Meu verso tão saudoso se regia
Por olhos mais distantes. Fantasia...
Publicado em: 24/11/2007 16:54:07
Última alteração:24/10/2008 15:16:48



Saudade do que fomos
Saudade do que sei,
Perdemos nosso rumo,
Os gomos destroçados,
O sumo derramado,
O prumo desnivela
A trama se revela
Ausência absoluta.
Na luta que travamos,
As travas que encontramos,
As lavas derramamos,
Às favas nos mandamos
Restamos solitários.
Agora eu te pergunto
Se juntos já sofremos
Distantes, morreremos
Saudades que se entornam
Retornam os momentos
Em sentimentos nobres
Pobres derrotados
Se vamos separados.
Os ramos divergentes
Desta árvore divina,
Raízes da paixão...




Tanta saudade, querida,
Deste tempo que não volta,
Procurando uma saída,
A minha alma andando solta

Não encontra mais que o nada,
Solidão a maltratar,
Minha voz desesperada
Não consegue mais buscar

Uma estrela, minha guia,
Que na noite se escondeu,
Saudade mata a alegria,
O meu rumo se perdeu.

Mas talvez, quem sabe um dia,
Voltarei a te encontrar,
Nem que seja em fantasia,
Meu amor virá me amar...
Publicado em: 03/10/2007 21:27:20





Passa tempo
Temporal
Roupa quara
No varal
Da taquara
Varapau.

Mariana
Ama a Mário
Que não ama
Maria. Ama
Ana.

A saudade
Vai saudando
Quem se deu
Em tom maior.

De tocaia
Preparando
Outro bote.
Sei de cor...

Publicado em: 25/03/2008 19:06:01
Última alteração:21/10/2008 22:25:50



Saudade me tomando
Entorna
Retorna
Revigora
Desfigura
Quem dera uma lipoaspiração em minha alma
Sonhadora...
Publicado em: 10/06/2008 19:38:26
Última alteração:20/10/2008 21:08:35



Morrendo de saudades de você,
Procuro por seus passos na calçada,
Pergunto, mas ninguém sabe por que
Você deixou a casa abandonada.
Estrelas vasculhando, mas cadê?
Meu sol não nascerá noutra alvorada.
Apenas a saudade é companheira,
Seguindo meu caminho, a vida inteira...
Publicado em: 15/11/2007 21:41:59
Última alteração:24/10/2008 14:44:19



Vou tirar o teu retrato,
no tampo da minha viola,
o dia que não te ver,
teu retrato me consola.
Quanta saudade que sinto
Da minha morena flor
Eu ando triste, retinto
Longe de ti, meu amor.

Só restou o teu retrato
Moreninha bem-me-quer,
Com você faço contrato,
Venha ser minha mulher!

Toda vez que penso em ti,
Saudades no coração,
Será que eu já te perdi?
Eu te peço o teu perdão.

Tanto amor que tenho agora,
Pouca coisa me consola,
Vem morena vamo’ embora,
A tristeza já me assola,

Eu sou um cabra roceiro,
Vivo na roça a lidar,
Trabalhando o dia inteiro,
Só pra dinheiro juntar,

Pra chegar esse momento,
De te propor esse trato,
Se quiser o casamento,
Eu devolvo o teu retrato!

Prefiro sentir teu cheiro,
E beijar a tua boca,
Tanto amor é verdadeiro,
A foto? Bem é tão pouca....


A primeira trova é da região Nordeste de Minas Gerais

Publicado em: 22/05/2007 22:41:15


SAUDADE DO NOSSO AMOR...


Um dia que passamos tão ditoso,
Deixando suas marcas em belezas
Depois se não vividos, deste gozo
Transforma de repente, nas tristezas,
Sabor que conheci; maravilhoso,
Agora já se mostra em outras mesas.
Assim deste prazer que conheci,
Somente uma saudade, eu sinto aqui.

Tomando outros caminhos, deixam só,
Aquele que pensara ser feliz.
As águas não mais movem mesmo mó,
O rio vai passando e sequer bis,
O vento levantando todo o pó,
Só deixa numa estrada, a cicatriz
De um tempo que se foi e não voltou,
Saudade deste dia, o que sobrou.

Meu passo vai seguindo estas pegadas
E não encontra nada pela frente.
Manhãs em outras luzes vão raiadas
Deixando o coração mais descontente.
Palavras quando vãs se vão jogadas
Tornando-me do amor um penitente.
Não vendo o teu olhar a dor domina,
Somente a tua imagem na retina...

Tornado da saudade já refaz
O quanto fui feliz e não sabia,
De tudo o que vivi, procuro a paz
Raiando nos teus braços, fantasia
Saudades num momento, assim me traz
Resquícios deste sonho, uma alegria
Vontade de sentir felicidade
Até que a noite venha em saciedade.

Porém mal adormeço, a cada sonho,
Percebo que talvez eu possa ter,
Um dia novamente tão risonho,
Num misto de tortura e de prazer.
Meu barco nos teus braços, eu reponho
E sinto quanto é bom poder saber
De um dia que, distante inda persiste,
Do amor que sei a tudo já resiste...
Publicado em: 23/10/2007 20:29:47
Última alteração:26/10/2008 19:29:49


Saudade do que fomos Saudade do que sei,
Saudade do que fomos
Saudade do que sei,
Perdemos nosso rumo,
Os gomos destroçados,
O sumo derramado,
O prumo desnivela
A trama se revela
Ausência absoluta.
Na luta que travamos,
As travas que encontramos,
As lavas derramamos,
Às favas nos mandamos
Restamos solitários.
Agora eu te pergunto
Se juntos já sofremos
Distantes, morreremos
Saudades que se entornam
Retornam os momentos
Em sentimentos nobres
Pobres derrotados
Se vamos separados.
Os ramos divergentes
Desta árvore divina,
Raízes da paixão...
Publicado em: 09/10/2008 12:16:16



SAUDADE DO QUE FOMOS
Saudade do que fomos,
Maltrata o coração
A fruta em vários gomos
Esconde tanto grão...
Publicado em: 30/07/2008 13:31:54
Última alteração:19/10/2008 21:56:52



Saudade dor ferrenha que alivia
Bendito o dia que nos encontramos
Felicidade foi o que vivemos
Nessa cumplicidade nos amamos
Cada momento nunca esqueceremos

Essa saudade dói em mim agora
Tomando todo corpo, um tormento
Parece que não quer mesmo ir embora
E tento dominar meu pensamento

Queria ter-te aqui hoje a meu lado
Amando e sendo amada com fervor
Mas vivo a relembrar nosso passado
Jamais esquecerei meu grande amor

Nem mesmo essa distância tão sofrida
Impedirá de amar-te toda vida ...

GLAUCE TOLENTINO

Saudade dor ferrenha que alivia
Trazendo sempre à tona este abissal
Momento que vagara sideral,
Eterna fome atroz que me sacia.

Revigorando assim a cada dia
Aquilo que é deveras, mel e sal,
Refaz o inesquecível ritual
Ao renovar em mim tal fantasia.

E quando sinto enfim esta presença
Por mais que a vida esteja dura e tensa
A fonte borbulhante, o chafariz

Inunda até fartar-me deste encanto,
Que um dia abandonado em frio canto
Fez o meu coração tão infeliz...
Publicado em: 03/03/2009 16:00:46
Última alteração:06/03/2009 01:35:28



Saudade é aquilo que fica, de todo o bem que se vai...
77

Mote

Saudade é aquilo que fica, de todo o bem que se vai...


Uma coisa, noutra implica,
E assim a vida se esvai,
Saudade é aquilo que fica,
De todo o Bem que se vai...

Marcos Coutinho Loures

Perdendo o rumo da vida,
A saudade já resgata,
A lembrança mais querida,
Traz a cura e me maltrata...
Publicado em: 20/11/2008 14:10:57
Última alteração:06/03/2009 18:42:48



Saudade e Perdão
Nas lutas que travei contra a saudade,
Embalde muitas vezes derrotado
Desde que chegaste e tenho-te ao meu lado,
Sem medos, consegui a liberdade!

Nossas armas usadas nas batalhas
Não foram num segundo descobertas,
Tampamos as feridas mais abertas,
E nunca demonstramos nossas falhas...

Nas guerras que travamos, sem sossego,
Os poucos arranhões, cicatrizamos.
E cada vez mais fortes nos achamos,
Unidos a um desejo; nosso apego...

Saudade se alimenta de paixão,
E sempre, traiçoeira, na tocaia,
Penetra mal paixão, vadia, saia.
Porém sempre é vencida por perdão!
Publicado em: 29/11/2006 22:23:17
Última alteração:30/10/2008 18:26:46


Saudade é um suco delicioso tirado do fruto amargo da vida.
151

Saudade é um suco delicioso tirado do fruto amargo da vida.

Pra cada mal tenebroso,
Sempre existe uma saída,
Saudade, suco gostoso,
Do fruto amargo da vida.

Marcos Coutinho Loures

Saudade diz amargura
Enquanto adoça meu peito,
Na saudade encontro a cura
E adoeço satisfeito...
Publicado em: 22/11/2008 21:34:31
Última alteração:06/03/2009 16:56:36



SAUDADE IMENSA...

É preciso que a saudade chegue
E trague novamente o teu sorriso
Perdido nas estradas do passado.
É como se eu pudesse renascer
A cada vez que me recordo
Dos cabelos castanhos, da pele castanha
E da castanha dos olhos esverdeados.
Verde que se perdeu na primeira seca,
Amarelado pelo tempo,
E revivido em rubra chama
Pela saudade imensa.
Publicado em: 08/10/2007 20:31:44
Última alteração:30/10/2008 11:43:52


Saudade já não descansa Quer bem mais e não me deixa.

Saudade já não descansa
Quer bem mais e não me deixa.
A saudade mesmo mansa
Todo dia, a mesma queixa.
Publicado em: 22/10/2008 13:45:0


SAUDADE MATADEIRA
Saudade matadeira
Não se cansa de falar
No peito de que ama
Um dia a relembrar;
Um beijo em noite clara
Luares e sertões
A gente se declara
Entregue às seduções
De bocas que se querem
Vergonhas esquecidas
As horas que passamos
Valendo por mil vidas...

Depois de tanto tempo
Distante de você
Cigarros e fumaças
A noite sem prazer
A boca que hoje beijo
Jamais poderá ser
Aquela que desejo.
Saudade diz sofrer...

Um dia há de voltar
A moça que se foi
O coração saudoso
Rumina feito um boi...
Publicado em: 02/04/2008 13:47:03
Última alteração:21/10/2008 16:50:21

Por que tu me deixaste? Em vão eu te pergunto...
A vida parecia um pássaro contente.
A paz nos comovia; amar eternamente!
Na dor que me legaste, a morte é meu assunto.
Amor quando se quer é bom que seja junto.
Ó tempo que vivi, eu era tão contente!
Amor era meu guia...A vida, mais urgente.
O mundo mais feliz, fantástico conjunto.

Mas Deus, tempestuosoa, em prantos me deixou,
Um canto de agonia, o que de mais restou.
Minha alma se transtorna, ausência me corrói...
Álgida madrugada, aurora nunca vem.
Acordo. Aqui do lado, espero, mas ninguém!
Tu foste muito cedo. Ah como a vida dói!

Saudade tão cruel, saudade dolorosa,
De quem amei demais, mas que fugiu de mim...
Jardim se perde. Espinho, o que restou da rosa,
Saudade deste tempo, a dor nunca tem fim...
Publicado em: 09/02/2007 15:14:40
Última alteração:30/10/2008 16:40:4

Saudade vai maltratando
Quem ama, minha querida,
De espinhos vai decorando
Esta estrada tão comprida

Mas ao mesmo tempo traz
Um gosto doce na boca,
Do beijo que satisfaz,
Da noite divina e louca.

Saudade faz tanto estrago
No peito de quem sonhou,
Deixando um sabor amargo,
Em quem a boca tocou.

Saudade é doença e cura,
Alegria que entristece,
Na amargura da doçura
Saudade nos enlouquece!
Publicado em: 15/10/2008 20:00:37


Saudade vai..

Cirandando nosso afeto
Nas ondas do rio mar
Coração bate direto
Com vontade de casar.

Vento na janela bate
Chamando pra passear
Amor bom não se desate
Eu quero aprender amar.

São os olhos da morena
Da morena que chegou
Amor sempre vale a pena
Saudade foi quem gostou.

Saudade é bicho matreiro,
Gosta de me maltratar,
Domina a gente primeiro
E depois não quer largar.

Coloco minha saudade
Nos olhos do meu amor.
Ela rouba a claridade,
A saudade me cegou.

Às vezes vai saudade.
Às vezes saudade vem.
O que salva na verdade
Coração tamanho trem...
Publicado em: 02/01/2007 06:53:46
Última alteração:30/10/2008 18:32:21



Saudade
Nostálgica mistura lusitana,
Trazendo amargor junto com doçura.
A mesma mão maltrata e logo abana...
O mesmo beijo adula na amargura...

Sagrada insanidade me desperta,
Nos sonhos traga luz e já m'ofusca
Adormece-me manso, mas alerta,
Carícia que me corta, por ser brusca...

Remédio que envenena tarda a cura,
Maremoto sereno nos afoga
Imersos nesses breus, tanta brancura.
Nos traz muitas lembranças, frágil droga...

Nas minhas noites brancas, companheira.
Nos meus desejos loucos, forja farsas.
A paz que me levaste, verdadeira,
O peso que carrego nunca esparsas...

Nenúfares terrestres conta-senso,
Nefária calmaria, mansidão...
Flores pequenas, jardim tão imenso.
Traz na mão que tortura compaixão!

Sortilégio beático, carnal...
Temerário menino, sem maldade.
Prostituta que sente-se vestal.
Eqüina montaria na cidade...

Parturiente louca por luxúrias,
Pacifista que se arma até os dentes.
Leve brisa que traz dos ventos, fúrias.
Brancas mãos calejadas nos nubentes...

Como restos de sangue no sorriso,
Como a fome deixada nos banquetes,
Voluntária no pássaro indeciso,
No silêncio dos fogos dos foguetes!

Sedenta na amazônica floresta,
Uma enchente saárica, desértica...
O dobro do que tinha é que me resta,
Insensível na pura arte poética...

Simulando real ingratidão,
Agradece depois o que não feito.
Bem calma, disparando o coração.
Imperfeita no que fora perfeito...

Sargaços que nos salvam do naufrágio
Âncoras que nos levam flutuar.
Qual funkeiros repiques num adágio.
Tal qual sol se banhando no luar...

Vacilante passada dum intrépido
Um olhar mais sereno em um insano.
Lentidão nos caminhos do mais lépido.
Oração formulada por profano...

Partitura que toca um olho cego,
Claridade que traz escuridão.
Afirmativa audaz que já renego,
Serviçal que comanda seu patrão...

És a rainha louca que condena,
És a vontade lúcida de um pânico,
És a atriz que se perde numa cena,
És divinal sorriso mais satânico!

Teus cabelos ao vento fazem sombra,
Os meus velhos tormentos fazes coro
Em tantas minha fraquezas, se assombra,
Penetras num segundo qualquer poro...

És sutil matreirice mais feroz,
És verdugo que salva, salma e trata.
És ferrenha inimiga mais velos,
Muitas vezes amiga me destrata...

Quando distante muitas vezes perto,
Quando inconstante tantas vezes luto,
Quando errático, sempre estou mais certo,
Quando mais manso, muitas vezes bruto!

É companheira sempre diz amor,
É verdadeira, mesmo quando falsa,
Sempre certeira, nega desamor...
Dançarina cruel, dança essa valsa...

Fatalidade, novo recomeço...
Novas marchas nos pés que se cansaram...
Mostrando-nos reversos desse avesso,
As minhas mãos cansadas, buscaram...

Em lodo se mudando, toda vez...
Em lobo transformando simples cão.
Dos simples mais humildes, altivez.
Enchentes que inundaram meu sertão...

Quem dera nato fosse meu soneto,
Sem marte nem mentiras me poeto...
Nos braços que me embaças me arremeto,
Nas partes que me partes me completo...

Te fiz essas quadrinhas sem ter mérito.
Nos tempos que passei não tem futuro,
Na vida que bebi, sempre pretérito.
O salto que tentei, quebrei meu muro.!

Recebo de teus dedos teu bofete,
Nas cartas escondidas nessa manga.
Os carnavais se foram sem confete,
Das fantasias sobra tal miçanga.

Repentes mais formais, deformam formas
Nos fornos que forjei fórceps ferrenhos,
Das notas anotei as novas normas.
Lutas lentas lutei, levei meus lenhos...

As parcas nessas barcas poucas arcas,
As asas assaz sinas assassinam...
Manhas sem manhãs, minhas mansas marcas...
Ensejos entranhei erros ensinam...

Salvei saúde sem sentir certeza.
Cerrei os cortes cegos, cimitarra,
Baús das brancas bélicas belezas...
Nos gritos dissonantes da guitarra...

Nos medos de transpor meus sentimentos,
Nas velas que velei, só veleidade...
Nas termas que teimei, tantos tormentos,
Soçobram meus sentidos, sã saudade!
Publicado em: 02/10/2006 22:40:54
Última alteração:31/10/2008 01:50:12




Saudade fez seu estrago
Eu fiquei aqui sozinho,
Menina me dê um trago,
Te trago tanto carinho...
Publicado em: 29/12/2006 07:15:25
Última alteração:30/10/2008 10:44:26



Saudade, moça danada,
Que conheci no caminho,
Dominando toda estrada
Me deixando aqui, sozinho...

Moça bonita, a saudade,
Dona do meu bem querer.
Amor quando é de verdade,
De saudade vai doer...

Tanta saudade querida,
Tanta saudade de ti.
Procurei por toda a vida,
Todo amor que já perdi

Encontrei no teu afeto
O meu canto, meu descanso.
Amar, verbo predileto
Tanto amor que nunca alcanço.

Danço valsa da saudade
Neste peito, tanta dança.
Amiga da tal saudade,
Companheira da esperança...

Do beijo que tu me deste,
Do carinho que levaste,
Saudade pra amor é teste,
Faz da alegria, contraste.

Mas também tem a saudade
Que gosto muito de ter.
Parece felicidade
Dá até gosto de viver...

Meu amor sempre me disse
Que jamais deixava só.
Fui acreditar, tolice,
Foi-se embora sem ter dó.

Agora por companheira,
Só saudade me restou.
Vai comigo, a vida inteira,
Mostra coração que amou...
Publicado em: 07/02/2007 15:32:16



Saudade no meu peito fez seu ninho,
Minha alma desdenhada sempre chora,
Lembrança deste amor, um passarinho;
Mas por onde andará meu bem, agora?
Na busca de teus rastros, me perdi,
Achei que te encontrara, lede engano.
Amor tão delicado eu nunca vi.
As lágrimas escorrem, de saudade,
Amor que foi meu deus tão soberano,
Partindo me levou felicidade...
Publicado em: 27/08/2007 19:12:38
Última alteração:30/10/2008 14:32:44




Vivendo só da saudade,
Percebendo a solidão,
Companheira nesse chão,
Onde errante, cedo ou tarde,
Procurei felicidade.
Nada tive, vou sozinho,
Buscando novo caminho,
Partindo pelas estradas,
Nas noites enluaradas,
Vou voando, passarinho.
Publicado em: 02/01/2008 06:10:59
Última alteração:22/10/2008 19:24:58


Tanta dor duma saudade
Que maltrata o coração.
Viver amor de verdade,
Talvez seja uma ilusão,
Procurei pela cidade,
Já vasculhei no sertão,
Onde achei felicidade,
Amor, eu não achei não...
Publicado em: 17/03/2008 06:37:07
Última alteração:22/10/2008 14:40:05

Vida moleca
Na boneca do milho,
Traz um gosto desse tempo
Em meio a tantas brincadeiras
Que a fogueira da saudade sempre acende...

Água doce, cana doce, doce mel, tudo foi-se
Restou a foice da saudade. Quanto dói.

Meu pai trazia esperança de sementes
Na terra escancarada, aberta em covas.
Na chuva que caia, pleno êxtase,
Deste orgasmo brotava a nova vida.
E da nova vida, a nova vida, renovação.
Plantação.
Restou saudade.
Aguada por outras águas
Que brotam
Da fonte
Coração!

Publicado em: 17/04/2008 13:42:15
Última alteração:21/10/2008 18:26:42




Teu olhar está dizendo
Da saudade que restou.
O tempo segue correndo,
Mas em ti, tempo parou...
Publicado em: 12/08/2008 11:55:05
Última alteração:19/10/2008 19:49:33



Meu barco que em saudades naufragou
Agora ao perceber tua amizade
O prumo desde já recuperou
Enfrenta sem temor a tempestade.
No quanto minha estrada assim mudou
Já posso vislumbrar tranqüilidade
Depois de tanto tempo, dor, procela,
Um calmo amanhecer, enfim, revela...
Publicado em: 10/09/2008 18:00:41
Última alteração:17/10/2008 14:38:11


Tanta dor duma saudade
Que maltrata o coração.
Viver amor de verdade,
Talvez seja uma ilusão,
Procurei pela cidade,
Já vasculhei no sertão,
Onde achei felicidade,
Amor, eu não achei não...
Publicado em: 24/09/2008 18:26:32
Última alteração:02/10/2008 14:05:09



Eu trago, nos meus olhos, a saudade,
De quem jamais devia me ausentar;
Sem ela, desconheço claridade,
Sem ela, vou buscando meu luar...

Quem dera Deus tivesse compaixão,
De quem , errou na vida sem saber.
De quem somente teve sempre não,
Como resposta hostil, sem ter por que...

Não quero mais sentir a ventania,
Roçando meus cabelos, sem ter pena.
Quisera conhecer, um novo dia,
A noite, cruelmente, faz novena...

Vencido por temer guerra e fastio,
Num último poema, tento vê-la;
Sem ela, não existo, sou vazio,
Vagando, vaga-lume, quero estrela...

O zéfiro respira, me bafeja,
Transgrido as ordens, erro sem destino;
Perdido, sigo tendo essa peleja,
Perdendo meu sentido, desatino...

Quem dera se pudesse ser criança.
De novo correria para os braços;
Daquela que pensei, triste lembrança,
Um dia cerraria tantos laços...

Mas sinto que não posso resistir,
Em vão procuro tenras mansidões.
De tudo não consigo nem pedir,
Paz renovada, lastro dos perdões...

Momento atroz , penumbra da existência,
Cartas jogadas fora, sem valor.
Te peço, tão somente por clemência,
Quem dera conhecesses minha dor...

Quiçá, então tivesses piedade,
Num último delírio dum poeta.
A vida não seria, essa verdade
Que extermina, de forma tão completa.

Amores já os tive, e os perdi,
Retratos bolorentos do passado.
Mas amar, tal qual amo, só por ti
O meu verso entoando triste brado...

Nunca mais te terei, minha centelha
Dessa luz que transporta meu desejo.
A lágrima que escorre vai vermelha,
Da boca que sonhei com tanto pejo...

Arranco dessa rosa, seu pendão,
Espinhos vão cortando os pobres dedos.
A terra vai se abrindo, some o chão,
Em volta, nos contornos, só meus medos...

Vencido pela angústia e pelo fado,
Meus pés vagueiam loucos por estradas.
Que nunca compartilham, mesmo lado,
Seguindo paralelas, já cansadas...

Meus mares são vazios, sem marés,
A barca dos meus sonhos naufragou.
Eu pergunto a mim mesmo, se tu és
Meu todo, me responda o que sobrou?

Vivendo sem ter rumo e sem porém,
De que me serve luta sem ter glória.
Sem ter porque viver, sem ter alguém,
Meus dias vou perdendo, na memória...

Enfim, melhor morrer se não te tenho,
De que me servem festas da natura.
As matas todas, por onde eu me embrenho,
São cadafalsos, plenos da amargura...

Te quero tão somente por querer,
Eu te fiz minha lira e minha voz.
Procurei por alhures, mas cadê?
A noite me tragou, vida feroz...

Quem sabe num momento de ternura,
Possamos reparar o que findou.
A luz, enfim, brilhando, noite escura,
Me traga essa esperança que restou...
Publicado em: 21/10/2008 14:59:50
Última alteração:29/10/2008 16:57:12



Espero o que não vem
Aguardo o que não tive.
Saudade desse bem
Que sei que nunca vem
E sei que nunca tive...

Por mais que seja grande
Saudade tão escura.
Procuro pelo bem
Na noite tão escura.
Saudade que é tão grande...

Não sei se deste lado
Ou do outro lado vem
O meu amado bem
Que sei que nunca vem
E me deixou de lado...

De tudo que já tive
A minha sorte grande
Está nas mãos do bem
Que sei que foi tão grande
E que contigo, tive...
Publicado em: 20/11/2008 12:55:16
Última alteração:06/03/2009 18:46:23




lembranças
apenas isso.
Nada mais.
As horas
Choram
De saudade...
Publicado em: 25/11/2008 17:24:43
Última alteração:06/03/2009 16:42:10



SAUDADE
Nas estradas da saudade,
Um filho da terra quente,
No sertão que, de repente,
Me trazendo a qualidade
De tentar viver contente,
Tendo a valência de gente,
E conhecer igualdade,

Montei meu cavalo baio,
Nas vaquejadas da vida,
Nessa noite mais comprida
Lembre primeiro de maio,
Tanta vida que se lida,
Tanta morte descabida,
Nessa luta que não caio...

Criado sem mordomia,
No meio das terras bravas,
Na boca não ponho travas,
Não temo nem valentia,
Não me importa se me amavas
Nem as tetas que mamavas,
Nem teu pai nem tua tia...

Fui depressa num corisco,
Vazei pela mata afora,
Não tenho medo nem hora.
Da vida neguei petisco,
Quem mama nem sempre chora,
Sem nem porque sem embora.
Nas esporas sou arisco...

Chamei por muita entidade,
Me defendo sem ter medo,
Nem quero mais ter segredo,
Não vivo dessa saudade,
Minha vida, meu degredo,
Antes tarde, melhor cedo,
O resto é tranqüilidade...

Vestido de couro cru,
Nas abas deste caminho
Vou vivendo assim sozinho,
Caça, buraco e tatu,
Voando qual passarinho,
Nunca mais farei meu ninho,
O que me engorda é angu...

Cheguei de Terra sem Dono,
Não temo padre nem santo,
Não quero mais ter um pranto,
Nem quero o teu abandono...
Vou vivendo no meu canto,
Não me bastando entretanto,
Viver morrendo de sono...

Um Coronel vira bosta,
Chamando de vagabundo,
Eu varejei esse imundo,
Uma facada nas costa,
A faca cortou lá no fundo,
Agora parti no mundo,
Isso é coisa pra quem gosta...

Chamado de Farinhada,
Bastou um tapa na cara,
A vida que não se apara,
Não vale pra mim, de nada,
Quem caminhando não pára,
Valentia nunca encara,
Corto na ponta da espada...

Subindo morro ligeiro,
Na ponta do meu fuzil,
Não retiro nem um til,
Encaro tudo de inteiro,
Nas terras do meu Brasil,
Dentro desse barril,
Coronel tá no cinzeiro...

Cheguei na tarde sofrida,
Fiz tremenda confusão,
Já te lasquei bofetão,
Roubei da tua comida,
Estraguei teu coração,
Se caminho no sertão,
A minha estrada é comprida...

Não restava nem momento,
Não me deram mais nem jeito,
A morte carrego no peito,
Não preciso sofrimento,
O que tá feito tá feito,
Se não for eu endireito,
Num momento eu arrebento...

Nada fiz que me arrependo,
Não tenho medo de feio,
Nesta ciranda onde teio,
Na morte que vou vivendo,
Colocou a mãe no meio,
De chumbo vai ficar cheio,
De tanto fiz, nunca aprendo...

Encontrei linda morena,
Apaixonei de primeira,
Eta moça mais faceira,
Não gostou fiquei na pena,
A minha faca, peixeira,
Eu deitei ela na esteira,
Nem doutor sabe da cena..

Gemendo na comilança,
Olhei pra moça sem dó,
A danada virou pó,
Escapou da minha lança,
Fui parar no xilindró,
Apanhei qual pão de ló,
Depois de tanta lambança...

A moça depois eu vi,
Tinha uma marca na testa,
Depois de fazer a festa,
Mais depressa que eu sai,
A coisa fedeu não presta,
Nas bordas desta floresta,
No meio do mato eu vi...

O piar desse mutum,
Piava que retumbava,
O troço só piorava,
Eu senti esse futum,
Quem seca e nunca mais lava,
Do olho esquerdo ela chorava,
Furado que nem do assum...

A mão direita trazia,
Uma roseira bonita,
Meu coração não palpita
Na barriga dava azia,
No que restou dessa fita,
Um vestidinho de chita,
Aberto dava folia...

Eu senti a moça feia,
Da beleza que ela tinha,
Não sobrou nem gotinha,
Virou bruxa essa sereia,
A boca pequenininha,
Enfiando dente e linha,
Direto na minha veia...

Depois dessa encarnação,
Eu passei a ser um homem,
Desses que matam e comem,
Não adianta perdão,
As palavras já me somem,
Eu virei um lobisomem,
Hoje eu sou assombração!
Publicado em: 03/12/2008 15:12:43
Última alteração:06/03/2009 16:07:47



Montanhas de Minas.
Mares de Minas, distantes...
Montanhas e mares,
Mares mineiros são utópicos.
Típicos de salgada lagoa.
Pampulha, pampas mineiros...
Mares e luas
Só te faltam mares...
Nas montanhas os segredos,
Monásticos segredos.
Medos e senzalas.
Café com pão,
Pão e leite.
Broa.
Milho.
Montanhas
Queijo.
Desejo de mares.
Mares de minhas manhãs.
Minhas manhas mineiros mares.
Montanhas entranhas.
Lagos e afagos,
Teu fado é sem tino
Destino dos nossos mares...
Mares mineiros são meus sonhos...
As lágrimas que me deste
Encheram o rio de sal.
Meus mares mineiros
Estão no meu quintal!
Publicado em: 06/12/2008 19:54:49
Última alteração:06/03/2009 15:27:58



Saudade vem comigo, lado a lado,
Fazendo cada dia ser tirano,
Depois de tanto tempo, aprisionado
O dia amanhecendo em medo insano.
Saudade deixa o mundo amargurado
Trazendo para o peito um ledo engano.
De tudo o que a saudade inda consente
Meu canto se perdendo, qual demente...
Publicado em: 20/03/2009 16:33:31
Última alteração:17/03/2010 20:58:25


Mortalhas expressadas no meu rosto
Verdugos ilusões são quase nada,
O nervo dolorido vai exposto,
Promessa de vingança preservada
No canto que expressasse algum desgosto,
O vento transformando, traz o nada.
Apenas a saudade persistente
Permite que eu caminhe mais contente...
Publicado em: 25/03/2009 11:22:03
Última alteração:17/03/2010 20:58:26



SAUDADE, SAUDADE

Da lua sertaneja
Da casinha de palha
A vida me levou
Ao campo de batalha

Deixei a mãe e o pai,
Irmão a dar com pau,
No peito esta saudade,
Maltratando afinal

Da roupa que quarava
Da fruta no pomar.
Do beijo da esperança
Que não quis mais voltar.

Do rio em que pescava
Piau e lambari,
O mar levou o rio,
Deixando um frio aqui.

A lua quando volta
Em claridade cheia
Eu canto em serenata
Saudade me incendeia...

Mas não vou mais voltar
Mãe foi e pai morreu,
Irmãos levou a vida,
O que restou fui eu

Tocando esta viola
Lembrando com saudade
Que fui feliz um dia,
Já vi felicidade...

O vento que me trouxe
Não quer mais ir embora,
E assim, sem mais ninguém,
Saudade também chora.
Publicado em: 10/07/2007 19:30:43



SAUDADE, SAUDADE

Saudade do que fui
Que nada mais seria
Se não houvesse sido
Aquela em que teria
O quanto convencido
De ter felicidade
Perdida sem saída.
Vencida pelo vento
Do tempo em despedida...

Saudade que saúda
De noite faz a festa
Aproveitando a fresta
Que sei ser tão miúda
Do pouco que me resta
Do muito que já fomos.

Saudade traz os gomos
Os sumos e os sumários.
As somas, perdas tantas.
No fundo deste mar,
Amar se fez amaro
Aroma da saudade
Que invade noite afora...
Publicado em: 21/08/2007 18:51:21
Última alteração:30/10/2008 15:46:32



Nos bares e nos guetos da cidade,
Meus olhos vão buscando seus espelhos
Mosaicos se perdendo em labirinto
Meus dias nunca mais serão os mesmos.
O gosto tão amargo da saudade
Uma aguardente dura de tragar
Nos tocos de cigarro no cinzeiro
O quanto que se foi e me deixou.
Cicatrizar a dor de tua ausência?
Dos dias que se passam sem descanso
Apenas o que resta não alcanço
E deixo tudo assim, não mais irei.
Agora que já fomos sem retorno
Em torno de teus olhos eu me entorno
E guardo em minhas vísceras teu beijo.
Um seixo que este rio não levou.
Quem dera, mas não posso primavera
Apenas este inverno que hoje sou.
Publicado em: 28/08/2008 17:19:54
Última alteração:17/10/2008 14:25:1



Saudade – mulher amada,
Dos nossos beijos roubados,
Saudade dos tempos passados,
Na noite, na madrugada,
Da tua boca molhada,
Dos corpos entrelaçados,
Dos desejos mais molhados,
Desse tempo que não volta,
E, por não voltar, revolta,
Corações apaixonados...

Saudade da minha infância,
Onde vivi felicidade,
Trazendo tanta saudade,
A quem não teve constância,
Da sorte teve distância,
Mas foi feliz por um dia,
Vivendo da fantasia,
Que nunca mais voltará,
Saudades torrada e chá,
Que minha mãe me trazia...

Saudades da minha terra,
Que ficou no meu passado,
Olho o tempo, vou de lado,
O coração não encerra,
Pesando daquela serra,
Inclinado vai andando,
Tanto lugar se mostrando,
Nas curvas da existência,
Mas, saudade, diz clemência,
Num retrato, recordando...

Saudade da juventude,
Onde não tinha nem medo,
A força era meu segredo,
Onde sempre quis não pude,
Amar assim, amiúde,
Quem nunca mais queria,
Mas a vida era vadia;
Nem sonhava recompensa,
Vida leve, breve, densa,
Saudade faz melodia...

Saudades do grande amigo,
Que ficou lá no sertão,
Seguindo por outro chão,
Nunca mais terei comigo,
No conselho, paz, abrigo...
Na vontade de ser rei,
Tantas vezes que eu errei,
Tive o braço companheiro,
Hoje sei do mundo inteiro,
Mas saudade também sei...

Saudade do Botafogo,
De Garrincha e de Didi,
Do melhor time que vi,
Não tinha nem pena e rogo,
Brincando, ganhava jogo,
Nas pernas tortas e loucas,
Vozes delirando roucas,
No Maracanã da vida,
Pena que vai esquecida,
As lembranças são bem poucas...

De minha mãe a saudade,
Dói essa dor tão cruel,
Mãe na terra, mãe do céu,
Simbolizas claridade,
Se a vida traz falsidade,
A verdade em ti está,
Onde eu estiver, é lá,
Que teus olhos estarão,
Nesse imundo mundo cão,
És um porto mais seguro,
Se me escondo nesse escuro,
Representas o clarão...

Saudades desse meu filho,
Ceifado logo bem cedo,
Deixando meu grande medo,
Novo enredo que hoje eu trilho,
Sua dor, meu estribilho,
Entoando todo dia,
Martiriza a noite fria,
A saudade rasga o peito,
Pergunto qual meu direito!
Vou vivendo essa agonia...

Saudades dessa esperança,
De viver um mundo justo,
De respeitarem arbusto,
De respirar nova dança,
De teimar em ser criança,
De ter um mundo melhor,
Sem diferenças e guerras,
Nossa Terra, tantas terras,
Nosso sonho ser maior,
Justiça saber de cor...

Saudade trazendo um laço,
Prendendo o que for saudade,
Saindo da realidade,
A vida acolhendo meu passo,
Descansar esse cansaço,
Duns olhos de sertanejo,
Na campina, no desejo,
Do trabalho, lindo sonho,
Minha saudade, te ponho,
No canto dum realejo...

Saudade dessa mulher,
Saudade dessa criança,
Saudade dessa festança,
Saudade, jovem, me quer.
Saudade, jogo qualquer...
Saudade tão companheira
Saudade dor parideira,
Saudade doce Natal,
Saudade desse ideal,
Saudade da vida, inteira...
Publicado em: 26/09/2007 17:35:01
Última alteração:30/10/2008 13:46:11



Falando da saudade nos meus versos,
Vislumbro um tempo aonde fui feliz.
Depois de tantos anos tão perversos,
Percebo que eu só fora um aprendiz,
Sentidos e sabores mais diversos,
Nos atos que decerto, assim eu fiz.
As sombras do que fui já me mostraram
Aonde os meus defeitos se afloraram.

Menino que brincava na calçada,
Criança cuja mãe sempre sorria,
O gosto da merenda e da palmada,
Que quase nunca forte, não ardia,
Manhã em outra senda vislumbrada,
Trazendo em sol brilhante um novo dia.
Vestido de esperança, não pensava
Na dor que aos poucos vinha e me tomava.

Do jogo de botões, do futebol,
Risadas e mentiras, sonhos tantos,
Da luz que me mostrava em arrebol
Beleza sem igual, puros encantos,
Nos olhos da morena estendo o sol,
Nos ventos se espalhando, doces cantos.
No beijo carinhoso de meu pai,
Saudade vem chegando e não me trai.

Das frutas no pomar de minha avó,
Do suco que Maria me fazia,
Quem dera se eu trouxesse ainda o pó
Da estrada que de tarde eu percorria.
Do corte e da ferida, nunca só,
Do banho de mangueira da água fria,
Da boca que eu beijei, doce delícia,
Sem ter ao menos ponta de malícia;

Folguedos e brinquedos, tantas festas,
Daquele aniversário, da surpresa.
Do sol entrando manso pelas frestas,
De toda a maravilha da certeza.
Das pontas, dos espinhos, das arestas,
Da lua esparramando uma beleza,
Saudade, companheira, camarada,
Menina borralheira se fez fada...
Publicado em: 22/10/2007 22:20:11
Última alteração:26/10/2008 19:31:04



Saudades do que fomos e perdi.
Nas curvas da saudade não consigo
Viver aquele sonho que persigo
Imerso na saudade que vivi.
Vagando sem sentido, estou aqui.

Recordo nossas flores na varanda
Da casa que deixamos, do passado.
O peito tão sozinho, abandonado,
De tanto que ele amou, já se desanda
E pesa, de saudades, vai de banda...

Agora que não posso mais te ter,
Agora que a saudade me domina.
Sem lua, sem espera, triste sina.
Só levo essa saudade, sem querer...

Um dia, resolvendo essa saudade
Talvez eu possa até te ver passar.
Brilhando novamente meu luar,
Quem sabe encontrarei felicidade?
Publicado em: 15/12/2006 15:52:36
Última alteração:30/10/2008 18:35:02




Embora uma saudade demonstrasse,
Guardando esta lembrança do passado,
Muitas vezes, talvez já disfarçasse
O medo de um momento delicado
Aonde nada enfim já recordasse
O tempo que perdera; um desgraçado
Tocado pela mão da triste inveja
Que apenas a mortalha, inda deseja...
Publicado em: 18/10/2007 16:23:44
Última alteração:26/10/2008 19:39:52


Eu falei de uma saudade
Das que doem no meu peito,
Não tendo mais claridade
Nem ao menos ter direito
A saber felicidade,
Vou vivendo insatisfeito.
Saudade tanto maltrata,
Devagarzinho me mata...
Publicado em: 04/11/2007 22:55:26
Última alteração:24/10/2008 15:00:51




Saudade me maltratando
Vem fazendo estardalhaço,
Aos poucos vai me matando
Não vai sobrar nem pedaço...





Reverso da medalha
Espalha cada verso
De um jeito mais complexo
Sem nexo ou serventia
A gente não sabia
Se o tempo diz de glória
História recomeça
A mesma e antiga peça
Sem nada que inda impeça
Tropeça nas estrelas.
Saudade diz Maria
Sangria que não cessa.
Promessa sonegada
Regada por mentiras
Enquanto tu me atiras
Em tiras rotas gazes
Palavras são vorazes
E tens tal maestria
Que mesmo a fantasia
Em lágrimas desfazes...

Publicado em: 30/07/2008 13:26:36
Última alteração:19/10/2008 21:56:35

SAUDADE... /

Mote – é de saudades que choro.

Sem parar, eu vou tocando,
Pelas vias, onde moro;
Enquanto em ti vou pensando,
É de saudades que choro...

A saudade me atormenta,
Maltrata meu coração,
Saudade, doce pimenta,
Temperando esse estradão.

MARCOS COUTINHO LOURES
MVML
Publicado em: 15/10/2007 18:57:15
Última alteração:03/11/2008 21:16:20




Guinada da saudade, faz doer...
Não quero nem saber de ter saudade.
Saudade muitas vezes, faz morrer,
Saudade faz estrago, de verdade...

A saudade traduz verbo sofrer,
Conheci tal saudade, tenra idade...
Tenho tanta saudade de você,
Saudade dos teus olhos, claridade...

No que saudade mata, sei de cor.
As luas da saudade me torturam,
Saudade dess’amor, que é o maior.
Publicado em: 24/08/2006 16:45:51
Última alteração:16/12/2006 23:13:51


Saudade...

Saudade...
Do canto
Que não veio
Nem viria
Poesia...
Saudade
De tudo
Que pensara
E bem sabia
Nunca vinha...

Saudade de teu colo
Amor, cadê?
Vivendo por viver
Sabendo perder
O que nunca tive
Decerto não foi meu
O colo que sonhei
A boca que se ria
O riso mais farsante
Antes e sempre
Sem regozijo.
Exijo meu mar,
Sem mar, sem fé
Sem pé, como irei?

Caminho sozinho
Vagando a saudade
Que sempre sonega
Amor cedo ou tarde...

Saudade dolente
Amor tão doente
Vivendo descrente
Derrubando a gente
De dor tão urgente
Que sempre se tente
Amor que se invente?
Melhor dor de dente!
Publicado em: 28/12/2006 12:40:06


Saudade é como formiga
Coçando na alma me intriga
Traiçoeira, nos obriga
A sofrer a noite inteira,
Do que se foi e não volta
Acaba criando revolta,
Prende a mão depois não solta,
Saudade é má conselheira.

Depois do fim da viagem
A gente pensa bobagem
Só se lembra duma imagem,
Que jamais é verdadeira
Saudade faz reboliço
Na vida serve de enguiço,
Matando da flor o viço,
A saudade é carpideira.

Engana a gente, a danada,
Perde o caminho na estrada
Saudade é bicha safada
Maltrata um pobre diabo.
Saudade é trem agarrado,
Quem vive nela, coitado
Tenta voltar pro passado
E pegar o próprio rabo!

Publicado em: 01/03/2007 20:54:05


Bebendo essa saudade
Do tempo que não fui
Sentindo a claridade
Da vida que me exclui
Da noite tão escura
Sem rumo, em desatino.
Na vida, tal negrura
Que não mais domino...

Emerge em pesadelos
Os olhos da mulher
Que Tanto pensei tê-los,
Mas Ninguém mais me quer.
Somente a solidão
Amiga e companheira
Sem pena e sem perdão
A noite derradeira...

O dia quando chega
Não traz senão a chuva
A própria vida nega,
Cortando mão e luva
O frio e duro vento
Estende seu abraço,
Se solto o pensamento
A noite traz cansaço.

Cansaço de viver
Cansaço de sonhar
Cansaço de sofrer
Cansaço de tentar
O sonho que não veio
Amada que partiu.
Procuro por teu seio,
Cadê? Se foi... Partiu...
Publicado em: 28/03/2007 22:22:12



Meu barco, navegando na saudade,
Meu tempo transportado para vida.
Percebo que tu foste crueldade,
Não quero a juventude assim, perdida.
Nem temer essas ondas, tempestade,
Nem saber dessas dores, despedida...

Nesse momento exato, despedida.
Numa cruel malícia da saudade,
Tombando na primeira tempestade...
Perdendo a cada dia, minha vida,
Que me traz , toda noite, nau perdida,
Sem sentir, vou vivendo a crueldade,

Não quero nem concebo a crueldade,
Trazendo-me essa amarga despedida,
Do que me restou, lágrima perdida...
Deixando tão somente essa saudade,
Que foi a marca expressa em minha vida.
A morte rememora a tempestade.

Buscando pel’amor na tempestade,
Temendo, simplesmente, a crueldade;
A de nunca, jamais, amar na vida.
A cada dia, nova despedida.
Meu peito vai sangrando tal saudade.
Nem quero te rever, estás perdida,

Meus versos, que te fazem tão perdida,
Quero mesmo salvar, na tempestade,
Bem antes que traduzas em saudade.
Não quero perceber a crueldade
Bem antes que isso seja despedida,
O maior amor, toda a minha vida...

Querendo conhecer, de tua vida,
Saber que tu andaste, tão perdida,
Pois sabes, dos amores, despedida,
Tão sem rumo, enfrentando a tempestade,
Tuas dores, amores...Crueldade.
Por isso, me matando de saudade.

Amor, tanta saudade nessa vida,
Parece crueldade, traz, perdida,
Qual fora tempestade, despedida...
Publicado em: 18/04/2007 20:43:26



Nas cinzas do meu cigarro,
O que restou de você
No barulho do meu carro
Tanta coisa por dizer

Tantas curvas nessa estrada
Meu rumo vai se perder,
No final vai dar em nada
No nada, sobreviver...
Publicado em: 09/07/2007 06:44:25
Última alteração:30/10/2008 15:15:36


Que me venha o amor
Avassalando tudo, em avalanche
Sem dar chances de defesa
De surpresa, redentor.
Que me venha com calma
Tomando minha alma
E cada momento meu,
Traçando um novo rumo,
Um novo tempo,
Um novo campo
Entre floradas e perfumes.
E seja ao mesmo tempo
Amigo e companheiro,
No furor das noites
A mansidão do dia a dia
E a segurança do passo rumo ao amanhã.
Que me dê uma relativa insegurança,
Uma certeza incerta e movediça,
Mas não me cobre, nem me omita,
Não minta e não escancare, apenas ame.
Que me venha como uma chuva de verão,
Mas com a constância da garoa,
Frutificando a esperança,
Granando o sonho
E gestando a eternidade.
Ainda que seja finito,
Ainda que seja etéreo,
Mas sempre férreo e tenaz.
Audaz e sem parcimônia;
Eloqüente e manso.
Um porto seguro em plena tempestade,
Mas também seja a causa destes vendavais.
Que me venha você
A cada novo dia o mesmo se renovando
Ousando, pousando e me fazendo voar.
¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬

Esse chuvisco agora a noite desd'então
Ah traz-me uma tristeza e um grande vazio
O vento sopra forte e rude e tão frio..
Uma saudade enorme, vem junto a solidão.

E o tempo vai passando e a noite segue em vão.
Quem dera se tivesse o calor de um estio
Ou mesmo o coração não fosse tão vadio
A vida não teria inverno, só verão...

Eu tento me aquecer na chama da lareira
Por fora até qu'esquenta e dentro um grande gelo
Mesmo bebendo chá - parece brincadeira...

Mas nada me refaz; somente uma incerteza
De uma saudade atroz, aonde enfim me atrelo;
E a dor da solidão e angústia: sobremesa...

GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 11/08/2007 21:49:23
Última alteração:05/11/2008 16:19:31



Estava lendo à noite um livro antigo,
A madrugada alta, olhava a lua
A àrvore invernal sem folhas - nua
Uma coruja, então piou comigo...

Ignorei. Entrei; sentei ao abrigo
Aconchegante estava. Olhei a rua
Tamanha ave vinha a imagem sua
Aterradora era - um perigo

Saudades se mostraram mais audazes
Entraram pelo quarto e me sangraram,
Os bicos da coruja, tão vorazes

Depressa em pesadelo desnudaram
Trazendo um esqueleto que se aflora
A saudade esfaimada, então, devora...

GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 26/10/2007 15:42:53
Última alteração:03/11/2008 19:33:20

Seu doutor, me dá um tempo
Preu poder te confessar
Depois desse contratempo
Não posso nem vou negar

A vida me deu saudade
Por herança e por meu bem
No tempo da mocidade,
Ficou o gosto d’alguém...
Publicado em: 18/04/2007 18:16:41
Última alteração:30/10/2008 15:30:54



As estrelas de cristal
No céu brilhando belas,
Desde espaço sideral,
Iluminam como velas
Minha noite tão gelada.
Saudades de minha amada!

Nas ânsias e nos desejos,
Meu pensamento subindo...
Procuro pelos teus beijos...
Estradas no céu, abrindo.
E na dor da madrugada,
Saudades de minha amada!

Nuvens escuras na noite,
Os anjos cantando tristes,
O vento cruel açoite
Pergunta se ainda existes.
E não respondo mais nada.
Saudades de minha amada!

A vida parece tão breve
O mundo parece imenso,
Em minha alma pura neve
Somente em ti sempre penso.
Na beleza da alvorada,
Saudades de minha amada!

Que se foi há tantos anos,
Voando p’ra o infinito.
Depois disso, só enganos,
Do peito um terrível grito,
Escapa e não dizes nada.
Procuro na madrugada,
Aguardando essa alvorada.
Sempre nada, nada, nada...
Publicado em: 03/12/2006 18:53:29
Última alteração:30/10/2008 18:23:46

Saudades de nós dois,
Do amor que se dispôs
Do tempo sem depois
Na doce adolescência
Amor na juventude
Em toda plenitude
No sonho em que amiúde
Eu tive a fluorescência

De um sol na madrugada,
Da boca que beijada
Trazia uma aguardada
Manhã em claridade.
Afagos e carinhos,
Decerto em tais caminhos
Sem medo dos espinhos
Amamos de verdade.

Agora em meu outono,
Um rei perdendo o trono,
Nas dores do abandono
Eu vejo o teu retrato
Que moldado em beleza,
Louvando com grandeza
Trazendo esta certeza:
Já fui feliz de fato!
Publicado em: 15/05/2008 12:35:51
Última alteração:21/10/2008 18:30:40



Saudades dos teus olhos vagamundos
Na bêbada ilusão de ser feliz
Rasgando a fantasia que não vinha
Na noite que se fez em meretriz
O quanto eu não sabia, mas queria
O dia escurecendo nosso amor.
Farrapos que entrelaçam velhos gozos,
Orgasmos nas estrelas, no luar.
Agora o que me resta, a fresta, a porta,
A curta sensação de ter alguém,
Somente vasculhando estas gavetas
Encontro o que restou de nosso bem...
Publicado em: 13/11/2007 21:49:06
Última alteração:24/10/2008 14:32:03



Saudades de teu beijo
Vontade de poder
Expor o meu desejo
De ter vivo prazer
Na boca que procuro
No anseio delicado,
Aguando o chão tão duro,
Mudando a sino e o fado,
Um canto que se entregue
Em versos, desejosos,
No mar que enfim navegue
Carinhos prazerosos.
Fadado a ter saudades
De quem eu quero bem,
Tantas felicidades
Contigo eu sei que vêm.
Arcando com meus sonhos,
Teus lábios, tua boca,
Em dias mais risonhos,
Vontade que se aloca
De ter saudade extinta
Em noite intensa e bela,
Tocado pela tinta
Que enfeita em aquarela,
No canto que pressinta
Presença desta estrela
Publicado em: 15/05/2008 15:24:48
Última alteração:21/10/2008 18:31:17



Saudades dessa morena,
Moça amada que se foi,
Coração desafinando
Ruminando feito um boi.

A saudade fez estrago,
Espalhou em ventania
Tempestade neste lago,
Deste tempo, triste dia.

Um amargo de jiló
Invadindo o coração,
O meu peito vai tão só,
Só provou desilusão.

Resta a foto na parede,
No meu quarto, o teu perfume,
A tristeza mata a sede,
Escutando o meu queixume.

Vagabundo sentimento,
Rasga o peito, vai matando,
Meu amor queimando lento,
O meu sonho desabando.

Moreninha vê se volta
Mais depressa para mim,
A saudade me revolta,
Vai secando o meu jardim.

Mas talvez a noite, vindo,
Tu virás, quem sabe, amor.
E o dia renasça lindo,
No canteiro, tanta flor...
Publicado em: 06/10/2007 18:31:20



Saudades
De ti
Amor
Vivi,
Encontro
Aqui
Enfim
Audaz,
Jardim
Em paz.
Do tempo
Algoz
Na foz
Do rio
No cio
Exposto
Teu rosto
E gosto,
Amor
Que queima,
Num ato
Um átimo,
Um ótimo
Num único
Sorriso
Que trago,
Afago
Um lago
Tão quente
Amor
Urgente
Pressente
O fogo,
O jogo
E logo
Se expõe
Inteiro
Propõe
Teu cheiro,
Perfume
E brilho.
Vencendo
O medo,
Rangendo
Os dentes.
Sementes
Estios,
Nos cios
Os óstios
Os meios
Os mantras,
Nos cantos
Nos cânticos
Altares
E preces.

Publicado em: 09/10/2008 11:54:20



Um nome vem ferir os meus ouvidos
Repetindo qual eco a mesma história
De um tempo mais feliz que já se foi,
Saudades ruminando na memória.

Meu coração escória renitente,
Um pária que perdeu a dignidade,
Repete toda vez que a noite vem
Ruídos de lembranças, de saudade...

Vergastas açoitando minhas costas,
Penetram em profundas cicatrizes.
Saudades de outros tempos, latejando,
Dizendo como fomos tão felizes...
Publicado em: 25/09/2007 21:44:46
Última alteração:26/10/2008 22:43:39


Minha alma vaga
Alamedas distantes
Constantes tufões.
Durmo tempestades
Acordo furacões.

Saudades do quanto
No tanto que fui,
Amor não mais flui,
Funesta verdade.
Prantos e marcas
Macas e comas,
Prumos e cimos.
Verdades completas.
Metas inalcançáveis
Sanhas e senhas
Sendas, veredas
E a saudade de ti...
Publicado em: 04/10/2007 16:30:42
Última alteração:24/10/2008 14:13:01



Por vezes,
Tantas vezes
Esquecido em algum canto
Da sala de estar.
Um coração quase insano,
Desesperadamente
Tomado pela angústia
De querer ser também querido
Repara numa foto
Deixada na escrivaninha.

Num triste ritual
Entrego-me ao sonho,
Saudade do que talvez ...

Mas a vida amarela a foto
E nada de respostas.

Quem sabe se ela visse
Através daquela fotografia
Pudesse entender enfim
Em cada ruga,
Na pele pálida
E nos olhos distantes
O quanto eu sempre a amei...

Mas só resta aquela foto
E um vazio...
Amarelando minha esperança...
Publicado em: 09/04/2008 16:14:57
Última alteração:21/10/2008 18:19:02


Abandonado... partiste.
A saudade, minha herança!
Estou só estou tão triste...
Morte encontro na lembrança...
Abandonado... Nada existe
A noite mais fria avança...
Só meu coração insiste
Do que resta em mim, aliança!

Horas passam, dias voam...
Fico cada vez mais só..
As aves não mais revoam.
Até morte, companheira,
Me deixou, não teve dó...
Te procurei vida inteira...
Mas me deixaste sozinho,
Aqui espera teu ninho,
Retorna meu passarinho!
Publicado em: 17/04/2008 20:08:34
Última alteração:21/10/2008 18:30:05


Saudade
Saudando
Cada palavra
Que lava meus olhos.
Publicado em: 26/04/2008 18:09:48
Última alteração:21/10/2008 13:36:35



Eu trago, nos meus olhos, a saudade,
De quem jamais devia me ausentar;
Sem ela, desconheço claridade,
Sem ela, vou buscando meu luar...

Quem dera Deus tivesse compaixão,
De quem , errou na vida sem saber.
De quem somente teve sempre não,
Como resposta hostil, sem ter por que...

Não quero mais sentir a ventania,
Roçando meus cabelos, sem ter pena.
Quisera conhecer, um novo dia,
A noite, cruelmente, faz novena...

Vencido por temer guerra e fastio,
Num último poema, tento vê-la;
Sem ela, não existo, sou vazio,
Vagando, vaga-lume, quero estrela...

O zéfiro respira, me bafeja,
Transgrido as ordens, erro sem destino;
Perdido, sigo tendo essa peleja,
Perdendo meu sentido, desatino...

Quem dera se pudesse ser criança.
De novo correria para os braços;
Daquela que pensei, triste lembrança,
Um dia cerraria tantos laços...

Mas sinto que não posso resistir,
Em vão procuro tenras mansidões.
De tudo não consigo nem pedir,
Paz renovada, lastro dos perdões...

Momento atroz , penumbra d’existência,
Cartas jogadas fora, sem valor.
Te peço, tão somente por clemência,
Quem dera conhecesses minha dor...

Quiçá, então tivesses piedade,
Num último delírio dum poeta.
A vida não seria, essa verdade
Que extermina, de forma tão completa.

Amores já os tive, e os perdi,
Retratos bolorentos do passado.
Mas amar, tal qual amo, só por ti
O meu verso entoando triste brado...

Nunca mais te terei, minha centelha
Dessa luz que transporta meu desejo.
A lágrima que escorre vai vermelha,
Da boca que sonhei com tanto pejo...

Arranco dessa rosa, seu pendão,
Espinhos vão cortando os pobres dedos.
A terra vai s’abrindo, some o chão,
Em volta, nos contornos, só meus medos...

Vencido pela angústia e pelo fado,
Meus pés vagueiam loucos por estradas.
Que nunca compartilham, mesmo lado,
Seguindo paralelas, já cansadas...

Meus mares são vazios, sem marés,
A barca dos meus sonhos naufragou.
Eu pergunto a mim mesmo, se tu és
Meu todo, me responda o que sobrou?

Vivendo sem ter rumo e sem porém,
De que me serve luta sem ter glória.
Sem ter porque viver, sem ter alguém,
Meus dias vou perdendo, na memória...

Enfim, melhor morrer se não te tenho,
De que me servem festas da natura.
As matas todas, por onde eu me embrenho,
São cadafalsos, plenos d’amargura...

Te quero tão somente por querer,
Eu te fiz minha lira e minha voz.
Procurei por alhures, mas cadê?
A noite me tragou, vida feroz...

Quem sabe num momento de ternura,
Possamos reparar o que findou.
A luz, enfim, brilhando, noite escura,
Me traga essa esperança que restou...
Publicado em: 01/05/2008 12:24:04
Última alteração:21/10/2008 14:30:08





A saudade diz teu nome
Toda noite no meu quarto,
Tua sombra surge e some,
Da saudade não me aparto
O meu peito agora diz
Venha me fazer feliz!
Publicado em: 14/05/2008 19:16:15
Última alteração:21/10/2008 14:41:18


Saúdo a saudade
Quem há de negar
Que o vento que traz
O tempo que atrás
Se fez quase audaz,
Porém tão mordaz.

Acossa meus sonhos,
Adoça meus lábios
Momentos medonhos
Se tornaram sábios
Sabia que o vento
Que um dia levou
Trazendo de novo
O que me deixou
Mostrou carrosséis
Que a vida em seus méis
Traduzindo féis
Fiéis sentimentos
Fieis nos teares
Do eterno voltar...

Publicado em: 13/05/2008 19:49:13
Última alteração:21/10/2008 14:36:54


Nada faço e nada tenho
A não ser tanta saudade
De quem foi e não voltou,
Matando a felicidade...

Teu retrato na gaveta,
Teu perfume em meu jardim.
Onde estás que não respondes?
Tu te escondes dentro em mim...

Cada dia esta tortura
Não me deixa descansar,
Teu olhar que refletia
Todo raio do luar

Nos espelhos de minha alma
Tua imagem permanece
Uma estrela que me guia,
Que me cura e me enlouquece...
Publicado em: 04/06/2008 21:00:21
Última alteração:20/10/2008 20:50:31



O sonho me traz
Saudade de alguém
Que um dia, meu bem,
Roubou minha paz.
Publicado em: 11/06/2008 20:06:11
Última alteração:20/10/2008 21:15:40

Tantas coisas que são ditas
Por quem ama, uma tolice
Que cumprindo tais desditas
Coração jamais desdisse

Sigo a rota de teus passos
Pelas curvas do caminho,
A saudade abrindo os braços
Espalhando pedra espinho.

Vivo apenas por viver,
Passarinhos sem ter asa,
Minha vida sem prazer
João-de-barro perde a casa

E não sabe mais voltar
Nem procura solução
Me perdendo no luar
Me encontrando na paixão.

Onde estarás eu pergunto
E nada tendo em resposta
À solidão eu me ajunto
Minha morte em mesa posta.

Onde encontrarei a paz?
Nada tenho que me diga,
Nem o sonho satisfaz,
A tristeza desabriga

O meu verso vai calado
Sem vontade, inspiração.
Coração vai machucado
Sempre em busca do perdão

Da morena mais fogosa
Que encontrei em minha vida.
Porém sorte caprichosa
Só me disse despedida.
Publicado em: 24/06/2008 19:32:44
Última alteração:19/10/2008 21:27:49

Saudade de ti
Nas noites vazias
O vento te chama
O amor já reclama
E nada...
Teu corpo
Meu porto
Prazeres
Luares
E vozes
Distantes
Clamando
A presença da lua
Que, nua
Nau e porto
Aborto apenas.
Nas ruas e bares
Estrelas altares
Mergulho meus versos
Agora dispersos
Imersos na dor.
Ardor de saber
Que quem foi não retorna,
A noite se entorna
Em lástima e treva.
Vago o mundo
Vagabundo sempre ao léu.
Vejo o teu sorriso
Em cada esquina
No aflorar da manhã
Aurora que morreu.
Agora o que sou eu?
Espectro da saudade...
Publicado em: 31/07/2008 16:27:13
Última alteração:19/10/2008 22:05:51




Esquecer
Quem há de?
Se a vida
Redemoinho
Mói
Remói
E tripudia.
Repudiar
Os próprios passos?
Traços jogados fora,
Laços desatados
Atos mesmo que lassos
Removem montanhas
Mas deixam a poeira.
Ver o próprio rosto
Exposto e deposto
Disposto em espelhares
Facetas.
Falsetas e farsas
Esparsas poesias.
Óstios, óculos
Ósculos
E depois, nada?
Soergue-se das cinzas
Fênix
Ônix e jade
Esmeraldina esperança
De retornar
E reviver
E recontar estrelas...
Mesmo já perdendo a conta
Fazendo de conta
Na conta dos olhos
A conta cobrada...
Conta pra mim
Em que planeta te escondeste?
Se a seta não chega
Perdoe o poeta
Que nega
Que cega
E que morre
Um pouco mais
A cada desilusão...
Publicado em: 14/08/2008 16:13:44
Última alteração:19/10/2008 20:12:13



Não deixe que a saudade empreste à dor
Um gosto feito em medo e solidão,
Receba com carinho cada flor
Que brota nos jardins desta emoção
Refaça cada verso em pleno amor,
Decerto vencerás esta amplidão
Dos sonhos mais distantes e falazes,
Mudando o coração em novas fases.
Publicado em: 28/08/2008 16:41:40
Última alteração:17/10/2008 14:24:42



Saudade valoriza um sentimento,
Mas maltrata demais o coração.
Jamais eu te tirei do pensamento
És força propulsora, solução
Para as dores que marcam dia a dia
Por isso, ao te rever, quanta alegria!
Publicado em: 03/09/2008 17:09:04
Última alteração:08/09/2008 04:44:54


Por vezes extremado
Eu falo da saudade
Que tenho de ti.

Esperanças esvoaçam borboletas,
Que, entretanto não se esquecem
Da crisálida.
Publicado em: 30/09/2008 14:15:17
Última alteração:02/10/2008 14:51:16





Vejo a foto
Sobre a mesa,
Tão remoto,
Na incerteza
Coração
Enamorado,
Embarcação
Na correnteza.
Sinto o frio
Madrugada,
Vou vazio,
Sigo o nada,
Sei que além
Estás sozinha,
E a saudade
Faz a festa,
O que me resta
É simplesmente
Cada gota
Do sereno
Perco a rota,
Quis ameno
Vendaval.
Beijo o sonho,
Sem amarras
Pensamento
Vai à caça
De quem passa
Tão distante
E não me vê.
A lembrança
De teus lábios
Maltratando
Sem por que...
Publicado em: 02/12/2008 06:24:25
Última alteração:06/03/2009 16:27:46


Exponho o peito podre envolto em réstias
Em riscos, ritos, loucos sou estúpido.
Vou ávido do nada em que me crio.
Desfio as esperanças já tolhidas.
Colhidas primaveras que se foram.
Agouram um verão sem nunca mais.
Arroubos de ilusão tomei na veia
Qual fosse a droga mestra que movia.
O vago que persiste no meu peito.

Saudades do que fui e nunca ousei,
Saudades do vazio em que deixaste.
Em ásperas palavras vou sozinho.
Mostrando a podridão que resta em mim,
De todos os esgotos donde eu vim..
Publicado em: 06/01/2009 18:38:59
Última alteração:06/03/2009 12:13:06



Saudade de quem foi
E não voltando mais
Se fez eternidade
E vazio.
Recrio
E refaço
Passos tortos
Dias mortos
E os corrijo
E os detenho
Bálsamo
Que embalsamado
Clama e revoluciona
Chama e me abandona.
Publicado em: 06/02/2010 12:35:18
Última alteração:14/03/2010 14:24:35


O nó, minha garganta, a lágrima desata.
Distante, teu caminho, aguarda a velha fera.
Quem dera minha amada, a morte da quimera.
O canto mais sofrido, a noite já retrata.
Me perco em tua ausência, a vida me maltrata.
A fortuna me trai, traz garras de pantera.
A razão me abandona, a morte já se esmera.
A vida, traiçoeira, a sorte é tão ingrata.

Espero o meu triunfo, a paz nunca revejo.
O sonho deste amor, em solidão trovejo.
Na braça deste rio, as margens se abarrancam.
O fogo que queria, a chama se apagou,
A lágrima que escorre, expõe tudo o que sou;
Agora é meu final: sangrias não se estancam...

Na cruz que, enfim, carrego, uma saudade imensa,
Na tua ausência, nego, a sensação intensa
De ter uma vontade, a de te ter comigo...
Somente essa saudade amiga, me dá abrigo...
Publicado em: 09/02/2007 16:43:57
Última alteração:26/10/2008 22:44:31


Saudade me queimando feito lava,
Ardendo assim me invade o coração,
Durante todo o tempo em que pensava
Na força deste amor, na tentação
Qual fosse a fera imensa, firme e brava
Rasgando a minha pele mostra então
O tempo em que sozinho eu te buscara,
Estrela radiante bela e rara.

Raivosa a noite imensa em seus bramidos,
Num momento cruel, assim me abala,
Dos sonhos e caminhos percorridos,
A dor vai aumentando em alta escala,
Meus dias vão perdendo os seus sentidos,
À dor que me invadiu, nada se iguala.
Quem dera se eu pudesse – esperança.
Porém esta saudade, é fina lança.

Durante tanto tempo, amor guerreiro,
Tomando o coração fez suas leis,
De todos os que eu tive, amor primeiro,
Levando a mais total insensatez.
Ainda estou sentindo o doce cheiro
Daquela que se foi, e assim se fez
Meu último desejo, meu suspiro,
Saudade me cortando como um tiro.

Na chama da saudade, de repente,
Ardendo em mais cruel e quente fogo,
Meu coração se mostra renitente
E foge num momento deste jogo,
Porém tua lembrança, tão ardente,
Refaz o sofrimento e desde logo,
Marcando no meu peito tais feridas
Tatuam com imagens más, doridas.

Vencer esta saudade, quem há de?
Procuro pelos olhos, nada vejo,
Apenas refletindo a claridade,
Entregue plenamente a tal desejo,
Matando em teu retrato, esta saudade,
Mesmo que somente um relampejo,
O vento da lembrança em mansa brisa,
A dor que me invadiu, já se ameniza...
Publicado em: 23/10/2007 18:45:33
Última alteração:03/11/2008 19:41:32



A noite que profana meu carinho
Escuta na soturna solidão
Os sonhos que passamos no verão
Desse tempo em que estive no teu ninho.
Agora sempre estou aqui, sozinho...

Saudades, nessa noite, corroendo
Marcando a ferro e fogo, um coração
Ao menos não houvesse solidão,
O tempo pelos dedos, escorrendo...
A vida não teria um só adendo...

Porém a triste noite não mais passa
Lamentos nas torturas mais ferozes
Os medos se transformam nos algozes
Que mesmo todo sonho não disfarça

Vivendo sem ter nada p’ra sonhar
Morrendo toda noite, sem sossego,
Saudade por aqui, com triste apego,
Trazendo nosso amor nesse luar...
Publicado em: 15/12/2006 15:36:32
Última alteração:26/10/2008 22:44:36


Recebi sua carta, minha amiga.
Em todas as palavras um adeus...
No fundo de minha alma vá, prossiga,
Consigo não irão os olhos meus...
A sensação que tenho, tão antiga,
Desfeitos tantos sonhos de himeneus,
E de querer, enfim, que já consiga
Viver mais plenamente os sonhos seus...

Bem sei que depois disso vou sozinho...
É certo que tentamos ser felizes.
O fio deste amor jamais foi linho,
Bem sabes que durante minha vida
Tu foste, meu sincero e manso amor.
Agora que tu vais, em despedida,
Espero que te encontre, o esplendor.
Vivemos nosso céu, vieram crises,
Em todas as promessas, desamor.
Mas quero que tu saibas que desejo,
E nisso não demonstro falsidade,
Que sempre que lembrares do meu beijo,
Noutro beijo, matarei essa saudade...
Publicado em: 11/12/2006 22:45:03
Última alteração:26/10/2008 22:44:40


Saudade faz estrago
Avança e não respeita,
Procuro o teu afago
Mas nada me deleita
Somente este vazio
E esta amargura imensa.
Deixando o dia frio
E a noite frágil, tensa.
Vencer esta saudade,
É sonho que alimento,
Porém felicidade
Se esvai a cada vento.
Meus sonhos de criança
A boca que procuro,
Somente uma lembrança
No quarto, tão escuro.
Quem dera se eu tivesse
Ao menos alegria,
Amor que eu peço em prece
De novo, voltaria...






Na cruz, à beira da estrada,
Onde fiz uma promessa,
Uma fase está gravada:
Aqui terminou sua pressa...

Nessa estrada da saudade
Eu perdi meu bem querer,
Prá que tanta crueldade?
Responda; quero saber.

Nosso amor que era bonito,
E tinha o perfume da flor,
De repente, morre aflito
No teu peito sonhador.

Minha amada te procuro
Nas curvas deste caminho,
Mas o céu está escuro,
E viajo, então, sozinho.

Tive pressa, fui errado,
E por isso te perdi,
Meu amor foi capotado,
E te perdi logo ali

Na curva de uma saudade
De uma tristeza sem fim,
Meu amor, tanta maldade,
Por favor; não faz assim!

Marcos Coutinho Loures
Marcos Loures
Publicado em: 09/06/2007 18:18:55


Saudade escreve teu nome
No meio da solidão,
Nessa poeira que some
Na curva desse estradão.

Vivo sonhando contigo
Nada mais quero viver
Nunca mais, nunca prossigo,
Não consigo te esquecer...
Publicado em: 16/07/2007 06:35:56
Última alteração:26/10/2008 22:43:56


Resta um pouco de perfume
Em minhas mãos calejadas,
Essa mulher, meu queixume,
Tantas noites, recordadas...

Vivendo dessa saudade
Que me mata e que machuca,
A vida se perde em maldade,
Vai sozinha e tão maluca.

Bebo o bar e o botequim,
Bebo a venda e a cachaça
Todo amor que tinha em mim,
Se perdeu quem é que acha?

Quando vejo essa menina
Desfilando na calçada;
Minha vida se alucina
De mim não sobrou nada

Só meus versos me consolam,
E por isso é que te canto,
Lágrimas no rosto rolam,
São gotas do desencanto!

Publicado em: 20/07/2007 06:13:30
Última alteração:26/10/2008 22:43:53



SAUDADES DE VOCÊ

Horas mortas, plena noite
A saudade vai chegar
Alvorada vem trazendo
A vontade de voltar.
Uma mulher tão formosa
No jardim, perfeita rosa
Entre todas; majestosa,
Uma estrela a me guiar...

Nestas horas inclementes
As lembranças deste amor
A melodia distante
Trazendo todo amargor.
Meu coração solitário
Este amor imaginário
Vai seguindo itinerário
Encharcando-me de dor...

Sozinho e sem companheira
Que me traga uma alegria
Aurora surge nublada,
Sem encanto ou alegria
A vontade de morrer
Vem tomando todo o ser
Tão distante do prazer...
Do amor que eu tanto queria...
Publicado em: 07/08/2007 22:48:28
Última alteração:26/10/2008 22:43:46




Arrastando-me consigo, alucinada,
A vida não deixou sequer escolha,
Rondando qual fantasma a minha noite,
Ficando de tocaia assim na encolha

Num bote mais ligeiro me derruba,
Saudade vai chegando devagar
Depois de tanto tempo tão distante
Adentra em tempestade a naufragar...

Saudades de quem foi e não voltou,
Da moça mais bonita que resiste
No pensamento, viva e sempre altiva,
Deixando o meu cantar pra sempre triste...
Publicado em: 25/09/2007 19:06:40
Última alteração:26/10/2008 22:43:43



Dos meus olhos, as lágrimas desciam
Encharcando os riachos da saudade.
Vertendo hemorragias, sofrimentos,
Esperanças distantes da verdade.

A lua na varanda e da janela
Olhava para estrelas perguntando.
Aonde meu amor já se escondera,
Se voltará não sei, nem onde ou quando.

Mas tendo tal afago deste vento
Que roça levemente meus cabelos,
Relembro dos amores que vivemos,
E sonho novamente, enfim, revê-los...
Publicado em: 26/09/2007 20:04:09
Última alteração:26/10/2008 22:43:35



Nos pórticos gigantes da saudade,
Valei-me Meu Deus peço caridade!
De quem me valem luzes sem ter brilho...
A morte vem singrando um velho trilho...

Me deste tais mentiras como um fato.
Falaste de mordazes sentimentos...
Quebraste vilãmente teu retrato,
Queimaste soberana, meus proventos...

Faliste torpemente meus cenários...
Amei-te, tolamente, fui capacho.
As portas que entreabristes meus armários,
Das luzes que perdi, tu foste facho!

Respiro vorazmente teu flagelo...
Perjuras insensatas foram mote.
Na vida me cortaste teu cutelo...
Nas óperas tu brilhas vero spot.

Nos pórticos gigantes me jogaste
Atei-me sem temer qualquer disfarce.
O que me restarei serei vil traste.
O tempo que vivi nunca se esparse...
Publicado em: 28/09/2007 19:52:50
Última alteração:26/10/2008 22:43:31

Saudade da morena e sua saia
Andando na calçada dos desejos.
No peito, este tomara mais que caia,
Nas coxas rebolantes, mil lampejos,
Olhares devorando a deusa maia,
Que provocantemente não tem pejos.
O tempo já levou saia e morena,
Agora uma saudade, triste, acena...
Publicado em: 29/09/2007 10:46:55
Última alteração:26/10/2008 22:43:24


Saudade, palavra triste”
Que machuca um bem querer,
Saudade é tudo que existe
De saudade vou morrer...
Nos braços dessa saudade,
Vida virando maldade...

Estrelas brilham no céu
Não me importando mais nada
A noite descobre o véu
Faz nascer a madrugada
A minha vida, nessa hora
Quer namorar essa aurora!

Estrela que foi se embora
Só me deixando saudade...
No meu peito tudo chora,
A vida dói, de verdade...
Não posso saber beleza
No coração, só tristeza...

Procuro pela clareza
Dessa lua e nada tenho...
Descendo na correnteza,
Morto de saudade, venho
Esperando teu sorriso
Que é tudo o que mais preciso...

Se procurei paraíso
Só inferno eu encontrei
Saudade perco o juízo
Tanta dor que já passei...
Esse mundo é meu destino,
Viver nesse desatino!!!

Se já perdi o meu tino,
Saudade foi capitã,
Meu coração pequenino
Espera nova manhã
Minha vida vale nada
Sem ter você, minha amada...

Perdido vou, quero estrada
Não encontrei meu caminho
Saudade é carta marcada,
Vou morrer assim sozinho,
Meu barco está naufragando,
A minha vida acabando...

Eu te pergunto até quando?
Saudade vai residir
O meu peito está sangrando,
Outro dia inda há de vir
Nas ondas desse meu mar
Outro amor vou encontrar...

Preciso novo lugar
Para deixar o meu barco.
Saudade vai me matar
Meu coração virou caco
Tanta dor trago no peito
Como vou viver direito?

Meu amar não é defeito
Saudade vem latejada,
Eu não fiz nenhum malfeito
Pra me perseguir, danada.
A roda do mundo gira
Tanta dor assim me atira

Por mais que essa noite fira
Nada mais vai me conter
Saudade dança catira
Eu não consigo entender
Como pode essa maldade
Da diaba da saudade!
Publicado em: 01/10/2007 14:15:56
Última alteração:24/10/2008 14:12:22



Trovejando esta saudade
Não me deixa nunca mais,
O meu barco, na verdade,
Não verá jamais um cais.

Toda a noite vou lembrando
De Maria, meu amor.
Coração vai disparando,
Carregadinho de dor.

Saudade pesa nas costas,
Vai enchendo o meu bornal,
Meu amor perdeu apostas,
Não restou nada afinal,

Somente saudades levo
Dizendo o que bem se diz,
Mas por saudade me atrevo
A falar que fui feliz...
Publicado em: 02/10/2007 18:21:30
Última alteração:24/10/2008 14:12:30

Quando vim do meu sertão
Trouxe a viola no saco,
Mariazinha ficou,
Só guardei o seu retrato.
Sou matreiro, nunca nego,
Violeiro e repentista,
Carregando esta saudade,
Quis na vida ser artista.
A porteira da esperança
Foi trancada no caminho.
A criança que pari,
Constipada e sem futuro,
Foi morrendo devagar,
Percebi que neste apuro
Não tenho outra solução.
A viola pôr no saco
E voltar pro meu sertão
Antes que a saudade volte
E me mate inspiração...






Saudade de quem foi e não voltou
Deixando simples sombra no caminho.
De tudo o que eu pensei nada restou,
Somente esta saudade onde me aninho.
O canto deste sonho me chamou
De volta a percorrer velho caminho
Que leva, num instante à mesma cama
Aonde em toda noite ardia em chama.

Saudade de teu corpo junto ao meu,
Rolando sem juízo e sem limites.
Depois que tu partiste, resta o breu,
Apenas a saudade a dar palpites
Refaço o brilho intenso, que era o teu,
E nisso tudo quero que acredites,
De tudo o que carrego nesta vida,
Tu és a parte nobre, mas sofrida.

Não quero mais falar; quero sentir
Teu corpo em noite clara, maviosa.
No brilho de teus olhos, refletir
A lua que luzindo é fabulosa.
Somente o que me resta é te pedir
Que voltes para mim, bela e fogosa,
Senão esta saudade a maltratar,
Pode, mais depressa, me matar.

As marcas dos amores nos lençóis,
Ficaram, são guardadas com carinho.
Depois de tanto tempo, tantos sóis,
Espero que tu voltes de mansinho,
Brilhando com a força de faróis,
Voltando como um pássaro ao seu ninho,
Trazendo para mim, felicidade,
Matando, com certeza, esta saudade...

Eu quero te sentir junto comigo,
Colando nossas peles, num momento
Retorna; por favor, ao teu abrigo,
Não deixe que me invada este tormento,
Tudo o que mais quero, enfim, persigo,
É ter o teu amor, teu sentimento.
Mas venha antes que a morte, de surpresa,
Me escolha, traiçoeira, como presa...
Publicado em: 23/10/2007 16:03:44


O tempo na verdade é caprichoso
E muda num momento o nosso Fado,
Mostrando suas garras, poderoso,
Às vezes já me encontra descuidado
E o dia que se fora mavioso,
Renasce novamente do passado.
Saudades de você e é bom te ver
Tua presença aqui: farto prazer!


PARA VOCÊ DARLENE, QUERIDA PRIMA.
Publicado em: 06/11/2007 06:38:03
Última alteração:24/10/2008 14:28:25



O canto da saudade me marcou
Tornando cada verso meu, escravo.
No fundo de meus sonhos penetrou,
Num mar em tempestade, forte e bravo.
De tudo na verdade, o que restou,
As águas dos meus olhos onde eu lavo
O rosto que beijaste há tanto tempo,
Amor que para ti foi passatempo...
Publicado em: 06/11/2007 15:22:08
Última alteração:02/11/2008 21:53:54



Lembranças deste tempo em que pensara
Ter meu futuro em paz, já decidido,
Agora a solidão me desampara
Deixando o que eu vivera em triste olvido.
Não tendo mais teu mel a vida amara
Transpassa o velho peito que, ferido,
Apenas vê refúgio na saudade,
Na busca de encontrar tranqüilidade...
Publicado em: 10/11/2007 11:35:49
Última alteração:24/10/2008 14:31:39



Saudades de outros dias mais felizes
Nos campos das lembranças escondidos.
Depois de tantas dores e deslizes,
Os sonhos mais audazes destruídos.
Meu céu já se perdeu, tristes matizes,
Apenas os meus cacos recolhidos
E neles a saudade em labirinto
Expressa, tão cruel, tudo o que eu sinto...
Publicado em: 12/11/2007 20:56:52
Última alteração:24/10/2008 14:31:59



Saudade tão terrível me tomava
Deixando o meu futuro desditoso,
Passando em que esperança inda habitava
Trazendo um gosto amargo e duvidoso.
Poeira que bem sei não se assentava
No tempo de viver, tão belicoso.
Saudade do que fomos, um veneno,
Tornando o mundo breve e tão pequeno...
Publicado em: 22/11/2007 15:27:25
Última alteração:24/10/2008 15:15:25



Nos odres da saudade; eu me inebrio
E bebo cada gota deste nada
Destinada ao vago da existência
Entre vagas lembranças do que tive
As vagas em procelas morrem mar.
Publicado em: 24/11/2007 08:25:14
Última alteração:24/10/2008 15:16:23


Saudade de Maria e de Joana
Da roça e do sertão de Jatobá,
A lua na cidade não me engana
Jamais tão plenamente irá brilhar.
Imagem da mulher que me ilumina
Desejo em noite imensa de beijar,
A boca tão gostosa da menina,
Saudade toda noite a maltratar...
Publicado em: 11/12/2007 18:50:12
Última alteração:23/10/2008 07:38:01



Minha amada foi-se embora

E deixou muita saudade,

Meu Deus o que faço agora?

Isso tudo foi maldade.



Meu amor sempre dizia

Que jamais ia deixar,

Mas se foi, melancolia

Começou a maltratar.



Toda vez que a noite chega

Sem você, eu fico louco.

Coração vira manteiga

Se derrete pouco a pouco.



O que fiz pra merecer

A nossa separação,

Sem você eu vou morrer,

Não vejo outra solução.



Minha pele sem a tua,

Vai morrendo neste frio,

Eu te quero toda nua

Preenchendo este vazio



Que restou na minha vida

Sem te ter, minha menina,

Sem você minha querida,

A saudade me assassina!
Publicado em: 22/12/2007 19:07:16




As estrelas de cristal
No céu brilhando belas,
Desde espaço sideral,
Iluminam como velas
Minha noite tão gelada.
Saudades de minha amada!

Nas ânsias e nos desejos,
Meu pensamento subindo...
Procuro pelos teus beijos...
Estradas no céu, abrindo.
E na dor da madrugada,
Saudades de minha amada!

Nuvens escuras na noite,
Os anjos cantando tristes,
O vento cruel açoite
Pergunta se ainda existes.
E não respondo mais nada.
Saudades de minha amada!

A vida parece tão breve
O mundo parece imenso,
Em minha alma pura neve
Somente em ti sempre penso.
Na beleza da alvorada,
Saudades de minha amada!

Que se foi há tantos anos,
Voando p’ra o infinito.
Depois disso, só enganos,
Do peito um terrível grito,
Escapa e não dizes nada.
Procuro na madrugada,
Aguardando essa alvorada.
Sempre nada, nada, nada...
Publicado em: 29/12/2007 09:15:11



O canto da saudade me marcou
Tornando cada verso meu, escravo.
No fundo de meus sonhos penetrou,
Num mar em tempestade, forte e bravo.
De tudo na verdade, o que restou,
As águas dos meus olhos onde eu lavo
O rosto que beijaste há tanto tempo,
Amor que para ti foi passatempo...
Publicado em: 26/12/2007 09:12:17
Última alteração:01/01/2008 12:29:19



Pela vida passei, plantando flores
Que são, de Deus, as grandes maravilhas!
Dos corações fui retirando as dores
E desarmei; das estradas, as armadilhas...

Trouxe alegrias aos olhos sofredores
E, ao caminheiro, enumerei as trilhas;
Pintei os muros, das mais vivas cores
E coqueirais plantei, em muitas ilhas.

Ingratidões sofri mas não lamento
Pois é do humano ser a provação
E, do Bem recebido, o esquecimento...

Mas, se a tristeza, acaso, o peito invade,
Olho o jardim e vê meu coração,
Germinar a semente da saudade....

Saudades que granaram esperanças.
Nos dias outonais de minha vida,
Revejo quantos risos, quantas danças
Deixadas em minha alma em despedida...

Mas vejo, neste brilho que me trazes,
Sorriso encantador, menina linda.
Percebo que tal lua trama fases,
Talvez a lua nova volte ainda...

E traga ao velho peito novo lume,
Esparramando um sonho no jardim.
Nas flores que virão; doce perfume,
O mundo nascerá dentro de mim...

Tua doce presença em tanta espera,
Reluz nesta explosão da primavera!

Marcos Coutinho Loures
Marcos Loures

Publicado em: 30/12/2007 07:42:45



Metais noturnos
Néons entre automóveis.
Vasculho as esquinas
E encruzilhadas.
Sinto o bafejo da noite
No cheiro forte de urina
Exalado nas calçadas.
Titubeante passo pelas ruas
Luas e mulheres risonhas,
Bêbadas de luz e de desejo.
Nas baladas e nas batidas do relógio
A madrugada se perde
E espera uma alvorada
Com garis recolhendo
Os restos de estrelas
Estendidos no asfalto.
Retorno para casa
E vejo-te exposta
Na parede.
Saudades...
Publicado em: 02/01/2008 09:49:05




Nostálgica mistura lusitana,
Trazendo amargor junto com doçura.
A mesma mão maltrata e logo abana...
O mesmo beijo adula na amargura...

Sagrada insanidade me desperta,
Nos sonhos traga luz e já m'ofusca
Adormece-me manso, mas alerta,
Carícia que me corta, por ser brusca...

Remédio que envenena tarda a cura,
Maremoto sereno nos afoga
Imersos nesses breus, tanta brancura.
Nos traz muitas lembranças, frágil droga...

Nas minhas noites brancas, companheira.
Nos meus desejos loucos, forja farsas.
A paz que me levaste, verdadeira,
O peso que carrego nunca esparsas...

Nenúfares terrestres conta-senso,
Nefária calmaria, mansidão...
Flores pequenas, jardim tão imenso.
Traz na mão que tortura compaixão!

Sortilégio beático, carnal...
Temerário menino, sem maldade.
Prostituta que sente-se vestal.
Eqüina montaria na cidade...

Parturiente louca por luxúrias,
Pacifista que se arma até os dentes.
Leve brisa que traz dos ventos, fúrias.
Brancas mãos calejadas nos nubentes...

Como restos de sangue no sorriso,
Como a fome deixada nos banquetes,
Voluntária no pássaro indeciso,
No silêncio dos fogos dos foguetes!

Sedenta na amazônica floresta,
Uma enchente saárica, desértica...
O dobro do que tinha é que me resta,
Insensível na pura arte poética...

Simulando real ingratidão,
Agradece depois o que não feito.
Bem calma, disparando o coração.
Imperfeita no que fora perfeito...

Sargaços que nos salvam do naufrágio
Âncoras que nos levam flutuar.
Qual funkeiros repiques num adágio.
Tal qual sol se banhando no luar...

Vacilante passada dum intrépido
Um olhar mais sereno em um insano.
Lentidão nos caminhos do mais lépido.
Oração formulada por profano...

Partitura que toca um olho cego,
Claridade que traz escuridão.
Afirmativa audaz que já renego,
Serviçal que comanda seu patrão...

És a rainha louca que condena,
És a vontade lúcida de um pânico,
És a atriz que se perde numa cena,
És divinal sorriso mais satânico!

Teus cabelos ao vento fazem sombra,
Os meus velhos tormentos fazes coro
Em tantas minha fraquezas, se assombra,
Penetras num segundo qualquer poro...

És sutil matreirice mais feroz,
És verdugo que salva, salma e trata.
És ferrenha inimiga mais velos,
Muitas vezes amiga me destrata...

Quando distante muitas vezes perto,
Quando inconstante tantas vezes luto,
Quando errático, sempre estou mais certo,
Quando mais manso, muitas vezes bruto!

É companheira sempre diz amor,
É verdadeira, mesmo quando falsa,
Sempre certeira, nega desamor...
Dançarina cruel, dança essa valsa...

Fatalidade, novo recomeço...
Novas marchas nos pés que se cansaram...
Mostrando-nos reversos desse avesso,
As minhas mãos cansadas, buscaram...

Em lodo se mudando, toda vez...
Em lobo transformando simples cão.
Dos simples mais humildes, altivez.
Enchentes que inundaram meu sertão...

Quem dera nato fosse meu soneto,
Sem marte nem mentiras me poeto...
Nos braços que me embaças me arremeto,
Nas partes que me partes me completo...

Te fiz essas quadrinhas sem ter mérito.
Nos tempos que passei não tem futuro,
Na vida que bebi, sempre pretérito.
O salto que tentei, quebrei meu muro.!

Recebo de teus dedos teu bofete,
Nas cartas escondidas nessa manga.
Os carnavais se foram sem confete,
Das fantasias sobra tal miçanga.

Repentes mais formais, deformam formas
Nos fornos que forjei fórceps ferrenhos,
Das notas anotei as novas normas.
Lutas lentas lutei, levei meus lenhos...

As parcas nessas barcas poucas arcas,
As asas assaz sinas assassinam...
Manhas sem manhãs, minhas mansas marcas...
Ensejos entranhei erros ensinam...

Salvei saúde sem sentir certeza.
Cerrei os cortes cegos, cimitarra,
Baús das brancas bélicas belezas...
Nos gritos dissonantes da guitarra...

Nos medos de transpor meus sentimentos,
Nas velas que velei, só veleidade...
Nas termas que teimei, tantos tormentos,
Soçobram meus sentidos, sã saudade!
Publicado em: 03/01/2008 20:44:33



Saudade me tomando não descansa
Trazendo o teu sorriso para mim.
Apenas vislumbrando uma esperança
Pretendo cada passo até o fim.
Mas tenho tão somente a fantasia
Que lembra toda noite, cada dia...
Publicado em: 29/03/2008 10:57:46
Última alteração:21/10/2008 20:35:11



Nessa estrada da saudade
Eu perdi meu bem querer,
Prá que tanta crueldade?
Responda; quero saber.

Nosso amor que era bonito,
E tinha o perfume da flor,
De repente, morre aflito
No teu peito sonhador.

Minha amada te procuro
Nas curvas deste caminho,
Mas o céu está escuro,
E viajo, então, sozinho.

Tive pressa, fui errado,
E por isso te perdi,
Meu amor foi capotado,
E te perdi logo ali

Na curva de uma saudade
De uma tristeza sem fim,
Meu amor, tanta maldade,
Por favor; não faz assim!
Publicado em: 02/04/2008 12:20:17
Última alteração:21/10/2008 16:49:44



Saudade de poder tocar teu corpo
Beijar a tua boca e me deixar
Levar pelas vontades, sem limites,
Até que possa em ti, num mergulhar

Reconhecer as marcas que deixei
Em cada ponto, atol, farol ou ilha,
Tomando em grandes goles deste vinho
Na adega sensual que maravilha.

O tempo traz a pura sensação
Da importância real de ser feliz.
Fadado a ser só teu, ao te rever,
Percebo quanto bem sempre eu te quis.
Publicado em: 06/04/2008 19:10:19
Última alteração:21/10/2008 19:54:37


SAUDADES DE VOCÊ
Minha alma diz a todos que te adora
E que sentiu jamais amor tão grande,
Tal qual este universo, digo agora,
Este infinito amor também se expande.

Se acaso minha mão teu corpo explora,
Por mais que em trilhas conhecidas ande,
Maior desejo no meu peito aflora,
Até que, de cansaço, o fogo abrande.

Deste insensato amor, feito loucura,
Que às vezes se contenta na procura,
Um dia morrerei, sem piedade.

E quando ouvir a triste despedida,
Direi ao mundo que na minha vida,
O que ontem foi amor, hoje é saudade...

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 17/04/2008 14:38:39
Última alteração:21/10/2008 18:27:47



SAUDADES DE VOCÊ
Nessa alvorada pássaros cantando

Fazendo tanta festa numa praça

Perdida no passado mais longínquo...

O tempo nunca pára, sempre passa



Estes mesmos pardais da minha infância

As andorinhas se foram mas voltaram,

Porém os meus folguedos de criança...

Ah! Já faz tanto tempo se acabaram...



As árvores da praça são as mesmas,

Assim como estes bancos no jardim...

Saudade vai batendo, vai batendo,

Trazendo essa lembrança dentro em mim.
Publicado em: 20/04/2008 21:54:38
Última alteração:21/10/2008 13:15:23

Friável
Sem te ter
A fria noite
Açoda
Esta saudade
De poder
Saber
Aonde
Está
O meu prazer...
Publicado em: 22/04/2008 21:46:40
Última alteração:21/10/2008 13:22:11


SAUDADES DE VOCÊ
Lavo os olhos na saudade,
Meu caminho segue o mar
No mote que eu encontrar,
Minha sorte de verdade
É saber da claridade,
É não poder mais ver morte,
Nem cruzar o pólo norte,
Nem sanar essa ferida,
Nem cuidar da despedida.
Nem reclamar dessa sorte...

Minha lida foi marcada,
Pela curva desse vento,
Meu maior, grande provento;
É não saber mais de nada,
Não ser boi nem ser manada,
Nem usar cabeça baixa,
Tanto amor, a gente acha,
Na serra dessa esperança,
Que maltrata essa criança
Cuja morte não se encaixa...

Quero sentir teu perfume,
Acalentar o teu pranto,
Esconder-te em meu recanto,
Não quero mais teu queixume
Não cabe mais teu ciúme...
Quero te dar, namorada,
A minha mão cansada,
Para poder descansar,
A vida inteira, te amar,
Sem ter mais medo de nada...

E quando, enfim, a saudade,
Bater forte sem descanso,
Pensa então nesse remanso;
No lago azul, claridade,
Que te amei, com tal verdade,
Que nunca, alguém amaria,
Te desejei todo dia,
A cada instante sem medo.
De Deus já sei o segredo,
Tanto bem que te queria...
Publicado em: 26/04/2008 10:54:16
Última alteração:21/10/2008 13:32:10


SAUDADES DE VOCÊ
Saudade faz estrago
Avança e não respeita,
Procuro o teu afago
Mas nada me deleita
Somente este vazio
E esta amargura imensa.
Deixando o dia frio
E a noite frágil, tensa.
Vencer esta saudade,
É sonho que alimento,
Porém felicidade
Se esvai a cada vento.
Meus sonhos de criança
A boca que procuro,
Somente uma lembrança
No quarto, tão escuro.
Quem dera se eu tivesse
Ao menos alegria,
Amor que eu peço em prece
De novo, voltaria...
Publicado em: 03/06/2008 12:47:33
Última alteração:20/10/2008 20:13:27




Saudade
Morde e sopra
Comichão...

Faz da festa
Alegria
E decepção

Alçapão...
Armadilha
Coração...

Publicado em: 16/06/2008 20:47:01
Última alteração:20/10/2008 21:53:36


SAUDADES DE VOCÊ


Saudade vem ligeira
Tomando este cenário
Cantando na gaiola
Meu coração canário
Sentindo o teu perfume
Roseira tão distante
Morrendo de ciúme
Te quer a cada instante

Porém neste gradil,
Um pássaro tristonho,
Cantando em agonia,
Encontra a cada sonho
A moça que se foi
Deixando esta saudade,
Sem ter você comigo,
Morreu felicidade...
Publicado em: 05/08/2008 14:19:04
Última alteração:19/10/2008 22:14:54



SAUDADES DE VOCÊ
Saudade de te ter
A cama está vazia
A noite vai tão fria
Ninguém a me aquecer
Meu mundo vai sem graça
O tempo já não passa
Cigarro faz fumaça
E afasta a solidão.
Mas vejo de repente
Na porta alguém bater.
O vento, simplesmente.
Ninguém a responder.
Acendo outro cigarro,
Ouço um barulho. Um carro
Distante... Pode ser.
E assim passando a noite,
Sem sorte que me acoite
Apenas, como açoite
O vento do sofrer...
Publicado em: 07/08/2008 10:44:55
Última alteração:19/10/2008 22:17:28


SAUDADES DE VOCÊ
Xícara, chácara, bule
Bulindo com passado
Beijei o teu retrato
Blues numa vitrola
Olhando para o nunca
Ontem, potes, méis...
Céus sendas e serralhas.
Servidão ,sertão incertezas.
O gado no pasto
O posto o recado
O tento o não fiz
A atriz, o rebento
E tudo revolta
A sorte não volta
A boca escancara
E bebe o café.
Resquícios
Resíduos
Dos duos que fomos
Escombros, nos ombros
A carga pesada
A lua escondida
A vida passada
Em trevas, perdida...
Publicado em: 14/08/2008 10:44:01
Última alteração:19/10/2008 20:08:37



saudades de você
Abandonado... partiste.
A saudade, minha herança!
Estou só estou tão triste...
Morte encontro na lembrança...
Abandonado... Nada existe
A noite mais fria avança...
Só meu coração insiste
Do que resta em mim, aliança!

Horas passam, dias voam...
Fico cada vez mais só..
As aves não mais revoam.
Até morte, companheira,
Me deixou, não teve dó...
Te procurei vida inteira...
Mas me deixaste sozinho,
Aqui espera teu ninho,
Retorna meu passarinho!
Publicado em: 10/09/2008 13:39:01
Última alteração:17/10/2008 14:37:01



SAUDADES DE VOCÊ
Nessa alvorada pássaros cantando
Fazendo tanta festa numa praça
Perdida no passado mais longínquo...
O tempo nunca pára, sempre passa

Estes mesmos pardais da minha infância
As andorinhas se foram mas voltaram,
Porém os meus folguedos de criança...
Ah! Já faz tanto tempo se acabaram...

As árvores da praça são as mesmas,
Assim como estes bancos no jardim...
Saudade vai batendo, vai batendo,
Trazendo essa lembrança dentro em mim.
Publicado em: 11/09/2008 21:26:34
Última alteração:17/10/2008 14:58:36





Morte cruel amiga e companheira
Que sempre determina meu destino
Pois desde que te soube, inda menino
Acompanho teus passos, derradeira.

Embora não te tema, te respeito,
E sempre saberei que vencerás,
Mas isso não termina a minha paz
E sei que este viver é meu direito.

Mortalhas vestirei em plena vida
Se nunca permitir que venha o amor.
Matando não serei o vencedor
Batalha que quem vence a traz perdida...

Por vezes nos espólios da saudade
A morte se demonstra quase inteira
Reflete, pois, a morte verdadeira
E nega a quem sofre, a claridade.

Amando minha morte e seu perfume
Talvez essa saudade não persiga
E, morto em plena vida enfim consiga
Matar essa saudade, de ciúme!
Publicado em: 14/09/2008 22:16:35
Última alteração:17/10/2008 13:32:38


Os límpidos luares reticentes
Em busca da total prosperidade
Lunáticos desejos dos dementes,
Vislumbram com grandeza e claridade.
Lua, minha comparsa, seus poentes
Repetem velhos ritos da saudade.
Meus olhos pobrezinhos penitentes,
Perderam, nos seus raios, mocidade...

Rainha das esferas siderais,
Tortura enamorados com desejos...
Te ergueram seus altares colossais...
Dilúvio dos amores, senhorita.
Testemunha sutil de tantos beijos.
Ao ver-te assim, nublada, uma desdita...

Parece com amores impossíveis,
Sonhados desde a minha mocidade,
Teus braços tão bonitos, tão incríveis,
São raios que me invadem, de saudade!
Publicado em: 17/09/2008 22:14:01
Última alteração:17/10/2008 13:58:18




Moça bonita e faceira
O meu verso é todo teu,
A saudade é verdadeira
No teu fogo se acendeu.

Vem comigo em meu caminho
Não te canso de chamar,
Mar, estrela, cama e ninho,
Toda noite vem brilhar.
Publicado em: 23/09/2008 15:29:33
Última alteração:02/10/2008 19:19:02



Cada momento que passa
Mais aumenta o meu querer
A saudade quando abraça
Eu me lembro de você.
Não me deixa um só momento
Pajeando o pensamento.
Publicado em: 24/09/2008 11:54:28
Última alteração:02/10/2008 18:15:59


Brumas
Nevoeiros
Noites solitárias...
Vago inutilmente
Por meus escombros
Minha alma agrisalhada
Reflete nos espelhos.

Partiu e não voltou
Voltando a todo instante
Somente esta lembrança
Num azedume interminável...
Publicado em: 25/09/2008 14:22:38
Última alteração:02/10/2008 14:33:52



Saudade mulher amada,
Dos nossos beijos roubados,
Saudade dos tempos passados,
Na noite, na madrugada,
Da tua boca molhada,
Dos corpos entrelaçados,
Dos desejos mais molhados,
Desse tempo que não volta,
E, por não voltar, revolta,
Corações apaixonados...

Saudade da minha infância,
Onde vivi felicidade,
Trazendo tanta saudade,
A quem não teve constância,
Da sorte teve distância,
Mas foi feliz por um dia,
Vivendo da fantasia,
Que nunca mais voltará,
Saudades torrada e chá,
Que minha mãe me trazia...

Saudades da minha terra,
Que ficou no meu passado,
Olho o tempo, vou de lado,
O coração não encerra,
Pesando daquela serra,
Inclinado vai andando,
Tanto lugar se mostrando,
Nas curvas da existência,
Mas, saudade, diz clemência,
Num retrato, recordando...

Saudade da juventude,
Onde não tinha nem medo,
A força era meu segredo,
Onde sempre quis não pude,
Amar assim, amiúde,
Quem nunca mais queria,
Mas a vida era vadia;
Nem sonhava recompensa,
Vida leve, breve, densa,
Saudade faz melodia...

Saudades do grande amigo,
Que ficou lá no sertão,
Seguindo por outro chão,
Nunca mais terei comigo,
No conselho, paz, abrigo...
Na vontade de ser rei,
Tantas vezes que eu errei,
Tive o braço companheiro,
Hoje sei do mundo inteiro,
Mas saudade também sei...

Saudade do Botafogo,
De Garrincha e de Didi,
Do melhor time que vi,
Não tinha nem pena e rogo,
Brincando, ganhava jogo,
Nas pernas tortas e loucas,
Vozes delirando roucas,
No Maracanã da vida,
Pena que vai esquecida,
As lembranças são bem poucas...

De minha mãe a saudade,
Dói essa dor tão cruel,
Mãe na terra, mãe do céu,
Simbolizas claridade,
Se a vida traz falsidade,
A verdade em ti está,
Onde eu estiver, é lá,
Que teus olhos estarão,
Nesse imundo mundo cão,
És um porto mais seguro,
Se me escondo nesse escuro,
Representas o clarão...

Saudades desse meu filho,
Ceifado logo bem cedo,
Deixando meu grande medo,
Novo enredo que hoje eu trilho,
Sua dor, meu estribilho,
Entoando todo dia,
Martiriza a noite fria,
A saudade rasga o peito,
Pergunto qual meu direito!
Vou vivendo essa agonia...

Saudades dessa esperança,
De viver um mundo justo,
De respeitarem arbusto,
De respirar nova dança,
De teimar em ser criança,
De ter um mundo melhor,
Sem diferenças e guerras,
Nossa Terra, tantas terras,
Nosso sonho ser maior,
Justiça saber de cor...

Saudade trazendo um laço,
Prendendo o que for saudade,
Saindo da realidade,
A vida acolhendo meu passo,
Descansar esse cansaço,
Duns olhos de sertanejo,
Na campina, no desejo,
Do trabalho, lindo sonho,
Minha saudade, te ponho,
No canto dum realejo...

Saudade dessa mulher,
Saudade dessa criança,
Saudade dessa festança,
Saudade, jovem, me quer.
Saudade, jogo qualquer...
Saudade tão companheira
Saudade dor parideira,
Saudade doce Natal,
Saudade desse ideal,
Saudade da vida, inteira...
Publicado em: 21/10/2008 13:39:22
Última alteração:29/10/2008 16:57:20


As estrelas de cristal
No céu brilhando belas,
Desde espaço sideral,
Iluminam como velas
Minha noite tão gelada.
Saudades de minha amada!

Nas ânsias e nos desejos,
Meu pensamento subindo...
Procuro pelos teus beijos...
Estradas no céu, abrindo.
E na dor da madrugada,
Saudades de minha amada!

Nuvens escuras na noite,
Os anjos cantando tristes,
O vento cruel açoite
Pergunta se ainda existes.
E não respondo mais nada.
Saudades de minha amada!

A vida parece tão breve
O mundo parece imenso,
Em minha alma pura neve
Somente em ti sempre penso.
Na beleza da alvorada,
Saudades de minha amada!

Que se foi há tantos anos,
Voando pra o infinito.
Depois disso, só enganos,
Do peito um terrível grito,
Escapa e não dizes nada.
Procuro na madrugada,
Aguardando essa alvorada.
Sempre nada, nada, nada...
Publicado em: 29/10/2008 17:48:51
Última alteração:02/11/2008 20:27:43




Depois de ter tocado imenso céu,
Achado que era Deus por um momento,
Provado da ilusão, perfeito mel,
Ausência se tornando sofrimento.
Vagando sem destino o meu corcel,
Refaz esta ventura em pensamento
E; viva, uma saudade faz do afago
A tempestade imensa em calmo lago.

Viver o que perdi na longa estrada,
Sabendo que talvez não tenha mais
O brilho da mulher, divina amada,
Meu barco não encontra o velho cais,
Apenas minha vida, vai alçada
Ao sonho de saber que a noite traz
Lembranças do que fomos, e perdemos.
Unindo nossas forças, nossos remos.

O cheiro de uma terra após a chuva,
O rosto da manhã em claridade,
Saudade já me cabe como luva
E traz de novo em sonho a liberdade.
Qual canto em tristezas de viúva
A vida ressuscita-se em saudade.
Mendigo cada toque do passado,
Tentando reviver, recuperado.

Meus olhos inda miram teu retrato,
Espelhos de minha alma são só teus.
O dia se tornou cruel de fato,
Apenas me restando o triste adeus.
Na ventania imensa, o meu regato
Procura renascer momentos meus.
E assim, seguindo a sombra de mim mesmo,
Caminho e tantas vezes; vou a esmo.

Recordações tão vivas na memória,
Marcantes os momentos que vivi.
Guardada fielmente em minha história,
Alçando o pensamento volto a ti.
Saudade se demonstra em plena glória,
De um tempo que jamais eu esqueci.
Marcando em cada gesto, volta à tona,
O que jamais morreu, tão só ressona...
Publicado em: 03/11/2008 19:37:53
Última alteração:06/11/2008 12:11:47



SAUDADES DE VOCÊ
Às vezes me perdendo na saudade
Busquei ao fim do dia estar liberto,
Perdido já nem sei tranqüilidade,
Meu mundo desabou e foi bem perto.
Agora que conheço esta verdade
Não quero mais saber de amor deserto.

Deixando o que encontrei; puro deserto,
Não tenho nem resquícios de saudade,
Eu quero desfrutar de uma verdade
Que possa transformar preso em liberto.
Sentindo outro perfume estou bem perto
De ter o que mais quis: tranqüilidade.

Não posso desejar tranqüilidade
A quem semeia ventos no deserto,
Por isso minha amiga; estou por perto
Embora não mais tenha uma saudade,
Eu sinto o coração bater liberto
Usufruindo o sonho da verdade.

Bebendo em mansa fonte tal verdade
Eu vejo renascer tranqüilidade
E nisso vou seguindo mais liberto,
Tempestade caindo no deserto
Não deixa mais nem traços da saudade
Sabendo que o futuro anda por perto.

Longínquas esperanças vão bem perto,
E nisso desfrutando da verdade
Deixando uma tristeza na saudade
Mergulho em claro mar: tranqüilidade
Arando o que já fora tão deserto
Trazendo o peito aberto e mais liberto.

O canto em alegria, enfim liberto
E quem quiser que esteja sempre perto
Prometo que não fujo nem deserto,
Eu quero amor que seja de verdade
Podendo bendizer tranqüilidade,
Do velho não restou nem a saudade.

Não tendo mais saudade vou liberto,
Total tranqüilidade aqui por perto,
Deságuo uma verdade em teu deserto.
Publicado em: 25/11/2008 14:21:09
Última alteração:06/03/2009 16:56:24



SAUDADES DE VOCÊ
O gosto da poesia
Tem sabor dessa saudade
Que me invade todo dia
Que todo dia me invade.
Não me deixa um só momento
Nem um momento me deixa,
E não adianta queixa,
Invade meu sentimento...
Faz, na vida, uma sangria.
Mata a luz e claridade
Aborta minha alegria
Me expondo, nu, na cidade...
Publicado em: 07/12/2008 20:51:21
Última alteração:06/03/2009 15:25:56



Minha amada foi-se embora

E deixou muita saudade,

Meu Deus o que faço agora?

Isso tudo foi maldade.



Meu amor sempre dizia

Que jamais ia deixar,

Mas se foi, melancolia

Começou a maltratar.



Toda vez que a noite chega

Sem você, eu fico louco.

Coração vira manteiga

Se derrete pouco a pouco.



O que fiz pra merecer

A nossa separação,

Sem você eu vou morrer,

Não vejo outra solução.



Minha pele sem a tua,

Vai morrendo neste frio,

Eu te quero toda nua

Preenchendo este vazio



Que restou na minha vida

Sem te ter, minha menina,

Sem você minha querida,

A saudade me assassina!
Publicado em: 10/02/2009 15:25:42
Última alteração:06/03/2009 06:49:32



Nos odres da saudade; eu me inebrio
E bebo cada gota deste nada
Destinada ao vago da existência
Entre vagas lembranças do que tive
As vagas em procelas morrem mar.
Publicado em: 23/02/2009 19:02:50
Última alteração:06/03/2009 01:54:05




Saudade tão terrível me tomava
Deixando o meu futuro desditoso,
Passando em que esperança inda habitava
Trazendo um gosto amargo e duvidoso.
Poeira que bem sei não se assentava
No tempo de viver, tão belicoso.
Saudade do que fomos, um veneno,
Tornando o mundo breve e tão pequeno...
Publicado em: 23/02/2009 21:05:42
Última alteração:06/03/2009 01:47:51


Saudade deste toque em minha boca
Dos lábios tão macios, desejosos...
A noite vai passando... Fria e louca,
Sem ter os teus carinhos maviosos...
Eu vejo o teu olhar em cada canto,
E sinto o teu perfume nos meus dedos.
Ao ver-me tão sozinho, eu já me espanto,
Onde foi que perdi nossos enredos?
Vontade de voltar, Ah se eu pudesse!
Sentir a maciez de tua pele,
Erguendo as suplico em triste prece,
Porém a solidão vem e repele
Os meus desejos, toda essa vontade,
Sobrando simplesmente uma saudade....
Publicado em: 13/05/2010 14:52:48



Num passado feliz e até sincero
O dia transformado em luz serena,
Agora a realidade se envenena
Distante do que pensa ou mesmo quero,
O verso se transborda em tom mais fero
A própria realidade me apequena
E vejo a cada instante a mesma cena
No amor mais belo e raro que inda espero
Revisitando a casa aonde outrora
A sorte desta feita não demora,
E tudo se renova em vã saudade,
Olhando para além e nada existe
O coração decerto embora triste
Dos brilhos do que fora ora se invade.
Publicado em: 07/06/2010 18:33:43


No ganido longínquo a solidão
Tomando este cenário a cada instante
Aonde o meu futuro já se espante
Morrendo sem caminho ou solução,
Olhando para trás o agora é vão
Meu rumo a cada passo, delirante
Ausente dos dias, o brilhante
Desejo que tivera desde então,
Resíduo de uma vida mais feliz
Que o tempo na verdade contradiz,
Mas alimenta uma alma tão sedenta.
Mortalha viva em face mais cruel,
É como se vertesse mel em fel,
A morte que sorrindo se apresenta...
Publicado em: 17/06/2010 11:50:00



No mar que mergulhei minha saudade
Nas ondas que me trazem as lembranças
Nos ventos mais terríveis, as vinganças
Que a vida preparou, contrariedade...

As nuvens que me mostras, negras, densas,
Descrevem maus agouros, minha sorte,
A chuva que virá, por certo forte,
Em cascatas trará dores imensas

O meu sol desmaiando no poente
Esboça sem ter raios, meu futuro,
O tempo que virá, trará no escuro,
As sombras que vivi sem ser contente.

Embora meus caminhos foram tantos
Que mesmo nas escarpas não caí,
Em pleno mar feroz sobrevivi,
A vida que passei tão sem encantos....

Percebo que na vida, quase nada,
Sem ter a fantasia que alimenta
Dos mares e do sol que tanto esquenta.
Me coube ser a areia, vil, pisada...
Publicado em: 26/11/2008 10:23:42
Última alteração:06/03/2009 16:38:59


O canto da saudade me marcou
Tornando cada verso meu, escravo.
No fundo de meus sonhos penetrou,
Num mar em tempestade, forte e bravo.
De tudo na verdade, o que restou,
As águas dos meus olhos onde eu lavo
O rosto que beijaste há tanto tempo,
Amor que para ti foi passatempo...
Publicado em: 16/01/2009 16:41:38
Última alteração:06/03/2009 07:20:26


Seu moço, minha tristeza,
Vem desse amor acabado,
Perdendo minha Tereza,
Tanto sonho desprezado,
Me resta somente dor,
A saudade desse amor.

Nasci nas Minas Gerais,
No meio desse sertão,
Seu doutor, não posso mais,
Me dói a recordação,
Daquela moça morena,
A minha bela pequena.

Foi embora sem deixar,
Nada mais do que saudade,
Como é que posso ficar,
Sem lembrar tanta maldade.
Daquela que tant’ amei
Prá onde foi? Eu não sei...

Minha Tereza era linda,
Bonita como uma flor,
Eu guardo no peito, ainda.
A foto que me restou;
Na lembrança, na retina,
Daquela doce menina...

Foi-se embora prá não mais,
Nunca mais saber por que,
Tudo deixando prá trás,
Levando meu bem querer.
Tereza moça maldosa,
Espinho num pé de rosa!

Meus companheiro acredita
Que ela num quer mais voltar,
Levando o corte de chita,
Que tanto custei pagar.
Mas, pior que esse chitão,
Me rasgou o coração.

Quando, de noite faz lua.
Me bate a melancolia,
Vou saindo pela rua,
Nela amanheço meu dia.
Perguntando pra quem passa,
Só encontro na cachaça...

Seu moço me dê licença,
Vou voltar prá minha caça.
Talvez tenha a recompensa,
Depois, dormindo na praça,
Quem sabe, então, toda nua,
Ache Tereza na lua...
Publicado em: 12/02/2007 17:06:21
Última alteração:30/10/2008 16:37:23



Saudades desta terra que foi minha,
Hoje nas terra do sul, longe do torrão natá
Quando eu vejo em minha frente uma boiada passar,
As água corre dos olho, começo logo a chorá
Lembro a minha Vaca Estrela e o meu lindo Boi Fubá
Com saudade do Nordeste, dá vontade de aboiar

PATATIVA DO ASSARÉ

Saudades desta terra que foi minha,
Nascido nos rincões do meu Nordeste,
Minha alma cabisbaixa vai sozinha,
Tristeza que eu carrego é inconteste.

No aboio do meu gado, da vaquinha
Lamento de quem, vítima da peste
Um sonho, uma esperança ainda tinha
Apenas a saudade que isso ateste

Falando no meu peito, que tangido
Partiu para jamais poder voltar.
Destino entre os espinhos; lacrimejo,

O coração seguindo retorcido,
Matando sem ter pena, devagar,
Voltar seria um último desejo...
Publicado em: 03/07/2008 15:51:01
Última alteração:07/10/2008 14:25:48
Amor,

A saudade de ti, de nossos inesquecíveis momentos de amor, bateu forte e voltei...

Voltei para rever aqueles mesmos caminhos que, juntos, um dia percorremos...

Em silêncio, quis rever aquele quarto que, por tanto tempo, testemunhou infindos momentos de carinho e de ternura, que fizeram o mundo de nós dois.

Enquanto meus olhos se inundavam de sentidas lágrimas,pude rever ente as neblinas de minha lembranças, o teu corpo delicado, envolvido em azul de organdi, a me esperar no leito macio de nosso amor...

Pairava no ar o suave perfume de teus negros cabelos, como um hálito de rosas, num convite ao sonho e ao encantamento.

Em teu rosto, presente nestas lembranças o mesmo sorriso de sempre e tuas mãos súplicas pareciam gritar por mim.

Lembranças, apenas lembranças...


A um canto, jogadas sobre uma cadeira, as roupas desbotas de nós dois, falavam de tua partida.

Por que, amor?

Por que tu me deixaste sozinho, amargurando a dor de uma infinda saudade?

Por que, se bem sabias que, sem o teu amor, a vida é apenas uma lembrança de um tempo que se foi para não mais voltar?

Nunca mais, amor, nunca mais...


Marcos Coutinho Loures

Publicado em: 02/04/2007 19:57:16
Última alteração:23/10/2008 21:00:02




Quem teve um grande amor sabe o que digo,
O vento da paixão deveras forte,
Ao mesmo tempo serve como abrigo
E causa na emoção; profundo corte,
Vivendo tão somente este perigo,
A vida vai mudando nossa sorte.
Restando ao coração a insanidade
Que é feita em ilusões, dor e saudade...
Publicado em: 24/11/2007 17:00:30
Última alteração:24/10/2008 15:16:58

SAUDADES DO MEU AMOR
Meu coração extrapola
E se funde à sua dor
Quando ouve a viola
No doce som do amor.

Milla Pereira

Coração quando extrapola
Relembrando de um amor
A minha alma já decola
Sou eterno sonhador,
Passarinho na gaiola
Quer; liberto, a bela flor,
A paixão demais assola
Este solo sofredor,
A saudade logo imola
Quem se fez em plena dor,
Trago estrelas na sacola,
No meu céu já não tem cor
O meu peito então se esfola
Tropeçando; um andador
Que persiste em tua cola,
Só pensando em teu calor,
Pego então minha viola,
Com saudade, o trovador...
Publicado em: 17/01/2010 10:12:27
Última alteração:14/03/2010 20:33:57



Saudades. Que quereis deste meu canto
Se sabes que não quero seus pendores
Matando essas saudades nos amores,
Desfaço de seus braços, seu encanto.

Mal vejo meu retrato neste espelho
Que mostram as saudades narcisistas
Meus olhos se desnudam, seguem pistas
Que não os façam ter matiz vermelho.

As verdes esperanças não me deixem!
E sempre que as saudades me atormentam,
Olhos esmeraldinos me alimentam
E fazem que saudades sempre queixem.

Envolto nos carinhos da esperança
Saudade sempre espia nossos beijos,
E mostra seu ciúme dos desejos
Que fazem na esperança uma aliança.

Não sabem quanto custa ser feliz,
Vermelho que propõem não alcanço,
No verde de teus olhos já me lanço,
Esperança, renasço em teu matiz!
Publicado em: 30/11/2006 17:00:11
Última alteração:30/10/2008 18:25:52


Pela vida passei, plantando flores
Que são, de Deus, as grandes maravilhas!
Dos corações fui retirando as dores
E desarmei; das estradas, as armadilhas...

Trouxe alegrias aos olhos sofredores
E, ao caminheiro, enumerei as trilhas;
Pintei os muros, das mais vivas cores
E coqueirais plantei, em muitas ilhas.

Ingratidões sofri mas não lamento
Pois é do humano ser a provação
E, do Bem recebido, o esquecimento...

Mas, se a tristeza, acaso, o peito invade,
Olho o jardim e vê meu coração,
Germinar a semente da saudade....

Saudades que granaram esperanças.
Nos dias outonais de minha vida,
Revejo quantos risos, quantas danças
Deixadas em minha alma em despedida...

Mas vejo, neste brilho que me trazes,
Sorriso encantador, menina linda.
Percebo que tal lua trama fases,
Talvez a lua nova volte ainda...

E traga ao velho peito novo lume,
Esparramando um sonho no jardim.
Nas flores que virão; doce perfume,
O mundo nascerá dentro de mim...

Tua doce presença em tanta espera,
Reluz nesta explosão da primavera!

Marcos Coutinho Loures
Marcos Loures
Publicado em: 06/02/2007 14:21:44
Última alteração:26/10/2008 20:22:52


Saudades

Saudades...
Na verdade são vinganças
Do tempo.
Tempo que passa
Leva, distrai
E caça...
Sobra nada.
O que se foi não tem retorno
É correr atrás de si próprio.
O máximo que pode ocorrer:
Morderes a ti mesmo.
Coitada da cauda...
Publicado em: 31/12/2006 09:08:20
Última alteração:26/10/2008 23:23:24



Saudades

A saudade é dor matreira
Que maltrata o bem querer
Ter saudade a vida inteira
É ir, aos poucos, morrer...
Publicado em: 02/01/2007 23:07:37
Última alteração:28/10/2008 10:04:18



SAUDADES

Se eu falar de saudade, diga nada,
É simplesmente verso sem sentido,
Amando vou levando, de empreitada,
O tempo que jamais achei perdido.
Das horas nem por ora faço caso,
Em meio a tantas farsas, em me embraso...

Sem fleugma, sem vergonha, mentiroso,
Invento dores, falsas cãs atéias.
Meu mundo nem sequer é sulfuroso,
Não tive nem rainhas nem plebéias,
Sou resto, rimo sempre por rimar,
Nem tenho céu, quiçá terei luar...

No jogo da permuta me lasquei,
Troquei não ser feliz por fantasia,
Confesso então, vadio já pequei,
Nem esperei sequer raiar o dia,
Montei no meu cavalo e fui embora,
Não soube nem talvez irei agora.

Quem sabe, na manhã que vai nascer,
Eu possa, simplesmente ser feliz,
Procuro em toda moça por você,
Cadê? Onde andará a minha miss...
Então por não saber dessa Maria,
Desconto na cachaça – poesia!
Publicado em: 25/09/2007 18:08:25



Saudades de quem sempre mergulhara
Nos brilhos da manhã em que luzia
Felicidade plena, bela e rara,
Trazendo para a vida, fantasia,
Agora o coração em dura escara;
Somente uma saudade me invadia.
Trazendo um gosto amargo para o mel
Nublando totalmente um claro céu...
Publicado em: 23/11/2007 13:57:04
Última alteração:24/10/2008 15:16:14


Recebo o teu sorriso com furor
Eu sei o quanto fomos, e hoje quero
Viver o que se fez imenso amor,
Calando um sentimento amargo e fero.
Saudade deste sonho que vivemos
Da vida, com certeza rumo e remos...
Publicado em: 29/03/2008 11:01:06
Última alteração:21/10/2008 20:35:23



No dia em que saudade magoar
Eu estarei contigo, esteja certa
Tocando tua pele, devagar
Deixando a porta sempre assim, aberta
Não te sinta perdida, estou aqui
Saudade me enlevando, chego a ti...


Baseado em SE ENCONTRAR PERDIDO Da minha querida amiga e conterrânea IRLENE CHAGAS
Publicado em: 29/03/2008 14:43:49
Última alteração:21/10/2008 20:35:27


SAUDADES
Montanhas de Minas.
Mares de Minas, distantes...
Montanhas e mares,
Mares mineiros são utópicos.
Típicos de salgada lagoa.
Pampulha, pampas mineiros...
Mares e luas
Só te faltam mares...
Nas montanhas os segredos,
Monásticos segredos.
Medos e senzalas.
Café com pão,
Pão e leite.
Broa.
Milho.
Montanhas
Queijo.
Desejo de mares.
Mares de minhas manhãs.
Minhas manhas mineiros mares.
Montanhas entranhas.
Lagos e afagos,
Teu fado é sem tino
Destino dos nossos mares...
Mares mineiros são meus sonhos...
As lágrimas que me deste
Encheram o rio de sal.
Meus mares mineiros
Estão no meu quintal!
Publicado em: 26/04/2008 12:40:58
Última alteração:21/10/2008 13:33:24


SAUDADES
Tantas vezes vagueio nos meus sonhos
Na busca de outros campos mais risonhos
Onde possa descansar meu pensamento...

Neste céu de formosa claridade
Nas estrelas o rastro da saudade
Levado em correnteza pelo vento...

Eu sinto uma presença tão macia
No toque da esperança em fantasia
Daquela que se foi prá nunca mais.

A noite se passando iluminada
No beijo carinhoso, a minha amada
Distante, mas tão perto; amor demais...

Eu sinto-te presente aqui, comigo,
Qual fora uma obsessão, sempre persigo,
A voz, o toque, o rosto, a sensação

De ter o teu perfume junto a mim,
Nas flores delicadas do jardim...
Só resta esta saudade... Sonho em vão...
Publicado em: 28/05/2008 10:10:31
Última alteração:21/10/2008 15:25:34


SAUDADES


Saudade ficou
Olhares distantes
Momentos felizes
Aonde estarão?
Publicado em: 10/06/2008 18:48:44
Última alteração:20/10/2008 21:07:55


SAUDADES
Alegria morta
A porta fechada
O tempo corrido
O nada depois.
O dois sem sentido
Olvido e senzala.
Cadarços da sorte
Atando meus pés.
Viés destes sonhos
Demonstram vazios
Os mares secaram
Sertões e fornalhas.
Luares distantes
Dementes meus versos,
Únicos sobreviventes.
Dos tempos audazes
Em cantos falazes
Sem asas, meus ases
Não são mais coringas.
Moringas quebradas
Açudes, verão.
Invernadas não vieram
Apenas solidão...
Pernas e penas
Quebradas, sem asas
Sem pés,
Não posso mover
Senão a saudade,
E é temeridade
Tentar caminhar.
Esgotos à vista
Precipícios e valas.
Nas salas sem música
Sem túnicas exposta
Verdade se mostra
Desnuda, incapaz.
Meu canto sem nexo
Complexo reflexo
Da alma que galga
O vago depois.
No valgo dos olhos,
No trago profundo.
Sorvendo os abrolhos
Esqueço do mundo.
E ramas entranham
Na pele sofrida
Avassaladoras
Não deixam sequer
A sombra do todo
Em lodo converte.
Rever-te faz bem,
Porém minha sina
Cumprida no bafo
Da morte-pantera
Aguarda na esquina
Depois desta noite.
Açoite que em ventos
Assenta a poeira
E mostra no espelho
O corpo sofrido
Velando na vida
Carpindo-me aos poucos
Não tendo a saída
Farelos e porcos.
Loco meus sonhos
E embarco em naufrágio.
Publicado em: 22/08/2008 06:23:13
Última alteração:17/10/2008 17:05:33


SAUDADES
Pela vida que passei, plantando flores
Que são, de Deus, as grandes maravilhas!
Dos corações fui retirando as dores
E desarmei, da estrada, as armadilhas...

Trouxe alegria aos olhos sofredores
E, ao caminheiro, enumerei as trilhas:
Pintei os muros, das mais vivas cores
E coqueiros plantei, em muitas ilhas!

Ingratidões sofri mas não lamento
Pois é do humano ser a provação
E, do Bem recebido, o esquecimento...

Mas, se a tristeza, acaso, o peito invade,
Olho o jardim e vê, meu coração,
Que na vida também plantei saudade...

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 22/09/2008 13:04:31
Última alteração:02/10/2008 19:46:39


Entre revoltas ondas
Procelas e vendavais
Momentos de calmaria
Remansos ilusórios
E reais.
Quem dera não fosse
Quem dera voltasse...
Areias distantes
Imensos Atacamas
E o Oásis deixado para trás,
Revivido a cada dia.
Renovação
Novas ações
Falam de antigos mares
E bebo da mesma fonte
Inesgotável da saudade.
Publicado em: 28/11/2008 11:17:35
Última alteração:06/03/2009 16:31:09


SAUDADES
Minha infância distante
Pelas ruas e nos quintais
Com o gosto da fruta podre
Escorrendo pela boca.
Nos quintais imaginários
Os heróis e heroínas
Que nunca vieram nem viriam
Apenas se pressentiam.
O gosto da boca da manhã
Da vida.
Apaixonadamente prazeroso,
Extremamente prazeroso.
Depois, muitas vezes, deixei pra lá
E voltei a namorar.
Eterna relação conflitante.

Jardins esquecidos nas praças
Onde havia o coreto.
Que nunca mais vi, nem veio.
Assim como o gosto doce
Das pernas correndo livres
Pelas mesmas ruas e avenidas
Onde passo hoje.
Vestido de branco, branco...
Brancos eram os dias,
As noites e a incipiente poesia
Que sabia de castelos e princesas,
Dos piões, piorras que giram, giram
E batem, batem, giram e batem coração.

Velho asfixiado e envolto por fumaças
Das dores e dos cigarros.

Nas tardes as cigarras e a fumaça dos
Fogões a lenha.
Lanhando minha alma.

Amanhecida e amadurecida
Entre os cheiros e gostos,
Doces e sonhos.
Medos e aventuras.

Nada mais seria senão a profundidade
Gigantesca, esquecida num canto qualquer.
Do que resta de novo no velho coração.

Que, depois de tanto tempo,
Ainda cisma em soltar pipa,
Saltar carniça
E procurar o anjo no bosque,
Que não mais haverá, nunca mais...
Publicado em: 05/12/2008 14:49:44
Última alteração:06/03/2009 16:00:31


SAUDADES
Feliz e não sabia! Minha infância
Passada nas montanhas, nas Gerais;
Num tempo em que criança, não sabia
Das dores e dos medos, injustiças.
O gesto carinhoso de mamãe
Trazendo uma esperança em cada riso.
A mão tão poderosa de meu pai,
Herói que em noites frias, protegia.
Irmã correndo solta pela casa,
Botões que eu espalhava nas calçadas.
A avó na Mirai onde Ataulfo
Cantava seus amores e lembranças.
Infância que se foi, restou saudade.
Agora o velho peito em desalinho,
Sozinho vê que “Minas não há mais”.
Publicado em: 06/01/2009 19:23:46
Última alteração:06/03/2009 12:11:37



SAUDADES
A vida que se mostra tão amarga
Estrambótica luz que inda me guia
Em meio a tantas trevas, perco o passo.
Percebo ao fim do dia tal cansaço
Negando qualquer forma de alegria.
No enfado já me trazes o vazio.

Levando o coração triste e vazio
A sensação cruel e tão amarga
Matando o que me resta de alegria
A dor se transformando em minha guia.
Restando no meu peito tal cansaço
Impede que eu caminhe, entrava o passo.

Estrada que negando cada passo
Estampa tão somente este vazio,
Nos olhos caminheiros, o cansaço
Tornando a caminhada mais amarga
Perdendo estrela vésper velha guia,
Tornando bem distante uma alegria

Outrora um sonho audaz em alegria
Moldando em belo norte, passo a passo
No lume que decerto sempre guia,
Porém no amanhecer, resto vazio.
A sorte desairosa e tão amarga
Deixando demarcado este cansaço.

Meus olhos embotados de cansaço,
Negando qualquer forma de alegria,
A noite de meus sonhos triste, amarga
Retendo num momento cada passo
Deixando o meu futuro ser vazio
Perdendo cedo o rumo, vou sem guia.

Apenas a saudade inda me guia
Mostrando no meu rosto tal cansaço
E a dura sensação deste vazio
Aonde já reinara uma alegria
Tornando bem mais trôpego o meu passo
E o gosto da saudade que inda amarga.

Amarga sensação que assim me guia
Passo titubeante traz cansaço
Alegria distante, vou vazio...
Publicado em: 08/01/2009 15:37:15
Última alteração:06/03/2009 11:44:35



SAUDADES
saudade põe mesa
entrega os talheres
e na hora agá
nega a sobremesa...
Publicado em: 16/01/2009 16:51:51
Última alteração:06/03/2009 07:20:0



Saudades de quem sempre mergulhara
Nos brilhos da manhã em que luzia
Felicidade plena, bela e rara,
Trazendo para a vida, fantasia,
Agora o coração em dura escara;
Somente uma saudade me invadia.
Trazendo um gosto amargo para o mel
Nublando totalmente um claro céu...
Publicado em: 23/02/2009 19:27:29
Última alteração:06/03/2009 01:54:35



Saudade
Marcando
O rosto
Cicatrizes
Rugas;
Rusgas...
Saudades...
Faz tempo que não vejo
Esta danada...
Deus me livre dela...
Maltrata demais
E depois...
Esquece.
Saudade é seletiva
Só fala das coisas boas...
Mas, as porradas
Pancadas
Discórdias
E aquilo tudo
Que prenunciou e presenciou o fim
Simplesmente a saudade deleta
Bota na lixeira
E esvazia.
Agora, os momentos mais felizes,
Principalmente no começo do jogo
Quando os gatos e as gatas
São pardos...
Aí ela chega
E começa a fazer a sua festa corriqueira...
As rugas somem,
A barriga acaba,
A mulher passa a ter um perfume inebriante...
Saudade é cachaça
É pior do que míope sem óculos...
Se a gente fizesse ao contrário,
E caísse na real
Ela provavelmente se mandaria...
Gosta de provocar...
Ainda mais quando a gente envelhece
Envelhece e não envilece.
Parece, mas não é.
Aí então é que o negócio complica...
Olho pro espelho
E tenho a cara de pau
De ignorar as rugas.
Coloco uma bermuda
E as varizes aparecem,
Saudade...
Tempo bom...
Pernas musculosas,
Barriga de tanquinho.
Agora no tanque é até complicado
A barriga é o tanque...
Pior, todos falam
Barriga de cerveja...
Mas sou abstêmio...
Saudade da moça
Que agora tem idade para ser minha filha
Ou até neta...
Cometa...
Só que quando volta
A casa caiu
E a gente ficou a ver navios...
Saudade.
É por aí.
Bicho traiçoeiro esta tal de saudade...
Saúde e idade
Não são paralelos,
Somente se encontram
Com maior firmeza
Na tal da saudade....
Publicado em: 15/01/2010 13:41:53
Última alteração:14/03/2010 21:00:43



Crepuscular imagem do passado
Aonde fui feliz e não sabia,
O peito adormecendo vão calado,
A noite se prepara em agonia
Apenas a saudade inda povoa
Minha alma sem destino, ao léu, à toa...
Publicado em: 17/01/2010 09:05:35
Última alteração:14/03/2010 20:34:49



Saudades de uma infância tão feliz,
Da broa de fubá, café com pão,
O mundo em carrossel muda o matiz,
Mas deixa no meu peito a sensação
De um tempo que deixou em cicatriz;
Momentos de carinho e de ilusão,
Tocando sutilmente o paladar
Lembrança tão gostosa. Recordar...

Saudade da menina que corria
Nas ruas, nas calçadas, forte vento,
Da tarde decorada em alegria,
Vivendo eternamente em pensamento.
Aonde era comum esta magia
De um dia mavioso, sem tormento.
Princesas e rainhas, cavaleiros,
As fadas, bruxas, magos, feiticeiros...

Saudade de correr em liberdade
Por entre os campos verdes, minha terra.
Não pude perceber felicidade,
Agora que meu tempo já se encerra,
Rememorando a vida, com saudade,
Meu coração sem paz, eterna guerra
Percebe o quanto pode envilecer
Lamenta em solidão, fúria e poder.

O canto das cigarras, tantas juras
Trocadas, a primeira namorada,
Palavras mais sinceras, as ternuras,
Manhã em tantos brilhos, orvalhada,
Primavera trazendo as tanajuras,
No cio, a natureza enamorada.
As roupas nos varais de uma saudade
Quarando a vida em pura liberdade.

Retrato deste tempo que passou,
Guardado na gaveta dos meus sonhos.
De tudo o que vivi, nada restou,
Meus dias são terríveis e tristonhos.
O beijo da saudade me tocou,
Promessa de momentos tão risonhos
Em meio a tantas luzes que me ofuscam,
Os dias mais felizes que se buscam...
Publicado em: 23/10/2007 22:09:36
Última alteração:26/10/2008 19:29:26



Saudade do que fui, na mocidade,
Agora nada resta, destruído,
Apenas encontrei deslealdade
Meu mundo, tolamente foi vencido,
O mundo que busquei em inverdade
Depressa transmudado, está perdido.
Porém inda me resta uma alegria,
Refaço na saudade o que eu queria...
Publicado em: 10/11/2007 08:13:54
Última alteração:24/10/2008 15:03:39


SAUDADES, SIMPLESMENTE
Tantas saudades carrego em minha alma
E nada pode mesmo transformar
O sonho que buscara sem pensar
No quanto a solidão devasta a calma,
O tempo sem limites, sempre passa
A cena revivida nada traz
Senão esta figura hoje mordaz
Rondando o dia a dia, sorte escassa,
O cada noite vejo este fantoche
E quando me percebo em solidão,
Olhando para os lados, a visão
Terrível e sofrida de um deboche,
Pudesse acreditar em novo sonho,
Mas quando acordo, um mundo atroz, medonho...
Publicado em: 23/05/2010 10:24:25

Saudades de quem foi e não mais quis
Saber da casa eternamente aberta
Enquanto esta lembrança não deserta
Jamais eu poderia ser feliz.
O quanto desta vida contradiz
O coração volúvel, mas alerta
E quando um novo amor vem e desperta
Apenas da saudade chamariz.
Qual fora algum espectro imorredouro
Buscando por um cais, ancoradouro
E nada se mostrando senão este
Depois que tu partiste; nada resta
Senão esta loucura em vão, funesta
É como se jamais, amor morreste.
Publicado em: 09/06/2010 06:03:00



Brados descomunais ditam o rumo
Aonde pouco a pouco me perdendo
E quase tão somente percebendo
O tempo aonde em luz ainda aprumo,
E quando retornando ao velho sumo,
Presente se apresenta mero adendo
E nada do que eu quis inda desvendo
Aos poucos com terror eu me consumo,
A liberdade alheia aos descaminhos,
Os passos da saudade são mesquinhos
E vivem do que fora e jamais volta,
Invés da claridade que eu buscara
Somente se percebe a velha escora
Trazendo ao pensamento tal revolta.
Publicado em: 17/06/2010 11:45:22


SAUDADES, SIMPLESMENTE
Na lápide do sonho
Um gosto tumular
Do tempo a recordar
Momento mais tristonho,
E quando me proponho
Ausente algum luar
Vontade de chorar,
E nada mais componho
Senão a solidão
E nela a sensação
Mais viva da presença
De quem já não mais vejo
E volta ao meu desejo
Qual fosse uma doença.

12
Publicado em: 17/06/2010 12:02:22

Vestido dessas saudades
Procurei pela esperança
Vasculhei pelas cidades
Ninguém me manda lembrança;
A saudade se disfarça...
Esperança? Fez pirraça!
Publicado em: 28/09/2007 18:02:55
Última alteração:30/10/2008 15:43:52



Esperar por alguém, co'ansiedade,
procurando esquecer que o tempo passa,
na dor imensa e fria da saudade,
é consumir-se a um fogo, sem fumaça...

A vida :ssim é luz, sem claridade
e esse existir nos fere e despedaça,
pois quem vive de sonhos, na verdade,
espera apenas e, a esperar, fracassa.

Tal esperança, às vezes, alimenta
a dor imensa que, severa e lenta,
nas nossas vidas, mais e mais se avulta!

E quem leva, no peito, tal ferida,
vai aprender, afinal que nesta vida,
"a saudade não mata, mas sepulta"


MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 24/06/2008 20:15:32
Última alteração:19/10/2008 21:29:28


saudades..
Vida moleca
Na boneca do milho,
Traz um gosto desse tempo
Em meio a tantas brincadeiras
Que a fogueira da saudade sempre acende...

Água doce, cana doce, doce mel, tudo foi-se
Restou a foice da saudade. Quanto dói.

Meu pai trazia esperança de sementes
Na terra escancarada, aberta em covas.
Na chuva que caia, pleno êxtase,
Deste orgasmo brotava a nova vida.
E da nova vida, a nova vida, renovação.
Plantação.
Restou saudade.
Aguada por outras águas
Que brotam
Da fonte
Coração!
Publicado em: 09/09/2008 15:27:04
Última alteração:17/10/2008 15:03:16



SAUDADES..
Em mágoas feitas saudades
Adormeço meu querer
Que não posso jamais ver
Faltando-me claridades

A imaginação toma cada lume
E não permite sonhos que me aqueçam
Quando de minhas mágoas enlouqueçam
E me entornem os olhos no queixume.

Vencido pelas dores da saudade
Desfaleço em sofrimento meus sonhares
Caminhando por todos os lugares
Procurando por nova claridade...

Não deixo sequer lume, abarco escuridão...
Nos sonhos que não trago, amaros sentimentos
E sempre me disfarço em todos os momentos
Em busca de teu colo e quem sabe, perdão...

Recebendo esse vento eu prevejo saudade
Adormeço meu sonho em busca dos amores
Que eu sei, jamais terei, nem perfume da flores
Nem o lume do olhar que me nega a claridade!
Publicado em: 05/11/2008 15:02:14
Última alteração:06/11/2008 11:58:59


As cinzas do que fui já se entranharam
Na pele, no meu peito, em meu sorriso.
Avisos recebi dos navegantes
Porém o meu saveiro naufragou
Nos braços da mulher divina amante
Que cedo foi embora e me deixou.
Apenas este amargo da saudade
Adoça o que deveras já sobrou...





SAUDADES... Sextina

A vida que se mostra tão amarga
Estrambótica luz que inda me guia
Em meio a tantas trevas, perco o passo.
Percebo ao fim do dia tal cansaço
Negando qualquer forma de alegria.
No enfado já me trazes o vazio.

Levando o coração triste e vazio
A sensação cruel e tão amarga
Matando o que me resta de alegria
A dor se transformando em minha guia.
Restando no meu peito tal cansaço
Impede que eu caminhe, entrava o passo.

Estrada que negando cada passo
Estampa tão somente este vazio,
Nos olhos caminheiros, o cansaço
Tornando a caminhada mais amarga
Perdendo estrela vésper velha guia,
Tornando bem distante uma alegria

Outrora um sonho audaz em alegria
Moldando em belo norte, passo a passo
No lume que decerto sempre guia,
Porém no amanhecer, resto vazio.
A sorte desairosa e tão amarga
Deixando demarcado este cansaço.

Meus olhos embotados de cansaço,
Negando qualquer forma de alegria,
A noite de meus sonhos triste, amarga
Retendo num momento cada passo
Deixando o meu futuro ser vazio
Perdendo cedo o rumo, vou sem guia.

Apenas a saudade inda me guia
Mostrando no meu rosto tal cansaço
E a dura sensação deste vazio
Aonde já reinara uma alegria
Tornando bem mais trôpego o meu passo
E o gosto da saudade que inda amarga.

Amarga sensação que assim me guia
Passo titubeante traz cansaço
Alegria distante, vou vazio...
Publicado em: 09/01/2008 17:57:05
Última alteração:22/10/2008 19:43:51






Exponho o peito podre envolto em réstias
Em riscos, ritos, loucos sou estúpido.
Vou ávido do nada em que me crio.
Desfio as esperanças já tolhidas.
Colhidas primaveras que se foram.
Agouram um verão sem nunca mais.
Arroubos de ilusão tomei na veia
Qual fosse a droga mestra que movia.
O vago que persiste no meu peito.

Saudades do que fui e nunca ousei,
Saudades do vazio em que deixaste.
Em ásperas palavras vou sozinho.
Mostrando a podridão que resta em mim,
De todos os esgotos donde eu vim..
Publicado em: 20/09/2007 17:41:22
Última alteração:30/10/2008 14:34:56




Saudades...
Dias passados
Sonhos cortados
Amores, legados,
Negados momentos.
Agora em castigo
Vencido prossigo
Saudades carrego
Porém sigo cego
Ancoro meus dias
No que já passou.
No nada que veio,
No seio intocado,
No amor entocado
Nas pernas da moça.
Que a poça da sorte
Tampouco tocou...
Publicado em: 30/09/2007 20:13:12
Última alteração:30/10/2008 11:47:59




Saudade faz estrago
Bebo saudade no trago
Do meu sonho mais amargo,
Que no meu peito te trago
Na procura de um afago,
Tempestade em manso lago.
Se este peito se fez mago,
Num momento mais feliz,
A saudade então me diz
Do que nunca quis ouvir.
Retratos e contratos
Tratos desfeitos,
Sem tempo
Contratempos
Que passei.
O gosto da liberdade
Não combina com saudade..
Publicado em: 03/10/2007 17:01:28
Última alteração:30/10/2008 11:46:29


SAUDADES...

A saudade esmiuçando
O coração vagabundo
Vem assim me maltratando,
Não me deixa um só segundo.

Sou um simples repentista
Cuja paixão já perdeu.
Meu amor inda te avista,
Vai buscando o sonho meu

Ser feliz. Quem sabe um dia?
Mostrando a face marcada
Pela dor, pela agonia
Deste amor que deu em nada.

Mas não posso me esquecer
De quanto tempo passei,
Sem amor e sem prazer,
Nas tristezas, mergulhei.

Porém um dia qualquer
Encontrei a fantasia,
Nos braços desta mulher,
Nos olhos da poesia...
Publicado em: 14/10/2007 21:36:02
Última alteração:30/10/2008 11:42:36



Deixando em cicatriz
O corte mais profundo,
Outrora fui feliz
Agora um giramundo
Que foi ser aprendiz
Do amor em um segundo
Não teve o bem que quis,
E penetrou mais fundo

Nos olhos da quimera,
Serpentes e Medusa,
Matando a primavera
Saudade vem, abusa
E a vida de quem dera
Morrendo tão confusa
No fim se degenera
Nesta palavra lusa.

Saudade é ter o mar
Salgado dentre em mim,
Saudade de te amar,
Ó meu amor sem fim...





SAUDADES...

Tomado pela fúria da saudade,
Que toma o pensamento e não me deixa,
Agridoce sabor que na verdade,
Emana uma alegria e se faz queixa.
Atando nos concede a liberdade,
A deusa que se entrega feita em gueixa.
Saudade do que tive e não mais tenho,
Do tempo que passou e de onde venho.

Saudade dos meus dias de criança,
Saudade de poder andar liberto,
Saudade do que resta de esperança,
Meu passo que já foi outrora incerto,
Saudade da mulher, divina dança
De ter os meus amigos, peito aberto,
E não temer sequer uma saudade,
Vivendo o destemor da mocidade.

Saudade do teu beijo, minha amada,
Do gosto da maçã e do pecado,
Da noite em serenata, madrugada,
Do passo que em verdade não foi dado.
Saudade de uma noite enluarada,
De um tempo em que vivia apaixonado,
Roubando toda a cena ela me traz
O todo que eu perdi tempos atrás.

Guardada na gaveta do meu quarto,
Imagem do que fomos e esquecemos,
O nascer de um amor, bonito parto,
Os dias mais felizes que vivemos
O amor que a gente fez até que farto,
Meu barco se perdeu em tantos remos.
Saudade saboreio em tua boca,
Na entrega que fizemos, santa e louca.

Brinquedos espalhados pelo chão,
Felicidade é festa no quintal,
Mostrando quanto é forte uma emoção
Distante do entender o bem e o mal,
Saudade vai dourando uma ilusão
Qual roupa que quarando no varal
Permitindo do vento um bom carinho,
Encontra liberdade, passarinho...
Publicado em: 22/10/2007 21:21:08
Última alteração:30/10/2008 11:41:41



SAUDADES...


Saudade, tantas vezes representa
Um resto da esperança que perdi.
Batendo na janela, violenta,
Trazendo o tão distante para aqui,
Com força, por segundos arrebenta,
E mostra com sarcasmo o que vivi.
Saudade de quem foi e não voltou,
Um canto que esta ausência renovou.

Falar de uma saudade que se sente
Na noite em solidão, voraz e fria.
Querendo que retorne, novamente,
O sonho que se foi, em fantasia.
Revejo esta pessoa, mesmo ausente,
Num turbilhão de riso ou de agonia.
Moldura que padece sem ter tela,
Passado que em saudade se revela.

Um resto de comida suja o prato,
Depois deste banquete sempre sobra,
Tomando a nossa vida em desacato,
Veneno da saudade, fria cobra,
O mundo se resume num retrato,
É barco que sem leme já soçobra.
Mostrando a sua face mais cruel,
Amargando o sabor, saudade é fel.

Porém em outras vezes traz o gosto
Do doce que feliz, eu degustei.
Um novo amanhecer se mostra exposto
Num toque de alegria em que busquei,
Rever felicidade em belo rosto,
Guardados na gaveta, eu vasculhei.
E vendo na saudade a redenção,
Percebo que inda vivo esta ilusão.

Na faca de dois gumes da saudade,
Cortando minha carne, encontro a cura.
Cativo que não quer a liberdade,
No mel desta lembrança uma amargura.
Procuro em pleno breu a claridade,
Mudando num momento de textura,
Fartura que se nega num vazio,
Calor que em plena ardência traz o frio...
Publicado em: 24/10/2007 20:05:50
Última alteração:26/10/2008 19:28:51


SAUDADES...


Saudade de um momento mais gostoso
Um sentimento nobre me remoça
E faz do meu viver maravilhoso,
Deixando a solidão ser simples troça.
Não quero mais perder divino gozo,
Vivendo esta emoção que já foi nossa.
Porém a noite fria carregou,
Somente uma saudade me restou...

Vontade de tocar teu rosto belo,
Vontade de sentir o teu perfume,
Nos sonhos tanto amor eu te revelo,
Persigo em pensamento o raro lume,
Que um dia assim partiu, e com desvelo,
Tornando a minha vida num queixume.
Beijando a tua boca novamente,
Recordações não largam minha mente.

Lembranças de outros dias que vivi,
Marcando minha vida em tatuagem.
Voando, num momento chego a ti,
E sinto ser somente uma miragem.
Amor maior do mundo; tens aqui.
Porém teu coração, noutra viagem
Aporta ancoradouro diferente,
Nos braços e nos lábios de outra gente.

De todas as palavras que diziam
Os sonhos levianos de saudade,
Caminhos bem distantes já seguiam
Os dias, transformados realidade,
Apenas as lembranças respondiam,
Não tendo nem sequer mais piedade.
As lágrimas, o peito assim; banhavam
E as luzes da esperança se apagavam...

Restando uma alegria num sarcasmo
Que traz à minha vida alguma luz.
Não deixa que eu sucumba no marasmo.
Nos olhos que a lembrança reproduz,
A fina sensação de um raro orgasmo,
Saudade, num momento me conduz
À mesma que irreal, sem falsidade,
Sublime sensação: felicidade!
Publicado em: 25/10/2007 15:02:01
Última alteração:24/10/2008 14:50:21



O vento da saudade me dizia
De todos os momentos que traziam
Desejos inconstantes na agonia
Que dos distantes próximos faziam.
Saudade traduziu melancolia
Nos olhos que tristonhos sempre ardiam.
Saudade é renascer de uma esperança
Presente com passado em aliança...
Publicado em: 01/11/2007 15:55:58
Última alteração:24/10/2008 14:49:09



Mortalhas expressadas no meu rosto
Verdugos ilusões são quase nada,
O nervo dolorido vai exposto,
Promessa de vingança preservada
No canto que expressasse algum desgosto,
O vento transformando, traz o nada.
Apenas a saudade persistente
Permite que eu caminhe mais contente...

Publicado em: 16/11/2007 15:12:16
Última alteração:24/10/2008 15:14:03



Partiste
Num momento
Delicado
Procuro
Teu olhar
E nada vem
Saudade
Vai tomando
Toda a cena
Acena
Esta lembrança
De meu bem..

Publicado em: 22/04/2008 21:50:41
Última alteração:21/10/2008 13:22:19


O gosto da poesia
Tem sabor dessa saudade
Que me invade todo dia
Que todo dia me invade.
Não me deixa um só momento
Nem um momento me deixa,
E não adianta queixa,
Invade meu sentimento...
Faz, na vida, uma sangria.
Mata a luz e claridade
Aborta minha alegria
Me expondo, nu, na cidade...
Publicado em: 29/04/2008 22:28:32
Última alteração:21/10/2008 14:28:15


SAUDADES...
Se eu falar de saudade, diga nada,
É simplesmente verso sem sentido,
Amando vou levando, de empreitada,
O tempo que jamais achei perdido.
Das horas nem por ora faço caso,
Em meio a tantas farsas, em me embraso...

Sem fleugma, sem vergonha, mentiroso,
Invento dores, falsas cãs atéias.
Meu mundo nem sequer é sulfuroso,
Não tive nem rainhas nem plebéias,
Sou resto, rimo sempre por rimar,
Nem tenho céu, quiçá terei luar...

No jogo da permuta me lasquei,
Troquei não ser feliz por fantasia,
Confesso então, vadio já pequei,
Nem esperei sequer raiar o dia,
Montei no meu cavalo e fui embora,
Não soube nem talvez irei agora.

Quem sabe, na manhã que vai nascer,
Eu possa, simplesmente ser feliz,
Procuro em toda moça por você,
Cadê? Onde andará a minha miss...
Então por não saber dessa Maria,
Desconto na cachaça – poesia!
Publicado em: 27/05/2008 12:27:14
Última alteração:21/10/2008 15:20:19



Saudades...
Menino que brincava no quintal,
Um rei que não sabia
Que era mais feliz que todo rei.

Amor bateu depressa e fez estrago.
Passou a sentir o mago cheiro das flores.
Nos amores, as cores e o quintal
Mudam brilhos,
Mudam trilhos,
Mudam sonhos....

Tudo passa,
A praça,
O passo,
A farsa
Afasta o sonho
Pra depois trazer de novo...

A cara do povo,
O gosto do velho se vai
A chuva que cai.
Amor primavera
Vem verão
Vem outono
Vem inverno
Depois?
Céu ou inferno...

Mas nada disso o menino sabe
Somente que cabe
O mundo todo.
Dentro dele...

E vai correndo,
Antes que o mundo acabe.

Tio falou,
Tempo passou,
Maria também...

Só restou o menino,
Que, agora percebe
Que era mais feliz
Que o príncipe da história
Contada há tempos...

Vontade de brincar no quintal...
Mas “o mar secou”
“Minas acabou”
Sobrou o coração...
Publicado em: 03/09/2008 09:55:36
Última alteração:08/09/2008 04:50:58


SAUDADES...
SAUDADES...

O vento da saudade me dizia
De todos os momentos que traziam
Desejos inconstantes na agonia
Que dos distantes próximos faziam.
Saudade traduziu melancolia
Nos olhos que tristonhos sempre ardiam.
Saudade é renascer de uma esperança
Presente com passado em aliança...
Publicado em: 20/02/2009 13:11:03
Última alteração:06/03/2009 01:58:53


SAUDADES...

Saudade em esperança é lenitivo
Que ao menos mitigando o sofrimento
Permite que eu caminhe mais altivo,
E sinta mais feliz, o manso vento.
Dos sonhos de te ter, eu sobrevivo,
E chego a ser feliz por um momento.
Ao menos vou passando pelo crivo
Num agridoce e louco sentimento.
A pele emurchecida inda deseja
Contato com a pele amorenada.
Embora a solidão, peito preveja,
Um resto de ilusão traz o perfume
Daquela que mostrou-se quase nada,
No final deste túnel, frágil lume...
Publicado em: 14/05/2010 18:28:31



Se vaso ruim não quebra
Se vaso ruim não quebra,
Andorinha faz verão...
Quando você se requebra,
Estraçalha o coração...

Menina fez um remendo,
Nessa colcha de retalhos;
Tô com sede, vou comento,
Alhos junto com bugalhos...

Minha casa é de sopapo,
Meu amor de pescoção.
Galinho que é bom de papo,
Ensopado com feijão...

Minhoca metida a cobra,
Vira logo minhocão.
O que tem muito não sobra,
O que falta, é solução...

Vara de pescar quebrada,
Também pega lambari.
Eu quero você pelada,
Seja lá ou seja aqui...

Quem não cola faz escola,
Quem colou e se deu bem;
‘Tô passando essa sacola,
Boto dez e tiro cem...

Vigarice do Dodô,
Deu-se bem e caiu fora.
Procuro por meu amor,
Ele também foi embora...
Publicado em: 22/08/2006 18:33:22



se a cachaça me vicia
já não posso mais beber,
mas amor me propicia
alegria de viver...
Publicado em: 17/01/2010 11:01:31
Última alteração:14/03/2010 20:29:53



Se a laranja está madura
Vou fazer a laranjada
Marimbondo me procura
No final não senti nada...
Publicado em: 01/03/2008 20:00:08
Última alteração:22/10/2008 17:08:00

Se a vida fosse um buraco, esta estrada seria cheia de vida.
125

Mote

Se a vida fosse um buraco, esta estrada seria cheia de vida.

Essa estrada é mesmo um saco,
Quem entra, não tem saída,
Se a vida fosse um buraco,
Que estrada, cheia de vida...

Marcos Coutinho Loures

O buraco traz a vida,
No buraco faço a festa
Minha sina a ser cumprida,
Eu mergulho assim, de testa...
Publicado em: 21/11/2008 11:56:45
Última alteração:06/03/2009 17:02:2


Se aconselhar fosse um dom,
Ninguém, por certo diria
Se conselho fosse bom,
Jamais o dava... Vendia...


MCL
Publicado em: 06/02/2008 21:36:31
Última alteração:22/10/2008 17:48:19



Se berro resolvesse, porco gordo não morria.
140

Se berro resolvesse, porco gordo não morria.

Amigo, deixe de cena,
Vá tratar desta histeria,
Se berro valesse à pena,
Porco gordo não morria.

Marcos Coutinho Loures

Com um berro em sua mão,
És um cabra bem safado,
Mas sem nada, é negação,
Já tem fama de capado...
Publicado em: 21/11/2008 13:03:14
Última alteração:06/03/2009 16:59:17



Se cabelo fosse dinheiro, pobre nascia careca.
143

Se cabelo fosse dinheiro, pobre nascia careca.


A verdade não engana,
Por dizê-la, ninguém peca,
Se cabelo fosse grana
Pobre nascia careca...

Marcos Coutinho Loures

Mas se ruga fosse grana,
Eu não teria adversário,
O meu saco já se ufana,
Nasceria milionário...
Publicado em: 21/11/2008 13:21:40
Última alteração:06/03/2009 16:58:53



Se casamento fosse bom, não precisa testemunha.
51

Mote

Se casamento fosse bom, não precisa testemunha.

Você me diz, num momento,
Tudo aquilo que eu supunha,
Fosse bom o casamento,
Pra que tanta testemunha?

Marcos Coutinho Loures

Casamento, companheiro,
Não se pode desprezar,
Quem tá dentro, sai ligeiro,
Quem tá fora quer entrar...
Publicado em: 20/11/2008 11:45:59
Última alteração:06/03/2009 18:47:37


Se DEUS NÃO PERDOAR OS LADRÕES, VAI ACABAR SOZINHO NO CÉU
168

Se DEUS NÃO PERDOAR OS LADRÕES, VAI ACABAR SOZINHO NO CÉU
Trova MCL

Eu penso com meus botões:
Se Deus, que nunca foi réu,
Não perdoar os ladrões,
Fica sozinho, no Céu...

Contra trova ML

Na minha terra, o Brasil,
Nunca existiu um ladrão,
É coisa que ninguém viu,
Isso não existe não!
Publicado em: 23/11/2008 20:32:19
Última alteração:06/03/2009 16:48:59


Se disserem que te esqueci, saiba que já morri.
27

Mote

Se disserem que te esqueci, saiba que já morri.

Se um dia, alguém me disser,
Que o teu amor esqueci,
Reza por mim, ó mulher,
Pois, nesse dia, morri.

Marcos Coutinho Loures

Tanto amor trago no peito,
Isto me ajuda a viver;
Mas pra ficar satisfeito,
Não consigo te esquecer.
Publicado em: 19/11/2008 17:06:49
Última alteração:06/03/2009 18:59:06


Se dois corpos viram um,


Se dois corpos viram um,
É festejo sem igual,
Coração que faz tumtum
Antecipa o ritual...
Publicado em: 20/08/2008 20:49:07
Última alteração:19/10/2008 20:28:39


Se é pecado namorar
Se é pecado namorar
Na moitinha ou matagal,
Eu não vou me confessar,
Pois decerto me dei mal...
Publicado em: 16/01/2010 20:31:19
Última alteração:14/03/2010 20:40:56



Se é verdade que o mundo gira, voltarei a te encontrar...
32

Mote

Se é verdade que o mundo gira, voltarei a te encontrar...

Disseram que o mundo gira,
E me custa acreditar;
Se, acaso não for mentira,
Voltarei a te encontrar...

Marcos Coutinho Loures

Gira, gira, carrossel,
Que não cansa de girar,
Desço à Terra, subo ao Céu,
Procurando te encontrar....
Publicado em: 20/11/2008 08:08:47
Última alteração:06/03/2009 18:50:37



SE ELE VOLTASSE... OU DO CRISTO SERTANEJO...

Seu moço, tome cuidado
Ao caminhar no sertão,
Tem tanto bicho arretado,
Tem tanta da assombração
Que te peço, devagar,
Ande com muita atenção
Prá móde não encontrar,
Lobisomem ou papão.

Me contam, e eu acredito,
Que nas luas das mais cheias
Se você ouvir um grito
Lá pros lados de Candeias,
Pode sair de mansinho,
Que o negócio fica feio,
Vai vazando de fininho,
Senão, de ti, sobra meio...

Outra coisa que me falam,
Nisso tudo ponho fé,
Essas coisas que me abalam
Tremo da cabeça ao pé,
Vento nas folhas da mata,
É coisa feia de vê,
De repente, a gente engata
Com o tal do Pererê.

Mas assombração pior
É a que vem da carabina,
Que vai matando sem dó,
Nada detém a assassina...
Pega a gente de tocaia,
A bala vem lá do céu,
Por todo canto que saia,
A mando do coronel.

Não adianta nem chorar,
Nem pedir por caridade,
Quando a ordem é de matar,
Nada impede essa verdade,
Não adianta nem floreio
Nem adianta mais fardunço
Quando a morte vem por meio
Desses cabra, dos jagunço.

Tanta gente já morreu,
Na luta por sua terra,
Pois que não seja mais eu,
Que o bom cabrito não berra,
Nessa luta desigual,
A gente vira bandido
Pro povo da capital,
Invertendo os ‘contecido.


Quando vejo no jornal,
Falar que nós tam’ errado
Fico passando até mal
Esse povo anda enganado.
Nós só queremos, Doutor,
Um bocadinho de chão,
Terra de Nosso Senhor,
Um pouco desse sertão.

De sangue foi adubado,
Nascendo revolução,
Pois se não dá outro arado,
Nem brota outra plantação,
Só queria ter decência
Uma vida mais humana
Venho pedindo clemência
Nós num somos safardana.

Somos gente mais sofrida
Em busca de solução,
Dignidade nesta vida
Garantindo nosso chão,
Seu doutor, pois me desculpe
Eu não quero lhe irritar,
Mas, por favor não me culpe
É grande o nosso lutar.

Desde pequeno sofrido,
Sem esperança de vida,
Do nosso canto banido,
Nossa esperança perdida,
A bala roçando a nuca,
A fome comendo a pança,
A morte sempre cavuca,
Desde os tempo de criança.

Quando a gente vai, reclama
Nós somos os baderneiro
Mas a nossa velha chama,
Brilhando no candeeiro,
A tristeza que eu engulo,
Aqui nesse matagal,
Já inspirou seu Catulo,
Já iluminou seu Cabral.

O meu nome é Severino,
Sou das mata do nhambu,
Caminho desde menino,
Me chamam Jeca Tatu.
Tenho o Brasil no meu peito,
A esperança, companheira,
Ficaria satisfeito,
Alegria verdadeira,

Se vocês desse pra gente
Um restozinho de pão
Doutor pros nossos doente,
Para os filhos, educação
Prá plantar basta uma enxada,
Um pedacinho de chão,
A gente não quer mais nada,
Não quer dar amolação.

Prá lembrar pro povo crente,
Falo em nome dum judeu
Que curou tanto doente,
E que, na cruz, já morreu.
Pois bem esse carpinteiro,
Um pobre trabalhador,
Famoso no mundo inteiro,
Por disseminar amor,

Também vagava na terra,
Sem ter nenhum parador
Quando subia na serra,
Falava sem ter temor,
Os coronéis torturaram
Tinham medo da verdade,
E depois crucificaram,
Usando da crueldade.

Pois, se ele agora voltasse
Pobre como sempre foi,
Eu duvido que escapasse
E, sangrado como um boi,
Pelos nossos coronéis,
Pelas bala e por navaia,
Amarrado pelos pés,
Vítima de uma tocaia..
Publicado em: 18/04/2007 17:59:16



Se eu correr, o guarda pega. Se eu parar, o banco toma.
52

Mote

Se eu correr, o guarda pega. Se eu parar, o banco toma.


Que peça, a vida nos prega,
Vira e mexe, ela me embroma,
Se eu correr o guarda pega
Se eu ficar, o banco toma...

Marcos Coutinho Loures

Conheci um cidadão,
Um sujeito bem matreiro,
Por debaixo do colchão,
Guarda um saco de dinheiro...
Publicado em: 20/11/2008 11:49:48
Última alteração:06/03/2009 18:47:31


se eu dormi ontem na praça.


se eu dormi ontem na praça.
solitário e sem ninguém,
a culpa foi da cachaça
que ciúmes dela tem
Publicado em: 21/10/2008 13:19:38
Última alteração:27/10/2008 21:27:51



Se eu falar de saudade, diga nada Sextilha
Se eu falar de saudade, diga nada,
É simplesmente verso sem sentido,
Amando vou levando, de empreitada,
O tempo que jamais achei perdido.
Das horas nem por ora faço caso,
Em meio a tantas farsas, em me embraso...

Sem fleugma, sem vergonha, mentiroso,
Invento dores, falsas cãs atéias.
Meu mundo nem sequer é sulfuroso,
Não tive nem rainhas nem plebéias,
Sou resto, rimo sempre por rimar,
Nem tenho céu, quiçá terei luar...

No jogo da permuta me lasquei,
Troquei não ser feliz por fantasia,
Confesso então, vadio já pequei,
Nem esperei sequer raiar o dia,
Montei no meu cavalo e fui embora,
Não soube nem talvez irei agora.

Quem sabe, na manhã que vai nascer,
Eu possa, simplesmente ser feliz,
Procuro em toda moça por você,
Cadê? Onde andará a minha miss...
Então por não saber dessa Maria,
Desconto na cachaça – poesia!
Publicado em: 20/08/2006 20:23:38
Última alteração:31/10/2008 01:52:50


Se eu ligo
Se eu ligo
Retiro
E rescindo.
Avisos imprecisos
Tramam caos...

O amor feito jiló,
Tem gente que gosta
A mesa posta
Aposta perdida
A vida é surpresa.
E pesa nas costas
De quem quer e nada...
Nódoas, fardos
E façanhas.
Aranhas passeando pela casa.
Acaso não virias?
Verias, servirias o jantar
E depois, a sobremesa
Feita em coxas, encaixes
E ternura...
Publicado em: 15/04/2009 15:42:47
Última alteração:17/03/2010 20:49:01


Voltaste desta noite sem saber
Que tantas madrugadas eu vagara
Em busca do perdão de quem amara
E sinto que jamais iria ter.

Nascida em minhas trevas e saudades
Das trovas e dos versos que não fiz
Morrendo um universo por um triz
Vencida pelas luas das cidades.

Estranho que jamais a percebi
Estavas sempre perto mas não via
A luz que mais brilhava se perdia
E toda minha aurora estava aqui.

Por vezes tropecei nas tuas mãos,
Carinhos mais carinhos, sem desejo.
Perdido talvez por um doce beijo,
Resumos de esperança foram vãos.

Um coração decerto aventureiro,
Espreita na tocaia, mas pressente
Depois de tanto tempo estando ausente,
Sente que não saíra por inteiro.

Voltando ao mesmo canto que cantava
Nas noites esquecidas neste quarto,
De tanto amor que foi morreu no parto
Renasce desta luz que o matava.

Não deixe que eu me perca mais assim,
Vestido de esperanças, não me iludo
De que jamais terei o colo de veludo
Que tanto imaginara, morto, enfim...

Voltando ao meu princípio principio
Estrada que conheço d’outros dias.
Matando meu amor, as fantasias,
Retorno em cicatrizes ao teu cio.

As luzes que brilhavam já não brilham,
Ofuscadas por luzes que produz,
Nas luzes que falena se seduz
Os olhos outros rumos já se trilham.

Lara, adormecida não me cura,
Nem sabe que existiu meu sentimento.
Amor que tendo em Lara o sofrimento,
De volta te encontrando, noite escura...
Publicado em: 13/12/2006 18:17:27


Se eu pudesse minha amada
Este céu eu te daria,
Mas a noite está nublada
Vai cair pancadaria...
Publicado em: 16/01/2010 15:05:34
Última alteração:14/03/2010 20:47:21


Se eu pudesse te falar
Se eu pudesse te falar
Todo amor que trago em mim,
Tanta flor ia brotar
Perfumando esse jardim...
Publicado em: 02/03/2008 18:17:18
Última alteração:22/10/2008 13:58:51


Se eu pudesse te falar
Se eu pudesse te falar
Todo amor que trago em mim,
Tanta flor ia brotar
Perfumando esse jardim...


Publicado em: 02/03/2008 18:28:22
Última alteração:22/10/2008 14:00:02


Se eu pudesse te traria,
Se eu pudesse te traria,
Um rosal repleto em flor,
Esperança brotaria
Nasceria em ti, o amor...
Publicado em: 12/08/2008 14:03:48
Última alteração:19/10/2008 19:51:53



Se eu pudesse, de mansinho
Se eu pudesse, de mansinho
Chegar à tua janela
E falar deste carinho
Que meu verso te revela...
Publicado em: 01/03/2008 22:43:23
Última alteração:22/10/2008 13:40:05


Se eu pudesse, de mansinho
Se eu pudesse, de mansinho
Chegar à tua janela
E falar deste carinho
Que meu verso te revela...

Publicado em: 01/03/2008 22:48:50
Última alteração:22/10/2008 13:40:54



Se eu pudesse, de repente
Se eu pudesse, de repente
Te daria o céu e o mar,
O sol morre no poente
É tua vez de brilhar.
Publicado em: 01/03/2008 20:38:42
Última alteração:22/10/2008 17:12:54



Se eu pudesse, de repente
Se eu pudesse, de repente
Te daria o céu e o mar,
O sol morre no poente
É tua vez de brilhar.
Publicado em: 05/03/2008 15:18:18
Última alteração:22/10/2008 15:19:14



Se eu roubei, você roubou,
Se eu roubei, você roubou,
Roubaremos todos nós,
E você que nem chegou,
Roubará o resto, após...
Publicado em: 13/10/2006 16:00:37
Última alteração:30/10/2008 10:36:22


SE JÁ NEM SEI O SEU NOME...

Teu nome inda não sei
Nem quero mais saber
Apenas te encontrei
Já basta. E quero ter
A cada madrugada
A boca que encantada
Faz tantas maravilhas.
Se nome nem pergunto
Vamos mudar de assunto
Apenas estou junto
De quem tanto esperava
Na noite que não vinha
Na moita, na tardinha
Regando cada vinha
Com doce mel da boca
A vida passa louca
Renova antigo credo,
E assim em nosso enredo
Enredo-me em seus braços.
Seu nome não revela
Apenas uma estrela
Que vela por meu gozo
No gozo das vielas
Nas ruas, nas capelas
Astrais e catedrais
Querendo sempre mais
Amai pra ser amado
Ao lado de quem traz
Sem medo o seu recado.
Publicado em: 24/07/2007 22:16:06



Se já perdi noção de espaço e tempo
Se não posso mais daqui sair,
Amada por favor; te quero aqui,

Sem medo nem qualquer um contratempo.
Meus pés já se confundem com teus pés,
Meus olhos só enxergam pelos teus,

Tu és o desde o princípio alfa e Deus,
No barco da existência, meu convés...
Amada; por favor, nunca me deixe

A própria sorte como num naufrágio,
Sou qual um caracol pequeno e frágil,
A força do graveto está no feixe...

Publicado em: 27/02/2007 14:58:30


Se Maria é tão falada,
Se Maria é tão falada,
Não me importo não senhor,
Ela é minha namorada,
É só dela o meu amor...
Publicado em: 02/10/2008 13:31:16
Última alteração:02/10/2008 13:36:38


Se mineiro compra trem
Se mineiro compra trem
Escolhi o trem errado,
Não dou mole pra ninguém,
Por ninguém sou enganado...
Publicado em: 19/12/2009 20:12:35
Última alteração:16/03/2010 08:45:48



Se minha mulher manda lá em casa, quem manda nela sou eu..
114

Mote

Se minha mulher manda lá em casa, quem manda nela sou eu..

Minha mulher é uma brasa,
É a rainha do meu lar,
Se ela manda em minha casa,
Nela, sempre vou mandar.

Marcos Coutinho Loures

É o que pensas, camarada,
A mulher é sorrateira
Comandando na calada,
Dirigindo a casa inteira...
Publicado em: 21/11/2008 09:37:48
Última alteração:06/03/2009 17:04:07



Se mulher fosse dinheiro, eu seria rico
124

Mote

Se mulher fosse dinheiro, eu seria rico

Fico duro o mês inteiro,
Pois, em mulheres, aplico,
Se mulher fosse dinheiro,
Eu juro, seria rico.

Marcos Coutinho Loures

Deixe de ser mentiroso
Cabra bobo e faroleiro
A mulher, bicho vaidoso,
Só pensa no seu dinheiro.
Publicado em: 21/11/2008 11:01:35
Última alteração:06/03/2009 17:02:39


Se na boca da botija
Se na boca da botija
Eu beijei, por não saber
Que a saudade regozija
Cada noite de prazer..

Publicado em: 14/08/2008 10:07:06
Última alteração:19/10/2008 20:08:05



Se namorar fosse crime, eu estaria na cadeia.
92

Mote

Se namorar fosse crime, eu estaria na cadeia.

O amor é fogo sublime,
Que o coração incendeia,
Se namorar fosse crime,
Eu viveria na cadeia...

Marcos Coutinho Loures

Algemado junto a ti,
Não desejo a liberdade.
Todo o amor que conheci,
Traduziu felicidade...
Publicado em: 20/11/2008 15:01:45
Última alteração:06/03/2009 17:07:08



Se não existisses mais.

Se não existisses mais...
Minha vida sem sentido.
O meu barco vão, sem cais.
Tempo passando, no olvido...

Vida sem paz é mortalha...
Restos de ilusão, mar morto...
Faca penetrante, entalha
Rumo sem juízo e torto.

Se não existisses mais
De que serviria o canto.
Não iria nunca mais
Saber da vida, o encanto.

Na minha alma amortalhada
Nem mesmo tais ilusões;
Não haveria mais nada,
As não ser as decepções.

Se não existisse amor
De que valeria a vida?
A vida morrendo a cor,
Nas tristezas, envolvida..

Inda bem que estás aqui.
Sentindo tua presença,
Da vida já recebi
Minha maior recompensa!
Publicado em: 07/12/2006 14:37:43



Se não fosse esta saudade
Se não fosse esta saudade
Minha vida tinha jeito,
Tenho amor, tenho amizade
Mas não vivo satisfeito...
Publicado em: 07/08/2008 14:46:42
Última alteração:19/10/2008 22:17:52



Se não houvesse distância, não haveria saudade...
39

Mote

Se não houvesse distância, não haveria saudade...


Desde os meus tempos de infância,
Eu escuto esta verdade,
Se não houvesse distância,
Não haveria saudade...

MARCOS COUTINHO LOURES


Vou levando a minha vida,
Me lembrando de você,
A saudade é dolorida,
Procurando, mas cadê?
Publicado em: 20/11/2008 08:38:34
Última alteração:06/03/2009 18:51:19



Se não posso mais amar
Se não posso mais amar
Eu jamais posso esquecer
Quem deitando-se ao luar
Fez meu sol se escurecer...
Publicado em: 13/01/2009 17:59:02
Última alteração:06/03/2009 07:31:12



Se não sentes o meu cheiro
Quando adentro na janela
Deste amor que é feiticeiro,
Tanto brilho se revela.

Vou beijando de mansinho,
O teu corpo tão gostoso,
Devagar, eu já me aninho
No teu sonho caprichoso.

Tu és minha companhia
Toda noite, meu amor,
Meu motivo de alegria,
Tanto bem a te propor.

Passageiros na viagem,
Desta estrada, nossa vida,
Meu amor não é miragem
Nem tampouco o teu, querida...
Publicado em: 03/10/2008 14:06:16


se num beco sem saída
a saudade faz estrago,
venha logo, então querida
eu preciso de um afago...
Publicado em: 16/01/2010 15:06:20
Última alteração:14/03/2010 20:47:12

Se nunca mais te espero envolta nas mortalhas
Do sentimento rude, a mando da saudade.
Meu amigo, a verdade estampa nas navalhas
O corte mais cruel, da nossa liberdade...

Definhando o meu sonho em meio a vãs batalhas
Onde sempre neguei a minha claridade
Escondo no meu verso as minhas grandes falhas
Que trago no meu peito, intensa morbidade...

Meu amigo; perdão pelos meus erros todos,
Invado o teu celeiro, espalho morbidez.
Derramo sobre os pés, o mais nocivo lodo.
E sinto que não vem sequer a nossa vez.
Amigo meu reverso: a podre fantasia
Que vaga sem ter rumo, inunda essa alegria...
Publicado em: 26/01/2007 21:38:01
Última alteração:16/10/2008 11:21:31



Se pinga desse força, motorista era gigante.
142

Se pinga desse força, motorista era gigante.


Se a pinga que a gente bebe,
Fosse um bom fortificante,
Não existe quem o negue,
Motorista era um gigante.

Marcos Coutinho Loures

Eu sou sempre muito honesto,
Aprendendo a ser tão franco,
Motorista assim atesto,
Cai pingando do barranco...
Publicado em: 21/11/2008 13:10:04
Última alteração:06/03/2009 16:58:57



Se por outra coisa fosse,
Se por outra coisa fosse,
Já não seria hipotético...
Meu amor não faça doce,
Só porque sou diabético...
Publicado em: 13/10/2006 15:33:59
Última alteração:30/10/2008 10:37:32



Se quer tomar leite fresco, ponha sua vaca na sombra.
Se quer tomar leite fresco, ponha sua vaca na sombra.

Que conselho mais grotesco,
Neste aviso que me assombra,
Para tomar leite fresco,
Bote a vaquinha na sombra...

Marcos Coutinho Loures

se a vaca foi proi brejo,
Não quer sair, atolou
A riqueza, eu não invejo,
Vivo bem como eu estou...
Publicado em: 22/11/2008 22:04:21
Última alteração:06/03/2009 16:50:23


Se quiser pode voltar
Se quiser pode voltar
Essa casa é sempre sua,
Sob os raios do luar,
Eu prefiro então a rua...
Publicado em: 16/01/2010 20:21:08
Última alteração:14/03/2010 20:41:33



Se rico mata o pobre, quem vai pra cadeia é o defunto...
13

Mote

Se rico mata o pobre, quem vai pra cadeia é o defunto...

Tanto poder tem o “cobre”
Que não desvio do assunto,
Se o rico mata o pobre,
Vai pra cadeia o defunto...

Marcos Coutinho Loures.

A verdade nesta vida,
Aprendi desde menino,
Se esta terra é dividida
Pro pobre sobra o “pepino”...
Publicado em: 19/11/2008 14:15:52
Última alteração:06/03/2009 19:01:05



Se ruga fosse sinal de velhice, o meu saco era Matusalém...
58

Mote

Se ruga fosse sinal de velhice, o meu saco era Matusalém...


Se rugas fossem sinal
De velhice, ó Santo meu,
Este meu saco, afinal,
Estaria num museu...

Marcos Coutinho Loures

Se o cabelo diz do pente,
Meu amor; não despenteio,
Tanta ruga, de repente,
Vai deixando o saco cheio...
Publicado em: 20/11/2008 12:17:48
Última alteração:06/03/2009 18:46:49



Se seio fosse buzina
Se seio fosse buzina
Toda noite e todo dia
Barulhada que alucina
Meu amor, ninguém dormia...
Publicado em: 20/08/2008 19:50:10
Última alteração:19/10/2008 20:26:35


Se eu soubesse quem tu eras,
quem tu havias de ser,
meu coração não daria
para agora padecer.


Se tivesse tido a sorte
Do futuro adivinhar,
Tinha seguido outro norte,
Não iria namorar,

Eu já te daria um corte,
Não deixava nem chegar,
Mas amor falou mais forte,
Na verdade, foi azar...

Tu és muito fofoqueira,
Mentirosa e sem vergonha.
Namora a cidade inteira,

É metida a gostosona,
Me deixou feito pamonha,
Vá se meter lá na zona!

A Trova mote é da região Oeste de Minas

Publicado em: 28/03/2007 18:59:42



Se trabalho for alegria, quero morrer triste...
56


Se trabalho for alegria, quero morrer triste...

Se o trabalho é uma alegria,
Eu lhes digo, com certeza,
Se pudesse, escolheria,
Ir morrendo, de tristeza.


Marcos Coutinho Loures

Deixa de ser preguiçoso,
Ô sujeito salafrário,
Fim do mês vem o guloso,
Procurando o seu salário...
Publicado em: 20/11/2008 12:04:15
Última alteração:06/03/2009 18:47:12



Livre? Como ser livre, se a corrente
Dos desejos nos prende nos seus elos?
Como ser livre destes sonhos belos
De um passado distante e tão presente?

Lindos sonhos e à custa de querê-los,
Mais eu me sinto preso, fortemente
Pois sei que as ilusões que a gente sente,
Vão se tornar, um dia, pesadelos...

A vida é sonho e a mão que nos conforta
E que traz a esperança, em companhia,
Também carrega o bisturi, que corta.

Sou escravo de mim e se me aperta
A saudade de um sonho, na poesia
Da escravidão, minh’alma se liberta...

Se trago uma esperança libertária,
Os meus pés vão atados em correntes.
Liberdade por vezes temerária,
Conseguida com sangue de outras gentes.

As lutas, mortes na reforma agrária,
No grito dos famintos, descontentes;
Sua faceta negra e sanguinária
Aberta em várias chagas, noutras frentes.

A liberdade, utópica esperança,
Nas guerras impedida pela lança
Marcada pela morte e por terror,

Se lança como um grito em desatino,
Surgido em podridão, cristal tão fino,
Só tem como aliado, o bem do amor.

Marcos Coutinho Loures
Marcos Loures

Publicado em: 27/03/2007 06:34:35



Ah! Quem me dera fosses meu amor!
Como a vida seria mais completa.
A poesia, amiga predileta,
Companheira, por onde quer que eu for;
Teria enfim, parceira mais dileta.
E nunca mais seria um sofredor,
Quem sempre teve espinhos nunca flor,
No sonho audaz, tentando ser poeta...

Se fosses meu amor, que bela a vida!
Andar buscando glória, sorridente.
Não conceber sequer a despedida...
Amar e ser amado é tão urgente!
Não quero ver minha alma mais perdida...
Sentir o teu perfume que, envolvente,
Penetra nas narinas. Na sofrida
Luta por viver; sentir-me gente!
Publicado em: 11/12/2006 00:31:31
Última alteração:30/10/2008 20:15:12


Se um dia apetecer
Se um dia apetecer
Quem sabe eu vá tecer
O quanto que não tive,
E pus logo a perder.
Publicado em: 01/03/2008 19:46:13
Última alteração:22/10/2008 17:06:15



Não me bastaria
Sequer o que pudesse
Trazer algum sorriso
Em noite inebriante.
Não quero a falsa face
Disfarce onde me vejo
Na tosca proteção
De braços que não seriam
Senão mera impressão
De um tempo inexistente
Ou pelo menos ilusório.
Não me bastaria
O beijo sem nexo,
O sexo sem prazer
E o prazer sem o carinho
No ausente sentimento
Na mentira, mesmo que
Cazunianamente sincera
Um gole a mais,
A lua além
E o mar distante
Apenas desenhado
Nos mapas da emoção.
O amor por si só não me basta também.
Eu quero o complemento
Alimento e proteção,
Promovendo uma nova mulher
A se erguer sobre as ruínas
Que o tempo se encarregou de criar
Aonde pudera haver a esperança.
A viola ao longe,
O canto, o sonho
E a mesma impressão
Do caos e da ausência
De quem se fez ou se faria,
Vagando sem proveito e sem paragem
Nas estações que passam e se repetem;
O colo que não veio,
O tanto que inda teimo
E sei quando na solidão
Da madrugada, bebendo as estrelas
Inebriada de sonhos,
Apenas resta a mesma manhã
Como um ato contínuo, sem eira nem beira
Cerzida pela adolescência morta
E pela velhice precoce
Dos olhos vazios
Sem o reflexo dos teus...


Com sede e mil vontades de te ter,
Em noite de carinhos, pleno amor.
Rondando nossa cama, o bom prazer
Nos mostra seu sorriso sedutor.
E bebo de teu corpo com fartura
Até chegar às raias da loucura.

Sacio minha fome em mil carícias,
Viajo minha boca em cada canto
Inebriado sigo por delícias
Num vício que me toma em raro encanto.
Meu passo com teus passos acertado,
Num sonho tão gostoso e desejado...




Sede de ter, // Todo seu corpo

Ceder amor...// por todo momento

Sedento desejo // percorre meus sentidos

Ser teu // por inteiro

Marcos Loures // Mara Pupin
Publicado em: 05/04/2007 19:40:16
Última alteração:28/10/2008 06:05:23



De fome e sede nos matos
Sertanejo vai morrendo,
Na seca desses regatos
Nos dias que vai sofrendo.

Tal qual esse sertanejo,
Assim também meu viver,
Vai secando esse desejo,
Na sede de ter você.
Publicado em: 16/08/2007 04:52:39
Última alteração:30/10/2008 15:56:29



Nas luzes e nas danças
Nas valsas e nos sonhos
Avançam nossas noites
Em beijos e disfarces
As faces em rubor
As mãos mais atrevidas
As vidas em furor
Amor evaporando
Os poros invadindo
Do nada ir-se rindo
Se rindo do qualquer
Nos olhos da mulher
Os brilhos dos meus.
Lábios se procuram
Passos pela sala
A fala se embarga
a adaga sem vacilo
o tinto que destilo
do vinho que me dás,
e valsas e boleros
amores quero-quero
e nada mais me cansa.
A noite que se avança
A lança que promete
E tudo se repete
Na cama que sonhamos,
Se tanto nos amamos
Talvez venha um amor
Talvez venha paixão
Ou simplesmente
Não...
Publicado em: 08/12/2006 16:36:01
Última alteração:31/10/2008 01:55:12



Teu olhar é perigoso,
Moça bonita e faceira.
Coitada da menina dos meus olhos...
Publicado em: 19/03/2007 10:46:02
Última alteração:28/10/2008 05:42:43



Me contaste teu segredo
Não posso mais duvidar;
Não precisa mais ter medo,
Preciso te namorar!
Publicado em: 11/11/2006 11:52:55
Última alteração:30/10/2008 10:46:03



SEGREDOS
Acordei de manhã cedo,
Com saudades de você
Meu amor sabe o segredo
Que este coração não lê.
Publicado em: 14/08/2008 13:30:12
Última alteração:19/10/2008 20:11:12



Seguindo a vida, feliz
Seguindo a vida, feliz
Não me canso de sonhar,
Da alegria peço bis,
Da tristeza não sou par...
Publicado em: 16/01/2009 12:33:09
Última alteração:06/03/2009 07:21:15


Seguir cada lampejo em perfeição
" Tua alma é o lampejar de um pirilampo
que, livre, desempenha sua missão,
minúscula faísca a voejar no campo.
Que luz imensa ele é na escuridão!"

Chaplin

Seguir cada lampejo em perfeição
Que espalhas pelos campos, companheiro,
Num faiscar sublime e corriqueiro
Eu procuro apreender nobre lição

Tocado pela glória, no clarão
Que o lírico poeta, qual luzeiro,
Espalha dominando o pampa inteiro
Forrando de belezas, a amplidão.

Sentindo de tua alma este perfume,
Eu sendo apenas frágil vagalume
Desfruto do luar a maravilha

Argênteos rastros deixas quando passas,
Minha alma de faíscas tão escassas
Inebriada; busca a rara trilha...
Publicado em: 25/02/2009 08:34:16
Última alteração:06/03/2009 01:53:00


Segunda Guerra Mundial - João Polino, o Herói de Santa Martha


Nos idos dos anos quarenta, havia uma ebulição no mundo, a segunda guerra mundial era a notícia em todos os jornais e rádios do país.
A entrada do Brasil na guerra mexia com os brios do nosso amado povo e, em Santa Martha não era diferente.
No único rádio do distrito, que ficava na praça principal, João Polino, ao invés da maioria da população que se espremia para poder ouvir o programa musical de Francisco Alves na Rádio Nacional, se interessava verdadeiramente pelo que ocorria do outro lado do mundo.
Como bom comunista, sem o saber, torcia imensamente pela vitória dos Aliados contra o regime fascista de Mussolini e, principalmente, contra o nazismo alemão.
Nas discussões que se faziam em torno das mesas do principal botequim do distrito, o “Santamartense”, não media palavras e nem conseqüências ao defender o líder russo.
Do outro lado, alguns descendentes de italianos ou de alemães eram as principais vítimas das críticas e comentários do nosso herói.
Até que, um dia, a despeito de todos aqueles que achavam que o jovem era somente um “catador de marra”, ao saber da entrada do Brasil na guerra e a convocação de Voluntários para irem ao combate, não pestanejou.
Entrando em contato com alguns conhecidos, no Rio de Janeiro, se ofereceu para entrar em combate.
Foi um Deus nos acuda; sua irmã, Oracina, estava assustada com tal atitude mais radical do tempestuoso irmão.
Não houve quem o demovesse da idéia, nem mesmo o pároco de Santa Martha, o padre Josias, velho conselheiro do vilarejo.
Ao dizer que havia recebido a confirmação de que tinha sido aceito, João causou verdadeiro clímax entre os habitantes. Não foram poucas as moçoilas que suspiraram frente à possibilidade de, simplesmente, conversar com tal herói.
Num dia frio, daqueles que ninguém esquece, partiu nosso amigo para o Rio de Janeiro, em busca das aventuras que a Europa preparava...
Passados seis meses da viagem, eis que uma notícia caiu como uma bomba em Santa Martha. No domingo, no trem das sete horas, iria chegar de retorno do Velho Continente, o heróico João Polino.
Banda de música na Praça, feriado escolar, todo mundo alvoroçado para recepcioná-lo.
Às sete e meia, pois o trem sempre atrasa, chegou com toda pompa e circunstância, para deleite de toda a população, o nosso Pracinha.
Fogos de artifício e os dobrados tocados no coreto da Praça Santa Bárbara. Os alunos da Escola Municipal, uniformizados, com Dona Louza à frente, reverenciavam o maior herói da história Santamartense.
Depois do rasta-pé que durou a madrugada inteira, João Polino, vivendo como se fosse um sonho, custara a dormir.
No dia seguinte, logo cedo, foi até ao armazém do Seu José Reis, usufruir um pouco da fama.
Ao ser indagado como fora a experiência, João não pestanejou: Que a Guerra estava sendo muito difícil, que tinha matado mais de quarenta alemães, etc. Falara, inclusive, que a Alemanha era muito bonita, e que não tinha dúvidas de que, assim que o povo alemão fosse libertado do nazismo, o país iria se recuperar.
José Reis, quieto, ouvia tudo e nada falava...
Mas, ao perceber que João se referia à Alemanha e não à Itália, estranhou.
-Hei João, quer dizer que a Alemanha é muito bonita? Aonde foi a pior batalha?
-Berlim. Respondeu João Polino, sem pestanejar...
Educadamente José não falou nada, e nem comentou o fato de João ter retornado a Santa Martha com uma morenice de fazer inveja...
Publicado em: 14/08/2006 15:52:58
Última alteração:26/10/2008 22:33:34



Segure suas cabritas que soltei o meu bode
152

Segure suas cabritas que soltei o meu bode

Mãezinhas fiquem aflitas,
Que começou o pagode,
Segurem suas cabritas,
Pois eu já soltei meu bode

Marcos Coutinho Loures

Meu amigo, então reflita,
Isso não é mais verdade,
Hoje em dia uma cabrita
Desvenda a paternidade...
Publicado em: 22/11/2008 21:37:00
Última alteração:06/03/2009 16:51:04



Seguro a noite inteira em teus quadris
Morena mais gostosa da cidade...
Requebros desejosos... sou feliz
E danço sem parar, felicidade...
A música mal pára peço bis.
Da boca carmesim, beijo e saudade...

Sentindo o leve toque dos teus seios,
Sentindo o teu arfar bem junto a mim.
As mãos vão sem juízo e querem meios
De achar as doces rosas do jardim.

A dança se fazendo mais ousada,
Vestidos, paletó, pra que botão?
Vermelha lingerie despetalada
Abrindo o teu portal da tentação...
Publicado em: 05/05/2007 13:09:48
Última alteração:15/10/2008 14:43:48



sei da história da menina
sei da história da menina
que morou com sete anões
pobrezinha desatina
chega a noite; confusões...
Publicado em: 17/01/2010 11:19:28
Última alteração:14/03/2010 20:28:48



Sei do quanto sou feliz,
Estando do lado teu,
Meu amor foi aprendiz
Já faz tempo que aprendeu...
Publicado em: 19/12/2009 19:42:08
Última alteração:16/03/2010 09:55:25



Sei do seio da saudade,
Da saudade, tão profunda,
A lua, por caridade,
De claridade, me inunda...
Publicado em: 19/04/2007 15:00:50
Última alteração:28/10/2008 01:03:06



Sei dos erros que cometo
Cada qual sabe o que quer
Todo sonho que eu prometo
Diz do amor desta mulher...
Publicado em: 17/01/2010 15:31:48


No aroma delicado em que cheguei
Pra te ofertar o amor que trago em mim.
Os males que tu tinhas já curei,
Ao te banhar em águas de alecrim.
Vivamos, pois então felicidade
Não quero nem lembrar se houve saudade...

Tu és minha esperança de alegria,
Meu verso desejado e preferido,
Vivendo um mundo cheio de alegria,
Sonhando um universo mais querido,
Conheço do teu lado esta verdade,
Pintada em pleno amor, sinceridade...

Vieste perfumar o meu canteiro
Com flores delicadas e singelas,
Busquei-te meu amor, o tempo inteiro,
Nesta beleza imensa que revelas...
Amor que tenho em ti, com claridade,
Nos permite viver, feliz cidade...

HLuna
Marcos Loures
Publicado em: 12/04/2007 23:46:12
Última alteração:06/11/2008 09:36:28



Sei que sou feio, mas eu sou gostoso...
112

Mote

Sei que sou feio, mas eu sou gostoso...

Eu sou cheio de defeito,
Mas eu me sinto charmoso,
Se ser feio é meu direito,
Sou feio, mas sou gostoso..

Marcos Coutinho Loures

Esse cara é convencido,
Mais parece um tribufu,
Todo dia é confundido
Com filhote de jacu...

Publicado em: 20/11/2008 18:36:23
Última alteração:06/03/2009 17:05:07



Sei que um dia vou morrer Mas te peço por favor,
Sei que um dia vou morrer

Mas te peço por favor,

Não precisa nem sofrer,

Eu não quero sua dor.
Publicado em: 23/10/2008 11:26:


Seixos e sexo.
Vindo do canto que canto que canto que canto que canto
Vento que invento e que repito ecôo.
Sem mar sem amar sem amara sem amarra sem arma.
Sem rumo.
Sem prumo
Me aprumo e desarrumo tudo depois.
Arrimo que não rimo e nem rima
Apenas primo e prima
Primaz.
Primata.
Pré nata
Recém nato e depois desato e destrato. Abstrato.

Amor quero teu gozo
Amor quero teu gomo
Tua fome e teu sonho
Se tudo der certo
Amanhã não volto mais...

Quero o sentimento farto e frágil, ágil e grácil,
Que agrade e não congele.
Nas esquinas e nas galerias, vazias e distantes
Nos serões e nos sertões, nas certezas.
Letreiros e visão, invasão sem ter fim.
Posse e possessão fico possesso e não rimo, estimo...

Melindro e não meandro, apenas desando e me perco.
Somos gomos e pomos, sonhamos sofremos e nos danamos.
Te amo, amo demais e por isso, adeus.
Não consigo mais conter
E não deixo que o mundo me domine
Quero a liberdade e sonho com ela.
Entornas a poesia e cadê busca?
Noite brusca e tempestades
Tempos e temporais
Atemporais meus desejos
Ensejos e seixos
Apenas isso
Seixos e sexo.
Publicado em: 26/11/2006 15:42:18
Última alteração:31/10/2008 01:41:44


Seja Feliz

Se tens outro amor que sejas feliz,.
A cicatriz que ficou é minha
Assim como o paladar que resta
Da festa mal curtida
Da vida mal amada
Do vazio que levo e do nada que dás;
Na paz esquecida que deixaste
Faço o verso que trama
Uma história vindoura.
Neste ancoradouro que formo
Se te informo e me deformo
Me conformo e me mando.
Mesmo amando, sem comando.
E que se dane teu novo amor.
Desamor e cicatriz...
Vaso partido e colado com cuspe
As cúspides e os Cupidos.
Que entupiram minhas artérias
As velhas e caricatas ilusões
Que os porões guardam.
Carregue para o teu novo amor.
E seja feliz.
Meu amor...
Publicado em: 31/12/2006 11:59:43
Última alteração:30/10/2008 20:14:40



Seja Feliz, Minha Amiga!

Seja feliz por toda a tua vida
Mesmo que a solidão fale teu nome
Mesmo que essa tristeza que consome
Demore-se em teu peito, dolorida.

Por tantas vezes somos enganados
Pela sorte ferina, traiçoeira;
Pensamos ter a dor por companheira
E que são tão medonhos nossos fados.

A cada novo sonho em descompasso.
Às vésperas da morte, em um fracasso,
Que a noite nos transforma em infelizes
Todo o tempo perdido em um amor
Que a solidão impede que revises
E transformes com calma e sem rancor.

Mas eu te peço, querida,
Em nome dessa amizade
Que essa dor tão dolorida,
Feita de tanta saudade

Não te impeça a claridade
Não consuma tua vida
Pois a tal felicidade
Nunca esteja, enfim, perdida...

Saiba que te quero, amiga,
Amizade é forte liga.
Como é belo teu brilhar!
Tua vida continua.
Tens na potência do mar
Toda a beleza da lua!
Publicado em: 05/12/2006 07:24:40
Última alteração:30/10/2008 18:18:24



O mundo, meu inimigo
Não permite que te tenha
E, muito menos, que venha
Viver a vida comigo
Pois sei que temes perigo.

Mas perigo não te trago,
Meu amor protegerá
Estando aqui ou por lá
Só darei o meu afago,
Amor com amor, eu pago.

Mas se não queres vir
O que vou fazer da vida,
Pois, pense nisso e decida
Tudo que posso pedir,
Pois nada pode impedir

Um amor quando se tem,
Não há nada que convença
Em amor a recompensa
Que em amor já me convém.
Pois sem amor, sou ninguém!
Publicado em: 02/12/2006 23:22:22
Última alteração:31/10/2008 01:57:32



Eu não tenho mais nem ar
Você não quer me namorar
Eu perdi, querida o chão
Não tendo mais direção

O meu passo em tanta dor
Nem saudade amenizou
Vivendo sem sentido
Olhar anda perdido

Lembrando de você
Que tanto deu prazer
E agora o que fazer
Senão chorar, chorar...

No jogo de encaixar
Quebramos a cabeça
Amor não me obedeça
E foge devagar
Sem ar sem ar sem ar...

Amor vira geléia
Danada dispnéia
Procuro oxigênio
Amor você é um gênio

Não deixou sobrar mais nada
Da água oxigenada
Usando pra deixar
A perna alourada
Mulher tão desgraçada
Me deixou sem ar...
Publicado em: 15/08/2008 15:49:23
Última alteração:19/10/2008 20:15:12




Quem não ama e não sente desta vida
O gosto da alegria e da tristeza
O sonho e fantasia da beleza,
A glória de viver se foi, perdida...

Também quem não sentiu o vento manso
Batendo levemente no seu rosto
Ou não teve sequer nenhum desgosto
E nunca descansou em um remanso.

Quem jamais percebeu suavidade
Na mão que acaricia levemente,
Quem nunca teve o gozo da semente
Que brota, num segundo, eternidade;

Vencido pelo medo nunca amou
Nem soube da fantástica ilusão
Que comanda esse jovem coração
Num rumo mavioso, Deus traçou.

Quem jamais sentirá dor e saudade
Do beijo que esta vida nunca deu,
Quem sempre se esqueceu e não viveu,
Distante se escondeu da majestade

Divina desta vida em pleno gozo.
Não sabe do sabor e frescor d’água
Da fonte cristalina. Pura mágoa
Domina um ser humano desastroso...

Pois quem, sem coração, vai pelo mundo,
Mal sabe que jamais será capaz
De entender o valor da eterna paz.
Pois nasceu e morreu, tudo num segundo...
Publicado em: 24/11/2006 14:36:25
Última alteração:31/10/2008 01:44:29



Nas cinzas do meu cigarro,
O que restou de você
No barulho do meu carro
Tanta coisa por dizer

Das noites mais deslumbrantes
Dos carinhos que trocamos,
D'outros tempos em que, amantes,
Sem temor algum, amamos.

E agora estou tão sozinho
Peço trilhos a seguir,
Mas sem ter sequer caminho,
Para aonde prosseguir?

Tantas curvas nessa estrada
Meu rumo vai se perder,
No final vai dar em nada
No nada, sobreviver...
Publicado em: 04/12/2006 21:56:53
Última alteração:30/10/2008 18:23:19



Sem domínio
Sem juízo
Ser venal
Carne
Cerne
Berne
Morna madrugada...
Vaga na garagem
Amor virou bobagem
Carrego na bagagem
A sombra da paisagem
Sombria tatuagem
Vaginais espetáculos...
Oráculos diziam
Tentáculos porfiam
E por fim...
Fazer dói
E o domingo
Comunga...
Publicado em: 15/04/2009 15:38:55
Última alteração:17/03/2010 20:49:06




Já não falo palavrão
Papai do Céu me castiga,
Mas que dá uma emoção...
Coisa nova ou coisa antiga,
Porém se sinto tesão
Minha gente nunca liga,
Se eu tenho ejaculação
Ou se a coisa assim periga,
Escondendo a tentação
Deus me livre desta intriga.
Por favor preste atenção
Mas te peço nunca diga
Se é no mato ou no colchão
Eu não quero comprar briga
Pondo fogo no vulcão
Por outro lado já siga.
Vou ficar aqui na mão,
Tremenda judiação,
Mas não diga palavrão...
Publicado em: 03/01/2008 16:07:52
Última alteração:22/10/2008 19:31:24




Sem pio o povo
No ópio vendido
Sem piedade
Nas Igrejas
Publicado em: 03/08/2008 20:56:51
Última alteração:19/10/2008 22:12:42



Sem rumo
Já não tenho barco
Nem tenho rumo,
Meu mundo em tuas mãos
Agarro teu vestido
E não consigo mais sair
Em teus braços sem saída
Busco toda vida e
Nada encontro
A não ser o desencontro
De nossas pernas e mãos
Agora, amada
Espero outro navio que me leve
Outra vela que me deixe navegar
Já que não consigo mais um porto
Espero que encontre um cais
Sem caos, em paz, na amplidão!
Me deste teu segredo
Sem medo e me arremeto
Te segredo meu sonho
Agora onde ponho
Meu sonho e meu mar.
Não me deste sentido
Não te dei caminho
Apenas vivemos
Cada momento e cada segundo
Nosso mundo foi vão
Um vão em vão
Sem sim senão
Somente de mentiras
E metades do que sonhamos ser
Agir e conseguir uma saída
Que traga nova vida
E que não deixe nosso barco à deriva.
Me escute, ouça
Eu te amo
E isso basta
Isso desgasta e desbasta mas salva
É disso que é feito meu sal
Sol e sonata
Certeza e serenata
Serenidade....
Publicado em: 26/11/2006 15:24:53


Por que sofrer saudades nessa vida,
Se não conseguirei jamais saber,
Porque somente foste despedida.
Ir me matando, aos poucos, sem querer...
Sem rumo, vai a vida, nau perdida,
Em meio a tempestades, me perder,
Sem conceber por onde está vencida,
A batalha, poder sobreviver.

Eu quero ter somente teu sabor,
Embora nada mais consigo ver,
A não ser despedida nesse amor,
Que tanto me deixou quanto me quer
Desejos e torturas de mulher.
Nada além do que pude conhecer,
Nada além, desse pouco que restou,
Somente a solidão disse o que eu sou...
Publicado em: 11/12/2006 22:58:00
Última alteração:30/10/2008 18:37:04


SEM TER NADA POR DIZER
Sem ter nada por dizer
Desse tanto que já disse
Por ter medo de viver
Sem ter nada que afligisse
Pelo canto mais sensato
Desse rio, do regato.
Por não temer o cansaço
Por nem ter o teu regaço
Quis fazer essa manhã
Com teu gosto minha amada
Ter no meu peito a terçã
Ter nos olhos madrugada
Sem saber por onde andar
Nem ter medo da saudade
Nem vontade de voar
Quero ter somente a lua
Mudando a forma, mas nua.
Percorrendo cada rua
Como se fosse ela, a tua.
Como poder ser teu colo
Como transformar teu solo
Como navegar ao pólo
Como resistir ao canto
Envolvendo-me no teu manto
Encantando-me teu encanto
Navegando no teu mar
Procurando teu cantar
Sabendo bem mais te amar
Que poderia essa vida
Ser estrada tão comprida
Que nunca pode estancar
O que sangra sem segredo
Esse amor me dando medo
No meu último degredo
No final dessa cantiga
Que de tanto ou mais antiga
Vai queimando feito urtiga
Fazendo a vida serena
Dando dor a quem tem pena
Dando essa asa a quem não voa
Vou levando a vida à toa
Navegando essa canoa,
Vivendo essa vida boa.
Com o gosto da saudade
No peito essa liberdade
Carregando a vaidade
De ser livre, sem ter medo.
De saber qual o segredo
Para poder suportar
As dores mais poderosas
Vou tentando perfumar
Com os olores das rosas
A quem queira me amar.
Quero saber dessa sina
Que me traz a ti, menina.
Que me faz sentir, calor,
Nos braços do meu amor
Na rede toda preguiça
Que vem, prende me atiça.
Me dando essa sensação
De chegar nesse meu chão
Carregado de perdão;
Lavando toda certeza
Na chuva da madrugada
Tornando desesperada
Cada ausência sem você
Querendo, só por querer.
Querendo sem nem poder
Amar quem nunca esqueci
Na vida que já perdi,
Na curva dessa esperança
Ser de novo tão criança
Trazendo em minha lembrança
O gesto mais delicado
Onde amor tornou-se fado
A vida dando o recado
O medo andando de banda
Pesando o peito sofrido
Que por muito já vivido
Leva seu tempo perdido
Vai em busca da certeza
De encontrar essa beleza
Que todos chamam verdade,
Mas pra mim, sinceridade.
Conhecendo a liberdade
Chamo de FELICIDADE!
Publicado em: 03/11/2006 18:23:35
Última alteração:31/10/2008 01:47:54

Sem ter, nas minhas mãos, o meu futuro,
À TUA GLÓRIA

Este trem que embarcaste, meu poeta,
é a tua vida, as linhas paralelas
são da tu'alma a beleza e o amor.

Seguirão eternamente, sempre retas
com o lume à tua frente, como estrelas
matizadas pelos olhos do Criador.

Se ainda não buscaste teu caminho
mas tens no coração a esperança,
com certeza será esta tua glória.

Fita, poeta, o azul do Bendito Ninho!
Se ainda prelibas a paz dos sóis, avança!
deixa teus sonetos grafados na história!

Golberi Chaplin

Sem ter, nas minhas mãos, o meu futuro,
Eu guardo no meu peito o valioso
Saber que neste mundo ledo e escuro
Eu tive um grande amigo e orgulhoso

Levanto o meu olhar, outrora duro,
E agora ao vislumbrar maravilhoso
Caminho que ensinaste com apuro,
Percebo o quanto tudo é fabuloso.

Meus versos com certeza, o tempo leva,
E mesmo tendo na alma amarga treva
Eu sei reconhecer que sou feliz.

Por ter tua amizade, companheiro,
O bem insuperável; verdadeiro,
Além do que mereço ou mesmo quis...
Publicado em: 04/01/2009 19:24:25
Última alteração:06/03/2009 13:26:02


Sem você, o que me resta?
Sem você eu perco a festa,
Sem você a dor se empresta
E não cansa de chegar.
Sem você, nesse momento,
Sem você meu pensamento
Vai virando este tormento
Que não cansa de marcar...

Sem você sou simplesmente
O que resta de repente
Do que fora totalmente
Hoje vive sem se dar.
Sem você nada consigo
Desespero sem abrigo,
Não restou nenhum amigo,
Sem você não sei amar!






sem você,á noite é sem estrelas
sem você,a lua esconde toda a beleza
sem você,a escuridão é interminável
sem você,não existe o sonhar
sou tua,você e meu.
não importa que vivemos
como a rainha e o plebeu...

A vida sem você não faz sentido,
Eu perco o meu caminho, rota e rumo.
Amor que satisfaz, um bem querido,
Bebendo em sua boca o doce sumo.
Depois de tanto tempo andar perdido,
Ao lado de quem amo; acerto o prumo.
E sigo mais feliz; vivo contente,
No amor que já se deu completamente...

LUCIANA DIAS
MVML
Publicado em: 27/10/2007 20:16:12
Última alteração:24/10/2008 14:49:50



Desilusão depressa vem chegando,
Fazendo o coração ir apressado,
As luzes do caminho se apagando,
Caminho em solidão, desamparado.
Castelo que eu sonhara, desabando,
Apenas o vazio segue ao lado.
Meu grito se perdendo em frio espaço,
Não tenho mais a força de teu braço...
Publicado em: 21/11/2008 11:52:45
Última alteração:06/03/2009 17:02:24


Sem alegria
Sem Minas
Melancolia
Alheio
Arreio,
Pesando
Nas costas.
Expostas ao vento
Ao momento
Que sei não virá
Adeus
Aos meus
Aos teus
E aos nossos
Fossos
Riscos
Cismas
Sismos
Solidão...
Publicado em: 08/01/2009 11:11:53
Última alteração:06/03/2009 11:47:00



Sem você, já me perco... O meu rumo deserto...
Sem você nada tenho, o que resta sou eu.
Sem você o meu canto, em pranto se verteu.
Sem você uma espera; o meu futuro incerto.
Sem você nada sou. Um céu em pleno breu...
Sem você... Pesadelo... Eu nunca mais desperto!
Sem você: ter um Deus no qual não crê
É triste seguir só, morrendo sem você!





O meu canto tristonho, outono em primavera...
Promessas deste sol desfeitas num segundo!
Quem dera me esconder desta cruel quimera..
Do brilho da esperança, embalde, já me inundo...
O gosto desta boca, amor enfim, quem dera!
A vida que pretendo esgota num segundo;
Abre, no peito triste, a colossal cratera.
Rasgando o coração, um corte tão profundo!

Sem você, já me perco... O meu rumo deserto...
Sem você nada tenho, o que resta sou eu.
Sem você o meu canto, em pranto se verteu.
Sem você uma espera; o meu futuro incerto.
Sem você nada sou. Um céu em pleno breu...
Sem você... Pesadelo... Eu nunca mais desperto!
Sem você: ter um Deus no qual não crê
É triste seguir só, morrendo sem você!
Publicado em: 14/12/2006 14:01:51
Última alteração:31/10/2008 01:37:54



Ah! Querida,

Eu preciso lhe dizer que hoje, pela manhã, ao ver, mais uma vez que estava sozinho, que havia perdido você, não pude resistir e chorei o tempo perdido, longe de seus braços, de seus carinhos, de seu amor...

O único alento, que torna a vida suportável é a leve esperança de que você também entenda o quanto erramos e voltemos a caminhar juntos, que sem você não sou neguem!

Tenho que lhe dizer que ando triste e sozinho, suportando a amargura de ver a vida passar sem o calor de seus beijos e a ternura de seu olhar..

Por favor,

Ajude-me a voltar a ser feliz, trazendo para a minha vida, a luz que flui da chama, o orvalho que beija as plantas, o perfume que completa as flores, as flores que enfeitam o jardim, o mar que o mar navega, pois tudo isso servia de cenário para o nosso amor, tudo isso se foi, junto com você.

Volte, antes que esta tristeza imensa apague a frágil luz de esperança que me serve de alento.

A esperança de que você entenda, de uma vez por todas que, sem você, sem o seu amor, eu não sou ninguém!

Marcos Coutinho Loures

Publicado em: 08/04/2007 20:11:27
Última alteração:27/10/2008 19:12:45



SEXTINA DA ESTÚPIDA ILUSÃO



Parturiente gozo da ilusão
Estampa estupidez a cada riso.
Cadáveres que fomos espalhados
Nauseabunda esperança adentra a casa.
Os olhos tocaiando duros sonhos,
O fardo de ser livre e vagabundo.

Qual fora tão somente um vagabundo
Gargalho de teu gozo, uma ilusão,
Somar e dividir inúteis sonhos
Garante pelo menos o meu riso.
No sangue derramado pela casa
Pedaços do que fomos; espalhados.

Os rios entre as pedras espalhados
Ao mar em fardo imenso, um vagabundo,
Na clave que me entranha a velha casa
Fagulha derradeira da ilusão
Preconizando assim, um ledo riso
Matando em nascedouro raros sonhos.

Colecionando assim, erros e sonhos,
Em cortes mais sutis, vão espalhados
Diversas ironias, pranto e riso
No amor quase imbecil e vagabundo
Levaste cada gole de ilusão
Jogando o que restou na nossa casa.

A dor que fez de nós a sua casa
Sabendo maltratar antigos sonhos
Poreja inda resquícios de ilusão.
Momentos esquecidos e espalhados
Meu canto se permite, um vagabundo
Fingindo acreditar esboça um riso.

Quem mesmo em agonia trama um riso
Fazendo do sarcasmo a sua casa
Sem laços, um divino vagabundo
Embaralhando os passos de outros sonhos
Catando os restos todos, espalhados
Inda pretende estúpida ilusão.

Protética ilusão em vasto riso,
Perfumes espalhados pela casa.
No vértice dos sonhos, vagabundo.
Publicado em: 19/01/2008 10:55:08



SEXTINA DA MORTE DA SAUDADE


Às vezes me perdendo na saudade
Busquei ao fim do dia estar liberto,
Perdido já nem sei tranqüilidade,
Meu mundo desabou e foi bem perto.
Agora que conheço esta verdade
Não quero mais saber de amor deserto.

Deixando o que encontrei; puro deserto,
Não tenho nem resquícios de saudade,
Eu quero desfrutar de uma verdade
Que possa transformar preso em liberto.
Sentindo outro perfume estou bem perto
De ter o que mais quis: tranqüilidade.

Não posso desejar tranqüilidade
A quem semeia ventos no deserto,
Por isso minha amiga; estou por perto
Embora não mais tenha uma saudade,
Eu sinto o coração bater liberto
Usufruindo o sonho da verdade.

Bebendo em mansa fonte tal verdade
Eu vejo renascer tranqüilidade
E nisso vou seguindo mais liberto,
Tempestade caindo no deserto
Não deixa mais nem traços da saudade
Sabendo que o futuro anda por perto.

Longínquas esperanças vão bem perto,
E nisso desfrutando da verdade
Deixando uma tristeza na saudade
Mergulho em claro mar: tranqüilidade
Arando o que já fora tão deserto
Trazendo o peito aberto e mais liberto.

O canto em alegria, enfim liberto
E quem quiser que esteja sempre perto
Prometo que não fujo nem deserto,
Eu quero amor que seja de verdade
Podendo bendizer tranqüilidade,
Do velho não restou nem a saudade.

Não tendo mais saudade vou liberto,
Total tranqüilidade aqui por perto,
Deságuo uma verdade em teu deserto.
Publicado em: 23/01/2008 18:31:37



SEXTINA DO AMOR IMENSO

O amor que canto em versos, sem descanso,
Moldura em que minha alma se encontrou,
Vestido de esperança sempre avanço,
Buscando aonde estrela mergulhou
O coração feliz, batendo manso,
Já sabe o que procuro, aonde vou;

Encontro uma alegria e sempre vou
Jamais necessitando de descanso
Meu passo se tornando bem mais manso
Portando o sonho raro que encontrou.
Olhar que dentro em ti já mergulhou
Permite que se louve cada avanço.

Imerso neste sonho, amor, avanço
Sabendo o que mais quero, cedo vou
No abraço mais perfeito mergulhou
Buscando tão somente algum descanso
A paz que procurava se encontrou
Encantos que me fazem bem mais manso.

O mundo que tentara ser mais manso
Na luz que assim me toca enquanto avanço
Certeza sem tormentas encontrou
Sentindo o teu carinho logo eu vou
Os olhos nos teus olhos eu descanso
O amor que em plena paz já mergulhou.

A vida sem temores mergulhou
Em lago mais sereno e sei tão manso,
Lugar quase perfeito pro descanso
Do coração guerreiro em que eu avanço
Sabendo o que mais quero agora eu vou
Seguindo o que o amor puro encontrou.


O rumo entre as estrelas encontrou
No mar de amor imenso mergulhou
Mostrando o claro azul por onde vou
Trazendo o coração agora manso,
Sem medo e sem tristezas eu avanço
No cais do amor intenso, o meu descanso.

Quem teve o seu descanso e se encontrou
Em cada novo avanço mergulhou
Já sabe o rumo manso aonde eu vou...
Publicado em: 17/01/2008 20:54:02



Sextina do amor maior
Amor tanto machuca após prometer cura.
A noite na minha alma é sempre tão escura.
Não tendo teu carinho, espero teu perdão.
A lua no meu peito aguarda a escuridão.
Meu verso te dedico, espero teu carinho.
Não posso mais ficar nem quero ser sozinho...

A vida me deixou num canto, tão sozinho.
Na boca que me morde aguardo minha cura;
Eu que jamais esqueço um ato de carinho;
Por mais que seja estranho, espero a noite escura.
Sou como pirilampo, adoro a escuridão.
Por isso minha amada, entregue-se ao perdão!

Quem passa pela vida em busca do perdão,
No fim de seu caminho, encontra-se sozinho.
Quem busca neste sol, imensa escuridão,
É como quem procura a dor pensando em cura.
A luz tanto incendeia a noite mais escura
Quanto esta alvorada, imersa em teu carinho.

Eu quero o teu amor, em forma de carinho,
Aguardo assim, querida, um laivo de perdão.
A profundeza da alma está, sem ti, escura.
Cansado desta estrada, andando tão sozinho,
Espero pela amada, a certeza da cura...
Quem sabe inda tenha, a luz na escuridão?

A tempestade chega em plena escuridão.
A lua vai embora, esperava um carinho
De estrela enamorada, a dor negou a cura.
A noite nebulosa, em raios, sem perdão,
Avisa à pobre lua. Um cometa sozinho,
Passa, qual fora um raio, em plena noite escura.



Assim é meu amor, saudade tão escura
Em busca do teu beijo, encontro escuridão.
Melhor morrer assim, sem nada, tão sozinho...
Sem sonho que me traga, amor, calor, carinho.
Eu sei nunca darás, o dom do teu perdão...
A minha lua morta, esparsa-se, sem cura...


Cura é um mero sonho, a vida é breve, escura...
Perdão simples palavra em plena escuridão.
Carinho nunca tive, agora vou sozinho...
Publicado em: 18/11/2006 16:13:34



SEXTINA DO AMOR PERFEITO.

Recolho os rastros teus pelo caminho,
Seguindo estas pegadas, me encontrei,
Bebendo do teu corpo o doce vinho,
Percebo, num momento ser o rei
Do império fabuloso em que me alinho,
Fortuna em fantasias, eu criei.

Castelos que em teus olhos eu criei
Estradas divinais onde caminho
Ao sonho sedutor eu já me alinho
Mostrando o bem da vida que encontrei
Não quero ser escravo nem ser rei
Apenas degustar de ti, teu vinho.

Tu trazes bom licor e raro vinho,
Teu sonho com meus sonhos já criei
Vencendo a luta insana contra o rei
Não tendo em minha vida outro caminho,
Agora que a certeza eu encontrei
Decerto passo a passo em ti me alinho.

No mundo em que me mostras, eu alinho
Sabendo que terei divino vinho
Melhor que nesta vida eu encontrei,
De todos universos que criei
Em ti eu vislumbrei o meu caminho
E nele com certeza sou teu rei.

Princesa necessita que seu rei
Estenda o seu reinado aonde alinho
O bom de usufruir deste caminho
Que trama o mavioso e tinto vinho.
Maior das fantasias eu criei,
Depois que estes teus rastros encontrei.

Sabendo que a verdade eu encontrei
E nela; prisioneiro, eu me fiz rei
De todos estes sonhos que criei,
Decerto com teu passo eu já me alinho
E verto no teu corpo o doce vinho
Singrando cada passo do caminho.

Sabendo do caminho que encontrei
Bebi do raro vinho como um rei,
No amor que amor alinho, amor criei.
Publicado em: 17/01/2008 22:08:26



EU TE AMO!!


Meu barco se perdendo em tempestade
Distante dos teus braços, sigo só.
Não tendo mais sequer a claridade
Percebo bem longínquo o porto, o cais
Quem dera se eu pudesse ter o amor
Decerto eu poderia ser feliz.

Quem busca nesta vida ser feliz
Ao enfrentar a dura tempestade
Já sabe da importância de um amor
E nunca quer seguir assim tão só.
E busca na alegria ter seu cais,
Farol de uma esperança – claridade!

Percebo em teu olhar tal claridade
Que sabe me deixar bem mais feliz
Proporcionando à sorte um belo cais
Vencendo a mais terrível tempestade.
O coração amante não vai só
Ao ter a calmaria feita amor.

Seguindo os rastros mansos deste amor
Percebo ao fim do túnel, claridade
Que surge quando um sonho não vai só
E me permite ser enfim feliz
Embora a vida traga a tempestade
O amor leva meu barco para o cais.

Encontro nos teus braços o meu cais
Levado pelos ventos deste amor
Depois de ter vencido a tempestade.
Nos olhos de quem amo a claridade
Iluminando a glória: ser feliz,
Caminho de quem nunca vive só.

Quem pensou tantas vezes ser tão só
Ao ver no colo amado, um doce cais
Já sabe que é possível ser feliz,
Pois tem a fortaleza deste amor
Bebendo da alvorada a claridade
Não teme mais sequer a tempestade.

O meu passado em plena tempestade
Daria uma certeza de ser só
Não fosse ter a sorte e a claridade
Depois de tantos anos, como um cais
A maga sensação do pleno amor
Promessa de um futuro mais feliz.

Não tendo mais temores, vou feliz
O peito aberto enfrenta a tempestade
Contando com a força deste amor
Que nunca me abandona e deixa só.
Quem sabe que terá na vida um cais
Das trevas faz surgir a claridade.

Dos teus olhares sinto a claridade
Tornando o dia-a-dia, enfim feliz.
Ancoradouro belo, um raro cais
Afronta com bonança, a tempestade,
Matando a sensação amarga e só
Revigorado sempre pelo amor.

No barco, o timoneiro sendo amor
Traz a inerente luz e claridade
E segue o seu destino por si só
E tem por garantia o ser feliz,
Apascentando sempre a tempestade
E chega calmamente a qualquer cais.

Vagando a noite inteira, busco um cais
Levado pelos ventos de um amor
Enfrento a ventania, a tempestade,
Seguindo passo a passo a claridade,
Decerto assim serei bem mais feliz
Desembarcando aqui, não vou mais só

E peço assim querida, uma vez só,
Recebe o meu saveiro no teu cais
Deixando-me contente e mais feliz.
E ao ter o teu carinho, meu amor
Na paz que me transmite a claridade
A vida não trará mais tempestade.

É dura tempestade o ser tão só
Porém em claridade sei do cais
Que quando em pleno amor nos faz feliz.

SEXTINA DUPLA
Obs A sextina dupla foi composta inicialmente por Petrarca e Dante
Publicado em: 10/01/2008 16:45:43


SEXTINA EM HOMENAGEM A BACO


Adoro sacanagem se bem feita,
Vontades misturadas sobre a cama,
Fodendo a noite inteira sem limites,
Comendo este cuzinho tão gostoso.
No gozo que esparramas sobre mim,
A nossa putaria não tem fim...

Penetro devagar até o fim
Na louca sedução, cabeça feita
Lambendo esta xaninha, vem a mim
Rolando sem pudor na nossa cama,
Amor que se faz sempre assim gostoso
Apenas no prazer tem seus limites.

Não vejo diferenças ou limites
Princípio deste amor, gozo sem fim
No rebolado audaz e mais gostoso
Bacante sacanagem quando é feita
Botando tanto fogo sobre a cama
Rebolas bem safada e goza em mim.

Cavalga a noite inteira, vem a mim
Sem medos, sem juízos, ou limites
Roçando pau e xota em nossa cama
Entrando em tua gruta, vou ao fim
Entregue à cavalgada sempre feita
De um jeito bem safado e mais gostoso.

O sexo tão divino, assim gostoso
Deixando todo o mel molhado em mim
Mostrando a putaria que é bem feita
Não respeita sequer nossos limites
E vai a noite inteira e tem por fim
A farta profusão, quebrando a cama.

Tua buceta aberta em minha cama
O teu grelo durinho e tão gostoso,
Fudendo o teu cuzinho, chego ao fim
Enquanto esfrega a xana sobre mim
Exploro de teu corpo, os teus limites
A bunda tão gostosa e assim bem feita.

A putaria é feita em nossa cama,
Sem ter limites, fodes tão gostoso
Teu gozo vem a mim, princípio e fim.
Publicado em: 19/01/2008 13:18:22



SEXTINA


O riso que tramaste penetrante,
Cortando minha carne uma navalha,
Irônica sorrindo calmamente,
Prenúncios de vinganças, tal batalha,
Jogando com sarcasmos dentro da alma,
Teu vômito em meus lábios já se espalha;

Palavra que maldizes cedo espalha
A podre sensação mais penetrante
Entranha com vileza uma pobre alma
Trazendo em agudeza esta navalha.
Sobrevivência insana assim batalha
Contra quem me mata calmamente.

Às vezes se mostrando calmamente
O fogo que em momentos vem e espalha
Incendiando cedo esta batalha
Algoz em garra fria e penetrante.
No riso o frio fio da navalha
Adentra mais profundo, invadindo alma.


Procuro nos recônditos desta alma,
Mesmo em tempesta, sigo calmamente,
Encontro enquanto afias a navalha
Teu riso mais cruel que logo espalha
A dor que me sinto agora penetrante
Sabendo que perdi esta batalha.


Perdido feito um cão que na batalha
Esquece no caminho corpo e alma,
A dor de um corte imenso e penetrante
Demonstra com sarcasmo, calmamente
O quanto o vento intenso a dor espalha
Aprofundando em mim, tua navalha.

Na lâmina cruel desta navalha
Sinônimo perfeito da batalha
Que em noite sem limites logo espalha
O medo que me invade, adentra a alma,
Mentindo, vou seguindo calmamente
Pisando em cada espinho, penetrante

No corte penetrante da navalha
Sangrando calmamente na batalha
O podre de minha alma já se espalha.
Publicado em: 21/01/2008 23:18:23



Semeeiro do Amor
Eu sempre receei o teu amor,
Trazias, eu bem sei, desconfianças,
Embalde minhas fortes esperanças
No fundo prometias desamor.

Valendo do provérbio que me diz
Que quem espera, é certo, sempre alcança,
Fiei-me de viver nossa aliança.
Que um dia me faria mais feliz...

Perdi todo esse tempo nesta espera
Que nunca traduziu-se na verdade,
Nem lume ou esperança ou claridade,
Vieram, só deixaram u’a cratera.

Promessas e desejos não bastaram
Talvez eu seja um mau semeador,
Nos grãos que eu escolhi, decerto amor
Entre as sementes nunca se encontraram...

Agora com certeza, sem temor,
Irei fazer com fé novo plantio.
Quem saiba traga chuva e novo estio,
Brotando essas sementes, as da dor!
Publicado em: 29/11/2006 21:12:38
Última alteração:30/10/2008 18:27:19




Semente que plantamos
Arando com carinho.
De quantos, tantos ramos,
É feito o nosso ninho.
Publicado em: 22/10/2008 17:07:24


Te vejo como o porto de partida
Da vida que procuro sem dar tréguas
Por léguas tão distantes, muitas vezes,
Há meses te busquei, meu grande amor.
No andor, em praças, paços e caminhos,
Por ninhos e por sonhos, minha glória.
Na merencória lua que não veio
No seio da esperança companheira.
Inteira e desejada em cada cais,
Jamais hei de deixar de te querer...



Querer sentir teu corpo sobre o meu...
Quem sabe seja um sonho e se perdeu
Nas ruas esquinadas desta vida.
Meu sonho de poder viver contigo,
Por um momento sinto, mas desligo,
Julgando nossa história, vã, perdida...

O beijo que roubei de tua boca,
Manhã da minha vida... Mas bem pouca
A sorte que me guia pela estrada.
No canto que te fiz, enamorado,
Ausência fez saudade, que é meu fado,
Depois de certo tempo, sobrou nada...

As flores que murcharam no jardim,
O mundo desabou dentro de mim.
Somente o vento frio me restou.
Perfume que julguei da primavera,
Morrendo de cansaço nesta espera,
Apenas foi um sonho que acabou.

Mas guardo a sensação de um doce beijo,
Trazendo ainda um resto de festejo
Uma lembrança boa... Uma alegria...
Quem sabe, meu amor, meu canto triste,
Faça-me relembrar que ainda existe
Um pouco de esperança e fantasia
Publicado em: 08/04/2007 22:21:41
Última alteração:30/10/2008 16:24:32



No caminho dos deuses encontrei
Aquela que por séculos busquei,
Princesa deste reino: o bem querer.

Numa alameda cheia de perfumes
Nos olhos perfeição de belos lumes,
Vontade de te ter e de saber.

O rumo das estrelas percorri
Sabendo meu amor que estás ali;
No rastro do cometa, a sensação

De ser o homem feliz que te encontrou
Mulher que por encanto um deus criou
Numa atitude plena de paixão.

Beleza se traduz definitiva
Na sílfide divina que cativa
E enreda a cada dia mais e mais.

Na teia deste amor sou eu vou vivendo
Vivendas, alamedas, percorrendo,
Não deixe que eu acorde,amor, jamais!
Publicado em: 24/02/2007 17:49:06
Última alteração:30/10/2008 16:35:13


sempre te amarei
Amor é muito pouco pro que sinto,
Deveras necessito tanto tempo
Perdido vou em busca do tormento
Por vezes, é melhor seguir sozinho...
Não quero mais as dores que já tive
Estive em tantos mares que nem sei
Errei por pesadelos mais constantes
Amantes dos meus sonhos, sempre leves
E breves como a aurora que desejo.
O beijo mais tranqüilo que não salva.
Acalma e não permite que misture
A cura com meu canto sem defesa.
A mesa está reposta, mas não vejo
Vontade de saber por que perdi,
Sentidos extremados, mas sem rumo.
Aprumo tanto sonho que não quero,
Refiro-me, por certo ao tal amor,
Remota sensação de liberdade
Envolta em tamanha crueldade
Além de tudo, mata, devagar.
Vagando por estrelas que perdi,
Em tudo meu amor, sobrevivi,
Porém ao próprio amor, de amor, morri.
Publicado em: 18/09/2008 13:51:45
Última alteração:03/10/2008 13:54:55



Sendo um pobre sonhador
Te imagino do meu lado,
O cantar de um trovador,
Sem te ter, fica calado...

Publicado em: 19/12/2009 08:28:04
Última alteração:16/03/2010 10:38:30




S
entido, um gemido o sol solta...
E
, as estrelas suspiram apaixonadas...
N
ada mais há a dizer sobre este,
S
entimento que, em mim lavra...
Ú
nico, exclusivo....
A
minha alma apaixona...
L
uz que dela irradia.............

S

into teu perfume... Vem chegando...

E

o vento que te trouxe; minha amada;

N

otícias de onde estás já me repete...

S

ei o quanto é preciso navegar


U

m mar inteiro, mas irei



A


braçar tua nudez, beijar tua boca...


L

ogo; este oceano vira um ribeiro...

Marta Teixeira

Marcos Loures

Publicado em: 22/03/2007 12:42:02



Sentidos...
Não sei se te queria ou não...
O certo é que sonhava algumas vezes.
Bem perto, distante, tanto faz
A minha boca te procurava.
Mas, engraçado, meus olhos não te viam...
Era bonita, disso eu tenho certeza.
Sem rosto definido, ou coisa assim,
Mas realmente muito bonita!
Os meus sentidos todos te sentiam.
Menos a visão.
Essa não podia dizer
Se eras branca, negra, morena, asiática
Apenas te desejava.
Tua nudez era ansiada!
Deveras ansiada e
Imaginada!
Teus seios me pareciam deliciosamente
Lactogênicos.
E o sabor deste leite entranhava meus lábios...
O leite que nunca produziste,
Ou quem sabe será meu.
Mel e manto, espantos...
Outra coisa que me chamava a atenção
Era o perfume de teus olhos.
Tinham um quê de pêssego e de maçã.
Transcendiam a um tempo onde fui feliz.
Vestido desta fantasia, não pude deixar de te ouvir.
A tua voz era algo assim como
Se uma sereia.
Serei-a? me perguntaste.
Sim serás...
Sinceras as minhas respostas.
Uma sereia que sabe o sabor do sal.
Do salgado desta vida e dos meus olhos...
Por que não voltas?
Publicado em: 17/11/2006 00:07:05




Olhando nos teus olhos
Decifro os teus enigmas
Magias e delírios
Encantos sem ter fim.
Um verdadeiro totem
Um símbolo sagrado
Perfeita sincronia
Viceja lado a lado
Desejo que se expõe
Compondo a maravilha
Que traz em verso e brilho
Fantástica esperança.
Na dança em que se avança
A noite qual criança
Amor depressa alcança
A lua imensa e mansa.
E toda recompensa
Além do que se pensa
Amor quando compensa
Expressa divindade.
Amor que é de verdade
A cada novo enfoque
Desnuda-se em belezas.
Sem presas nem presilhas
Não somos duas ilhas
E mesmo disto em milhas
Amor se pereniza.
O vento que me avisa
Da boca mais precisa
Da sílfide e sereia
Que invade em lua cheia
Perfaz divina teia
Acende o meu desejo.
Vontade se faz beijo
Um rito delicado
Do amor que sem pecado
Nos leva ao paraíso.


ML
Publicado em: 19/02/2008 21:10:17
Última alteração:22/10/2008 17:26:42



Sentindo teu prazer

Não tenho mais direito
A ter o meu conceito
A noite se renova
O tempo se comprova
Nas mesmas vãs idéias.
O tempo que me acorda
Tramando nas esquinas
Tratando-me qual bicho
Sou peça de museu
Que sempre foi tão tua
Sorvendo minha cara
Não valho teu respeito
Estampado na camisa
Bem perto do meu peito
Um simples objeto
Abjeto sem sentido
Sou tanto descartável
Sem rumo sem guarida.
Não quero teorias
Nem teoremas,
Se tramam fantasias
Eu faço meus poemas
Exponho em poesia
A minha solidão
Que é minha e sem cuidados
Não quero mais a fuga
Nem quero ser refugo
Apenas nada julgo
Nem jugo, quero ter.
A minha casa é quando
Às vezes não sei onde
Montado em meu cavalo
Espora o tempo traz
Mas vejo tuas unhas
Tentando ver o peito
Que sempre vai aberto
Alerta e sem rumos.
Nas marcas que dás
Perfeita cicatriz
Nas unhas entranhadas
Por certo, ser feliz.
Mas quero nessa noite
Em êxtase dançar
Sem ter mais um estase
Sentindo meu prazer
Voando pelo espaço
Nos braços de quem amo
E quem quiser me amar...
Publicado em: 31/12/2006 18:32:14
Última alteração:31/12/2006 20:22:34


Sentir o teu desejo // Em êxtase
beijar-te mansamente. // no calor da manhã
numa explosão // de puro prazer
sem par // infinito...

Marcos Loures // Mara Pupin

Publicado em: 30/03/2007 18:16:54
Última alteração:28/10/2008 06:09:00



Sentir o teu perfume // Cheiro do desejo

exalado // pelo teu corpo

nos nossos // devaneios

momentos insensatos...// íntimos!

Marcos Loures // Mara Pupin

Publicado em: 29/03/2007 19:40:20
Última alteração:28/10/2008 05:47:41


Sentir o teu perfume
Fumos entre os dedos
Dédalo liberto
Decifro os teus segredos...

Publicado em: 21/08/2008 19:35:08
Última alteração:19/10/2008 20:38:51


Ser amado
Ser amado, então procuro
Galopando o pensamento
Nas estradas da ternura
Vagabundo sentimento
Que não pode ser tormento
Nem refaz o que se quer
Nem tampouco o que já foi.
Amar é ser maré cheia
Transbordando penedias.
Coração tanto mareia
Quanto faz revolução.
Eu te quero, e não discuto,
Alvoroça o coração..
Publicado em: 03/10/2008 13:21:02


SER FELIZ CONTIGO
De ser feliz decerto
Jamais me cansaria
E vejo esta alegria
De ter sempre por perto
O amor que em ti desperto
E tanto bem queria
Além da fantasia
Gerando um rumo certo,
Vestindo outra certeza
A sorte sobre a mesa
Jogada em claros dados,
Os mansos caminhares
Por onde desenhares
Deveras nossos fados.
Publicado em: 06/07/2010 17:08:36




Para sempre terei uma saudade
De teu primeiro olhar, há tantos anos,
Quando ruir, no mar dos desenganos,
O meu castelo de felicidade...

De teus carinhos, quentes e profanos,
Para sempre terei uma saudade,
Quando chegar ao fim, a intensidade
Do amor que torna deuses, os humanos!

Como esquecer teus lábios sensuais,
Ansiosos por meus beijos? Nunca mais...
Olvidar teus carinhos... não! Não há-de

Meu ser fazê-lo! Amor, dos teus cabelos,
Desses teus olhos meigos e tão belos,
Para sempre terei uma saudade!

Para sempre viver nosso desejo
Em meio a tantos sonhos de verdade.
Sabendo a maciez de cada beijo,
Vivendo sem temer felicidade.

Eu quero me perder em tal cortejo
Que leva todo amor em liberdade.
Trazendo em cada dia que te vejo
A vida na perpétua claridade...

Não posso me esquecer de ti jamais
Nem ouso perguntar por onde andaste.
Tens a transparência dos cristais,

De toda a minha vida foste fim.
Agora que te encontro e que chegaste,
Eu posso ser feliz, p’ra sempre, enfim!

Marcos Coutinho Loures
Marcos Loures
Publicado em: 16/01/2007 19:31:29
Última alteração:30/10/2008 17:00:42



Ser feliz!


O principal motivo de teres nascido é a felicidade.

A nudez e a solidão do nascimento e da morte te mostram que nada nesse mundo te pertence. Nada, absolutamente NADA!

As coisas que estão contigo, simplesmente estão contigo.
NÃO SÃO TUAS.

Nem as pessoas com as quais convive, nem teus filhos e filhas. Ninguém pertence a ti, assim como não pertences a ninguém.

Isso pode dar uma sensação de abandono mas, muito pelo contrário te dá a exata noção de quem e de como e por que és!

Vieste do nada e não levarás nada para a outra etapa que, espero, tenhamos.

Apenas levarás a tua história e esta ninguém te tomará, a eternidade em vida é totalmente utópica e mentirosa.

Alguém se lembra do nome do tataravô por acaso?

Não baseies tua felicidade em ninguém.

Esta carga é tua e intransferível. Se não agüentas com teu próprio peso queres que alguém te carregue?

Impossível.

Cada um com sua própria carga de dores e prazeres, de tristezas e alegrias, portanto de FELICIDADE!

Ser feliz não é uma arte, muito pelo contrário, É NATURAL e, evolutivamente, inevitável.

Aos vinte anos de idade temos uma força insuperável e uma total incapacidade de absorvermos totalmente a alegria e a dor.

Isso mesmo, absorver a alegria; essa é mentirosa e frágil, tanto quanto a dor.
O problema é que somos seletivos. Acumulamos o lixo da dor e jogamos fora, com muito mais facilidade as flores da alegria.

Flores sim senhor! Flores são belas, olorosas e extremamente fugazes, geralmente não deixam cicatrizes.
Ao contrário das dores.

Lembramos mais dos espinhos que dos perfumes. Idiotas que somos!

A maturidade nos faz sentir que tudo isso é extremamente momentâneo e curável, tanto uma quanto a outra.

Ame muito, a única forma de ser feliz é amando.
Amor é não querer nada em troca e, mais difícil ainda, amar quem nos odeia ou não atingiu, ainda, a capacidade de amar plenamente.

Essa é para poucos e representa EVOLUÇÃO.

Engraçado que, quando somos crianças, nós sabíamos amar e depois esquecemos.

A criança chora e ri, briga e perdoa com uma facilidade invejável.

É por isso que os velhos e as crianças se dão tão bem. É o reencontro do homem com a sabedoria de saber amar e ser,
finalmente
feliz!
Publicado em: 01/12/2006 18:31:02
Última alteração:27/10/2008 21:23:40


Ser Feliz!

Pretenda a felicidade não como uma finalidade, ela não é.

Ela, naturalmente nos leva a um mundo melhor e que nos permitirá conhecer o bom da vida.

Não se deixe levar pela dor.

Embora pareça inesgotável, ela morre por si só.

Assim como o prazer.

Não se poupe com relação ao prazer.

A DOR NÃO TE POUPA, então dê o troco!

A pena penaliza mais que a verdade.

Doa a quem doer,
Mesmo em ti.

Porque, pode estar certo, não há renúncia sem dor.

Mas não deixe que o medo de magoar te magoe.

Cada um de nós tem a sua dor e o seu prazer.

E sabe onde encontrá-los ou, pelo menos, supõe!

Rasgue as mortalhas do passado, se elas te maltratam

Permita o branco da paz e o verde da esperança.

São bem melhores que o luto, principalmente o luto do dia a dia, causado pelo medo de matares o que viveste.

O prêmio depois da morte se adivinha na vida.

Então seja feliz, para que a morte não te pegue de surpresa e, depois de tudo, ainda te maltrate.

Felicidade se encontra mais nas pequenas do que nas grandes coisas.

Principalmente no amor.

Amor não rima com sacrifício, embora rime com dor, também rima com fervor.

Ame fervorosamente.

Mas, com a certeza de que, se acabar,
Tu tens todo o direito de seguir em frente
E ser feliz.
Publicado em: 06/12/2006 19:39:14
Última alteração:27/10/2008 21:25:41



SER FELIZ

Temo
Que a minha saudade
Que a minha tristeza
Que a minha incerteza
Que a minha vontade
Se percam de ti.

Se eu buscasse meu sonho no céu
Se eu acredito ser muito feliz
Ou coloquei os meus sonhos ao léu.
Perdendo assim, sem rumo, minha vida...

Vejo
Teus olhos de sonho,
Tentando um cometa
Vivendo outro mundo,
Me perco de ti.

Se eu pudesse te dar as estrelas
Se eu pudesse fazer mais feliz,
Sonho fosse da forma que se quis,
Encontraria sol na nossa vida...

Se eu pudesse cantar nosso sonho,
Se eu pudesse ser bem mais feliz
Deitando assim contigo sob estrelas,
Vivendo mais em paz a nossa vida...

Venha
Te quero comigo,
Rodando na noite
Sem temer perigos
Na noite que quis

Nos meus braços dormindo depois
No meu sonho de ser tão feliz,
Vivendo nosso amor, sob as estrelas,
Ao léu, novo caminho em nossas vidas...

Sonho
Teu colo macio
O mundo que penso
Sem dor e sem frio
Ser, enfim, feliz...
Publicado em: 09/01/2007 08:13:24
Última alteração:30/10/2008 18:30:46



Poetar a existência
ver a distância
comprovar o amanhã
fotografar a consciência do imperceptível.

Não rimar, pois rima não há
Ver pedra e transformar em flor
incluir os excluídos
apresentar a ausência.

Sorrir chorando
Chorar rindo
abraçar o invisível
caminhar, sempre.

ÍTALO JOSÉ MANNARINO
Publicado em: 25/01/2007 17:27:11
Última alteração:30/10/2008 18:30:04


SER TEU PAR
Rosa
Brilha
Galga
Trilha
Bebe
Gozo
Ri
De
Tudo
Mostro
Rito
Bebo
Grito
Sou
Teu
Par...
Publicado em: 22/09/2008 12:01:55
Última alteração:02/10/2008 19:48:17


Será amor?? / Tanto amor!

O corpo enlouquece / Ao ver você

desejo incendeia / me arrepio,

você! / é meu êxtase!

Mara Pupin / Marcos Loures

Publicado em: 26/03/2007 07:51:47
Última alteração:28/10/2008 05:46:03



Será amor?? / Tanto amor!// O amor nunca é demais

O corpo enlouquece / Ao ver você // Apetece

desejo incendeia / me arrepio, // me abandono;

você! / é meu êxtase!// você é meu dono.

Mara Pupin / Marcos Loures// Lucibei

Publicado em: 26/03/2007 09:39:40
Última alteração:28/10/2008 05:46:20



Distante do mar
Sereia sozinha
Espera o luar
Na cama se aninha.

Sereia bem sei
Que amor não se cura
Tanto procurei
Numa noite escura

Te encontro na praia
Te levo da areia
A vida desmaia
Morrendo a sereia...

Vida é tão ingrata
Nas águas eu morro
O mar que me mata
É dela o socorro!
Publicado em: 25/03/2007 18:11:29
Última alteração:30/10/2008 16:46:32



Nas ondas deste teu mar
Fui descansar lá na areia;
Menina, vem namorar,
Vem ser a minha sereia!
Publicado em: 29/12/2006 07:12:32
Última alteração:28/10/2008 10:03:42



Ah! Como dói o amor quando distante
E tudo desabando, casa e teto
Por mais que outra saída, eu arquiteto
O temporal em fúria deslumbrante
Riscando o céu em ânsia galopante
Corcel se perde enquanto o predileto,
Buscando no vazio algum afeto
Cometa volta e meia, o mesmo instante.

Hereges fantasias, tosco mundo
E dele quando nele me aprofundo
Encontro esta sereia em bela praia
E dela procurando algum motivo
Descubro estando atento e sempre vivo
O que ela esconde agora sob a saia.
Publicado em: 12/02/2010 16:47:26
Última alteração:14/03/2010 12:33:53




Nos teus pés, já bem cansados
Belos pés, se estás descalça,
Nas danças, abençoados;
Na serenata de valsa...
Publicado em: 18/04/2007 19:42:08
Última alteração:28/10/2008 01:02:45



Sertanejo coração
Sertanejo coração
Bem te viu e não se esquece,
Primavera em floração
Esperança sempre tece...

Publicado em: 26/08/2008 19:56:42
Última alteração:17/10/2008 17:09:07



Sertanejo coração,
Sertanejo coração,
Aguardando um novo inverno,
Mas distante da paixão,
Mesmo estio, mesmo inferno...
Publicado em: 19/01/2009 17:55:32
Última alteração:06/03/2009 07:15:


São setecentas trovinhas
Que compus pensando em ti,
Eu pensava que tu vinhas,
mas jamais te vi aqui...
Publicado em: 13/08/2008 19:36:53
Última alteração:19/10/2008 20:02:06


Seu amor foi o primeiro,
A dar nó no coração,
De janeiro até janeiro,
Eu não quero outro mais não!
Publicado em: 13/10/2006 15:24:48
Última alteração:30/10/2008 10:37:41





Merda é veneno.
No entanto, não há nada
que seja mais bonito
que uma bela cagada.
Cagam ricos, cagam pobres,
cagam reis e cagam fadas.
Não há merda que se compare
à bosta da pessoa amada.

Paulo Leminski

Seu corpo sensual, quando se entrega
A todas as volúpias do desejo,
Roçando suas coxas já se esfrega
E chupa com delícia em cada beijo.

A mão sem ter limites já navega
E a foda mais gostosa, assim prevejo.
Na vulva em tanto ardor cabeça cega
Se embrenha, chuva feita em relampejo

Dos gritos e gemidos, explosões,
Loucuras se misturam; tentações
Eu lambo teus recantos e salivas,

Depois ejaculando em mil ogivas
Nós misturamos lúbricos humores
No amor que é sem vergonha e sem pudores.
Publicado em: 15/08/2007 12:46:41
Última alteração:14/10/2008 13:28:05



Seu doutor uma criança
Também precisa comer,
Quem vive só de lembrança.
É bem melhor me esquecer...
Publicado em: 13/10/2006 16:01:35
Última alteração:30/10/2008 10:36:15




Seu moço me dê licença
Tenho muito pra contar
Não quero dor que convença
Nem tristeza vou te dar.
Publicado em: 17/10/2008 13:53:0



Seu moço, tanta saudade,
Foi feita de sofrimento.
Por um único momento,
Vasculhei realidade,
Passei por campo e cidade.
Procurei por meu amor,
Quero seu colo e calor.
Não encontrei nem indício,
Meu amor foi precipício,
Onde afoguei minha dor...

Meu tempo, disso estou certo,
Não teve nem mais valia,
Decerto que não sabia,
Não estava nem por perto...
Sei que viver é correto,
Mas de que vale sem ter,
Sem seu amor vou morrer,
Disso não tenho medo.
Seu amor foi o segredo
Mas que faço sem você?

Nas noites de solidão,
Que são as mais doloridas,
Me lembro das despedidas,
Vou pedindo seu perdão...
Me devolva o coração,
Sem ele, minha querida,
De que vale minha vida,
Nisso é melhor nem pensar,
Não tenho rumo ou lugar,
Não cicatriza a ferida...

Meus versos são bem tristonhos,
Por que ‘inda quero sonhar?
Sem você não há luar,
De que servem os meus sonhos...
Somente sonhos medonhos,
Povoam a madrugada,
Minha vida não é nada,
Sem ter você nada sou,
Minha estrada se acabou,
Cadê você, minha amada?

Nascido em terra distante,
Meu amor foi verdadeiro,
Da minha vida, o primeiro,
Que me deixou radiante.
Achei que eu era importante,
Em sua vida, meu bem.
Hoje sei que fui ninguém,
Nada fui para você,
Mas como posso viver,
A minha vida é um trem...

É tão triste a sina, agora,
A de não ter a mulher,
Que o peito da gente quer,
Por quem a gente só chora.
Saudade vem, me devora,
Engole meu coração,
Vomitando solidão,
Saudade bicha danada,
Acompanhou minha estrada,
Não quer me deixar mais não...

Procurei pelos seus braços,
Por sua boca divina,
Fiz minha alma cristalina,
E nem quis outros abraços,
De você nem vi os traços...
Perdida por outra banda,
Por onde é que você anda,
Me responde, eu lhe peço,
Senão, lhe juro, tropeço,
Nas danças dessa ciranda...

Meu amor trago meu canto,
Nas décimas que lhe faço,
Mas já perdi meu compasso.
Naufragado em seu encanto;
Restando só o meu pranto,
Não consigo meu intento,
Minha voz, perdida ao vento,
Você nunca vai ouvir,
Desde o dia que perdi,
Só conheci sofrimento...

Quem souber dessa morena,
E cujo nome é Ritinha,
Não é alta, é bem baixinha,
Tem uma boca pequena.
É calma, muito serena.
É bem fácil de encontrar,
É só olhar pro luar,
E reparar na beleza,
Assim, com toda certeza,
Fica mais fácil de achar...

Ela não anda, flutua,
A fala dela é de fada,
Por todos é adorada,
Ilumina toda a rua.
Minha vida é toda sua...
Tem os pés mais delicados,
São, por Deus, abençoados.
São provas que Deus amou,
Tudo que dela restou,
No meio dos meus guardados,


São essas fotografias,
Que mostro para vocês,
Repare bem nessa tez...
São repletas de magias,
Obra prima que Deus fez...
Moço, me diga a verdade,
Por minha felicidade,
Me responde, bem ligeiro
Se já viu, no mundo inteiro,
Me diga, por caridade,

Onde encontra essa tal moça,
Em que país ou Estado?
Coração descompassado,
Chorando, pede que ouça,
Meu lamento desgraçado
Já não chora outro chorar,
Não canso de procurar
Quero encontrar a Ritinha
Que num dia já foi minha,
E que não sei onde está...
Publicado em: 24/08/2006 16:47:51
Última alteração:23/10/2008 15:30:35


Seu olhar / Um farol

Toca-me a alma / Brilhando tanto

desperta meu coração / incendeia o mar

em chamas./ de desejos.

Mara Pupin / Marcos Loures
Publicado em: 23/03/2007 19:13:21
Última alteração:28/10/2008 05:45:41



Seu sorriso faz sorrir a quem anda sofrendo
98


Mote

Seu sorriso faz sorrir a quem anda sofrendo

Mantenha a sua tristeza
Acorrentada, num cofre,
Seu sorriso, que beleza,
Fará sorrir a quem sofre...

Marcos Coutinho Loures

Tua presença apascenta
Quem conhece temporal,
Ao vencer qualquer tormenta,
Traz estrelas no embornal..
Publicado em: 20/11/2008 16:13:42
Última alteração:06/03/2009 17:06:34


Sossego.
Aparentemente não há nada o que fazer
A não ser tentar dizer
Em versos meio tortos,
Meios torpes
O verdejar de teus olhos no crepúsculo.

Olhos errantes
Em um mundo errado
Sem maiores emoções
A não ser as costumeiras.

Jovem morto,
Amadureci sem conhecer
O verde da mocidade.
Agora, maduro,
Quase apodreço.

A sorte de teus olhos
Nem os búzios
Nem os astros
Nem as quiromantes
E nem as ciganas
Previram. Sorte.

Em paz espero o final do ciclo
Sem sonhos, esperanças, sem mais nada;
A não ser estes olhos. Verdes...
Publicado em: 02/06/2007 19:30:22
Última alteração:30/10/2008 16:26:15



Sexta-feira 13
Sexta-feira 13

Mensagem:

Eu moro num lugar bem pequeno em que o povo fica botando as coisas de assombração na cabeça da gente. Pois bem, era uma sexta-feira, ainda por cima 13. Estava eu voltando de um forró sozinha e indo pra minha casa ás 02:00 horas da manhã. Pra variar, em Boa Família, não tinha ninguém mais na rua, pelo menos viva não. Voltando naquele frio, doida pra chegar em casa e tomar um leite quente, tava eu no meio da rua quando começou um barulho. O negócio gritava muito. Quanto mais gritava mais eu corria e mais atrás de mim o troço tava. Eu já sem fôlego e com um poquim de coragem que me restava - coragem nada, eram as pernas que não obedeciam mais - parei pra olhar o que era. E o medo?! Nuss. Que cagaço! Olhei pra trás era um cachorro brigando com um gato e o cachorro corendo atrás de mim.
Mas aqui, tive de sentar numa calçada, esperar a coragem voltar, pois ela devia já estar lá em casa e dormir com sono de anjo. Mentira! Chamei minha mãe pra esquentar meu frio.
Gabriela Marquito
Publicado em: 15/03/2008 09:59:52


Sextilha - Dos amores que tive, e foram tantos
Dos amores que tive, e foram tantos,
Das mulheres que em sonhos concebi,
Meus dedos, nas carícias, nunca santos,
Tantos planos, enganos, que vivi...
Foram peças cruéis do meu destino,
Matando aos poucos, sonhos de menino...

Nas mais diversas camas, chama ardeu...
Nas mais divinas bocas, naufraguei,
Embora tanta glória se perdeu,
Julgava, tolamente, fosse rei...
Percebo, na tardinha dessa vida,
Que em cada encontro, havia despedida...

Silenciar feroz dessa existência,
A noite s’aproxima, vem inteira,
Procuro noutros braços por clemência,
Encontro a solidão por companheira,
Não quero mais sentir esse bafio,
Nem quero mais lutar, nem desafio.

De todas essas fêmeas tão ingratas,
As almas gêmeas foram simples mito,
A voz cansada, tantas serenatas,
Nem pretendo sonhar, digo e repito.
As tive todas, ‘té de santo véu,
Somente a poesia foi fiel!
Publicado em: 20/08/2006 18:45:47
Última alteração:31/10/2008 01:52:28


Sextilha - A minha poesia me sustenta
A minha poesia me sustenta,
Do que mais necessito p’ra viver,
Quando busco dessa água, alma sedenta,
Sacia sua sede de saber,
Na fonte maviosa e cristalina
Que só na poesia surge, mina...

Quanto mais vou faminto, mais preciso,
Desse maravilhoso, bel repasto,
É pão... dessa ambrosia eu como e biso,
Afastando o temor, cruel, nefasto...
De sentir, madrugada afora, fome,
Poesia-banquete me consome...

Ar que respiro, base para a vida,
Sem ela, poesia, me sufoco.
Força mantenedora, minha lida,
Nos meus versos, amores eu estoco...
Eu pergunto-te então, como seria,
Se não houvesse enfim, a poesia...
Publicado em: 20/08/2006 17:24:25
Última alteração:31/10/2008 01:52:09



sextilha - De tanto escrever na areia
De tanto escrever na areia,
O teu nome, minha amada,
E, depois, na maré cheia,
Não sobrar, dele, mais nada.
De tanto sonhar contigo,
Buscando teu colo amigo.

De tanto querer em vão,
Poder ter teu pensamento,
Vasculhando todo o chão,
Em busca d’um só momento,
Podendo estar a teu lado,
No final, desesperado...

Por acreditar em ti,
Por não crer mais, nem em mim,
No que fui, tanto perdi,
Queimando a dor, tão ruim,
Quero viver um segundo,
Em ti, o meu novo mundo.

São palavras que lamento,
São verdades que não digo,
Tanto ardor, tanto tormento,
Vida correndo perigo.
Minha sede, no teu beijo,
Matando mais que desejo...

Foi embora, mas, fiquei.
Esperando te encontrar,
Dessas dores, eu bem sei,
Não consigo nem lutar.
Quero afinal, meu descanso,
No mais sagrado remanso.

Teimando em nunca temer,
Achando, sem valentia,
Onde encontrar meu querer,
Seja noite ou seja dia,
Montado nesse alazão,
Que se chama: coração!
Publicado em: 12/08/2006 22:57:20
Última alteração:31/10/2008 01:50:41


Sextilha - Nessa curva da saudade...
Nessa curva da saudade,
Encontrei meu bem querer,
Procurei felicidade
A razão para eu viver.
Mas, me deixaste sozinho,
Coração tão miudinho...

Foste buscar n’outros braços,
Aquilo que eu quis te dar,
Meus olhos ficando baços,
Silêncio no meu cantar.
Me negaste teu anel,
Por que foste tão cruel?

Quis te dar minha amizade,
Nem isso quiseste ter,
Para falar a verdade,
Eu preferia morrer,
A viver sem teu carinho,
Meu coração pobrezinho...

A vida segue doendo,
Eu, na vida vou tão só,
Na vida, sigo morrendo,
E ninguém, de mim, tem dó.
Quero somente te ver,
Não consigo te esquecer...

Marcada por essa sina,
Minha vida não tem graça.
Sem saber, és assassina,
Culpada pela desgraça,
Que se abate sobre mim,
Não sabes que és tão ruim...

Meu amor, por caridade,
Não me deixe morrer não,
Me mande essa novidade,
Ajude meu coração.
Fale que gosta de mim,
Não me deixe, triste assim...
Publicado em: 12/08/2006 20:53:27
Última alteração:31/10/2008 01:50:36



Sextilhas - Eu sou mineiro de Minas
Eu sou mineiro de Minas,
Lá das tais Minas Gerais,
Canto versos, faço primas,
Até não conseguir mais.
O meu pai foi sertanejo,
Minha mãe foi só desejo...

Nas montanhas fiz a rede
Pro meu corpo descansar.
Fui matar a minha sede,
Bem distante do teu mar.
Nasci lá na Mantiqueira,
Na minha terra mineira!

Quem me ensinou a pescar,
Foi o meu velho Francisco,
Como é belo esse luar,
Mesmo crispando o corisco.
Na beleza das campinas,
Vou te conhecendo, Minas.

São diversas minhas dores,
Como é belo entardecer,
Tuas matas, meus amores,
Nos teus braços, vou morrer!
Nas tuas guerras fiz paz,
Em teus abraços, Gerais!

Sopro o vento lá na serra,
O vento vem de mansinho,
Canta o canário da terra,
Também canta o coleirinho...
Tanto canto que é capaz,
Encanta Minas Gerais...

Meu lamento vem distante,
A saudade dess’ alguém!
Meu amor, por um instante,
Tanto amor tamanho trem...
Sou mineiro e tenho fé,
Nascido em Muriaé!

Menina, faça o favor,
De me prestar atenção,
Tô falando d’ocê sô!
Vem vindo do coração.
A dor não mais arremata,
Pois sou mineiro da Mata!

Viola de doze cordas,
São cordas do coração,
Vê menina, vai acordas,
Chora meu violão!
Eu sou mineiro da Mata,
Ouça a minha serenata!

Eu comi feijão tropeiro,
Misturado com tutu,
Eu bem sei do mundo inteiro,
No buraco do Tatu...
Minha mãe é carioca
Mas conheceu engenhoca!

Tomei muita da guarapa,
Adocei o meu café,
Onça matei foi no tapa,
Com pescoção e chulé...
O meu pai de Miraí,
Bem perto d’onde nasci!

Fiz meu canto no repente,
Nem pensei no que ia dar,
Em careca, passo o pente,
Tiro poeira do mar.
Tanajura? Comi prato.
Bebi Iara no regato...

Vou terminando meu verso,
Tô cansado de rimar,
Vou buscar meu universo,
Juro, mais tarde, voltar...
Agora vou terminando,
Devagar, já vou andando...
Publicado em: 17/08/2006 19:47:45
Última alteração:31/10/2008 01:51:34



Sextilhas a quatro mãos Marcos Loures e ZF Marques


Nessa curva da saudade,
Encontrei meu bem querer,
Procurei felicidade
A razão para eu viver.
Mas, me deixaste sozinho,
Coração tão miudinho...


Me deixaste a saudade
Quando te dei meu amor
Pagaste com crueldade
Mergulhaste-me na dor
Porque és só vaidade
Peito frio, sem calor


Foste buscar n'outros braços,
Aquilo que eu quis te dar,
Meus olhos ficando baços,
Silêncio no meu cantar.
Me negaste teu anel,
Por que foste tão cruel?

Mas irás buscaf em vão
Procurando sem achar
Quem te dê ao coração
A certeza de amar
Pois quem vive sem paixão
Seu destino é penar

Quis te dar minha amizade,
Nem isso quiseste ter,
Para falar a verdade,
Eu preferia morrer,
A viver sem teu carinho,
Meu coração pobrezinho...


Não entendes sentimento
És apenas carne fria
Espalhando sofrimento
Sem jamais ter alegria
Não terás o meu lamento
Pois me salva a poesia

A vida segue doendo,
Eu, na vida vou tão só,
Na vida, sigo morrendo,
E ninguém, de mim, tem dó.
Quero somente te ver,
Não consigo te esquecer...

Já passei pela tortura
De buscar-te como louco
Vou em busca da ventura
De chamar-te fiquei rouco
Sei que vou achar a cura
Não és mais o meu sufoco


Marcada por essa sina,
Minha vida não tem graça.
Sem saber, és assassina,
Culpada pela desgraça,
Que se abate sobre mim,
Não sabes que és tão ruim...

Gostarias de saber
Que ainda penso em ti
Te apraz o meu sofrer
Tal frieza nunca vi
Consegui te esquecer
O meu peito agora ri


Meu amor, por caridade,
Não me deixe morrer não,
Me mande essa novidade,
Ajude meu coração.
Fale que gosta de mim,
Não me deixe, triste assim...


Podes ir, não voltes mais
Pra bem longe, eu espero
Me esquece, se és capaz
Mas te lembres, não te quero
E na hora maias fugaz
Te desprezo, isto é vero!

Marcos Loures

ZF Marques
Publicado em: 13/08/2006 18:14:33


Sextilhas
Seu moço me dê licença,
Vou contar para você,
A vida traz recompensa,
Já não quero mais morrer,
Quero o gosto da partida,
Tudo de bom nessa vida;

Não deixa nem um sinal,
No ranço dessa saudade,
Corro meu canavial,
Vou voltar para a cidade,
Nas ondas do rio mar,
Sem ter hora pra voltar...

Quero o desejo da moça,
Na boca que tanto quis,
Não me interessa essa poça,
Eu só quero ser feliz...
Tenho duas mãos cansadas,
Nas carícias, bem treinadas...

Tenho os pés para pular,
Nas mantiqueiras da vida,
Nem preciso mais voar,
Trago dor já bem curtida,
No couro que Deus me deu,
Quem sabe de mim, sou eu...

Quis ver a banda passar,
Cantando coisa d’amor,
Meu amor deixei por lá,
Chora um peito sofredor,
Pelas bandas do sertão,
Eu deixei meu coração...

Nosso amor que eu não esqueço,
E também teve valia,
Tanta dor que não mereço,
Dói de noite, dói de dia.
Mas agora vou de lado,
Esqueci do teu recado...

Tudo em volta era tristeza,
Eu deixei tudo pra trás,
Agora busquei beleza,
Agora eu só quero paz...
Já não quero mais a morte,
Encontrei saúde e sorte...

Nos braços dessa morena,
Foi a minha solução,
Amor demais me dá pena,
Bate firme coração...
No canto da sabiá,
Meu coração bate lá...

Fiz um verso pra Maria,
Joana quem quis ouvir,
Meu amor, bem que queria,
Meu amor eu bem te vi...
Mas não quero mais mentira,
Nem amarras nem embira...

Caprichoso e nordestino,
Fui seguindo meu caminho,
No meu mundo, meu destino,
Antes só que ser sozinho,
Tenho o canto do tié,
Eu canto, canta você...

Já podeis da terra, filho...
Lembrar dessa cigana,
Da vida sei estribilho,
Ela nunca mais me engana...
Sorte cigana cruel,
Muito amargo, traz o mel...

Eu plantei o meu roçado,
Deu formiga comeu tudo,
Nem fiquei preocupado,
Entrou calado sai mudo...
Formiga tanto que deu,
No seu roçado sou eu...

Meu amor troce de Minas,
Ouro em pó e muita rês,
Nas pernas dessas meninas
Enrosco tudo de vez,
Queria ter meu balanço,
Colado contigo, danço...

Faz frio quero teu colo,
Vem comigo se aninhar,
Eu vou te deitar no solo,
Tanto amor pra se amar...
Não reclame dessa sina,
Relaxe minha menina...

Quis um beijo não me deu,
Um abraço me negou,
Meu amor, então morreu,
Nem quer saber mais quem sou...
Chorei, um choro fingido,
É melhor que eu ter morrido...

A lua é de São Jorge,
O cavalo e o dragão;
A saudade em meu alforje,
Vai pesando o coração...
De banda, então eu caminho,
Já não ando mais sozinho...

Quis ter medo nada tive,
Meu segredo sei de cor,
Tanta dor que me contive,
Não quero viver mais só,
Preciso de companhia,
Seja de noite ou de dia...

Vagabundo coração,
Bate tanto sem ter senso;
Meu amor peço perdão,
Noutra coisa já não penso...
Quero a vida divertida,
Nos teus braços quero a vida...

Meu carro perdeu a roda,
Ao subir nessa alameda,
Vou cantando minha moda,
Queimando na labareda...
Faz assim um só carinho,
Coração apressadinho...

Meu amor, quando se gosta,
Não sei rezar outra prece;
Até mesmo um vira bosta,
Cantando nunca se esquece...
Quero teu carinho amada,
Toda noite e madrugada...

Meu amor tem um cadinho
De tudo que posso ter,
Machucando, vagarinho,
Matando sem perceber...
Amor trouxe novidade.
Agora? Maternidade!

Na fumaça do cigarro,
Amor fez as espirais;
No ronco desse meu carro,
Não te esquecerei jamais...
És a rosa na janela,
Tens o lume dessa vela...

Mas um amor pirilampo,
Não merece essa atenção;
É forte como relampo,
Mas num firma o brilho não...
Acendendo e apagando,
Meu coração vai matando...

Amor tem que ter saudade,
Já dizia esse poeta;
Um grande amor, na verdade,
Que é nossa principal meta,
Tem que deixar ess’azedo,
Certeza cheirando a medo...

Terminando meu cantar,
Eu falarei com clareza;
Não dá nem pra comparar,
É no mundo a realeza...
Bem maior, digo a verdade,
Que todo amor, a amizade!
Publicado em: 01/09/2006 11:59:56



SEXTINA AO MEU AMOR


No passo sempre firme deste sonho,
Vagando na amplidão, cada momento,
Num canto mais preciso eu te proponho
A força mais tenaz de um sentimento,
Que possa transbordar em mar risonho,
Trazendo para a vida um manso vento.

Tocado pela força deste vento
A cada noite sempre mais eu sonho
Um sonho assim gostoso e tão risonho
Valorizando enfim cada momento
Tramando a paz em pleno sentimento
Sabendo quanto eu quero e te proponho.

Amor que concebendo amor, proponho
Espalha esta cantiga pelo vento
Formando o mais sublime sentimento
Forrando em cada noite um raro sonho,
Não quero o teu amor por um momento
Além da eternidade irei risonho.

Meu mundo nascerá então risonho,
E neste amanhecer sempre proponho
Eternidade a cada bom momento,
Palavras são levadas pelo vento
Amor em perfeição é simples sonho,
Porém jamais neguei meu sentimento.

O quanto que me importa o sentimento
Decerto mais feliz, vivo risonho
Sabendo usufruir de cada sonho.
Amada quero mais e te proponho
Beber intensamente o forte vento
Que chega à nossa vida num momento.

Espero ansiosamente este momento
Quando aflorar intenso o sentimento
Numa explosão divina feita em vento
No vendaval do amor sacro e risonho
Loucuras divinais; a ti proponho
Podendo mergulhar em cada sonho.

Não digo ser um sonho, este momento
É mais do que proponho, é sentimento.
Meu coração risonho entregue ao vento...
Publicado em: 17/01/2008 21:36:48



SEXTINA AOS SONETISTAS PÓS MODERNOS.

Não adiantam mais sequer palestras
Palavras se perdendo sem sentido,
Nos versos as imagens mais funestas
Não tendo mais noção matando o rumo,
Fingindo que conhecem belo vinho,
Transbordam num licor bem mais amargo...

Cansado de sorver o gosto amargo
Enganam com mentiras e palestras,
Dizendo que vinagre virou vinho
Não têm mais, na verdade, algum sentido,
Tentando desviar depressa o rumo
Relíquias nas imagens tão funestas.

Sedentos pelas mágicas funestas
Que fazem do mais doce, o mais amargo
A turba desconhece assim o rumo
Vestindo a fantasia das palestras.
O vento da bobagem faz sentido
Metendo pela goela qualquer vinho.

A bagaceira quer virar um vinho
Nas trambiqueiras notas tão funestas
Eu sinto o quanto o verso tem sentido
Bebendo este boçal e fino amargo.
Vendendo o seu quinhão nestas palestras
O quanto nada vale acerta o rumo.

Poetas sem vigor perdendo o rumo
Não sabem dar valor ao raro vinho
E escondem-se debaixo das palestras
Sem nexo, sem caminho e sem sentido.
Empaturrando a pança com o amargo
Mostrando suas faces vãs, funestas

De tanta baboseira sem sentido
Eu sinto que o cavalo perde o rumo,
Portando este chicote fica amargo
E quer nos convencer que traz o vinho
Nas poesias torpes e funestas
Moderna aberração pede palestras

Ouvindo tais palestras sem sentido
As horas vão funestas, perdem rumo.
E tornam o meu vinho mais amargo.
Publicado em: 22/01/2008 18:10:59
Última alteração:22/10/2008 19:41:09



SEXTINA DA ALEGRIA DE AMAR

Não quero mais saber desta tristeza
Que um dia, foi sincera companhia,
Rompendo das paixões, cada represa,
Num mar de amor intenso, em ventania,
Transborda inundações, na correnteza
Voraz que me transporta em alegria

Vibrando bem mais forte esta alegria
Matando em nascedouro a vã tristeza
Seguindo mansamente a correnteza
Já tendo amor, tão terna companhia
Tocando no meu rosto a ventania
A sorte vai feroz, não se represa.

Quem tanto sentimento já represa
Não sabe conquistar tal alegria
Que é feita em tempestade e ventania
Deixando para trás qualquer tristeza.
Já tendo o teu amor por companhia
Enfrento qualquer rio ou correnteza.

Amor se mostra em louca correnteza
E não respeita mais qualquer represa.
Loucura vem fazendo companhia
Deixando um rastro puro em alegria.
Arranca na raiz qualquer tristeza
E mostra-se feliz na ventania.

O quanto quis teu bem, a ventania
Aumenta com certeza, a correnteza
Legando à solidão velha tristeza
Amor que não se mede nem represa
É feito quase sempre em alegria
E dela se tornando companhia.

Vivendo sempre em tua companhia
Espalho pelos campos ventania,
Bebendo toda a forma de alegria
Não temo mais sequer a correnteza
Que estoura qualquer forma de represa
E alaga com prazeres a tristeza.

Não quero mais tristeza em companhia,
A par desta represa, a ventania
Açoda em correnteza uma alegria.
Publicado em: 17/01/2008 21:51:19



SEXTINA DA DESESPERANÇA


Muitas vezes, escravo da esperança
Depois de tantos erros, vou sozinho,
Não tendo junto a mim, felicidade,
Um náufrago distante do seu barco.
Olhando para trás vejo somente
Disfarces recobrindo uma ilusão.

Não tendo mais comigo esta ilusão,
Eu mato o que restou de uma esperança
Carrego a solidão aqui somente,
E sigo o tempo inteiro tão sozinho.
Sem ter ancoradouro, o triste barco
Não quer reconhecer felicidade.

Por vezes eu pensei felicidade,
Depois eu descobri: era ilusão.
À deriva seguindo o pobre barco
Navega um mar distante da esperança;
E ao ver que sempre vou ermo e sozinho
Prepara a tempestade tão somente.

Agora que restou aqui somente
Fantasmas desta tal felicidade,
Percebo o quanto fui; no amor, sozinho
Tudo o que eu vivi, pura ilusão,
Apenas um engodo da esperança
Errôneo cais encontra o velho barco.

No corpo de quem quis, eu fiz meu barco
Sem cais eu me encontrei, vivo somente
Atado pelas cordas da esperança.
Jamais eu pude ter felicidade.
Se tudo o que eu já tive: uma ilusão,
Eu sei que seguirei e vou sozinho.

Depois de caminhar sempre sozinho
Afundando em procelas o meu barco
Jogado nas falésias da ilusão
Eu sinto aqui comigo isto somente
Não tendo mais enfim, felicidade
Escarro sobre ti, podre esperança.

Despido da esperança eu vou sozinho,
Felicidade é um porto já sem barco,
E o riso é tão somente uma ilusão...
Publicado em: 23/01/2008 16:05:20



SEXTINA DA ESPERANÇA DE AMAR

Após as dores tantas que passei,
Os medos que invadiram minha vida,
Agora que, feliz, eu te encontrei,
Do labirinto, encontro uma saída,
No mar de tanto amor, eu mergulhei
Deixando a dor distante e já vencida.

A luta mais renhida está vencida
Depois de toda dor que aqui passei,
Nos braços de quem amo, eu mergulhei
Razão para viver, o bem da vida.
Percebo finalmente esta saída,
Caminho mais suave que encontrei.

A sorte nos teus braços; encontrei,
Dificuldade imensa foi vencida
E ao vislumbrar, enfim esta saída
Depois da triste estrada que passei
Recebo o vento forte e beijo a vida
Nos lábios deste amor, eu mergulhei.

Em meio a tantas trevas mergulhei,
Sabendo que o caminho eu encontrei
Razão para seguir a minha vida;
A solidão enfim se fez vencida
Nas tramas mais doridas que eu passei
Resume nosso amor, uma saída.

Quem tenta na tempesta uma saída
Já sabe o quanto fundo eu mergulhei,
E todo o vendaval que aqui passei.
Somente após saber que te encontrei
Eu percebi batalha já vencida
E renovei em paz a minha vida.

Uma esperança doura a minha vida
Percebe ao fim do túnel, a saída
Deixando bem distante, de vencida
A chama em que sozinho, mergulhei
Agora meu amor que eu te encontrei,
Concebo o quanto outrora em dor passei.

Depois do que passei em minha vida,
Eu sinto que encontrei uma saída
Em ti eu mergulhei. Guerra vencida.
Publicado em: 19/01/2008 17:43:41
Última alteração:22/10/2008 16:43:26



SIM, EU TE AMOOOOO
Qual pena por amar-te assim, mereço?
Perdoe se te causo sofrimento.
Pois quem de amar, na vida, está isento?
E se amar for pecado, eu me confesso.

Em cada novo sonho, o meu fiasco,
A cada madrugada, uma lamúria.
Sou vítima da dor em sua fúria
Amor passou a ser o meu carrasco...

Só quero que tu saibas, nada peço,
Apenas que desculpes meu amor.
Lastimo que te cause tanto horror,
Eu tento e não consigo, eu não te esqueço.

Às vezes me pergunto e não entendo
Como posso ferir alguém assim?
Pois, por certo sou vil e tão ruim.
Pelo fato de amar eu tanto ofendo...
Publicado em: 26/11/2008 10:46:00
Última alteração:06/03/2009 16:38:53



Dançando a noite inteira ao bel prazer
Erguemos nossos olhos flutuando.
Do cálice divino eu vou beber,
Na orgástica emoção se revelando
O quanto é fabuloso assim viver,
Desejos e carinhos inflamando
Deitando sobre nós farta alegria
O sol amanhecendo num bom dia...




Seguirmos, par a par sem dar ouvidos
A tais censuras más, por certo insanas.
Os passos que encetamos, decididos
Em busca de manhãs mais soberanas.
Futuro, do teu lado, alvissareiro,
Amor nosso, sincero e verdadeiro...
Publicado em: 05/01/2009 14:55:05
Última alteração:06/03/2009 12:33:54




SIC .

OUÇO O CANTO DO ROXINOL
NA FLORESTA DESERTA E INCERTA.
É PARA MIM, OUSO DIZER
AO REGAR A PLANTA FLORIDA
DO MEU JARDIM IMAGINÁRIO.

SER RACI0NAL, EU ?
NÃO. NÃO ME INCLUA
PORQUE NÃO SEREI VÍTIMA DA REAÇÃO VIOLENTA
DE NENHUM EFEITO ESTUFA
RACIONAL.

JÁ PARTI, DEIXEI SEQUELAS
MAS ME LIBERTO A TEMPO
DO TEMPO QUE VIRÁ.
NÃO SOU ALGOZ, NEM VÍTIMA.
SOU INCAPAZ, APENAS.


DAS PENAS COM DESTINO CERTO
DO DESERTO RACIONAL DO SER HUMANO
QUE VIU SOCRATES, PLATÃO, ARISTOTELES
ENSINAR AO PERGUNTAR: POR QUÊ ?
INICIO DA FILOSOFIA, QUE RESTOU VÃ.

PERGUNTA JÁ NÃO HÁ.
RESPOSTA JÁ NÃO TEMOS.
FERIMOS A NATUREZA
E SUA REAÇÃO É A RESPOSTA ANUNCIADA.
SUPERIOR À IMBELICIDADE DA RAZÃO.


CALADA, VIU OS DESATINOS
EM NOME DO PROGRESSO COM SIC
NÃO ABRANGENTE E DESTRUTIVO
DA DIGNIDADE DO SER HUMANO
NESTA EXISTÊNCIA DIFERENCIADA.

É A PAGA PELA DESIGUALDADE
ERIGIDA PELO HOMEM
QUE A NATUREZA, COMO MÃE,
DISTRIBUI SUA BALANÇA E SUA ESPADA
PESANDO E BRANDINDO.

ROUXINOL ! CONTINUE COM SEU CANTO
E REGAREI A FLOR DA IMAGINAÇÃO,
POIS NESSA FLOR E CANTO
NASCERÁ O SOL DA EXISTÊNCIA
SEM NOSSA PRESENÇA.

ÍTALO JOSÉ MANNARINO
Publicado em: 25/03/2007 13:42:00



Sigamos, meu amor, a nossa vida
gozando do jardim... das nossas flores...
A sina necessita ser cumprida,
assim o deve ser nossos amores.

Oferta que nos fez a natureza,
em cores fulgurantes ou singelas.
Transbordam de perfume e de beleza:
as flores são rainhas nessas telas.

Sabendo deste aroma que se exala
Nos canteiros mais nobres da esperança.
Entrando em minha casa, quarto, sala..
Convites a viver em temperança.

Eu agradeço a Deus esse presente,
e sigo a minha estrada alegremente

HLUNA
Marcos Loures
Publicado em: 31/05/2007 12:31:48
Última alteração:15/10/2008 01:33:18



Silenciosamente, a tarde cai,
Na estrada deserta,
um simples cair de folhas
quebrou o silêncio.

HAIKAI DE ABEL PEREIRA

Silenciosamente, a tarde cai,
Não há qualquer sinal de movimento,
O tempo mansamente já se esvai,
A imensa placidez doma o momento.

Sequer o pensamento me distrai,
O dia segue assim, calado e lento.
Ao vate transmitindo um bom haicai
Mas, de repente surge um manso vento

No deserto da estrada o vento toca
Numa paisagem árida e agreste
As folhas de um carvalho e de cipreste

Quebrando este silêncio e então provoca
Do sepulcral vazio um reboliço,
Trazendo ao fim de tarde, um manso viço...
Publicado em: 27/11/2009 09:54:08
Última alteração:16/03/2010 20:37:19



Como viver sem ti, não saberei
Por seres o meu sonho inacabado...
E se não tive o amor com que sonhei,
Talvez fosse melhor não ter sonhado!

Mas dominar meus sonhos, eu não sei
E isto me deixa sempre atormentado!
Prazer maior, porém, não encontrei
Que na ilusão de haver-te conquistado!

Mas se através de tua blusa vejo
Que o perfil de teus seios se insinua,
Incontrolável faz-se o meu desejo!

E no delírio de amor, que a alma cultua,
Teus lindos seios, com carinho beijo,
E abraço-te, mulher, sublime e nua!...

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 28/08/2008 08:14:38
Última alteração:17/10/2008 14:19:29




Diz-me..........
Nesse teu olhar....sem palavras....
Tudo o que te inspiro........
Nas tuas mãos....ansiosas.....
Tudo o que o meu corpo sonha e respira.......
Na tua pele...
Projecta-se...
Concluí-se....

Não falo quase nada, apenas sinto;
Na embriaguez suave deste canto,
Que é mais do que sonhara, tanto encanto
Total sensualidade de um absinto
Que bebo em tua boca. Amor, me tinto
Do gosto delicado que amo tanto;
Distante e tão presente. Não me espanto
Ao renascer assim vulcão extinto

Da sede e da volúpia de te ter
Colada com meu corpo; mãos e pele.
Vivendo a fantasia de um prazer
Dessa imensa euforia que respira
Cada poro. No fogo que compele
Nesta ânsia tão voraz, acende a pira...

Marta Teixeira
Marcos Loures
Publicado em: 03/04/2007 10:32:06



SIM, COMO EU AMO VOCÊ!!! /

O amor que nós sentimos, é real
Não se trata de sonho ou coisa passageira
Todos pensam que é um simples rimar
Eles se enganam, pois é amor e paixão verdadeira

Será que eles não entendem
Que o amor também se faz em versos?
Que quando não se tem o corpo
A imaginação flutua além do universo?

Então vai meu doce mel!
Tira-me deste dilema
Diz logo para todos
que nos amamos
Que sem esse amor a vida não vale a pena

Que sou a rosa do teu jardim.
O sol que bronzeia teu corpo
Que sou eu a mulher
Que faz amor mais gostoso

Que te completa como um homem
Lindo, gostoso e viril
Que tem traquejo
Que me ama a mais de mil

Também não esquece de dizer
Que hoje vem me buscar
Que chova ou faça sol
Na cama contigo vou deitar

Saciar estes desejos
Que rondam nossos pensamentos
Que afloram de nossas peles
Depois percorre pelos nossos corpos sedentos

Não esquece, em?
Diz exatamente desta maneira
Talvez isto os convença
Que não se trata de coisa passageira
Te amo doce mel!
E pra sempre te amarei!


Amor que nós sentimos
Eternidade traz
Vontades e loucuras
Em tudo satisfaz

Beijando tua pele
A boca tão carnuda
Morrendo de desejo
Depois: Deus nos acuda!

Desnuda em tua cama
Aguarda: vou chegar
E te prometo, em fogo
Sempre comemorar

Esta união tão forte
Que é feita corpo e mente.
Sem medo e sem pudores,
Todo esse amor da gente...

Prepare a lingerie
Mais bela e transparente
Que à noite irei chegar...
E te fazer contente.

De seda ou de organdi,
Mas prefiro sem nada,
Assim ao natural,
Com fúria e bem safada...

GELIS
MVML
Publicado em: 09/08/2007 14:45:41




Ao sentir a presença de quem amo
O coração palpita e quase pára.
Com voz quase engasgada quando chamo
Pessoa tão querida e mesmo rara.
Por vezes no silêncio já reclamo
Se tua mão me deixa e não me ampara.
Teu nome logo ao vento; vou, exclamo
Tu és a maravilha que eu sonhara...

Por isso ao sentir o manso vento
Tocando minha face com carinho
Percebo, com feliz pressentimento,
Que não ficarei jamais sozinho
Pois tenho essa alegria e me contento
De ter o teu amor, abrigo e ninho...






Amor tanto bendigo
Eu sei que sabes disso,
Cantando noite e dia,
Eterno compromisso

De ser bem mais feliz
Sem medo de trapaça
O coração exposto
Não usa carapaça.

Em cada beijo teu
Um toque benfazejo
Promessa em esperança
Daquilo que prevejo

Um mundo mais gentil,
Uma amorosa gente,
Que sonha e sempre alcança
O que se faz premente.

Felicidade imensa
Saber que estás comigo,
Num versejar mais puro,
De amor que assim bendigo...



SIM, COMO EU AMO VOCÊ!!!
Dorme minha companheira,
A noite te encontrou cansada,
Amando amor noite inteira
A noite se transforma em nada...

Dorme, dorme meu amor...
Essa lua é testemunha
De tanto que se buscou
O tudo que se propunha...

Dorme querida, dorme
Amor que a gente fez
Amor assim, enorme
Amor que a gente fez...

Dorme aqui nesse cantinho,
Não espera nada não,
Amor andei tão sozinho..
Me encontrei, teu coração...

Dorme amor que sempre quis,
Eu não consigo viver,
Seu amor me faz feliz,
Dorme meu bem querer...
Publicado em: 16/11/2008 19:57:04
Última alteração:06/03/2009 18:55:05



SIM, COMO EU AMO VOCÊ!!!
Não quero mais sentir no amor a culpa
Nem quero prepara qualquer desculpa
Apenas ser feliz e nada mais.
Eu tenho em meu olhar o teu sorriso,
Que mais que simplesmente um manso cais
É tudo, na verdade, o que eu preciso!
Publicado em: 25/11/2008 08:31:40
Última alteração:06/03/2009 16:45:34



Nessa noite tão bela, a lua mansa,
Riacho prateado segue o rumo
Ininterruptamente para o mar.
Da vida quero o gomo e quero o sumo.

Pirilampos passeiam os seus lumes.
Os orvalhos beijando cada planta,
Falenas vão buscando suas luzes.
Um grilo apaixonado, ao longe, canta.

Nos mantos desta noite, meu amor.
Deitada sob a lua bronze e prata.
A brisa inebriante tudo acalma.
O rio comemora na cascata,

Amor que nos invade sem perdão;
A natureza, em cio nos inspira.
Amor que tanto quis, nosso desejo,
A vida em pleno gozo, se transpira...
Publicado em: 08/12/2008 17:56:00
Última alteração:06/03/2009 15:25:04


E pela noite afora
Amando sem parar,
Vibrando num desejo
Gostoso de provar
Querida em cada beijo
Vontade de ficar.

Sabendo que amanhã
Eu terei de ir embora,
Coração desembesta
E o peito logo chora
Eu quero desta festa
Sem tempo e sem ter hora.

Beber de cada gota
Que vem do teu prazer
Tomando pouco a pouco
No todo a conceber
Ficando quase louco,
Sedento a te beber.

Comemorar contigo
Amor em cada verso
Vencendo todo o medo
Rasgando este universo
Sabendo do segredo
De um sonho tão diverso.

Querendo sempre mais
E nunca se esgotando
De tanto que te quero,
Viver me apaixonando,
Depois de um mundo fero,
A paz se revelando...
Publicado em: 04/01/2009 22:34:15



Eu quero o teu querer
Estar junto contigo
Recebo o teu prazer
Desejo enquanto abrigo
No visgo que nos gruda
Olhares e vontades.
Sentidos aguçados,
Momentos de ternura
A cura que se quer
O encanto que nos guia
Misturas delicadas,
Amor e poesia...
Publicado em: 05/01/2009 21:10:22
Última alteração:06/03/2009 12:30:23


No meu barco procuro esta sereia
Que me encanta e convida para a areia
Em plena lua cheia, namorar...

O mar por mais bravio e perigoso
Parece nos teus braços, tão gostoso
Que dá tanto prazer em navegar.

Quem dera timoneiro deste amor
Pudesse oferecer ao teu dispor
Carinhos e desejos sem ter fim...

O sol vai nos queimando lentamente
A lua se promete, de repente,
Guardando este momento bom em mim...

Remando em direção ao paraíso,
Sabendo: navegar sempre é preciso,
Pros braços da sereia, sempre vou.

Quero a rosa dos ventos dessa vida
Guiada pela mão tão decidida
Da mulher que este amor já despertou...
Publicado em: 06/01/2009 15:23:09
Última alteração:06/03/2009 12:14:54



No cais da esperança
Meu barco te busca
A noite que chega
Saudade que ofusca
O tempo não pára
A vida vai brusca
E tudo se cala
Palavra rebusca
O sonho se embala
Na sorte patusca
E deixa meu sonho
Distante de tudo.
Mas vem este vento
Do sopro da fé
E um pressentimento
Se mostra mais firme
Assim me entregando
Me lanço no espaço
Vasculho teu passo
E te encontro mulher.
Estrela me guia
Levando a teu rastro
Toda a fantasia
Se molda neste astro
E tenho a certeza
Do amor que mais quis,
Adeus à tristeza,
Enfim, sou feliz...




Saudade de te ter
A cama está vazia
A noite vai tão fria
Ninguém a me aquecer
Meu mundo vai sem graça
O tempo já não passa
Cigarro faz fumaça
E afasta a solidão.
Mas vejo de repente
Na porta alguém bater.
O vento, simplesmente.
Ninguém a responder.
Acendo outro cigarro,
Ouço um barulho. Um carro
Distante... Pode ser.
E assim passando a noite,
Sem sorte que me acoite
Apenas, como açoite
O vento do sofrer...



Vagando pelos mares, duras vagas
Em ondas tão convulsas, rebeldia.
No corpo emolduradas tantas chagas
De amores que a saudade não diria.
Os cortes do passado são profusos,
Os dias sem ninguém passam confusos...

Encontro em tua boca um bom absinto
No qual eu me inebrio sem pudores.
Nas cores deste sonho enfim consinto
Rever depois de tempos, esplendores...
Naquele ser incauto e sem remédio.
Felicidade plena faz assédio...
Publicado em: 21/12/2007 13:02:28
Última alteração:22/10/2008 22:54:46


Nos ritos
Risos
Gozos
Beijos
Seixos,
Cascatas
Matas
E sexos.
Nexos além
Almas
Álamos
Alamedas
Percorridas.
Rondas
Rimas
Primas
E luares.
Vago
Teu corpo,
Porto e prazer.
Vencendo segredos
Ledos medos
Distantes
Fontes,
Botes
Horizontes
E montes.
Sou teu
Ateu
Coração
Ao teu
Borbotão.
Rumos
E prumos
Aprumo
E viajo.
Prazos
Não temos
Aprazem-me
Lemes
Remos
Somos
Fome
E prazer.
Embarco
E me abraso,
Acasos sem caos,
Cais procurados
Invadidos.
Saques,
Amor...
Publicado em: 13/02/2009 18:53:32



Minha alma não sossega, aguarda um novo sonho.
Onde possa encontrar amor em profusão.
Minha alma sempre esquece: amor é perdição.
Mas um dia, quem sabe, o sol chegue, risonho...

Os segredos da vida escondem-se no mesmo
Instante que nasci, depois? É descobrir...
É vontade de ficar, mas tendo de partir,
Vivendo a cada dia, o tempo corre a esmo...

É brincar de esperança e saber que jamais
Terá u’a recompensa... e sofrer meio a toa,
E reclamar que a vida, ingrata, te magoa.
E de repente achar que já sofreu demais...

Eu bem sei deste jogo, amor vira pantera
E depois de um minuto a vida recomeça.
Mas eu também não tenho a sombra d’uma pressa,
Se morreu, já passou, a vida nunca espera...

Depois o botequim, a dança na boate,
Outra morena passa, o beijo não demora...
A vida não tem pressa, a noite não tem hora...
Morena caçadora, em um segundo abate.

A noite no motel, a taça de champanha,
Nessa cama redonda, a cabeça girando...
Aquela velha história, o tempo vai passando,
A dor parece um monte, o prazer é montanha!

Percebendo a jogada, a vida não tem freio.
Passa noite após noite o dia sempre vem.
Se hoje estou tão sozinho, amanhã? Sem ninguém.
Tudo bem. Nasci só. Que há um Deus, eu creio.

E que eu vou morrer. Certo, isso eu tenho certeza
Absoluta. Se dane! A cachaça me cura.
Eu não quero saber se é clara ou se é escura
Se é loura ou se é morena, o que importa? Beleza!

E um jeito sem vergonha, um beijo mais macio,
Um cheiro de pecado, o gosto do veneno.
Amor não tem tamanho, ou grande ou é pequeno,
O que importa em verdade, o resultado do cio...

Um dia inda me mudo, ou nunca mais, quem sabe...
Se mudar, cadê limo? Assim vivo melhor.
Danado colibri. A flor? Eu sei de cor.
Nesse mundo de Deus, toda saudade cabe...

Até que sou feliz, e gosto do verão.
O vento é generoso, as pernas da morena...
Também é perigoso, amor trocando pena...
Hoje, amanhã, depois...Lá vem outra paixão!

E tudo recomeça, a cachaça, o bar...
As pernas, a morena, o beijo, esse motel.
E tudo vai girando, enorme carrossel...
Minha alma não sossega e prá que sossegar?





De imaginar-te as formas não me canso
Enquanto o teu amor minha alma espera.
No fim do outono surge a primavera,
Quando a sonhar com teu amor me lanço.

E em detalhes te vejo, bela e nua,
Como Deusa do Amor, por Eros feita,
A mais formosa, linda, a mais perfeita
Que entre os mortais se mostra e se insinua.

E se teu corpo, de beleza e graça
Desperta em mim, desejos proibidos
Deixa em alerta todos meus sentidos.

E este febril desejo que não passa,
Vem da beleza – digo sem rodeios,
Da jóia rara de teus belos seios.

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 17/04/2008 20:44:00
Última alteração:21/10/2008 13:08:57



Amor que nós sentimos
Eternidade traz
Vontades e loucuras
Em tudo satisfaz

Beijando tua pele
A boca tão carnuda
Morrendo de desejo
Depois: Deus nos acuda!

Desnuda em tua cama
Aguarda: vou chegar
E te prometo, em fogo
Sempre comemorar

Esta união tão forte
Que é feita corpo e mente.
Sem medo e sem pudores,
Todo esse amor da gente...

Prepare a lingerie
Mais bela e transparente
Que à noite irei chegar...
E te fazer contente.

De seda ou de organdi,
Mas prefiro sem nada,
Assim ao natural,
Com fúria e bem safada...
Publicado em: 15/05/2008 18:30:00
Última alteração:21/10/2008 18:31:53


Eu quero em nosso amor tantas fragrâncias
Que venham superar as minhas ânsias
Que trazem sofrimento pro querer.

Depois de tanto tempo iluminado
Meu rumo parecia destroçado
Sem ter onde chegar eu quis rever

Amor que em juventude foi meu guia
Trazendo para a vida uma alegria
E toda a fantasia mais bonita

Eu sinto que te quero mais e mais,
Amor quando é marcante sempre traz
Uma esperança amiga e tão bendita.

Meu verso enamorado te agradece
E o sonho que quiseres te oferece
Na prece deste amor que é divinal;

Minha alma se elevando já se esfuma
Ao ver tua alegria sempre ruma
Numa felicidade sem igual...

Por isso, meu amor te canto tanto
No mundo que prometo tanto encanto,
Que nada vai calar esta emoção.

Só peço meu amor a claridade,
Tu trazes para mim a mocidade,
Envolta nas promessas de paixão...
Publicado em: 05/09/2008 13:02:17



Canta uma voz no meu peito
Um canto de passarinho
Que procura dar um jeito
De encontrar um novo ninho;
Pois Nunca está satisfeito
Quem cantar assim, sozinho...

Minha voz é o meu guia
Que me leva pelo espaço.
Montado na fantasia
Esqueço até do cansaço.
Fazendo da poesia,
O meu mais perfeito passo...

Quero o canto que cantara
Passarinho mais bonito.
Meu amor é pedra rara
Se estende pelo infinito.
Não quero mais vida amara,
Este amor em mim, meu rito...

E cada vez que me encanto
Com teus olhos, meu amor,
Cada vez aumento o canto,
Espero por teu calor,
Não preciso mais de pranto,
Teu canto foi salvador...
Publicado em: 11/09/2008 11:34:32


Quero teu corpo,
corpo e alma,
alma e sonho
Sonho teu sonho,
ponho meu sonho
em teu sonho,
Em teu sonho
ponho corpo e alma,
anima, animal.
Mal sei seu seio,
seu ser não sei
serei ou não seria.
Se ria e não seria,
séria série, sertão.

Ser tão e nada ser,
nadar sem ser mar,
mar
amar...
Amar
Maria,
amaria,
amar e rir,
rio e mar...

Quero fero
acero e seara,
sendo senda
renda e venda.
A venda
à venda
venda os olhos.

Molhos e melões,
meus leões
e minha lira.
Maria, nada mais
mar e ria...
Rindo
do vindouro ouro
que nunca veria,
nem viria.
Varro a sanha
e a senha,
venha...

Tenha tento,
tento tanto,
canto e canto
encanto...
Em cada canto,
celacanto tempestade,
peste
há de me dar
medrar e morder.
Mor de todos
os lodos e lados,
lagos e afagos.
Alagoas,
as lagoas,
as algas
e águas ardentes.
Dentes entre dentes
como dantes,
dantesco colosso.
O osso que oprime,
primeiro meio e método.

Todo meu antídoto,
ante todo
e antes de tudo.
Vê ludo
vedo veludo,
véu e lodo.
Odor acre, ocre...
Vi vivi viveria...
Veria
se vi
o que teria,
queria ou não queira.
Na beira dos beirais
dos areais reais e fantásticos.

Os estáticos
e tácitos táticos
tentáculos, oráculos...
Mas, no fundo,
oculto
meu culto é teu,
te amo,
ateu coração,
a teu coração!
Publicado em: 18/09/2008 14:02:06



Mergulho no teu corpo sou sincero,
Não temo essa incerteza, nenhum mal,
Amor que não machuca, nunca quero,
Mergulho no teu pélago abissal.
Escracho meus sentidos, vivo e fero,
Nas cordilheiras, levo meu bornal,
Nossos ares, montanhas onde impero,
Mergulho nas alturas, abismal...

Amor que sempre fora mais vadio
Que não sabe escolher nem os lugares.
Não teimo pouco temo e já te amplio,
Na partitura singro meus cantares,
Na cama que desfrutas, teta e cio,
Talheres divididos nos jantares...
Morena, vem aqueça está tão frio...
Por testemunha estrelas e luares...
Publicado em: 20/09/2008 19:42:57
Última alteração:02/10/2008 20:25:46



“Olho a rosa na janela”
Vem trazendo um doce aroma,
Nem a rosa sabe que ela
Multiplica o que era soma.

Vou cantando nos meus versos
Alegria eu sei de cor,
Os meus dias tão diversos,
Cada vez irão melhor.

Mas não falo só de flores
Nem tampouco de jardim,
Longe destes refletores,
Escuridão; sei enfim.

Vaga-lumes, pirilampos,
Brilham muito mais que eu pude.
O meu canto noutros campos,
Se tornando duro e rude.

Porém vejo que também
Tantas vezes fui tão só.
Na procura por um bem
Coração virando pó.

Vem comigo, rosa bela,
Vagaremos pelo astral,
Mergulhando em cada estrela
Nosso canto, magistral...
Publicado em: 23/09/2008 14:38:29



Meus versos, universos procurando,
No seio da mulher que tanto sonho...
Teus mares meus saveiros navegando.
Os olhos que te perdem, mar medonho...

O tempo que não tive, vai passando.
Mortalhas estendidas no porão...
Esparsos, os meus sonhos formam bando,
Invadem teu veleiro e coração...

Mascaro minhas dores com teu riso,
Massacro meus amores sem perdão...
De tudo o que vivemos, teu sorriso,
Reflete tanta luz nesta amplidão!

Na sede que matamos, mutuamente...
Meu canto que persigo não preciso...
As luas vão rodando em minha mente.
Nos olhos, minha amada, o paraíso...

Te faço meus poemas, sem segredos...
Esqueço de minha alma, redundante...
Não deixe que esses torpes, frios medos
Impeçam teu caminho, sempre avante...

Meus versos inundados de desejo
Não trazem suas rimas: solução.
A vida que conheço no teu beijo,
Impede conceber a solidão...

A boca que profanas, sempre mente.
Bem sabes que vivemos sem martírio...
Amamos e sofremos simplesmente,
As luzes deste amor, feliz colírio...

Cantando nas gaiolas tristes cantos...
Amores se tornando prisioneiros...
Não posso permitir os desencantos,
Amor que não morremos, verdadeiros...

Espero por teu verso, minha amada.
Mas não demores nunca, tenho pressa...
A noite que na aurora, vai calada,
Esquece de cumprir sua promessa....

Os raios boreais minha aquarela.
O medo de sofre mais desengano...
Teu rosto emoldurado, bela tela,
Pinacoteca minha, disso ufano...

Afrodite, decerto, tem inveja
Da beleza sutil desta mulher...
Hermes, extasiado te deseja,
Teu brilho é invulgar, não é qualquer...

Dancemos homenagens para o deus
Que permitiu a vinda desta musa...
Teus olhos na verdade são ateus,
Espreito belos seios nesta blusa...

Meus versos desejando: sou feliz.
Não nego meu amor: eu te venero...
Vivendo minha sorte por um triz,
És muito mais que penso, nem espero...

Amada, minha ninfa, meu tormento...
A noite que passamos, sem marasmo...
Esqueço assim qualquer um sofrimento,
Envolto nas delícias deste orgasmo...
Publicado em: 24/09/2008 14:00:06


Quero um lugar bonito pra te amar,
Em plena natureza me encantar
Como quem vive sonho mais tranqüilo.

Distante das loucuras da cidade
Sabendo que encontrei felicidade,
Que fez do coração abrigo, asilo...

Eu quero toda a paz que for capaz
Na mansidão divina que amor traz
Deitado nesta relva enlanguescido.

Deixando uma tristeza abandonada
Deitado no teu colo, namorada,
Amar é jogo simples, divertido...

Eu quero um horizonte de esperanças
Brincarmos livremente qual crianças
Fazendo eternidade num segundo.

Vivemos tanto tempo tão distantes
Sonhava esses momentos também antes
Dos rastros deste amor calmo e profundo...

Fazendo a revisão destes meus dias
Cantados nos delírios, poesias,
Eu sinto que mereço ser feliz...

Teus olhos refletindo imenso céu,
Na boca que me adoça um puro mel,
Do jeito que pensei e sempre quis...
Publicado em: 26/09/2008 13:45:24



Eu sinto todo afã deste desejo
Em cada nova tarde em que me vejo
Deitado nos teus braços, minha amada.

Eu quero me deitar nestes teus seios,
Deixando para lá os meus receios,
Seguindo teu carinho, tua estrada.

Eu quero pressentir toda emoção
Que trama nosso amor, meu coração
E faz com que mergulhe neste mar

Neste oceano lindo do querer,
Que sempre me dará tanto prazer
Nas horas mais bonitas, te encontrar.

Eu sinto todo arfar deste teu peito,
Amando vou vivendo satisfeito,
Correndo para os braços da mulher

Que mais que minha amada e companheira
Aos poucos se entregou a vida inteira
E sei que mais que tudo, inda me quer.
Publicado em: 02/10/2008 11:05:13
Última alteração:02/10/2008 13:39:22



Minha espera, atrás da porta
na espreita, observando
cada momento, o bote
o norte perdido, meus medos e segredos
minha gula e sensibilidade.
Procuro, cidades e vales
quanto vale a espera?
Na caça da luminosidade
dos olhos da madrugada.
Nada mais quero, nem desejo
talvez teu beijo, talvez num átimo,
um último desejo, sem nexo
sem sexo, apenas abraço
cansaço e manhas, artes e manhas,
artimanhas da saudade.
Saudade do já pensado, sonhado;
nunca vivido. Sempre na espera;
da vésper estrela, cometa errático
que cometa todos os erros e acertos.
Mas que prometa todos as esperanças
para essa criança coração.
Minha nunca, sempre não...
Publicado em: 23/10/2008 16:30:19
Última alteração:02/11/2008 21:43:02



Não deixe que esta chuva
Caindo em nosso amor
Destrua qual saúva
Destrói a bela flor
Te quero assim menina
A vida nos destina...

Não deixe que o ciúme
Fantasma tão terrível
Iniba este perfume
Que sabes, é incrível.
Te quero assim amada,
Sem ti, a vida é nada...

Não deixe que esse tempo
Transforme-se em tormenta,
Não somos passatempo,
Paixão nos arrebenta.
Te quero aqui comigo,
É tudo o que persigo.

Amor que sempre sonho
No barco que navego.
Amor que te proponho,
Tu sabes, nunca nego.
Uma paixão tão rara,
a morena caiçara.

Eu quero o teu carinho
Carinho que te dou,
Destruir esse ninho,
Depois, o que restou?
Saudade de quem ama
Ser brasa, pede chama!
Publicado em: 28/10/2008 20:44:16



SIM, COMO EU TE AMO
Quando brilhas, aurora no meu leito,
Esfomeado encontro meu maná,
Até que satisfaça tais vontades
A lua do desejo mostrará

Num frenesi fantástico desejo
Ourives de nós mesmos, fera e presa,
Reféns desta volúpia que enlanguesce,
Na noite desejada, firme e tesa.

Assim, atracadouros dos prazeres
Que insanos, nada pode mais conter,
Fascínios, enxurradas, avalanches
Inundando e trazendo o amanhecer...
Publicado em: 03/04/2008 20:42:42
Última alteração:21/10/2008 16:59:39




Seguindo seus segredos, sou só seu.
Sertões, sonhos secretos, suor sal.
Somamos solidões, seguimos sempre
Sorvendo soluções sementes soltas.
Saber sentir, sonhar, servir, seguir.
Sabendo sensações, serenidade
Seguimos sem sentirmos solidão.
Senzalas, sofrimento, sangue, sol.
Sobejos sentimentos, sacrossantos
Será somente sonho? Solução!
Publicado em: 07/07/2008 07:53:19
Última alteração:19/10/2008 21:44:46


SIM, COMO EU TE AMO
Mulher da minha vida, meus sonhos são teus, teus e somente teus.
Sempre procurei por ti, em todos os lugares, todos os momentos, achei que nunca iria te encontrar.
Mas Deus, num momento de bênção, me permitiu te conhecer, numa alegria incontida, me dando o êxtase do nirvana.
Tive-te, mais que isso, fui teu, somente teu, eternamente teu.

Mas, um dia, me deixaste, resgatada pelo mesmo Deus que me permitiu te ter.
A vida passou a não ter mais sentido, nenhum sentido, nenhum prazer, vazia.
A minha esperança é te ter mais uma vez, somente mais uma vez, última vez.

Bem sei que isso é impossível, vives somente nas lembranças e nas fotos, amareladas pelo tempo, guardadas como relíquia na gaveta do quarto; remexidas sempre que me recordo de teus olhos.
Olhos que daria tudo para rever, nem que fosse por um segundo, mais uma vez.

Bem sei que estás no Céu, o anjo mais belo e doce que poderia haver, meu anjo, enfeitando o que se permite pensar ser o Paraíso.
Hoje sonhei contigo, aliás, aprendi a sonhar quando te conheci. Antes a vida transcorria sem sentido, como agora... Agora não, pelo menos tenho a esperança de te ver.
Ou melhor, queria te ver, mas não queria que me visses, as marcas da dor e do tempo são profundas.

Minhas rugas deformaram o rosto, meus cabelos fartos, hoje são tão poucos.
A antiga chama nos meus olhos se apagou. Não quero que me vejas, simples sombra do que fui e perdi, desde que foste embora.

Mas Deus, meu Deus, me permita vê-la pela última vez.

A luta diária que travo contra o desejo louco de me encontrar com meu anjo é tão cruel que penso em desistir.
Mas sei que assim talvez nunca mais a veja, talvez assim eu me perca do meu grande e único amor.

Amor, amor, anjo, céus e Deus...
Desculpe-me se, às vezes, reclamo tanto de Ti, Senhor.
Bem sei que a flor me deste e depois tomaste, é a mais bela do Teu jardim.
Antes, deveria te agradecer, mas por favor, imploro-te esse último desejo.

Quero somente vê-la mais uma vez, uma única e última vez...
Publicado em: 17/09/2008 14:32:52



SIM, COMO EU TE AMO
Vaso quebrado
Atado perdido
Nada divido
Nem meu fado.
Safado moleque
No leque das dores
Fazendo horrores
Com um peito
Vadio
Sempre no cio.
Buscando tuas pernas
E dançando sozinho...
Mas tudo que faço
Dependo do traço
Que caço e não acho,
Apenas comento.
Se tanto me desse
Amor que confesse
Depressa sentia
Que a mão que se esconde
Perdendo o bonde
Esquece o carinho.
Vivendo sozinho
Sem sina e sem tino
Sem vaso e sem senso
Amor mais intenso
Fogaréu imenso
Precisa que apague.
Me empresta tua chama!


Marcos Loures
Publicado em: 19/05/2008 22:53:52



SIM, COMO EU TE AMO
Nos campos onde espero ter meu fim
Os perfumes silvestres me dominam.
Minhas noites, nas flores se alucinam
E deixam bem distante meu jardim.
Tem rosas, tem crisântemos, jasmim.
Porém os tais perfumes desatinam
Aquelas que, passando, se destinam
Aos campos que inda guardo dentro em mim..

De todos os desejos que esqueci
Um deles rememoro quando vi
Dos sonhos que perdi, tanto martírio,
Os olhos perfumados, soberana
Flor, que sempre floresce e não me engana
Que me perfuma o campo, branco lírio,
Em todas estas flores que plantei
As sementes do amor eu te guardei.
Publicado em: 17/11/2008 22:07:33
Última alteração:06/03/2009 19:06:05


SIM, COMO EU TE AMO
Eu quero em nosso amor tantas fragrâncias
Que venham superar as minhas ânsias
Que trazem sofrimento pro querer.

Depois de tanto tempo iluminado
Meu rumo parecia destroçado
Sem ter onde chegar eu quis rever

Amor que em juventude foi meu guia
Trazendo para a vida uma alegria
E toda a fantasia mais bonita

Eu sinto que te quero mais e mais,
Amor quando é marcante sempre traz
Uma esperança amiga e tão bendita.

Meu verso enamorado te agradece
E o sonho que quiseres te oferece
Na prece deste amor que é divinal;

Minha alma se elevando já se esfuma
Ao ver tua alegria sempre ruma
Numa felicidade sem igual...

Por isso, meu amor te canto tanto
No mundo que prometo tanto encanto,
Que nada vai calar esta emoção.

Só peço meu amor a claridade,
Tu trazes para mim a mocidade,
Envolta nas promessas de paixão...
Publicado em: 10/12/2008 17:23:06



SIM, COMO EU TE AMO
Amar o nosso amor, tão simplesmente
Que nada se compare com seu brilho.
Que invada nossa vida, docemente
E traga em cada dia manso trilho...

Amor, em perfeição, mais absoluto.
Caríssima vontade, e tal firmeza
Que impeça nossa dor na correnteza
Que leva com certeza ao triste luto.

Não me deixe estar só, um só momento,
Somente sem ter luzes, me embaraço
E tropeço, te peço que este laço
Nunca afrouxe!Remoce o pensamento.

Amar o nosso amor, é ter o mundo.
E não saber de perdas nem enganos.
Amor que já nos torna soberanos,
Libertos e vassalos, num segundo...
Publicado em: 11/12/2008 14:57:07


SIM, COMO EU TE AMO
A noite me trará teu canto numa prece
Que me revelará um profundo amargor;
Pois quem sempre mentiu não me trará amor.
Mas mesmo assim, querida, a vida te agradece.

Nas vezes que busquei no céu, no firmamento,
Teu riso se mostrava um rio venenoso
Por onde destilava um ar tão vaporoso
Que sempre me matara a cada vão tormento...

A noite ouve meu canto, um canto de partida,
Que traz o sentimento esparso e violento
Da vida que caminha um rumo manso e lento
E perecendo um pouco a cada dor sofrida.

Embora não deseje, eu sinto que vou tarde,
O gosto da saudade, o cheiro deste incenso,
O mar sem claridade, o meu amor imenso...
A vida me maltrata e corta fundo, me arde.

Bem sei do meu destino, aqui estão as chaves.
Depois de tanta treva aguardo, enfim, a luz
Que sei que não virá, pois nada mais reluz
E nem nestes meus céus, o revôo das aves...

Nas hordas sou falena em busca do luzeiro
Mas nada mais me resta, os olhos tristes nevam...
Aos céus em pouco tempo os braços já me levam
E não ouvirás jamais, meu canto derradeiro...
Publicado em: 09/01/2009 15:03:54



SIM, COMO EU TE AMO
Erguendo os olhos sempre para frente,
Podemos vislumbrar um bom futuro,
Depois de tanto tempo andar descrente
Consigo imaginar além do muro.
O chão que se prepara pra semente
Mesmo que seja inóspito e tão duro
Quando adubado traz frutos melhores
Já florescendo amor em belas flores.
Publicado em: 11/02/2009 14:14:07
Última alteração:06/03/2009 06:48:2


Meu amor numa gaiola
Eu deixei minha esperança
Quando o frio vem e assola
Recomeça a nossa dança

Que não cansa de dançar
E jamais mostra cansaço
Tanto amor posso te dar
Começando num abraço

Terminando num carinho
Mais gostoso em pleno amor,
Meu amor, sou passarinho,
Colibri beijando a flor.

Quero o mel de tua boca,
No teu corpo vou ao céu,
Tatu nunca esquece toca,
Nem abelha perde mel.

Tua pele bronzeada,
Traz a marca do desejo,
Sem você eu não sou nada,
Venha cá me dar um beijo.

Tira logo a minha roupa,
Que depressa tiro a sua,
Vamos deitar nesta sopa
Que esta noite continua...
Publicado em: 01/04/2008 21:21:22



SIM, EU AMO VOCÊ
Como é bom poder dizer-te;
Como é bom poder querer-te
E saber que existe, enfim.
Tanto tempo sem dizer
Tanta vida sem querer
Tanto amor que trago em mim.

Como é bom poder amar-te
Como é bom poder falar-te
Deste amor que tenho em mim.
Tanto tempo sem amar
Tanto coisa por falar
Tanto amor que existe, enfim...

Como é bom poder sentir-te
Como é bom saber pedir-te
Este amor que é só pra mim.
Tanto coisa por sentir
Tanto amor a te pedir.
Como é bom viver assim!
Publicado em: 04/01/2009 20:18:58
Última alteração:06/03/2009 13:25:24



SIM, EU AMO VOCÊ
Quando é noite em lua cheia
Em me deito em fina areia
Na paixão que me incendeia
Procuro pela sereia,
Minha cela, minha teia
No coração, fogo ateia
Nenhuma dor se receia
O teu cabelo meneia
Amor entrando na veia
Sereia, minha sereia...

Quero em teu corpo, cristal
No trejeito sensual
Acima do bem, do mal,
Reflete meu carnaval
Deusa do mar e do astral
Sereia, minha sereia...

Trazida pelas marés,
No meu mundo, de viés
No meu barco em meu convés
Sereia, minha sereia...

Só quero neste momento
Dar vazão ao sentimento
Que não quer nenhum tormento
Que não traz ressentimento
Neste eterno movimento
Do mar quebrando na areia...

E antes que a noite caia,
Te procuro pela praia
Sereia, minha sereia...
Publicado em: 07/01/2009 14:22:40
Última alteração:06/03/2009 12:03:45



Memórias de outras horas gloriosas,
Aos poucos meus caminhos vão tomando,
As horas se passando desairosas,
Saudades no meu peito devastando.
Das mãos que eu encontrei, mais carinhosas,
Apenas as lembranças, maltratando.
Amor a gente encontra em toda a parte...
Porém o que fazer senão amar-te?
Publicado em: 22/09/2008 13:47:07
Última alteração:02/10/2008 19:36:03



A desesperação que se aproxima
Por teres nada feito e sem recados.
Os veros pensamentos, velhos fados,
Entendem que em teus versos, sou a rima.

Embora não percebes como tocas
Os céus de meus desejos quando ris.
O mundo que a sorrir não faz feliz,
Embrenha em nossos sonhos, nossas tocas.

Meu peito não se sente magoado
E Espera que definas tua história.
Talvez conheça enfim a sorte e glória
De poder estar sempre do teu lado.

Mas sinto que esta noite nunca vem,
Embalde em desespero reze tanto.
Amor quando me nega seu encanto,
Esparsa do meu canto todo o bem...
Publicado em: 23/10/2008 11:38:45


Vivendo amor sem perdão,
Sem ter o que perdoar,
Dedilhando essa canção,
Apaixonado, ao luar...

Vou bebendo a lua cheia,
Me inundando de prazer,
Na viola que ponteia,
Tanto amor para dizer.

Colibri encontra a flor
E carinhos, espalhando,
Ao tocar no meu amor,
Beija flor, vou te beijando.

Sou teu par que nesta dança
Toda noite não me canso,
Nosso amor, nossa aliança
Nos teus braços, céu alcanço
Publicado em: 19/11/2008 18:05:49
Última alteração:06/03/2009 18:58:16


Quem há de condenar amor intenso?
Quem há de dizer não a quem adora?
Não quero despedidas, rasgo o lenço,
Eu quero o teu carinho desde agora
Perfumas minha vida, rosa rubra,
Que toda a fantasia, enfim, nos cubra
Publicado em: 25/11/2008 14:20:27
Última alteração:06/03/2009 16:56:29



Dos sorrisos que deixara no caminho
Espalhados nos rincões mais diversos
De minha alma, transfixando a paz
Outrora acalentada e decantada
Em cada curva, o crivo de um olhar
Disperso e promissor.
As mãos estendidas em querências
Vagas e inconstantes.
Primaveris retratos adormecidos
Em algum canto há tempos esquecido.
Interessante como a vida faz:
Ao mesmo tempo corta e cicatriza
Deixando as marcas indeléveis
Dos passos percorridos e das múltiplas
Feridas colecionadas.
O rapaz sonhador deixado nos bares
E nas festas do passado
Ressurge com um vigor incontrolável
Recomeçando a sonhar.
Como se fosse possível beber da mesma
Água derramada na fonte temporária
Da mocidade.
Mas devo dizer que, pensando em ti
Ressuscito este cadáver abandonado
Nos ermos do caminho...
Publicado em: 27/11/2008 16:04:06
Última alteração:06/03/2009 16:33:21


Sem desesperação sigo meu rumo
Em busca deste amor que é meu remanso,
Mesmo distante, amada, eu sempre alcanço

A mansa sensação de ter teu sumo.
Não vejo outra saída senão essa,
Meus passos têm que ser, pois, bem medidos

Guardando o meu desejo nos sentidos
Que sempre são além de uma promessa...
Nasceu no coração deste país

A flor que me inebria o coração,
Nos vértices tão loucos da paixão,
Eu tenho a sensação de ser feliz...
Publicado em: 02/12/2008 16:08:07
Última alteração:06/03/2009 16:24:41


SIM, EU AMO AMAR VOCÊ
O amor que canto em versos, sem descanso,
Moldura em que minha alma se encontrou,
Vestido de esperança sempre avanço,
Buscando aonde estrela mergulhou
O coração feliz, batendo manso,
Já sabe o que procuro, aonde vou;

Encontro uma alegria e sempre vou
Jamais necessitando de descanso
Meu passo se tornando bem mais manso
Portando o sonho raro que encontrou.
Olhar que dentro em ti já mergulhou
Permite que se louve cada avanço.

Imerso neste sonho, amor, avanço
Sabendo o que mais quero, cedo vou
No abraço mais perfeito mergulhou
Buscando tão somente algum descanso
A paz que procurava se encontrou
Encantos que me fazem bem mais manso.

O mundo que tentara ser mais manso
Na luz que assim me toca enquanto avanço
Certeza sem tormentas encontrou
Sentindo o teu carinho logo eu vou
Os olhos nos teus olhos eu descanso
O amor que em plena paz já mergulhou.

A vida sem temores mergulhou
Em lago mais sereno e sei tão manso,
Lugar quase perfeito pro descanso
Do coração guerreiro em que eu avanço
Sabendo o que mais quero agora eu vou
Seguindo o que o amor puro encontrou.


O rumo entre as estrelas encontrou
No mar de amor imenso mergulhou
Mostrando o claro azul por onde vou
Trazendo o coração agora manso,
Sem medo e sem tristezas eu avanço
No cais do amor intenso, o meu descanso.

Quem teve o seu descanso e se encontrou
Em cada novo avanço mergulhou
Já sabe o rumo manso aonde eu vou...
Publicado em: 03/12/2008 18:36:55




A queda diz dos erros
Ao cair da tarde
Antes tarde do que nunca
Ouvindo os berros
Procuro rastros
Adentro os astros
Procuro órbitas...
Publicado em: 02/01/2009 16:44:21
Última alteração:06/03/2009 13:28:12



Eu te peço alegria deste canto
Que nunca mais se cale essa esperança
Trazendo todo esse encanto
Qual meu sonho de criança.

Eu te peço perdão pelos meus sonhos
Eles são soberanos, coração.
Vindos d’alma são risonhos
E plenos de uma emoção...

Eu te peço querida, por luares
Pelos olores todos desta flor.
Invadindo tantos mares,
Conhecendo, em ti, amor...
Publicado em: 09/12/2008 16:42:08
Última alteração:06/03/2009 15:42:31


Primavera nos olhos de quem ama.
Floresce uma esperança em cada canto.
Perfumes e belezas que se espalham
Forrando meu canteiro com encanto.

A lua se mostrando nua e bela,
Deitando o seu prazer por sobre o mar.
Quem dera fosses minha em plenilúnio;
Talvez eu aprendesse, enfim, a amar.

Recebo nos teus raios fulgurantes
Um banho extasiante que me acalma,
Rainha dos meus sonhos. Minha lua.
Que adentra com teus versos a minha alma...





Anseio teus seios
Comigo de noite,
Sem termos receios
Amor, nosso açoite
Que corta e nos toca,
Fazendo loucuras,
A boca te toca,
Em gozos, em juras.
Desnuda te vejo
E quero bem mais
A lua em desejo,
Vontade nos traz
Orgástico sonho
As mãos mais astutas
Em matas, risonho,
Provando das frutas
Dos pomos, romãs,
Dos seios e pernas,
Pecado e maçãs
Nas noites eternas.
Vibrantes carinhos,
Imensas delícias
Descobrem teu ninho
Imerso em carícias.
Total maravilha
Repito estas doses,
Percorro esta trilha
Até que tu gozes...



SIM, EU AMO VOCÊ/



Sei onde estás...
Sei que pensas em mim...
Em cada beijo...
De cada toque...
Tu lembras-te....
E eu sinto-te...
Estejas onde estiveres...............


Vento tocando
Pele sentindo
Vapor de teus lábios
Em redenção.
Tramas e sumos,
Somas e rumos
Prumos e gomos,
Somos um só.
Comas, delírios,
Jardins e canteiros
Inteiro, sou teu.
Trago na boca
O beijo mais forte,
A sorte que exata
Retrata este amor.
Compondo meu mundo
Profundo desejo.
Prevejo o que sinto,
E tramo o futuro.
Eu quero o teu gosto,
Teu rosto retrato
Guardado no peito,
Açudes e mares,
Riachos, luares,
Vagando em estrelas
Te encontro, amor.
Cigarros acesos,
Fornalhas queimando
Teu corpo tocando,
Traçando infinitos.
Desditas esqueço
Paixões obedeço
E sigo feliz...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 30/09/2007 19:52:48



Tomado pelo vento da esperança
Bebendo amargo vinho da tristeza,
A voz de quem desejo já me alcança
Realça ao pôr do sol, sua beleza.
Quem sabe nosso amor, nossa aliança
Ainda venha à noite em sobremesa...
Não fale mais, amor, na despedida.
Amor vai redimir a nossa vida!




SIM, EU AMO VOCÊ/

Quando pensei que estava já perdido
Não via mas bonança à minha frente
Só pio e crocitar ao pé d'ouvido
Apareceu-me um anjo reluzente
Dizendo-me no caminhar sofrido
Prás agruras da carne e da mente

Terás uma mulher e um amigo
Que sabe muito bem fazer feliz
Aquele que caminha e vai contigo,
Do amor eternamente um aprendiz.
Sabendo dos espinhos, do perigo,
Da sorte que se mostra meretriz

Vencendo tantos medos e quimeras,
Encontro, finalmente, primaveras...

GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 26/10/2007 14:23:37
Última alteração:26/10/2008 19:28:12



SIM, EU AMO VOCÊ/


Aconchego suave,
delicado,
é somente
tudo o que quero de ti.
Gosto mais de imaginar
o que hei sonhado,
não ficar amarrada
ao que vivi.
Não deixemos
falar alto esse desejo.
Te ofereço
minha boca
e um longo beijo.

Aconchegos
Encontro
No corpo
Que quero
Amor
Que venero
Espero
Na curva
Na chuva
E no vento
Tomando assento
Poeira que invade
Sacode meu sonho
Proponho um disfarce
Alcanço teu colo
Assolo em tempesta
Na festa que resta
Empresta-se o riso.
Preciso, meu passo,
Refaço meu verso
Abraço universo
Te encontro
Repasto
Resgate
De vida...

HLUNA
MVML
Publicado em: 02/11/2007 21:04:48




“E; no entanto é preciso sonhar”
Alçar ao vasto espaço sideral
Voando em liberdade, a poesia
É feita em carrosséis inesgotáveis.
Sonantes e soantes serenatas
Em versos e versões que nos encantam
A boca desejada mesmo ausente
Permite um beijo ardente e tão gostoso.
No gozo da fantástica emoção
Reféns de uma delícia que se aflora
No quanto desejamos ter agora
O quando nós seremos, pois teremos
Os elos que queremos são eternos
E ternos nosso temas e teares,
Altares catedrais, púlpito e prece
Depressa que esse mundo é todo nosso...



Menina eu quero ter
Na noite que virá
Todo o prazer divino
De enfim eu te encontrar
Deitando sobre ti
Vontade de chegar
Ao cume deste monte
Aonde a fonte está.
Bebendo calmamente
As gotas delicadas
Que emanam desta mina
Fantástico desejo
Do beijo mais profundo
Do mundo em rotação
Da ação bem mais ousada
Da fome em desvario
Encharcando este rio
Aonde um afluente
Tomando da água quente
Que vem em explosão.
Vencer os teus segredos
Teus medos esquecer
Erguer nossos castelos
Altares do prazer
Rever depois com calma
E tudo repetir
Agir sem ter conversa
Sem pressa de sair.
Vem logo que esta noite
Promete ser a nossa,
Desejo quando empoça
Começa e não termina
Menina, em tua mina
Eu quero me afogar...





Quero falar desse amor
Que me traz felicidade
Andar por essa cidade
Com a promessa de vida
Que me trouxe a despedida
De quem fora sofredor
Quero falar de você
Minha flor e bem querer
Quero saber de tristeza
Correndo longe da mesa
Onde se encontra querida
A boca mais decidida
A doce boca da vida
Que traduz tanto prazer,
O prazer ter conhecido,
Nas curvas dessa invernada
Nesse canto adormecido
Não esperando mais nada
A não ser tanta tristeza
Que essa vida, sem beleza,
Reservara-me por fim
Achava já fim de história
Mas puxando na memória
Bem que eu podia sonhar
Por tanto já ter penado
Coração mais machucado
Procurava se curar;
Cuidando tanta ferida
Coleciona despedida
E nada mais pra tentar
Tentar ser feliz na vida
Cantar o canto sereno
Esquecendo-me o veneno
Que pega corta e me irrita
Preso por essa guarita
Que tanto dói e nem grita
Que me corta qual bauxita
Sangrando esse sofredor
Que nessa sofreguidão
Agasalha o coração,
Preso por essa porteira
Que trava na vida inteira
Sacode tanta bandeira
Tenta ser a verdadeira
Luz que ilumina na vida.
Cansado de despedida
A mão corta, essa ferida
Nunca cicatrizará,
Engano meu, minha sorte,
Pra quem pensava na morte
Como mais forte alegria
Saber que agora já posso
Passar as mãos onde roço
O rosto dessa mulher
Que me trouxe a alvorada
Que rompeu a madrugada
De quem não sonhava mais
Trouxe, com seus madrigais,
A magia da esperança
De poder voltar criança
E de novo recordar
O que já fora ilusão
E a vida fez mais sortida
Resto de vida na vida
Ponto de interrogação
Mas a sorte me sorrindo
Disse-me, nada me imita,
E já na noite vem vindo
Trazendo a manhã bonita
Nos olhos, vida parindo.
Já sinto vir e vem vindo
Cheiro de fruta que agita
O pomar nunca se imita
No coração que palpita
Novo sol já vem surgindo...
Publicado em: 20/11/2008 17:39:54



Querida.

Muitos amigos chegam até a mim, falando de tuas preocupações, do desejo de saberes tudo a meu respeito, daquilo que fui, do que sou e do que pretendo ser.

A todos eles eu respondo da mesma forma e eles se vão, mais curiosos ainda e fico a pensar:

Que importa ao mundo saber quem sou, de onde venho, para onde vou diante do amor que sinto por ti?

Sei que censuram meu modo de viver, comparando-me aos vagabundos que andam por aí, sem rumo certo e sem destino previsto.

A esses também pergunto se, por acaso, sabe da origem do universo, o rumo das estrelas e o destino deste enorme planeta que vai girando, girando pelo espaço infinito.

Não importa se todos condenam minha forma de viver, pois este é o meu destino!

Não gostaria de saber que tu também me condenas, pois eu te amo!

Teu amor é que me faz acreditar na vida, ao sentir que, pelo menos uma vez, a felicidade chegou perto de mim.

Por favor,

Não perguntes quem sou, pois não poderia te responder!

Antes de tudo, pensa no amor que tenho pra te dar!

Quando olhares para os céus, vê como as estrelas se parecem comigo, voando livres pelo espaço sem fim! E enquanto elas giram, mais cresce o meu amor por ti.

E se o amor existe, o que importa que eu seja um simples vagabundo, cujo destino é girar com o mundo e te amar, como nunca foste amada, em toda a tua vida...

Marcos Coutinho Loures

Publicado em: 05/04/2007 15:48:41




Não vês mais os meus passos por aí?
Os rastros e pegadas que deixei
Estão tão bem guardados dentro em ti
Com eles, novamente, eu caminhei.
Não digo que encontrei ou que perdi.
Tu és tudo o que quero e quererei
Neste entrelace eterno não morreu,
Deveras, sempre fui e serei teu.




Eu tanto me inebrio
Que perco meu caminho,
Sorvendo no teu corpo
Delícias de bom vinho.

Na adega preciosa
Que encontro em nosso quarto,
Desejos são tomados,
Até que eu fique farto.

Na taça em que ofereces
Bebida maviosa,
Cristal de qualidade,
Perfumada de rosa.

Assim a vida passa
Em hedonismo puro,
Vivendo em cada dia,
Felicidade, eu juro.

Sei quanto o que te quero
E nunca negarei.
E cada vez bem mais
Teu vinho eu beberei..




Eu tanto me inebrio
Que perco meu caminho,
Sorvendo no teu corpo
Delícias de bom vinho.

Na adega preciosa
Que encontro em nosso quarto,
Desejos são tomados,
Até que eu fique farto.

Na taça em que ofereces
Bebida maviosa,
Cristal de qualidade,
Perfumada de rosa.

Assim a vida passa
Em hedonismo puro,
Vivendo em cada dia,
Felicidade, eu juro.

Sei quanto o que te quero
E nunca negarei.
E cada vez bem mais
Teu vinho eu beberei...




Na dança mais gostosa
Nosso acasalamento
Eu quero desfrutar
De cada bom momento

Que é feito de magia
Total felicidade,
Viagem sem destino,
Que encontra a claridade.

Seguindo com certeza
Em rumo ao claro céu,
No gosto da garapa,
No poço feito em mel.

Encontro neste corpo,
Delícias em fartura,
No gozo desejado,
Um lago se procura.

Tu sabes deste sonho
Em que louco, embarquei,
De ser na tua cama,
Escravo, amor e rei...





Gostoso é te deitar em minha cama,
Fazendo cafuné e beijar tudo.
Lamber as tuas pernas, arrepios,
Deixar meu coração, depressa, mudo.

Tocar teus seios, ter os teus mamilos
Endurecidos pelos meus carinhos.
Depois tirar a roupa e perceber
Aonde meus prazeres querem ninhos.

Não falo palavrões, fique tranqüila,
Apenas imagino e nada mais.
Tua finesse impede que eu te diga,
Mas posso garantir: é bom demais!

Ao copular contigo, Diva bela,
Adentro os labirintos desta Musa,
Porém posso pedir um favorzinho?
Ao menos; meu amor, retire a blusa!
Publicado em: 20/09/2007 20:45:10
Última alteração:30/10/2008 15:44:12




Gélida ventania
Invadindo o meu quarto
Canto em agonia
Meu verso se faz parto

Nascendo em sofrimento
Da ausência de teus braços.
Não vivo um só momento
Sem ter notícia ou traços

Daquela que desejo.
Anseio ser feliz,
Bebendo em cada beijo
Vislumbro outro matiz.

Sem tréguas caminhando
Que o tempo nunca pára,
Estou cá te esperando,
Vem logo, minha cara,

O medo desta ausência
Cratera no meu peito,
Amar é penitência
Que me faz satisfeito.
Publicado em: 23/12/2007 10:45:03




Dês meu ninho em desalinho.
Dês meu linho que te aninho,
Dês meu solo, sou sozinho
Dês meu passo,
Passarinho...
Publicado em: 03/01/2008 15:47:08
Última alteração:22/10/2008 19:31:35


O amor que canto em versos, sem descanso,
Moldura em que minha alma se encontrou,
Vestido de esperança sempre avanço,
Buscando aonde estrela mergulhou
O coração feliz, batendo manso,
Já sabe o que procuro, aonde vou,
E segue este cometa enamorado,
Seguindo o que me resta, do teu lado...
Publicado em: 05/01/2008 09:38:23
Última alteração:22/10/2008 19:30:18



Na aura
Áurea
Amor
Talha.
Mortalhas
Nega
Expressa
Ação
Expressão divina
Do vinho e do pão.
Harpas e arpão,
Arpoas sentidos.
Prós em proas
Sem pós
Nem riscos.
Arisco?
Não sou mais.
Somais
E seremos um.
Bem mais que mil.
Publicado em: 06/03/2008 18:13:21



Rodando em verso e valsa
Avança a noite bela
Princesa que descalça
Belezas me revela.
A pedra do amor falsa,
Vagando por estrela
O rosto não realça
Da moça que envilece
E tece nova farsa
No riso que apodrece
A lágrima oferece
Como recompensa.
A moça arrebatada,
Jogada sem disfarce
Em medos retratada
Não tendo uma outra face
Se mostra enfim desnuda
Qual pássaro na muda.
E vejo, por segundos
Os olhos da princesa
Tão vis e tão imundos,
Partidos sobre a mesa
Por todos os talheres.
Repartidos corcéis
Passeiam nos bordéis
Bordando seu vestido
De estrelas; revestido,
E de lástimas, pintado...
Publicado em: 28/11/2008 11:06:07


Gélida ventania
Invadindo o meu quarto
Canto em agonia
Meu verso se faz parto

Nascendo em sofrimento
Da ausência de teus braços.
Não vivo um só momento
Sem ter notícia ou traços

Daquela que desejo.
Anseio ser feliz,
Bebendo em cada beijo
Vislumbro outro matiz.

Sem tréguas caminhando
Que o tempo nunca pára,
Estou cá te esperando,
Vem logo, minha cara,

O medo desta ausência
Cratera no meu peito,
Amar é penitência
Que me faz satisfeito.
Publicado em: 09/01/2009 12:54:01
Última alteração:06/03/2009 11:40:13


Vamos embora
Hora chama
Chama cama
Cama e seios
Seios e remansos.
Frágeis as desculpas
Lupas e prenúncios.
Passos e fantasmas
Brados e orgasmos.
Te amo
O que posso fazer?
Publicado em: 02/10/2007 20:55:14
Última alteração:30/10/2008 14:33:3

SIM, EU AMO VOCÊ
Num sonho espectral tive intensa sensação
Da morte em eminente aspecto mais cruel.
Nem bem adormecido, em plena convulsão,
Senti a mão macia e um negro e triste véu
Qual fosse ave agourenta em sobrevôo manso.
Pensei que fosse embora, o sentido, não alcanço...

Perfume adocicado em plena fantasia.
Um olhar sorridente estende seu carinho.
A noite que era quente, em um segundo; fria.
Cruel ave agourenta, espero, volta ao ninho...
Mas nada, estava ali, sorridente e mordaz.
Há muito tempo vivo esquecido da paz.

Nada falava, quieta. A noite se passava
Naquele ritual, macabro ritual...
A morte que eu sonhara eu nunca imaginava
Que fosse assim, tortura... Achara tão banal
Que explicações sem nexo eu procurava dar.
Delírio, fantasia... Ao sabor do luar..

Pois bem sabes a lua em momentos assim
Muitas vezes traz culpa em situações vãs.
Lunático, isso mesmo, essa ave vive em mim!
Acordando comigo em todas as manhãs,
Me acompanhando sempre, existe no meu ego
É manto que me cobre e sombra que carrego.

Dormirei mais tranqüilo e depois isso passa.
Qual nada! Inda está lá, sorridente e sutil.
Por um momento ou outro eu sinto que me abraça.
Meu peito ardendo em brasa, a noite não se abriu
E deixou essa quimera em forma de mortalha.
Não me deixará nunca. A noite vem, não falha...

Se cada vez que tento, embalde, descansar
A sombra não deixar de vir, o que farei?
Onde eu acharei força e paz para tentar
Viver? A cada dia enlouqueço...Cansei,
Mas no dia seguinte, a vida continua.
O trabalho não pára e não posso fugir.
Ao voltar para a casa eu não posso dormir.

Já tentei sair, dormir num outro quarto,
Dormir em outra casa, inútil, não me deixa...
Marcada cicatriz, dela não mais me aparto.
Pontual é dormir ela vem, não desleixa.
Namoro, casamento...Esqueci, estou só.
E rezo, toda noite, em prece peço dó

Mas nada me responde, a quimera não larga!
Eu peço minha morte, assim talvez, quem sabe...
Esta rapineira ave estúpida e vil praga
Se vá para não mais e tudo isso acabe...
Te peço Meu Senhor, desesperadamente!
Escute meu pedido, o lamento de um demente!

Há quase um mês não durmo, e sempre esse fantasma;
O sorriso calado, a mão fria, o vazio...
É sombra, espectro, Fado, ou será simples plasma,
Um pesadelo, cisma? O fato é que é sombrio.
Cansado, estou cansado... Eu não suporto mais...
Milagres? Já não creio. Eu só imploro Paz!

Decerto que acostumo, eu quase já não ligo.
A sombra me domina em todos os momentos...
Nem ansiada cura, embalde, não persigo.
A cada dia sinto o fim dos meus tormentos.
Essa presença fria, um câncer terminal,
É minha companhia, o meu amor fatal!
Publicado em: 24/04/2008 23:01:46


Madrugada, dez pras três
E nada vem
Somente o frio.
Será que perdi o trem?
Será que existe estio
Que embora fantasio
Embarco noutra aurora.
Se ela viesse
E me visse assim
Agreste coração
Corsário da ilusão
Senhora dos meus sonhos
Sem hora pra chegar
Cristalina
Vespertina
Estrela que me guia,
Fivelas, cintos, cintas
Tintas tão diversas
Aquarelas da alegria
Que enquanto ela não vinha
Deixava a vida gris...
Publicado em: 14/08/2008 12:43:17
Última alteração:19/10/2008 20:09:50



SIM, EU AMO VOCÊ
Eu te amo. Simplesmente és minha vida!
Tantas vezes eu sofri,
Minha noite, por vezes, vã, perdida...
E tu estavas aqui.
Caminheiro sem rumo, sem estrada,
Mas hoje vivendo em festa,
Pensava tantas vezes, não ter nada,
Na expectativa que resta
De poder ser, enfim, bem mais feliz,
E chegaste, como em sonho!
Tu és, da minha vida, o que mais quis.
O meu sonho mais risonho!

Agora que tenho
O amor que sonhei
Dos sonhos, a lei
Da felicidade
Que mata a saudade
Que traz o sorriso,
Vivo paraíso,
Meu mundo de paz,
Agora, capaz,
Viver, quero mais.
A morte, jamais.

Assim vou vivendo
Do mundo, aprendiz,
O tempo correndo,
Com claro matiz
Minha alma sorri,
Meu mundo é aqui
Ao lado desse anjo
O mais belo arranjo
Que Deus já criou!
Publicado em: 05/09/2008 16:57:17



Perdoe meu amor em desatino,
Em tantas madrugadas me perdi,
Nos sonhos que jamais eu me esqueci
Traduzo as ilusões deste menino
Que mora sem licença no meu peito
Inda se achando pleno de direito
De maltratar meu pobre coração!
Publicado em: 15/09/2008 19:27:06
Última alteração:17/10/2008 13:36:24



Amor quando ofendendo as esperanças
Nos faz imaginar que a vida trai,
Nem sempre se levanta quando cai,
Principalmente mata sem mudanças.

Pretendo meu amor que amadureças
Nos sentimentos plenos e gentis.
Nem sempre uma paixão é mais feliz
Portanto se não queres, já me esqueças.

Ausente das estradas sem batalhas
Presente nestas guerras e pelejas
Amor que tanto fere, se desejas,
Encontra novos fios nas navalhas.

Mas deixe meu amor viver em paz.
Se nada te proíbo nem te peço,
Apenas pressentindo me despeço
Da dor que anoitecer, deveras, traz...
Publicado em: 16/09/2008 21:16:10
Última alteração:17/10/2008 13:51:30



Princesa que dormia
No canto desta cama
Princesa que se ardia,
Calor de tanta chama
Princesa que sabia
Que a noite não reclama
Que venha o novo dia
Inunde poesia...

Princesa que beijava
A boca que pedia
Princesa que eu amava
Com toda fantasia
Princesa que tramava
A vida em alegria
A noite que chegava
Prazeres, inundava...

Princesa que quisera
Saber da melodia
Da vida, mansa fera,
Que vem numa harmonia
Trazendo a primavera
Princesa não sabia
Que a vida, essa quimera,
Também de dor tempera...

Princesa volte aqui,
Meu verso que te anseia
Em tudo o que senti
Amor não se receia
Em pleno amor vivi.
A noite em lua cheia
Amor em ti eu li,
Vivendo só por ti...

Princesa, nossa mesa
Está tão recheada
Tanta delicadeza
Princesa, minha fada
Se perde na beleza
Desta mulher amada,
Amando essa princesa,
Deitada, sobre a mesa...
Publicado em: 19/09/2008 11:33:30



Corpos
Toques
Chamas
Risos
Gozos
Tempestades.
Tocas
Bocas
Flamas,
Sisos
Esquecidos.
Retiro tua roupa devagar
Nudez que se adivinha
Sob a transparência/lingerie.
Seios e mamilos desejosos.
Lábios mais ousados,
Extasiantes...
Atritos, ritos, rumos, somos
Sumos plenos.
Mucos e salivas e suores.
Felatio, cunilíngua,
Amor algarismal,
Sacro e sensual.
Devoro-te e me devoras
Entranhamos...
A lança em riste,
A grota em brasa.
Voluptuosamente
O tempo passa
A chama acesa,
Lanhando as costas,
Unhas e dentes
Gementes.
Inclementes e profanos
Tramamos jogos
Inconfessáveis.
E no momento
Em que os caudais
Encharcam fozes,
Atômicas,
Atônicas
Atônitos
Descobrimos
Ápices.
Cumes
Cordilheiras.
Vôos estrelares.
Sidéreo desejo...
Publicado em: 22/09/2008 18:22:56



Pegaste minha mão
E fomos pelas ruas
Estávamos cada vez
Mais distantes do rumo
E cada vez mais estranhos.
O vento me trazia
Notícias doutras terras
Onde nunca podermos
Chegar.
Apenas em sonho...
E cada vez mais pertos
Do fim da estrada,
Sentido oposto ao que tramamos.
O vento nos levava
E nada disso me incomodava.
A não ser a força do vento
Contra o rosto,
Cada vez maior.
Senti que, por vezes,
Abaixavas e me olhavas
Como quem não acreditava
Embora continuasse a caminhada.
Depois de vários e vários dias,
Comecei a sentir que o vento,
Agora bem mais forte,
Desenlaçava nossas mãos
E, teimosa, tu tentavas segurar.
E eu me ria, como se aquilo
Fosse engraçado.
Engraçado, os nossos cabelos
Embranquecidos
Mas o meu coração, ainda moleque,
Cismava em tentar enfrentar o vento.
Pouco tempo depois,
Ao te ver caída,
Tentei te levantar
Mas o vento não deixou...
Me levou para um rumo mais diverso
Ainda.
O vento, em furacão, a partir daí
Se tornou absolutamente sem controle.

O que aconteceu não sei,
Só sei que, o tufão me trouxe,
De novo ao rumo que previra,
E o teu sorriso
Demonstrava a tua felicidade
Pelo retorno, mesmo que envelhecido,
Estropiado, sangrado, marcado,
Deste velho menino,
Para os teus braços.
Publicado em: 29/10/2008 15:04:29



O gozo deste fogo que não cessa
E faz dos nossos corpos um só corpo.
A pele sutilmente nos apressa
E a noite vai passando em gozo pleno.
Bebendo cada gota que destilas
Porejas em delícias nos lençóis
O tempo não importa a noite é nossa
Além do que se possa conceber
Eu quero o teu prazer de qualquer forma,
Roçando minha língua em cada ponto
Até que uma explosão venha mostrar
O quanto é necessário e bom amar...
Publicado em: 02/11/2008 20:05:42
Última alteração:06/11/2008 12:12:11



Não quero este jogo
De fogo e extintor,
Amor quando afogo
Nos braços da dor
Afaga, alaga e amarga.
Melhor ficar só
Se a vida é jiló
Prefiro ser cana
Sacana e safada
Que bem lambuzada
Conhece e não teme.
E se treme, se geme
É só por prazer.
Puxa a cadeira,
Balança os quadris,
Senta na cama,
Cavalga comigo.
Nasci pra te amar
Âmagos, entranhas
Mas estranhas
Meus toques
E guardas, estoques,
Para que a terra,
Transforme em adubo...
Publicado em: 19/11/2008 06:28:36
Última alteração:06/03/2009 19:02:38


SIM, EU AMO VOCÊ
Amor que não temo
Não tremo e que teimo.
Se amo não vou
Se não amo sou
O que proclamo e queria.
Mais dia menos dia...
Poesia me mata
Nos teus braços, morena...

No que me concerne
Cerne e senso
Sou imerso
Vou imenso
Depressa para os teus braços
Raiar o dia
Acordar o dia
Morrer o dia
Vai dia
Vem dia
E nada mais.

Meu terço e prece
Obedece
A quem tece
Os meus olhos nos vazios...

Vagos olhos
Sem lagos
Sem magos,
Sem largos.
Amargos
Amágoas
Ama águas
Dos rios
Que me inundam
De teus braços
Tuas braças
Tuas rias...

O sino chama à promessa
Amor que nunca se meça
Se peça ou se partia.
Na mesma melodia
Que dia a dia
Vai dia
Vem dia
E tudo o mais.

Sou terço e sou metade
Sou o que há de
O que arde
E mesmo que tarde
Adormecerei nos teus braços
E cantarei o meu enorme amor.
Que não cabe nos teus braços
Não cabe nos abraços
Nem no mundo caberia.
Somente no nosso dia
Dia a dia...
Que nunca mais
Iria.
Jamais...
Publicado em: 20/11/2008 09:29:43





Diária companheira
Verso e vida,
Que embora seja frágil e ligeira
Sabe que neste encontro,
Uma saída.
Levar o nosso canto,
A todo canto
Encanto
Que tu trazes,
Frases, versos.
Aberto o coração,
Sonhos diversos
Mudando a direção
Ventos dispersos.
Atento ao sentimento
Mais suave,
Tornando a nossa vida
Mais feliz.
Desfilas delicada
E mansamente...
Ternura que nos toma
Num rompante,
Espalha a solidão,
Transborda a paz...
Publicado em: 02/12/2008 08:33:49



Neste beijo molhado escandalizas ;
Avisas que chegaste devagar,
Fazendo tempestades destas brisas,
Alisas o meu peito sem parar...

Tu és minha esperança mais querida
Da vida que duvida e não se cansa.
Na lança que descansa e foi sentida,
Saída se procura e não se alcança.

Colores o meu peito em teu amor,
Amar é mar gigante em que lanço,
Sem ranço sempre avanço sem pudor,
A todo instante avante e não me canso...
Publicado em: 02/12/2008 20:37:12
Última alteração:06/03/2009 16:23:52



Se queres minhas chamas ou delitos
Não temas minhas noites de neon.
Eu não vou querer a porta aberta
Apenas nunca troque a fechadura
As chaves que se encontram nestas pencas
Se não servirem pelo menos adivinho.
Mas vou mergulhar apenas na lagoa
Que se remansa e nega tsunamis.
Arames farpados no caminho
São travas que não quero suplantar.
Tanta coisa acumulada pela vida
Nem menos eu consigo me esconder
Os escombros não permitem mais a vista
Revista e desisto deste muro.
Escuro que não posso suplantar.
Agora, minhas noites de neon, de dança
De promessas e primícias, são farsas
Que não faros nem tu faras, apenas não consigo farejar.
Se seios ou não sei-os, os receios não cabem
A quem sabe navegar.
Amada vem que a lua se promete
Remete ao meu sertão, à vaquejada e,
Apara quem tão clara e raramente
Se sente com vontade de voar.
Não pio nem meu ópio é contrasenso
Imerso em mim mesmo, não me curo.
Se atípico, afásico ou afísico
Sou tísico e não quero mais a noite
Que não seja simples noite de neon...
Publicado em: 05/12/2008 07:25:58


Não meço meu amor, nunca se mede;
Amores e carinhos não têm preço…
Se dores me causais, tão logo esqueço,
Pois perdão, com certeza, amor me pede.

Se deito meu cansaço em teu regaço,
No abraço que me dás, a redenção.
Pois, Mais perto do teu, meu coração,
Se encontra, no calor do nosso abraço.

Meus passos, sem teus passos, se tropeçam
E caio, com certeza e me torturo.
Amor que nós sentimos, de tão puro,
Faz com que dois amores se mereçam!

Querida, minha vida em tua vida,
Refaz-se em minha vida, se alimenta
De tudo que, tão vivo, amor inventa,
E impede, a cada dia a despedida.

Amor que tanto amor, amor se deu,
Co'a força desse amor, nada resiste.
A dor nos abandona e vai tão triste,
Sabendo que, no fim, amor venceu!
Publicado em: 07/12/2008 20:05:50
Última alteração:06/03/2009 15:26:12




No mar imenso que preparo, amor;
Para os sonhos que trago.
Nas ondas turbulentas, o temor;
Se solidão, naufrago...

Mas tenho esta esperança de ser mar,
Viver em teu afago
Certeza de saber o que é amar
Neste teu mar que vago...

Tua alma transparente é meu timão;
Mulher apaixonada.
Em versos que te faço, o coração
De noite enluarada.

Se bebo do salgado azul do mar
Nas mãos da timoneira.
Das lágrimas salgadas deste amar.
Tu és mais verdadeira...

E sinto teu desejo, tanto amar...
Minha amada caiçara.
Vivendo neste porto, nosso mar.
Que me ancora, antepara...
Publicado em: 22/05/2009 10:08:22
Última alteração:17/03/2010 19:06:30



Sobre ti
Para ti.......
Um desejo,
Um poema...
Um beijo esquecido...
Prometido...
Desenhado nos meus lábios
Húmidos, trémulos....
Atrevem-se a explorar,
A saborear.......
A loucura escrita nos teus.........

Sentindo o desenhar dos lábios teus
Num êxtase divino, sem censuras..
Desejos mais profanos são ateus,
Enfeitam-se e mergulham em ternuras...
Exploro teus caminhos tão sedosos,
Saboreando cada bom momento.
Procuram nosso olhar, voluptuosos,
E viajo em delírios. Calmo, lento...
É bom poder te amar, assim; tão pleno...
Numa entrega total, sem ter juízo...
Loucuras de vulcão num mar ameno,
Vestígios de caminho... paraíso...
Amor que nos tomou, num sonho breve...
Amada.. por favor... venha e me leve...

Marta Teixeira
Marcos Loures
Publicado em: 13/04/2007 11:40:01



Corsário invado o porto
Posseiro de teu corpo
Invado estas defesas
E sinto o teu prazer
Bulindo, ebulição
Fornalha em furacão
Vontade à flor da pele.
Em farta transparência
O bronze desta tez
Chamando para a festa
Gerando insensatez...
Publicado em: 12/04/2008 22:09:47
Última alteração:21/10/2008 18:24:05



SIM, EU ESTOU APAIXONADO POR VOCÊ
Não quero a liberdade sem te ter,
É breve meu caminho e quero festa.
Amor; pois, com certeza é o que me resta,
Decerto sem amor, cadê prazer?

Idade vai passando e sem motivos,
Não posso cultivar mais esse engano,
O tempo cruelmente aumenta o dano
Em corações diversos e emotivos.

Correndo sempre atrás de uma esperança
Alcanço, mal disfarço, meu começo,
Percebo que nascendo, meu tropeço,
Ao mesmo tempo caço e já me alcança;

Pressinto que viver sem ter amor,
É mais que uma opção, é minha sina.
Como posso, sou cego, um esplendor
Saber, se escuridão já me destina?
Publicado em: 15/09/2008 21:13:51
Última alteração:17/10/2008 13:45:25




Versos e reversos
Da mesma medalha
Que é feito um troféu,
Na rês que se perde
No sonho que encontro,
Um conto qualquer.
De vida e de morte
Da sina e da sorte
Que é sempre o meu norte
Em tal cantoria.
Andanças fazemos
Sem barcos nem remos,
Apenas nós temos
A ponta dos dedos.
Que trazem segredos
E formam correntes
Com faca entredentes
Com fome e feijão
Arado no campo,
Fazendo o repente,
E qual pirilampo
Vencendo a corrente,
Abraço contente
Parceira gentil,
Meu peito fuzil,
Dispara e não cansa
De ter esperança
De um dia ser;
Quem sabe feliz...






Sentindo mansos ventos
Queimando devagar.
Nos espinhos, rosas,
As pétalas, perfumes.
Sonhos desatados
Entre tantos ventos.
Que cantam mansamente.
Solidão...
Não quero tuas teias
Nem lembranças.
Só meu sonho liberto
De viver teu colo
Na tarde...

Amores que se vão nunca mais voltam
Disso eu sei e como...
Nos passos que percorrem meus ventos
Não posso me queixar
Do medo da verdade em plena brisa.
Não quero mais...

Mas quero amar
Em liberdade
Rodando a vida
Batendo coração
Sentindo teu perfume.
Rosa, teu perfume.
Perfume...
E as águas do mar
Emolduradas pela lua...
Publicado em: 19/09/2008 15:47:36




Não dê chances pro passado
Venha ser minha mulher
Coração desenfreado,
Atropelando quem quer,
Não entenda esse recado
Como fosse outro qualquer
É melhor ficar do lado
Haja tudo o que inda houver
se eu estou apaixonado,
só quando meu Deus quiser,
eu sou teu... Só um bocado
o resto? De quem vier...
Publicado em: 15/01/2010 17:14:19
Última alteração:14/03/2010 21:28:10




Puro amor, puro prazer
Vida feita em galhardia
Se deveras poesia
Tantas vezes pude crer
Num momento em que saber
Vale mais que valeria
Tão somente uma agonia,
E decerto eu passo a ver
O meu mundo com o olhar
De quem sabe e quer amar,
Nada tendo que me impeça
A certeza dita o rumo
E se tanto quanto assumo
Não se faz mera promessa...




A beleza por essência
Dominando o pensamento
E se quando eu me apresento
Muito além de uma clemência
Não querendo a providência
Nem tampouco o sofrimento,
Só desejo no momento
Ter no olhar clarividência
Que permita desvendar
Das searas que conheço
Onde amor traz o endereço
Onde eu possa mergulhar
Sem temer qualquer espinho
E não mais seguir sozinho...




Não fadiga quem caminha
A vontade de encontrar
Qualquer lua, algum lugar
Onde já não mais sozinha
Alma encontre aonde alinha
Pensamento a divagar,
E se tanto pude amar,
Esperança se avizinha
E se tanto minha sorte
Cicatriza aonde corte
Solidão, eu chego a ti,
Tantas vezes procurara
Jóia bela, intensa e rara
Que num sonho outrora eu vi.




Se por ti eu posso crer
No futuro feito em paz
Tanto amor será capaz
De mostra farto prazer,
Caminhando sem saber
Se a verdade ainda audaz
Poderá sendo tenaz
Desvendar quanto querer
Concebido nos teus olhos,
Muito embora dos abrolhos
Eu conheça cada espinho,
Na verdade meu canteiro
Sendo em ti é verdadeiro
Em teus braços eu me aninho.




Dos meus olhos não se afasta
Quem deveras já se adona
Quem decerto se abandona
No prazer em cena basta
Ao que tanto outrora em gasta
Face nunca veio à tona,
Mas por certo sendo a dona
Se profana, audaz ou casta,
Seja sempre a companheira
Onde a sorte não se esgueira
E se mostra inteiramente,
Quem deseja novo encanto,
Bebe a luz e seca o pranto,
Dominando inteira, a mente
Publicado em: 29/04/2010 17:17:24



Vou contigo e não discuto
Minha vida te pertence
Mesmo que pareça bruto
Meu amor já te convence

Coração batendo forte
Não se cansa de querer
Teu amor. Mas não se importe
Nos teus braços vou morrer.

Eu te trago a lua cheia
Eu te dou casa e comida,
Sangue corre em minha veia
Só por ti mulher querida...

Somos feitos deste sonho
Ser feliz é nossa sina,
Tanto amor eu te proponho,
Venha ser minha menina...

Não se esqueça de que o tempo
Passa sempre sem parar,
Eu não quero passatempo,
Contigo o tempo a passar...



Eu rendo-me em teus braços
Alçando uma aliança
Alcanço novo laço
Que realce uma esperança
Avança a sensação
De ser em plena ação
Um ato de emoção
Unção em nosso amor.
Rendido pelo encanto
Sem tantos dissabores
Sabores prediletos
Repletos nos penhores.
Senhores de nós mesmos
A esmo muitas vezes
As vozes que escutamos
Escolta deste caso
Aonde o triste ocaso
Jamais venha nos ver...



Ao ver neste horizonte
Um céu azul e claro
Amor que te declaro
Se faz muito mais forte
Estrela que me guia
Mostrou, noite passada
Que a vida sem te ter,
Querida é quase nada
Sem rumo ou alegria
Desvia a minha estrada
E mata a poesia
Deixando demarcada
A solidão feroz
Que um dia, anunciada
Perdendo a força e voz
Ficando enfim, calada....



SIM, EU TE AMO/

Não sei se concordas...
Dizem que sou beijoqueira....
Também gosto de sorrir....
Porque não?
Esta vontade louca de todos
abraçar e sorrir....
Ah, mas é a ti que eu amo....
Sinceros, fraternos são os
beijos e os sorrisos que dou
aos outros....
Loucos de paixão são os teus...............


Meus lábios nos teus lábios fazem rede
E sabem deste beijo tão gostoso,
Matando em tua boca a minha sede,
A sede deste sonho mais formoso,
Permite que em teus braços eu me enrede
E seja sempre assim, bem carinhoso.
O beijo prometido, a boca espera
Transbordando a doçura em primavera...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 18/10/2007 18:57:25
Última alteração:03/11/2008 20:30:14


SIM, EU TE AMO DEMAIS //

Estar longe de ti cada minuto
Parece já cem anos de saudade
Tenho esperança que um dia eu há de
Provar de novo aquele doce fruto...

Não deixe um sentimento viver luto,
Não quero me perder da claridade,
O sonho de encontrar-te eu já recruto
Pois sei que, enfim eu amo de verdade.

Aonde te escondeste? Qual porto ou cais
Que te levou daqui, em inconstância,
Meu medo é não poder te ver jamais....

Já quantas horas foram? - nem sei mais
Mais para mim é grande a distância
O teu perfume o zéfiro me trás...


GONÇALVES REIS
Marcos Loures
Publicado em: 27/07/2007 20:49:11
Última alteração:05/11/2008 17:59:23



Num laço bem mais forte
Sem ter sequer defesas
Já pondo sobre as mesas
Banquetes sem igual
Um toque sensual
Tempero faz do sal
Deste suor gostoso
Que mostra quando gozo
A festa já nos trouxe
Da boca bebo o doce
Amor como se fosse
À fórceps retirado,
Estar sempre ao teu lado
Um jogo que não pára
Não cabe e nem tem dúvidas
Apenas já transborda
Aborda o coração
E vem de aluvião
Queimando uma paixão
Sem medos ou vergonhas.
Em luzes que tamanhas
Nas manhas e manhãs
Marcado a ferro e fogo
Ganhando perco o jogo
Perdendo sou feliz.
E quero sempre mais
Secar fonte jamais,
Amor quando é demais,
É bingo. E faz canastra...



SIM, EU TE AMO DEMAIS...

Num certo dia de 1958, o Prof Antonio Viçoso Magalhães entregou-me uma quadra e fez o desafio: “Termine o soneto”. Assim nasceu mais um, a quatro mãos.

Beijo-te os pés cansados e feridos,
Pelas urzes e pedras e os espinhos;
Nos meus olhos, tristonhos e perdidos,
Trago-te flores, sonhos e carinhos...

Eu te encontro nos sonhos mais queridos,
No espírito das flores e dos vinhos!
E suplantando as dores e os gemidos,
Da vida, iremos sós, pelos caminhos!

E quanto mais for árida a subida,
Mais estaremos juntos , pela prece
De um amor que, tão grande, nos merece...

E como é curta demais a nossa vida,
Este amor que sentimos, tão bonito,
Que ele sendo imortal , seja infinito!...

Antonio Viçoso Magalhães
Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 04/08/2007 08:43:41
Última alteração:30/10/2008 15:10:51



Se preciso me corto na navalha
Dos sonhos mais fortes da batalha
Que tanto me maltrata quanto cura
Fazendo o meu mote na ternura
Que salga a saudade e não tortura.

Moreninha teu bote é minha sorte
Bem mais forte que a vida até que a morte
É meu canto que busca o teu carinho
Eu não posso viver sem ti, sozinho,
Já não tenho mais canto e perco o ninho..

Quero o gosto feliz de tua boca
Reboliço que faz a vida louca
E que acende de noite a nossa chama
Incendeia e azucrina nossa cama
Venha logo menina, amor reclama!
Publicado em: 13/04/2007 05:57:50
Última alteração:06/11/2008 09:36:23



SIM, EU TE AMO TANTO...

Vagando pela noite
Estrela soberana
Na qual eu me espelhei
No verso em que se explana

Procuro pelo astral
As luzes desta estrela
Que bom, meu Deus seria
Se enfim pudesse vê-la

E tê-la no meu quarto,
Tão fulgoroso lume
Mulher a quem desejo
Teria, enfim, ciúme...

Mas nada disso basta
A quem deseja tanto,
Meu verso cai perdido,
Sem luz e sem encanto.

Quem sabe se assim fosse
Cometa coração,
Amor aqui virias,
Pedindo por perdão...
Publicado em: 10/07/2007 19:24:04



Minha alma busca a tua, soberana,
Encontra a fantasia em que se aninha,
A vida em harmonia não se engana,
Se ufana por tu seres toda minha.
Além do que imagina amor se explana
E trama em maravilha a sacra vinha
Aonde recolhendo o doce vinho,
Nos marcos de teu corpo, encontro o ninho...




SIM, EU TE AMO! - sextina


Encontro no teu corpo o soberano
Prazer que tantas vezes procurara,
Vagando por estrelas, vou insano,
Bebendo desta fonte em água clara,
Não me deixo levar mais por engano,
Meu passo em tuas pernas já se ampara

A mão que acaricia e que me ampara
Trazendo um sonho raro e soberano
Deixando para trás qualquer engano
No rumo que minha alma procurara
Seguindo estrela bela em noite clara
Delírio mavioso, santo, insano.

Depois de um pesadelo, quase insano
O passo que sozinho não se ampara
Ao ver estrada mansa calma e clara
Percebe um novo rumo soberano,
E quem por tantas vezes procurara
Já sabe da emoção, sem ter engano.

Não quero e não permito mais engano,
Nem quero em meu caminho um verso insano
Distante do que sempre procurara.
Agora que a verdade já me ampara
Eu sinto o meu futuro soberano
Na vida que se faz risonha e clara.

A lua se derrama argêntea e clara
O passo segue firme e sem engano,
De todos os meus dias, soberano
No amor que toda noite vem; insano,
Prazer feito desejo, a mão ampara.
Destino que quem ama procurara.

Bem sei que o peito cego procurara
Distante da emoção serena e clara,
Porém ao ter amor que assim me ampara
Não temo mais sequer algum engano,
E mesmo que me digam ser insano
O amor que me domina é soberano.

Olhar que soberano procurara,
Mesmo que insano sonho em noite clara
Sem ter qualquer engano já se ampara.
Publicado em: 14/01/2008 18:30:39


SIM, EU TE AMO!!! /

Buscando pelos rastros que deixaste,
Estrela em seu caminho pelo céu,
Meu coração sem rumo, um velho traste,
Adentra uma esperança feita em véu

Da cascata divina que lograste
Deixar em tuas sendas. Tomo o mel
Feito das flores belas que emprestaste
Jardim de minha vida, bom/cruel.

Pegada tão distinta, eu percebi.
Não posso, distraído, concebê-la.
Mas como é tudo um sonho fico aqui

Espero um dia então poder revê-la
Pois doce e rubro lábio de rubi
Mas estás mui distante minha estrela...


MVML
GONÇALVES REIS
Publicado em: 16/10/2007 16:48:51
Última alteração:03/11/2008 21:14:49



SIM, EU TE AMO!!!!
Amor que, tantas vezes, me acompanha
Em noites solitárias, esperanças...
Bebendo em tua boca amor me entranha
Roubando das estrelas luzes mansas,
Vontade de te ter, sede tamanha,
Revendo em cada sonho, nossas danças.

Meus sonhos prometendo novas danças
Tanta alegria sempre se acompanha
Da força deste amor que sei tamanha
Trazendo ao coração tais esperanças,
As mãos que se procuram calmas, mansas
No fogo da paixão que vem e entranha.

A luz que em noite imensa já se entranha
Vislumbra em plenilúnio belas danças,
As horas vão passando bem mais mansas
Olhar enamorando te acompanha
Brilhando, transbordando em esperanças
Forjando esta alegria assim, tamanha.

Vontade de te ter em luz tamanha
Na claridade imensa amor se entranha
Forrando o meu caminho em esperanças,
As forças da natura em belas danças
Tocadas pelo olhar que te acompanha
Bonança sem tempestas noites mansas,

Palavras que seduzem sendo mansas
Permitem fantasia, enfim tamanha,
O canto em emoção que te acompanha
Nos âmagos dos sonhos quando entranha
Fomenta tal festejo em tantas danças
Espalha sobre nós tais esperanças.


Trazendo para a vida as esperanças
Amor mostrando sendas sempre mansas
Transporta em sintonia velhas danças
E a sorte de te amar se faz tamanha
E a tentação infinda assim se entranha
No rastro deste amor que te acompanha.

Amor quando acompanha as esperanças
No fogo que se entranha em noites mansas
Mostra em glória tamanha nossas danças...
Publicado em: 30/09/2008 14:35:56


Minhas mãos que tantas vezes araram,
trilharam chãos e cabelos, morenas, mulatas,
louras, negras em infinitas viagens
pela eterna procura.
Depois de tanto tempo inertes,
calejadas pela dor do dia a dia,
sem música, misticismo ou poesia.
Depois de tantas farpas encontradas no caminho,
velhas mãos enrugadas e cansadas
percebem a tua presença.
Mãos macias, suaves de quem não sofreu nem arou.
De quem ainda tem a tenra carne,
exposta raramente ao sol fustigante
dos mormaços da vida.
Passo minhas mãos em tua cintura
e te convido para o sol.
Bem sei que amanhã estarei morto,
e as mãos enregeladas,
cortadas pelo frio do inverno,
ressequidas e saudosas da primavera que,
no outono, à tarde,
desfrutei;
temporã...
Publicado em: 25/11/2007 14:22:23
Última alteração:31/10/2008 12:08:08



Nos braços de quem amo, tantos sóis,
Pois sois o que eu buscara há tantos anos.
Em belas melodias, nos bemóis
Encontro os mais sublimes dons humanos
À noite em nossa cama estes lençóis
Testemunhando amor que sem enganos
Permite que sejamos mais felizes,
Mudando em nossas noites, seus matizes...
Publicado em: 05/02/2008 17:22:16
Última alteração:22/10/2008 17:50:4




Minha alma te procura em tantos lagos,
Vivendo a sensação de ser só tua.
Por vezes esquecida vai embalde,
E sem amor sequer se rasga nua...

Querida tanto quis quanto fizeste
Tufão que me derruba e me transtorna.
Tu és a soberana que domina,
De tanto amor que tenho, a alma se entorna.

Mas sinto que depois de certo tempo,
Virás para os meus rios, cachoeiras.
E seguirás comigo para um mar.
Trazendo novas luas verdadeiras.

Cercado por carinho, então serei
O rei que tu quiseste amar, sereia.
E tanto amor enfim nos levará.
Deste pequeno lago; imensa areia.

E vamos nos salgar, tanto prazer,
Trazer para a lagoa, o grande mar.
Na imensidão insana e deliciosa
Que traz essa alegria de te amar!
Publicado em: 19/12/2007 14:42:21


Dormindo enquanto velo
Teu sono, meu amor.
Amor que assim revelo
No sonho que compor.
Durma em paz, amada...

Dormindo enquanto canto
Acalanto esse amor
Que eu amo tanto, tanto..
Por onde quer que for...
Durma em paz, amada...

Dormindo enquanto sonha,
Com castelos princesas.
A vida é tão risonha
Repleta de belezas...
Durma em paz, amada...
Publicado em: 19/04/2008 10:10:36
Última alteração:21/10/2008 13:10:09



Não quero te perder
Eu quero te prender
Em cada novo laço
Em todo meu abraço
Vontade de saber
Vontade de querer
O bem que sempre vem
Na noite do meu bem...

Eu quero me enlaçar
Nas asas revoar
Sem medo do cansaço
Amando em cada passo
Que juntos, vamos dar
Na noite, no luar.
Luar que sempre vem,
Na noite do meu bem...

Eu quero o doce fado
De ser iluminado
E preso no teu laço,
Deitando meu cansaço
Quietinho, do teu lado,
Meu peito apaixonado.
Que sempre volta e vem
Pro colo do meu bem...

Eu quero essa emoção
Te dou meu coração
O prendes no teu braço,
Depois do amor, cansaço.
Na boa sensação
Do mar de uma paixão.
Que todo o tempo vem
Pra noite do meu bem...
Publicado em: 19/04/2008 12:42:03


Quando enfim encontrei o teu retrato,
Descorado e jogado na gaveta;
Assinado seu nome, com caneta,
Percebi com saudade, fui ingrato...

Tinhas um olhar triste e tão distante,
Como quem procurasse amor, prazer;
Ou quem sabe, somente, reviver,
Tantos sonhos perdidos, e bem antes...

Não podia sonhar d’outra maneira,
Quem a vida feriu e maltratou;
Tua fotografia me mostrou,
Tanto amor que viveu, a vida inteira...

Me recordo das noites que passamos,
Nossas camas, sentidos e visões;
Em um só, transformando os corações.
Hoje eu bem sei o quanto, nos amamos..

Em teu corpo desejos eram vias,
Tuas mãos delicadas mil delícias,
No sofá, nossa cama, das carícias
Que trocamos, fantásticas orgias...

Teu colo, âmbar , beleza sem igual.
Nos desfiles nas nossas loucas noites,
Nossas línguas desciam, qual açoites
Que traziam eterno carnaval...

Quanto tempo passado, vou sozinho,
Minha cama jamais teve outro alguém;
Procurei sem saber, um novo bem,
Todo mundo passando, eu passarinho...

Na procura silente, quero crer,
Que tal mel, tua boca, só me traz.
Perseguido e tentando ser capaz,
De encontrar outr’amor para viver...

Encontrar teu retrato foi doído
Desespero tomou tudo d’assalto;
Como pude tentar, sou tão incauto
Reviver esse tempo já vivido...

Nunca mais reviver a tua foto,
Nem revirar gavetas, nem passado.
Me perdoe, se tanto andei errado,
Minha vida,um retrato tão remoto...
Publicado em: 26/04/2008 10:38:08



Amando quem não ama-me, mas ama
Amado por amada a quem amei.
Atento que jamais eu a terei
Na cama que reclama uma outra chama.

Rejeitas meus defeitos, isso sinto,
Consentes nos defeitos de quem amas.
As teias que faziam nossas tramas,
Não queimam pois é tal vulcão extinto...

Um dia se quiseres quem te queira
Talvez possa escutar meu coração.
Não posso mas irei pedir perdão,
Por nunca permitires uma beira.

Qual cego apaixonado vou amando
A mando de quem sabe que não és.
Trocando, e merecendo, mãos por pés,
Vou vendo que não segues meu comando.

Esperança faz trama assaz constante
E brinca como quem não me obedece
Na teia que esperança tanto tece,
Talvez, um dia, eu seja teu amante!
Publicado em: 29/04/2008 14:33:25
Última alteração:21/10/2008 14:26:54



SIM, EU TE AMO!!
Um amor sem par
Beleza que é sorte
Mudando o meu norte
Na deusa/luar
Que gira em meus sonhos
Estradas e viço
Amor que cobiço
Sem nunca parar
Rondando o teu corpo
Qual um pirilampo
Em busca do brilho
Da estrela maior.
Eu sinto o teu cheiro
Amor verdadeiro
Que há tanto procuro
Que há tempos sonhei
Vazios completa
Amor me repleta
De tudo o que quero
Meu verso singelo
Porém mais sincero
No qual já venero
Amor fonte pura
Que traz a ternura
De um beijo macio
Do gosto do vinho
Que tanto inebria
Amor que vicia
Vivência divina
Que aos poucos domina
Transforma e refaz
Amor quando audaz
Em versos, canções,
Em mil turbilhões
Num redemoinho
Rodando a cabeça
Amor que ofereça
Carícia e carinho...
Publicado em: 15/05/2008 14:02:05



Moleque travesso
Sabendo endereço
Amor diz tropeço
Mas nunca estropício
Nas mãos deste vício
Eu vivo sem ócio
Porém quero o cio
No qual principio
Meu ópio, meu pio
Meu canto de paz.
Depois tanto faz
Se a noite tem lua
Do quanto é capaz
A sorte que engula
Sem rumo e sem bula
Meu sonho voraz.
Matar a vontade
Sentir o teu gozo,
Viver liberdade,
De um jeito gostoso
Beber claridade
E acordar com sol...
Publicado em: 30/07/2008 12:40:36
Última alteração:19/10/2008 21:55:19




Bebi do teu licor
E nele percebi
Que tudo o que busquei
Achei agora em ti.
Nas gotas de saliva
Uma esperança viva
Da vida que se dá
Em vida e já renasce
Sem medo e sem disfarce
Sem nada que inda esgarce
A graça de ser teu.
Na frase de um poema
Dizendo deste encanto
Amor por todo o canto
Tomando sempre a cena.
Enquanto me inebria
Encharca de poesia
Redondeza, arrebol.
Tu és tenho a certeza
O sol que invade a casa
E toma de surpresa
E sempre quando abrasa
Permite que se pense
No estio que virá.
Publicado em: 30/07/2008 20:21:22
Última alteração:19/10/2008 22:01:19





A marca da pantera
Amor que a gente espera
Palácios ou tapera
A fera nunca dorme
E acorda tão faminta
Jamais se saciando
Comendo e me domando
Fazendo o que bem quer..
Publicado em: 15/08/2008 16:52:04
Última alteração:19/10/2008 20:15:50



Sentindo o teu carinho em minha pele
Vontade de tocar teu corpo inteiro
Amor que tantas vezes nos compele
Ao sonho com certeza alvissareiro
No sentimento enorme que já sele
A vida em seu matiz mais verdadeiro
Na boca da mulher maravilhosa
O beijo- colibri- buscando a rosa...
Publicado em: 22/08/2008 17:21:56
Última alteração:19/10/2008 20:33:16




Num jardim adornado pelas flores
Maravilhosamente perfumada,
Passeias desfilando teus amores,
Deixando a tola rosa enciumada...

Violetas e gerânios perfumosos,
Sentindo essa presença tão divina,
Murchando, pois que são tão melindrosos,
Lamentam, tão tristonhos, triste sina...

A flor cuja semente Deus guardou
E jamais brotará noutro jardim,
Ao ver que quase nada me restou,
Guardou essa semente para mim!
Publicado em: 09/09/2008 19:55:11



Em meu canto, me espanto e te procuro.
Me curo em tua cura e teu decoro.
A lua em seu encanto me faz coro.
Clareia e me incendeia nega escuro.

Vencido tenho sido mas não ligo.
Me abrigo do perigo em tuas mãos!
Os chãos que da amplidão perecem vãos,
Disfarçam noutra face do perigo...

Vorazes as audazes asas, ases,
Sem freio sem receio, caçam meio
Encontram seus encantos no teu seio.
Os versos que enveredo são mordazes.

Mentiras quando atiras sobram tiras.
Tiaras e searas são serpentes.
Os pentes nos repentes quando sentes
Se entranham e se estranham, ledas liras.

Meu mote neste pote forte fica.
Fortifica quem liça faz a festa.
Me resta tão somente frágil fresta.
Amor que não se entende, não se explica!
Publicado em: 13/09/2008 21:08:52
Última alteração:17/10/2008 13:28:02



Eu tenho dos espinhos, consciência,
Assim como bem sei de teu perfume.
Amar-te é ser feliz sem penitência,
Tu és o meu caminho, paz e lume.
Me entrego sem temor às armadilhas
Do amor que nos promete maravilhas...
Publicado em: 22/09/2008 12:34:43
Última alteração:02/10/2008 19:47:



Saudades d'outros dias onde, outrora,
Tivera no teu colo meus abrigos,
A luz de uma alegria me decora,
Protege contra os males e os perigos.
Tua presença em sonhos revigora
Meus passos em caminhos mesmo antigos.
Amando eternamente posso crer
Que um dia nosso amor vá renascer...
Publicado em: 25/09/2008 09:45:36
Última alteração:02/10/2008 14:18:35



Vergalhões esquecidos no caminho,
São pedras que procuro disfarçar...
Um pássaro faminto sem ter ninho,
Teimoso se esqueceu como voar!
Nas horas mais difíceis vou sozinho.
Estrelas companheiras a guiar.
Recebo tais promessas, de mansinho,
É certo que jamais vão me cansar...
De todas as promessas mentirosas,
De todas as mentiras que disseste.
Amor que já morreu, vento nordeste,
Jardim que cultivei, morreram rosas..
Fazendo tantos versos sem sentido...
O mundo que sonhei ver dividido,

Depressa se desfaz, provoca guerra;
Saudades de descer da tua terra,
Fazendo minha rede em teus cabelos...
Não posso mais nem quero recebê-los.
A sorte não dá mote pra cantar.
Maria foi pro mar, sabe nadar?
Serviço de primeira, conta cara....
Amor que não maltrata é coisa rara!
Vencido meu desejo de vingança,
Correndo vem dançar na contradança...
Não quero meu emprego, perco viço...
O tempo que não nego, corrediço,
A vida sem saber virou enguiço,
Da feiticeira quero esse feitiço...
Não fale de Maria ou Mariana,
Esqueço que vivi, tanta mentira...
A noite que prometes não me engana,
Sandália que calcei procura tira...
O bom cabrito berra, senão morre...
Aquele que ficou, pobre coitado...
Menina vou tomar um grande porre.
Delícia pra comer: cabrito assado!
No lote das estrelas, Botafogo.
No canto das sereias, teu cantar...
Incêndio que se preza, bota fogo,
Estrelas mais brilhantes? Nem no mar...
Vencemos os problemas que sofremos,
É certo que esqueci de te contar
Na noite dessas bruxas revivemos,
Agora vou morrer neste luar.
Menina me enganaste, que besteira!
Barriga vai crescendo, devagar...
Vai custar muito caro a brincadeira,
Agora é que vou ter que trabalhar!
Cunhado não é sorte nem destino...
É carga que não canso de levar,
Mas também quem mandou o desatino,
A mala me sobrou pra carregar!
No peixe que pesquei, um diamante,
Nas ondas que navego, meus pecados...
Amor que dediquei, era gigante...
Na porta dos desejos, teus recados...
Na curva desta estrada capotei,
Perdi a minha sogra, quero o carro.
No reinado da rainha já fui rei...
Marido da cigarra? Meu cigarro.
Na carta que mandaste, meu amor,
Me falaste de estrelas e da lua...
A noite que não brilha, traz pavor.
Mulher que não amei, caminha crua...
Recebo teu pedido de perdão...
Não posso te dizer que não reparo.
Gordura me faz mal ao coração,
Amor que não sonhei ficou bem caro...
As jóias que pediste, de cristal,
De vidro verdadeiro são bem feitas...
Amor que não conhece carnaval,
Por certo tantas pernas endireitas...
Na doce melodia que me encanta,
A voz desta cantora não faz feio...
Plantei no teu castelo, minha santa,
Amor que já brotou, trouxe receio...
Receita que te dei, felicidade,
Jogada na cozinha, se perdeu...
Não posso te dizer tranqüilidade.
Se não morrer você, já me mato eu...
Mascaro meus desejos com chiclete
Meu hálito melhora e me suporta...
Não venha serpentinas e confete.
A solidão deixei atrás da porta...
Assim vou terminando meu repente.
Amor que não sobrou é paranóico...
Meus versos vão morrendo, de repente,
Decassílabos? Faço! Tudo heróico...
Publicado em: 21/10/2008 17:52:43



Não fale assim da solidão,
A fera é solitária e por isso mesmo, perigosa.
Não faça alarde de um momento
Em que pensas estar abandonada.

De tocaia, numa espreita
Ela prepara o bote,
E quando a gente vê;
Já era.
Fim de papo,
Quilos e mais quilos de Prozac
Não resolvem.

Eu estou aqui
De sentinela
Em prontidão.
É só me chamares
Que estarei ao teu lado em menos de um segundo.

Por cima das casas eu voarei,
Acompanhando o minuano,
E cada raio de sol ou de lua.

Chegando mansamente ao teu lado,
Beijando tua boca.
Trazendo quem sabe um sorriso,
Um carinho
Ou mesmo um guizo,
Assim o granizo
Ao ver o prejuízo
Ultrapassa a cerca,
Sobe em outro telhado
E te deixa sozinha.
Sozinha não.
Comigo.
Publicado em: 01/10/2008 13:17:40


Quando percebo; o fim da noite vem,
Trazendo essa alvorada com o sol,
Manhãs tão radiantes, são promessas,
Da vida renascendo sem tempestas...
Meus medos são desejos não cumpridos.
A sorte nada faz senão mentir...
Me cabe nessa história ser poeta.
À parte do que sinto, nada falo...
Queria transformar os meus caprichos,
Mas omitindo, vou seguindo mudo...
Repito meus dilemas, num soneto;
A morte s’aproxima, mas me calo...
Revendo por rever os meus problemas,
Quem dera nada fosse tão difícil.
Em versos brancos, fiz sentidos vários...
Canários vão cantando, nessa mata.
Me mata essa saudade de você.
Você que me permite então sonhar.
Sonhar que é outra forma de viver...
Viver sem ter segredos, traz verdade;
Verdades são momentos de prazer;
Prazer dos beijos loucos que me deste,
Deste mundo jamais vou me evadir;
Evadir por quê? Sinto essa presença...
Presença mais vital, felicidade...
Felicidade brilha no horizonte.
Horizonte trazendo novo dia...
Dia mais feliz, quero, de fato...
Fatos novos são luzes sobre trevas...
Trevas que na minh’alma são tristezas;
Tristezas por saber que nada sei,
Sei somente do canto que ensinaste,
Ensinaste, depressa, a não morrer...
Morrer dessa saudade, dor cruel,
Cruel como a distância que guardaste,
Guardaste, sem saber a minha luz,
Luz dos teus olhos vão brilhando, cegam...
Cegam um coração vadio, louco...
Louco dessa vontade de saber.
Saber em que caminhos, te perdi...
Perdi na minha luta contra a morte.
Morte que se traduz, em não te ter...
Publicado em: 22/10/2008 19:28:33


Amor um dom divino e poderoso,
Às vezes se tornando quase vil,
Caminho que persigo, glorioso,
Nos olhos da mulher doce e gentil,
Tomado pelo brilho valoroso,
De um sentimento nobre e mais sutil,
Encontro no teu colo, por momentos,
Delícia feita em raros sentimentos...
Publicado em: 24/10/2008 15:01:47
Última alteração:02/11/2008 20:32:56



Tanto mar
Tanto mar
Te darei tanto mar
Se deite
Que tenha tanto amar
Aproveite e aceite amar...

Molha o mar
Lambe o mar
E deixa vir esta onda
E acate
Que venha tanto mar
Acate e aceite o mar...

Tanto mar
Tanto mar
Te darei tanto amar
E acate
E aceite tanto mar
Me aceite, receito amar...

Salgue e receba do mar
Meu mar e no teu mar
Ondas entram mais
Venha
Que eu te vou
Meus mares das Gerais...
Publicado em: 26/10/2008 19:19:25
Última alteração:02/11/2008 20:33:25



Naquela noite eu dormia,
E nos sonhos pressentia
Amor que tanto pedi.
E com medo de acordar,
Não quis parar de sonhar,
Neste sonho me perdi.

No meu leito, adormecido,
Pensando no amor querido
Que sempre pensei ser minha,
Mas que nunca me tocara,
Apenas amor sonhara
Voando qual andorinha...

Como um luar recendendo
Meu amor foi crescendo
Perfume de linda flor
Que me deixa sequioso
Querendo esse amor gostoso,
Sentir o cheiro do amor...

Dormindo não me cansava
Toda noite imaginava
Como poderia ser
A tua respiração
Em meio a tanta emoção,
Em meio a tanto prazer...

Sonhei tanto em minha vida
Que te encontro aqui querida
Deitada no nosso abrigo...
Na cama que desejara
De tanto, amor eu sonhara,
Agora dormes comigo!
Publicado em: 28/10/2008 16:30:59


Eu peço-te um segundo de atenção.
Não quero mais falar aqui sozinho,
O coração decerto apertadinho
Precisa de teu mágico perdão,
Quem sabe seja a nossa solução?

Amor está cambeta e quase cego,
Virou minha cabeça sim senhora.
Amor que tanto sofre quanto chora
É coisa que, mentindo, sempre nego.
É mala que em minha alma já carrego.

Container, na verdade, de pesado;
Amor não me deixou sequer um verso
Diverso deste amor meu universo
Em versos anda meio destroçado.

Fazer amor sequer em fantasia
Pagando o preço sinto que não vens.
De amores meus amores são reféns
Falando desse amor, eu passo o dia...
Publicado em: 03/11/2008 20:18:29
Última alteração:06/11/2008 12:11:50




A vida vai seguindo o seu caminho
Embora muitas vezes maltratada,
Ventura que se mostra na alvorada
Compondo e recompondo o nosso ninho.
Não quero e não consigo andar sozinho,
Assim me perderia nesta estrada
Que faz de minha vida uma jornada
Numa busca diuturna por carinho.

Vencida cada etapa sem temor,
Vagando por teu corpo o meu destino.
Quem fora, há tanto tempo peregrino
Encontra finalmente o seu amor.
Permita que eu entoe esta canção
Que é feita em belo acorde: coração!




Sentindo o perfume,
A pele macia,
Acendo este lume
Que cedo vicia,
Afasto um queixume,
Vibrante alegria,
Além do costume,
Teu corpo/magia,

A roupa eu retiro,
Te deixo então nua,
Na cama eu me atiro
E assim bebo a lua
Que faz seu retiro
E em ti já flutua
O teu corpo admiro
E assim continua

A noite gostosa
Promessa em prazer
Amada já goza,
E assim posso ver
A lua formosa
Da fonte; beber,
Mulher maviosa
O meu bem querer.



Declaro o meu amor
No verso que te faço.
Sem ter um embaraço
Sou teu e nada mais
Atrás de cada sonho,
Um gosto delicado
Amor eu te proponho
Te quero aqui do lado,
A vida que me resta
O pouco que terei,
Amor que assim nos gesta
Decerto encontrarei
Nas mãos desta mulher,
Meu canto em mansa brisa,
Do jeito que vier,
A sorte já me avisa
Que tudo o que eu pretendo
Encontro nos teus braços,
Amor vai me envolvendo
Aperta firmes laços
E faz-se em esperança
De um dia mais feliz,
A vida então se avança
Do jeito que eu mais quis,
Em torno da aliança
Que contigo, amor, fiz...
Publicado em: 29/09/2007 15:53:35




Na triste noite
Esperanças mortas
Palavras tortas
Não dizem nada.
Sou quase o fui
O tempo esgota
A corda rota
O lago seca.
Agonia...
Sente à mesa
Que a sobremesa
Virá depois
Nos olhos cegos,
Nos dedos amputados
E no sorriso-aborto.
Desafios, fios e falhas,
Tralhas e telhas
Telhados em desabrigo.
Tangos e tentos,
Mortalhas e farpas.
Parcas e carpas
Escapo? Talvez
Escalpes, botecos,
Palpites e planos,
Acenos e sanhas.

Mas venha com teus seios
Tua boca em falso riso
Que o guizo que me cabe
Da alegria fugaz
Ainda traz a paz
Nem que seja um armistício
Vícios, princípios
E pios do meu peito.

Eu te amo!!!
Não me importa
Se amas ou tramas
Se clamas ou travas
Entraves e tragos.
Afagos sutis.
Sou estupidamente feliz!
Mesmo em alma rota
Mesmo que amarrote
A bancarrota chegue
E diga que é um trote.
Trotando meu cavalo
Procuro por galope
Ou mesmo um golpe
De faca ou da sorte...
Publicado em: 06/10/2007 13:50:07




Vendo o rosto da morena
Sol brilhando em fundo claro,
Carpinteiro nesta cena,
Formatando amor tão raro
Beijo o gosto desta boca,
Revirando terra e céu,
Ostentando a chama louca
Que embrenhando vira mel.
Mergulhão em água quente,
Querubim com asa alerta,
Vou bebendo da vertente,
Sem temor de alma deserta.
Meu amor celestial
Bateu asas e voou
O que resta no bornal
Nem metade do que sou.
Soa o som de um atabaque
Nas noitadas de verão,
Coração sofrendo um baque
Não quer mais a solidão,
Teu amor se foi de araque,
Mesmo assim, me deu tesão!
Publicado em: 10/10/2007 21:46:41




Meus olhos com desejo desnudando
Esta mulher divina que se entrega,
Destino num momento vai mudando
E a sorte não se mostra, enfim, mais cega,
Desculpe, mas decerto estou te amando,
Embora seja amor babaca e brega.
Não quero ser somente um teu ficante,
Eu quero a vida inteira a cada instante!
Publicado em: 10/11/2007 12:06:36
Última alteração:31/10/2008 16:02:56


Amada é sempre bom saber de ti,
Eu ouço o que me dizem andorinhas
Distantes dos meus olhos, trago aqui
Palavras tão sinceras. De onde vinhas
Deixando estas pegadas, mas perdi
O rumo e desde então já não te aninhas
Nos braços que te querem toda noite
Trazendo tanta paz para o pernoite...
Publicado em: 08/12/2007 21:56:35
Última alteração:29/10/2008 16:57:53


Qual fora uma criança que encantada
Por doces e delícias, seus brinquedos,
Minha alma vai da tua enamorada
Rompendo os cadeados e os segredos.
Das páginas viradas da tristeza
Encontro este compêndio da beleza.

Tu és a redentora fantasia
De quem ama demais, qual um fanático,
Numa felicidade imensa, uma alegria,
Revive um coração outrora apático.
E somos o reverso da medalha,
A cama, nosso campo de batalha...
Publicado em: 21/12/2007 10:59:44
Última alteração:23/10/2008 07:25:35



Em convulsos desejos, fantasias,
Num ato de loucura; delirante.
O fogo nos tomando em ardentias
No gozo sem limites, triunfante.
Indômita vontade de te ter
Na fúria fabulosa do querer.
Publicado em: 02/01/2008 08:59:01
Última alteração:22/10/2008 19:25:27




Quando a vi, envolvida na neblina
Das mágicas poções sempre conquistam,
Minha vida promessa, cristalina,
Ressurgia, em teu corpo que alucina!!!

Teus olhos, negros, belos como o breu...
Brilham como a buscar mais claridade,
Coração que decifra, camafeu...
Vida quimerizada em brevidade...

Não sei se me visitas ou se foge,
Não percebi distâncias que separem...
Carrego tanto amor no meu alforje,
Defesas esquecidas que anteparem...

Vistosas mãos carinhos prometidos...
Sestrosos dedos, lúdicos brinquedos,
Quem saga não reparte sãos sentidos,
Mestiços sentimentos mentem medos...

Vê-la envolta, neblina sensual.
Réstias, hóstias, segredos seculares...
Caminhas teu disfarce casual,
Simulas teres vindo dos altares!!!

Nas horas mais difíceis não conferes,
Constranges m’as fenícias invasões,
Pesadas consciências por halteres,
Conspiras contra tolos corações...

Neblina que me nega ver teu rosto,
Embalde procurei por teu retrato,
Nos jardins poluídos meu desgosto,
Nas partituras métricas, maltrato...

Trepido meus farsantes sentimentos.
Vasculho por um lápis, lapiseira,
Não consigo lembrar quais os momentos...
Te perdi, num segundo, a vida inteira...

Não foste pois, sequer a despedida,
Não tenho outra lembrança mais feliz.
Respondo a toda lua que convida
Amante nebulosa, meretriz...

Nas neblinas, garoas e nos fobs
Entrevi teus macios espetáculos,
Nas certezas que perco, não afobes,
A vida me negou não quero oráculos.

Acalmo-me, fantasma delirante,
Não verto mais as lágrimas vazias.
Repouso os sentimentos numa estante,
Ao mesmo instante, logram-me valias...

No cárcere saudoso teatral,
As pombas nunca mais retornariam,
Arquipélagos reinam meu astral,
Quiçá foram manobras que mentiam...

No cais que deveria ser meu porto,
Começam meus saveiros naufragantes
Perfazes tão somente um triste aborto,
Não pude mergulhar qual navegantes...

Restando tua ausência neste barco,
Que a vida nunca turve este teu céu.
No fulcro da discórdia, tinges arco,
A porta que entreabriste, dum bordel...

Amantíssima orgia que não pude,
Ambrosias me deste por engano.
Verdadeira sonata do ataúde
Que formam derradeiro, cego plano...

Nos surtos fantasias e complexos,
Nos cantos melodias e serpentes...
Mascate negocias trapos sexos,
Os beijos nas neblinas absorventes.

Tentei quitar as dívidas com Deus,
Eu quis me transbordar desse desejo...
Não tive nem promessas, himeneus,
As mãos vazias nunca se calejam!

Quando a vi, nebulosa, mascarada.
Sangrei por todos poros, hemorrágico.
Não pude concluir, te vi calada,
O que pensei romântico é tão trágico.

Mas beijo esse teu manto de princesa,
Não podes me surtir nenhum efeito.
Da morte, te forjei, a realeza,
És parte deste amor meu, contrafeito...

Fenestras que fechaste não refiz.
Nas frestas meus fantasmas buscam farpa.
Não me permitirão nem ser feliz...
A morte dilacera, corta, escarpa...

A moça emoldurada justifica
A dor de me saber velho e ignaro...
Nos lodos que freqüento se amplifica
Mortalhas me seguindo, torpe faro...

A podridão que invade, traz minha alma
De encontro a rapinais aves de agouro.
Não deixando enlutada uma vivalma
Não deixando sequer mapa ou tesouro!

Tu foste amortalhada mansidão.
Mirraste meus delírios de grandeza.
Pachorrenta andorinha sem verão.
Loteaste infortúnios com vileza...

Fui latifundiário sem limites,
Amei dissimulando tantas vezes...
Criei amores falsos, paixonites,
Mereço por mentir dias e meses...

A minha cicatriz não se consuma,
A parte que me cabe não consola,
Das leis que te omiti, formaste suma.
Hemorragicamente foi escola...

Me sinto tão cretino, não te nego.
Meu par enebriante foi um mito.
Dos olhos nebulosos que carrego,
Um grito emana, salta ao infinito!

Não vês que me embriago de luxúrias,
Não viste que fingi um ser errante.
As marcas no teu corpo são espúrias.
O beijo da pantera asfixiante...

Te deixo, sepultura minha, em vida...
Refaço meu caminho sem segredo.
Mecânicas as mãos na despedida,
Os hóspedes não fingem sequer medo..

O coração piloso, t’as melenas...
O peito analfabeto quer poemas...
Não deixo por querer as velhas penas...
Amor e sofrimento, os mesmos temas!

Espraio meus sentidos pelo norte,
Vasculho cada canto do meu ser...
A poesia farta-se de morte,
Partilhas vai fazer, depois morrer...

Amada, me perdoe não ter tido
O filho que jamais querias ver.
Amante mais boçal, mais distraído,
Irias nesse mundo conhecer?

A tua face escondes azul véu,
O velcro da saudade foi satânico.
Impede conceber viver o céu,
Não deixa refletir senão meu pânico!

Despeço-me de ti, ó fantasia!
Na névoa abençoada te criei.
A porta do barraco, permitia
Amar assim a quem jamais amei!
Publicado em: 28/12/2007 20:11:58


Amor não permitindo mais engano,
Nem mesmo a fantasia que desande,
Repara da tristeza qualquer dano,
Tornando-se maior em feito grande,
Amor que se demonstra soberano,
Não sabe de ninguém que nele mande
Seguindo vai incólume adiante,
De todos os maiores, o gigante!
Publicado em: 05/01/2008 13:58:48
Última alteração:22/10/2008 19:29:44



Gitano corazón a te buscar
E num bailado intenso, passo a passo,
No prateado beijo do luar
Voar sem ter limites pelo espaço.
Num aconchego pleno de carinho
Beber de tua boca, o doce vinho

E bêbado de ti, vagar sem planos
Rodando a noite inteira sob o astral,
No toque de teus lábios soberanos,
No roçar de dois corpos, sensual.
No som que nos encharca de alegria,
A guitarra de Paco de Lucia...
Publicado em: 07/01/2008 19:51:28
Última alteração:22/10/2008 19:36:03



Castelo dos meus sonhos, teu amor;
Dossel tão desejado, tua cama.
Ser teu vassalo, ser teu servidor
Minha esperança audaz, tanto reclama
A sorte de poder viver contigo,
Oásis que mais quero e que persigo...
Publicado em: 06/01/2008 21:30:27
Última alteração:22/10/2008 19:35:49



Encontro em tua sombra a minha imagem,
Reflexo de mim mesmo num espelho
Um toque de desejo, uma miragem,
Mosaico de emoções, caleidoscópio.
Sou teu, és minha e nada nos separa,
Sequer esta distância que é atlântica.
Vivendo nosso amor em plenitude.
Transformo cada sombra num desenho
Aonde eu possa ver nosso contorno
Sob esta imensidão, único sol...
Publicado em: 07/04/2008 10:46:29
Última alteração:21/10/2008 19:59:16




Eu sinto o teu perfume
E sigo cada passo
Além de ser costume
Amor tramando um traço
Que faz do corpo o lume,
Desejos nem disfarço
Não tenho mais queixume
Em ti já me desfaço
Bebendo desta fonte
Que eu sei iluminada
No sol deste horizonte
Janela escancarada
Do peito que te busca
Em luz estrela guia
Querendo estar contigo,
Vibrando em fantasia
Girando carrossel
No céu de nosso amor,
Sem medo e sem pudor.
Fantástica magia...
Publicado em: 09/04/2008 18:18:34
Última alteração:21/10/2008 18:19:31



Força maior não há, que o prenda ou dome,
Irreverente amor, tão sem juízo,
Que embora novo rumo, às vezes tome,
Pensar em ti, bem sabe que é preciso.

E enquanto o tempo virginal avança,
Bem longe vai, do corpo, o pensamento,
E minh’alma, em teus braços já descansa,
Na beleza insaciável do momento.

E penso no teu colo angelical
Onde queria recostar a fronte,
Como o sol que descansa no horizonte...

Afastar do caminho, todo o sal
E nos sonhos de amor, meus devaneios,
A extrema glória de beijar-te os seios...


MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 17/04/2008 12:41:18
Última alteração:21/10/2008 18:25:46



Percorro tantas brumas para ter
O raio deste sol que quero ver
Depois de tanta chuva em tempestade.

Buscando nas searas a pousada
Que traga num remanso minha amada,
Depois de tanto tempo. Que saudade!

Pântanos insalubres, urze e espinho,
Em meio a tensas curvas do caminho
São terríveis obstáculos, não nego,

Mas com amor que trago no meu peito,
A dor se esquece e morre sem direito
Envolta na esperança que carrego.

Eu amo teu amor só por amar
Amor que tanto soube cultivar
Neste jardim benigno que me deste.

Seguindo deste amor belo cortejo,
Sabendo me em envolver em teu desejo.
T’a pele me servindo como veste...
Publicado em: 27/05/2008 15:29:15
Última alteração:21/10/2008 15:21:15



Mascaro minha pele em tua pele
Na tatuagem feita de esperanças.
O quanto que te quero se revele
Nas noites mais ousadas, nas andanças
Do corpo que ao te corpo me compele
E faz do bel prazer nossas festanças.
Os sinos, guizos, risos, nossos gozos,
Os dias sempre são maravilhosos...
Publicado em: 07/07/2008 07:59:19
Última alteração:19/10/2008 21:45:06



A maga destes sonhos, mandarina
Que traz uma alegria em seu olhar.
A doce sensação que descortina
Fazendo o dia sempre rebrilhar
Nos olhos maviosos da menina
Reflexos de uma estrela em pleno mar.
Amiga que transmite a sensação
Serena de viver em explosão...
Publicado em: 21/08/2008 10:52:23
Última alteração:19/10/2008 20:30:04



Ao vértice de um sonho me elevando
No enfoque tão sublime da alegria.
Um novo amanhecer mais calmo e brando
Se faz em nosso mundo, uma alquimia
Que traz em flauta doce, uma avezinha
O amor que em nossos versos já se alinha.
Publicado em: 03/09/2008 15:31:16
Última alteração:08/09/2008 04:45:30



Quando falaste: amor; eu não sabia

Que tanto sentimento nasceria

Em quem se prometera: Nunca mais!



A vida se mostrara tão ingrata,

Que me escondi; calado, em casamata

Da qual não sairia, assim, jamais...



Porém quase não cri no que falavas,

Mandar o sentimento todo às favas,

Empedernido, tinha o coração...



Depois de tanto tempo solitário

Cansado de ser tonto e visionário,

Entregue à mais completa solidão,



Tu chegas mansamente e me propõe

Um sonho que a saudade já repõe

Tomando em doce assalto a minha vida...



Refém de uma tristeza tão infinda,

Talvez felicidade seja ainda

Um porto tão difícil de encontrar...



Amada, por favor, ter espero aqui

E recupere o tempo que perdi,

Distante da esperança, praia e mar...
Publicado em: 04/09/2008 09:59:34



Turvada pela dor, água da fonte
Que fora transparente e mais serena,
Parece, de repente, que envenena
E mata, não permite um horizonte...
Um coração sofrendo tal desmonte,
De dor e solidão, a vida plena,
Confunde fonte sempre mais amena,
As águas tão barrentas descem monte.

Celestes tempestades ,tanto raio,
Turvando meu amor como se vê;
Em busca deste sol, por vezes saio,
E nada encontrarei, só a saudade
Do tempo em que vivi felicidade.
Mas tudo o que recebo é vil martírio.
Procuro solução, em vão, cadê?
Apenas essa fonte em meu delírio!
Publicado em: 10/09/2008 17:25:48
Última alteração:17/10/2008 14:38:07


Em plena multidão estou sozinho
Procuro pela face que não vejo
A mão que me tortura, a do desejo,
Não deixa que eu encontre meu caminho...

Por vezes, esquecido no meu canto
Busquei a mais cruel felicidade
Às horas se passaram sem vontade
E tudo terminou num triste pranto.

Vencido pela triste coincidência
De teres me olvidado totalmente
O resto do que trago não desmente
E a vida necessita paciência

O negro da mortalha que carrego
Dentro d’alma não deixa suspirar,
Vontade de morrer em meio ao mar
Porém se perguntares sempre nego.

Não quero que tu saibas quanto peno,
Seria isso por certo, uma vergonha,
Minto-te, mas te digo que é risonha
A vida e que meu mundo é sempre ameno.

Cortado pelo frio que não sentes
Espero que consigas ser feliz,
O canto que te peço terá bis
Mas deixe que se sirvam as serpentes

E levem o que resta para o fausto
Banquete que terão ao fim do dia.
Agora que me envolvo em poesia
Não deixo que tu rias deste infausto.

Em plena multidão meu sofrimento
Aos poucos me consome e me devora
Quem sabe se depois que for embora
A noite não te deixe um só momento.

Eu quero tua morte em duras cenas
O gozo da vitória sorrirá
E cada dia sempre sofrerá
As mais cruéis terríveis, e vis penas.

Mereces toda dor sem ter nem tréguas
Os cortes no teu peito mais profundos
Os sonhos te transtornam vagabundos
Arrastas as correntes por mil léguas

As serpes te mordendo e te sangrando
Aos poucos tua pele decompõe
A dor sobre teu corpo sobrepõe
E tua pele arraias devorando.

Vencida e se arrastando pelo chão
Em braços que te batem teus carrascos
De todos os que queres nojos, ascos,
O cheiro em tua tez de podridão.

Verás neste segundo que te chamo
E,embora maltrataste inda te quero
Apesar de todo podre mundo fero,
Eu quero que tu saibas que eu te amo!
Publicado em: 14/09/2008 19:58:44



Servido da saudade tal encanto
Que nada mais servira nem quisera
O mundo transbordando na pantera
Se mostra qual meu verso, em desencanto.
O vaso que quebrei custava tanto
Que nada mais teria assim quem dera
A vida sempre em duro e negro pranto.
A chama que me queima num quebranto
Avisa que esta sorte morde, fera.

Mentiste mas não posso concordar
Que nada que propões é mais sincero.
Amor que naufragando no luar
Esfera que descendo me descerra.
Amor tão verdadeiro, mas tão fero,
Invade, dominando toda a terra.
Por isso, minha amada me permita
Que a vida do teu lado, se repita.
Publicado em: 18/09/2008 12:27:13
Última alteração:03/10/2008 13:55:05



Saber que estás aqui…
Recebo o teu vento
Como o vento que partiu
E retornando pressentiu
Que voltou pra me salvar
Do medo de viver
Da esperança sem lugar
Da vida que se foi
Sem vontade de ficar...
Saber que estás aqui,
Refaz amanhecer
Da noite que não ia
Do mundo que sabia
Que nada poderia
Fazer sem poder ter
O brilho dos teus olhos,
Na aurora das promessas
Rodando sem parar
Nos cíclicos amares
Em todos os lugares
Ares, bares, mares
Altares e certezas.
Sertões e cercanias.
Enchendo de poesia
A vida que partia
Na ausência de quem fora
O vento que aquecera
A noite tão vazia.
Publicado em: 20/09/2008 22:24:50



SIM, EU TE AMO!
Nesta floresta densa dos desejos
Exploro com cuidado de mil beijos
Todas as cercanias e picadas,

Entrando nesta mata sem ter mapa
À vista experiente nada escapa
Nem árvores frondosos já tombadas.

Nessa alameda insana de um amor,
Quem dera se eu pudesse, predador,
Não deixar nem marcas pelo chão,

Esconder as pegadas, abrir trilhas,
Descobrir as cascatas, maravilhas,
Envolvido nas marcas da paixão.

E depois deste muito caminhar,
O tesouro na mina procurar
Encontrando esmeraldas e rubis,

Bandeirante ditoso na clareira
Sabe que esta riqueza é mais certeira
E se esbalda num sonho tão feliz...
Publicado em: 21/09/2008 21:02:29
Última alteração:02/10/2008 20:21:45



Cortando as ondas
Expondo meus incisivos
Por vezes vagando sobre o nada.
Temáticas diversas falando da emoção.
Razão em face dúbia e dual.
A fome de expressão
E de comida
Em antíteses
Não devem ser discernidas
Nem tampouco podem.
Razão/emoção
Alegria/tristeza
Fome/saciedade.

Sociedades diversas
Futuros dispersos
Desamores iguais.

Não deixo de falar dos famintos
Dos injustiçados
Nem tampouco dos vazios de esperança.
Por mais que pareça inútil um verso de amor
É nele que talvez haja a solução.
Ao menos o alívio
Ou quem sabe, mitigue um pouco.
Quando amamos temos alguma semelhança maior com os deuses.
Quaisquer que sejam
Mono ou poli
Teismos à parte
O amor soberanamente
Dita as regras
De um mundo igualitário
E equânime.
Anima
Alma
Ama
Sem amos e senzalas.
Nas ante-salas de um Céu cristão,
Ou de um Nirvana oriental
Somente no amor a razão sobrevive,
Ou seja a dualidade razão/emoção
Se mostra monotônica, mas não monótona.
Muito menos atônica.
Talvez atônita.

O quanto guardo de razão permite dizer que sem emoção e sem razão, a solução inexiste.

Sem a nossa tristeza perante as injustiças a alegria da justiça não sobrepujará.

Somente o medo extremo leva à coragem inaudita.

Da dualidade se faz o uno.
Universo, uno verso, versões várias
Para a mesma face espelhada ao contrário,
Mas essencialmente a mesma face...
Publicado em: 30/09/2008 13:12:12



Magias que emolduram teu olhar
Singrando em calmaria a noite imensa,
Desejo que se mostra ao desnudar
Vontade que terá por recompensa
Prazer tão valioso a se buscar
No corpo de quem amo em chama intensa.
Fazendo de nós dois em alquimia
A conjunção perfeita, poesia...

Publicado em: 30/10/2008 13:53:50
Última alteração:02/11/2008 20:26



Na triste noite
Esperanças mortas
Palavras tortas
Não dizem nada.
Sou quase o fui
O tempo esgota
A corda rota
O lago seca.
Agonia...
Sente à mesa
Que a sobremesa
Virá depois
Nos olhos cegos,
Nos dedos amputados
E no sorriso-aborto.
Desafios, fios e falhas,
Tralhas e telhas
Telhados em desabrigo.
Tangos e tentos,
Mortalhas e farpas.
Parcas e carpas
Escapo? Talvez
Escalpes, botecos,
Palpites e planos,
Acenos e sanhas.

Mas venha com teus seios
Tua boca em falso riso
Que o guizo que me cabe
Da alegria fugaz
Ainda traz a paz
Nem que seja um armistício
Vícios, princípios
E pios do meu peito.

Eu te amo!!!
Não me importa
Se amas ou tramas
Se clamas ou travas
Entraves e tragos.
Afagos sutis.
Sou estupidamente feliz!
Mesmo em alma rota
Mesmo que amarrote
A bancarrota chegue
E diga que é um trote.
Trotando meu cavalo
Procuro por galope
Ou mesmo um golpe
De faca ou da sorte...
Publicado em: 04/11/2008 11:52:05



SIM, EU TE AMO

Meu amor nunca se esqueça
Que este amor jamais acaba,
Toda a saudade desaba
Se amor não existe mais
Sem amor todas as flores
Perdem todos os perfumes,
Amor esqueça os ciúmes.
Eu te quero. Amor demais!

Meu amor todos os dias
Quero contar meus segredos,
Acabar com esses medos
Antes que eles nos destruam.
Quero amar amor sereno,
No meu canto apaixonado
O resto deixa de lado,
Nossas vidas continuam...

Na lua que te desejo,
No brilho que este mar banha
No vento que te assanha
Cabelos soltos, querida;
Eu quero ternura, encanto,
Deste sonho que Deus deu,
Este amor que é teu e meu,
A razão de nossas vidas!
Publicado em: 13/08/2007 17:20:35


- SIM, EU TE AMO

Não fique deste jeito, minha amada
Nada nos trará o triste fim,
Se existo dentro em ti, estás em mim,
Numa canção eterna e bem marcada...

Os versos que cantamos canto harmônico
Fazemos universos, sintonias...
Cantando nossas simples fantasias,
Palavras com formato arquitetônico.

Nas danças, contradanças, esperanças...
Nos passos, os compassos se completam,
Abraços, nossos traços se repletam
Estreitas, satisfeitas alianças...
Publicado em: 19/08/2007 21:44:12
Última alteração:30/10/2008 15:47:26




Teu corpo, alucinante e convulsivo,
sedento de lascívia e de fulgores
recebendo meus lábios se estremece
e permite viagens sem pudores.

Bebendo cada gota de suor,
salivas que trocamos, cada beijo.
Vertentes nesta foz em que me espraio,
nesta intensa erupção, num relampejo,

cardumes invadindo em piracema,
subindo em tuas rias e cascatas.
Encontram na alva areia, ondas e mar
e morrendo de amor, tu já me matas...
Publicado em: 21/09/2007 19:09:28
Última alteração:30/10/2008 13:38:09


O brado feito amor já se levanta
Espalha sobre a Terra um bem profundo,
A dor para bem longe, amor espanta,
Mudando a minha sorte num segundo.
Minha alma extasiada, assim se encanta,
Nas águas deste amor, enfim me inundo,
E canto meu futuro venturoso,
Tocado pelo amor em pleno gozo...




Amor nunca me canso
Porém já me vicia
Procuro por teus braços
Na noite, tarde ou dia

Vencendo os meus temores
De ter um triste fim,
Vieste salvadora
Trazendo amor pra mim.

E quase que me esqueço
De dizer quanto sonho
Em ter o teu carinho,
Momento mais risonho

Vestindo tua pele
Juntando-me contigo
Voando eternidade,
Contando com abrigo

Que é feito de teus braços
E tua boca quente,
Espero que tu venhas,
Ser feliz é urgente!
Publicado em: 05/04/2008 08:38:08
Última alteração:21/10/2008 17:00:48

Os astros tão distantes, decorando
Todo o céu com seus raios generosos,
Percebem fogo fátuo se emanando
Dos meus olhos vazios, lacrimosos...
Astros! Meus companheiros de desdita!
Desfaçam esta dor, cruel, maldita!


Entretanto, uma estrela mais sensata,
Mostra-me, no seu rastro, meu caminho!
A noite que negara serenata,
Entrega-se num canto, passarinho...
O raio desta estela-viajante,
Explode-se em luz; forte, radiante!

Meus olhos qual procelas disfarçadas
Ressurgem tempestades mais bravias...
Cortantes, tantas trevas; de guardadas
Rebentam num segundo, nas sangrias.
Amar que parecera ser inútil,
Num átimo devora, não é fútil...


Qual vergalhão penetra no meu peito,
Dilacera simplesmente, corta fundo.
Quem fora despedida, novo leito,
Do mar que naufragara, já me inundo!
Respiro, aliviado, essa promessa,
Nas pedras deste cais, vida arremessa!
Publicado em: 24/04/2008 17:16:06

Vagas, ondas, procelas...
Vago em teu corpo
Celas, seios e sombras.
Serpenteias hedônica,
Sintonia. Harmônica emoção.
Aços, ócios, vícios, tramas.
Seixos e corredeiras,
Borbulhares...
Aporto sem partos em teu porto,
Ancoro meus desejos,
Cometas e gametas...
Setas e alvos.
Rotas, especiarias
Delícias e cios.
Frêmitos.
Gemidos.
Assíduos.
Sincrônicos.
Depois, afônicos, atônicos,
ATÔMICOS!
Publicado em: 26/04/2008 16:42:11
Última alteração:21/10/2008 13:35:3


Qual fora uma criança que encantada
Por doces e delícias, seus brinquedos,
Minha alma vai da tua enamorada
Rompendo os cadeados e os segredos.
Das páginas viradas da tristeza
Encontro este compêndio da beleza.

Tu és a redentora fantasia
De quem ama demais, qual um fanático,
Numa felicidade imensa, uma alegria,
Revive um coração outrora apático.
E somos o reverso da medalha,
A cama, nosso campo de batalha...
Publicado em: 02/06/2008 18:19:15
Última alteração:20/10/2008 20:12:28

Presença que é tão tenra em minha vida
Meu peito num compasso mais veloz
Dispara ao ver imagem preferida,
Eu perco num momento prumo e voz
De todas as que eu sei; a mais querida
O mundo que sonhara para nós
É feito em frenesi e calmaria
Em pura sedução, calor e guia...
Publicado em: 27/08/2008 12:05:10
Última alteração:17/10/2008 17:13:12


Ao sentir a tua pele
Me tocando tão suave,
Que este tempo se congele,
Nosso amor, sublime nave...
Publicado em: 02/09/2008 16:22:24
Última alteração:08/09/2008 04:54:39


A vida te ofereço minha amada
Do mal de amor que em lágrimas padeço,
Esqueço que não posso, mas te peço
Que sempre que chegar a madrugada
Estejas esperando meu cansaço.
Em tudo que tiveres sou pedaço.

Pedaço de saudade que comove,
Pedaço do poente que entristece
Pedaço desse canto que enlouquece
Pedaço desta vida que te move.

Movido por pedaços que carrego,
Espero ter inteira a quem desejo.
Nas linhas que recebes meu versejo
Pedaços de oceanos que navego.

Minha alma espedaçada nos espaços
Nos paços e nas praças da cidade.
Buscando por pedaços, claridade,
Espaços que pressinto, meus pedaços.

Em pedaços percebo que, afinal,
Ao menos em pedaços, foste minha.
Cansaço de viver uma avezinha
Espera por teu ninho, no final.
Publicado em: 16/09/2008 14:20:24
Última alteração:17/10/2008 13:49:30


Buscando no frescor de teu sorriso
A fonte que me inspira todo dia.
Se tento tanto amor e fantasia
Por certo nunca irei ao paraíso.

Amores não se pedem, se conquistam,
São lutas que refazem –se sem tréguas.
Procuro por amores, tantas léguas
Embora quase sempre nem me avistam.

As sombras que provocas quando passas,
Segredo, são os rumos que pretendo.
Sem sorte ,sem amor, eu vou morrendo
Os olhos embotados nas fumaças.

Depois de tantos dias sem ter chama,
Chamando por teu nome, amor responde:
Da história, sem querer, perdeste o bonde.
Amor que tu querias pouco te ama!
Publicado em: 17/09/2008 12:23:31
Última alteração:17/10/2008 13:50:33



Não deixe de brincar comigo amor,
As tuas brincadeiras me fazem o mal que necessito.
Por vezes a vontade de morrer
É maior que todo o mar que já chorei.
Não vou ficar me iludindo
Com versos que não sinto,
Cantar amor e felicidade
Quando a alma entra em pânico?
Hipocrisia
E isso é poesia
Vale por um dia
E talvez a vida inteira
Amiga e companheira
Que mente e tanto omite
Que nada mais que se pinte
Nas estrelas deste nosso mar
Que possa me dizer de teu amor
Que morreu sem ao menos começar.
Agora pegue meu braço e vamos dançar
A praça nos espera e não gosta de esperar.
Rodando nessa noite
A noite pede roda
A roda do meu mundo
Segundo que não sinto
Sentindo tua mão
O não prediz o sim,
Assim a noite roda
Nas rodas desta saia
Tanta vida que atrapalha
A morena de dançar
A dança que não sabia
Se viesse ou se veria
Severina como a vida
Severa como a esperança
Que de novo entra na dança
E não para de rodar.
Roda tempo roda mundo
Um coração vagabundo
Procura consentimento
De teu manso sentimento
Sentidos e serventias
Nas serpentinas da alma
Que nada mais acalma
Nem vontade de chegar
Ao sol, ao teu luar
E a emoção que se trama
Deitando na tua cama.
Com vontade de morrer.
Morrer de amor que não veio
No canto desta emboscada
Que, no fundo, deu em nada
A não ser na madrugada
Na mesa deste boteco
Amor fazendo eco
Perdeu o repeteco
Agora?
E agora amor?
Publicado em: 18/09/2008 09:52:34



Eu quero nosso amor em todos os momentos
Sem ter tais sofrimentos.
Que trazem a tortura em plena cicatriz
De todos os lamentos...
Quem dera se tivesse amores sem tormentos
A vida sem rancor...
Eu poderia assim dizer que sou feliz,
Vivendo pleno amor.
Quem dera se não fosse amor demais ferino,
Amar em plena glória...
De dentro do meu peito, amor sempre vigora.
Não deixo de te amar...
Amor que me remete aos tempos de menino
Vivendo noutra história...
Querida, quero ter amor que nunca chora,
Amor que irá salvar...
Publicado em: 19/09/2008 13:02:50
Última alteração:03/10/2008 13:03:48



Escondo-me em ti,
No sumidouro dos sonhos
No ancoradouro
Dourando cais
E mais e mais,
Além do mar.
Conchas
Estrelas,
Cavalos marinhos...
Corcéis
Céus
E infinitos.
Penedos
E falésias,
Excelsas
Maravilhas.
Ilhas e arquipélagos
Pélagos mergulho...
Rolo entre as rochas
Seixos e cascatas,
Lua e mar,
Nua, amar.
Adoçando o sal
Do oceano
Gigantesco
Ondulantes
Carrosséis...
Redemoinhos
Moinhos
Ventos
E arrebóis
Lendas
Serpentes
Sendas
Searas,
Pérolas.
Ostras.
Mostras
Rastros
Astros
Que guardas
Em ti.
Publicado em: 26/11/2008 21:56:41



Solidão feroz chega de mansinho...
Abarca todos sonhos que me movem.
A pedra que esqueci trava o caminho,
Impede que essas forças se renovem...

As urzes entrevaram minhas pernas...
Deixei de caminhar por sobre pedras,
As perdas que acumulo são eternas.
Na luta que deixei, perdidas cerdas...

Combato o bom combate, mas me canso...
Os risos foram formas de vitória.
Defendo meus defeitos, nada alcanço.
A solidão faz parte da memória...

Quebrei a lança parto essa saudade.
Ausculto as queixas que fizeste amada...
As minhas farpas carreguei na idade
Em que podia. Saberei mais nada...

Solidão companheira que me aborta,
Agrada meus demônios, os convida...
Do meu peito, escancara abrindo a porta.
Contamina virótica, essa vida...

Muitas vezes perdido sem destino,
Solidão revigora-se em meu peito.
Das lembranças que guardo do menino,
Que amava demais, nunca satisfeito,

Solidão é deveras mais dileta...
Comprazia-me tonto com teus passos,
Das distâncias amiga predileta.
Prima irmã da saudade, fortes laços...

Das quimeras que trago, a mais constante,
Dos sentidos meus mapas a consagram...
Nas palavras que falo, a mais distante,
Paladares e cheiros que se amargam...

Nas noites confortáveis vez em quando,
Destruindo o que penso ser prazer,
Velozmente se chega aproximando
Melancolicamente faz sofrer!

Solidão se reveste de farsante,
Sacerdotisa preme meu futuro,
Ao te saber, assim, mais inconstante,
O meu mundo colapsa todo escuro...

Se esvaindo nas doces serenatas,
Pra depois disso tudo, ressurgir...
Teu incêndio devora minhas matas,
Me impedindo, sequer posso fugir!

Nas colunas diversas que me tragam,
Das sonatas ferozes que não canto,
Tuas duras tenazes já me esmagam,
Nada resta talvez me sobre o pranto...

Solidão voraz perco o meu bom senso...
O mar que me arruína é o que navego.
Qual jangada enfrentando o mar imenso,
As saudades atrozes que carrego!

Solidão meus imersos tristes versos,
Dediquei a teus beijos infelizes...
Solução que busquei nos universos,
Tua boca simula meretrizes...

Falseaste parâmetros e metas,
Me deixaste sozinho em minha dor,
Desperdiço meus arcos, minhas setas,
Procurei por espinhos onde flor...

Mas não me deixas és fiel erica,
Respiro teus ciúmes quando eu amo..
Quando me vês feliz, cedo replica,
Não conténs se não ardo, não me inflamo!

Nas peleas da vida torpe prenda,
Nos escárnios que sofro, sempre ris,
Não aceitas qualquer nova oferenda,
Tua glória transforma-me infeliz!

Publicado em: 03/12/2008 10:46:23
Última alteração:06/03/2009 16:08:58


Na noite que tinha
Estrela sozinha
Quem dera se minha...
Mas jamais sabia
Que a estrela escondia
Imensa alegria
Dum raio de lua...

Estrela desejo
Carinho, teu beijo
Amor que prevejo
Talvez sem ter paz.
Estrela que faz
Amor ser demais
Te quero tão nua...

Te beijo sereno
Sabor de veneno
De amar tão ameno
Que nunca me trai
Estrela que cai
Amor nunca vai,
Minha alma flutua...

Eu quero teu gozo
Amor tão gostoso
Viver glamouroso
Trazendo prazer
De tanto te ter
De novo viver
Nessa alma que é tua...
Publicado em: 10/12/2008 10:09:19



Quando pegava essa viola
Feita de pirilampos.
Sabia que não mais teria
O gosto da noite na boca.
Saibam que nada mais farei
Senão tentar tocar o meu próprio mundo
Com todas as virtudes e defeitos.

Ostentei o meu medo,
Sempre escondido
Sob as asas que não poderiam voar;
O céu se perdeu, caiu,
Capotou... Não mais vou
Se não for por ir,
Por sentir e me integrar.

Não mais farei os meus versos
Sob a luz que te prometo.
São coisas diversas,
Até por que, no caso,
A realidade superaria a fantasia.
Sou protótipo de mim mesmo
No futuro,
Envelhecido por amar
O mar que não me comporta
De tamanho coração.
Engasgado e tartamudo.

Coração que às expensas do resto
Simplesmente sufoca
E suga.
Rugas do coração.
Orações da alma.
Alma que apenas pena
E vive empenada.
Emplumada com ligas de cera.
O abismo é inevitável.
É infindável
E intransponível.
Mergulho e não sobre vivo,
Sobrevivo
E sei que a curva feita
Pela asa quebrada
Não pode ser mais perfeita.
Apenas ser feita.

Mas te amo, não se esqueça disso.
Agonicamente e antagonicamente
Te grito e não chamo.
Te chamo e não sei
Onde te encontrar dentro de mim.
Só sei que te escondeste por lá,
Por aqui ou, mais certo,
Tomaste parte de cada célula
Cada ponto.
Todo o pote.
Todos os portos.
Meus olhos.

Como farei agora meu amor?
Publicado em: 05/12/2008 15:16:32



Se eu tenho tanto amor para te dar,
Querida é bom sonhar...
Eu quero o teu carinho sem parar,
Ah! Como é bom te amar...

Te sinto aqui bem perto, venha cá,
Eu te prometo o mar;
Amor maior no mundo, sei, não há,
Dançamos ao luar...

Nas noites tão sozinho, quero estar,
Contigo, meu amor...
Decerto nos teus braços, encontrar,
O meu maior calor.

Sabendo meu amor como adorar,
Por onde quer que for,
Amor que em tanto tempo, fui busca...

Eu quero o teu carinho, para mim,
Eu sempre vou te amar,
Amor bem de mansinho, sem ter fim;
Pois venha me buscar.

Amor que tanto quis, amar assim,
É tão bom te encontrar.
Poder dizer querida, agora sim.
Amor que me ensinou a te adorar!
Publicado em: 07/01/2009 05:47:33



Não quero mais saber desta tristeza
Que um dia, foi sincera companhia,
Rompendo das paixões, cada represa,
Num mar de amor intenso, em ventania,
Transborda inundações, na correnteza
Voraz que me transporta em alegria

Vibrando bem mais forte esta alegria
Matando em nascedouro a vã tristeza
Seguindo mansamente a correnteza
Já tendo amor, tão terna companhia
Tocando no meu rosto a ventania
A sorte vai feroz, não se represa.

Quem tanto sentimento já represa
Não sabe conquistar tal alegria
Que é feita em tempestade e ventania
Deixando para trás qualquer tristeza.
Já tendo o teu amor por companhia
Enfrento qualquer rio ou correnteza.

Amor se mostra em louca correnteza
E não respeita mais qualquer represa.
Loucura vem fazendo companhia
Deixando um rastro puro em alegria.
Arranca na raiz qualquer tristeza
E mostra-se feliz na ventania.

O quanto quis teu bem, a ventania
Aumenta com certeza, a correnteza
Legando à solidão velha tristeza
Amor que não se mede nem represa
É feito quase sempre em alegria
E dela se tornando companhia.

Vivendo sempre em tua companhia
Espalho pelos campos ventania,
Bebendo toda a forma de alegria
Não temo mais sequer a correnteza
Que estoura qualquer forma de represa
E alaga com prazeres a tristeza.

Não quero mais tristeza em companhia,
A par desta represa, a ventania
Açoda em correnteza uma alegria.
Publicado em: 08/01/2009 17:06:51



Não temo mais as flechas do menino.
Agora que flechado, vou sem cura.
Meu braço se perdendo em desatino,
Afagos de agasalhos da brandura.
Não vejo meu amor em desalinho,
Apenas vou a busca de carinho.

E sabes quanto eu quero a tua boca,
Delícia disparada contra o peito.
Juro-te nunca mais dormir de touca,
Agora que eu estou tão satisfeito,
Eu chamo este Cupido para ver,
Como é gostoso amar e ter prazer.
Publicado em: 23/01/2009 13:11:01
Última alteração:06/03/2009 07:05:15



Amor que a gente tece
Em formato de prece
Jamais ele padece
Aplaca uma tristeza
No canto delicia
A vida que surgia
Imersa em alegria
Raiando uma beleza

Encontro em minha lida
A sorte nesta vida
Desta paixão sentida
Um dia a recompor
Caminho que perdera
Galgando a primavera
Aplaco a dura fera
Que arranha nosso amor.

Vivendo sem amarra
Com força e total garra
Prazer então se agarra
Com todo o bem desejo,
Eu quero, minha amada
Amar na madrugada
Com a alma que enlevada
Procura dar um beijo

No coração tão belo
No amor que te revelo,
Sonho/corcel selo
E vou ao paraíso.
Galope a beira mar,
Cantando sem parar
Delícia de te amar,
Sem medo e sem juízo...
Publicado em: 20/02/2009 19:12:13



Amor merece lipo-aspiração
De tanto que domina
Mina versos.
Menina me ninando
Ando assim à flor da pele.
Compele-me a loucuras
Entre escuras curas falsas.
Traz balsas e atravessa correntezas,
Sem pressa um turbilhão
Bilhão de estrelas;
Não posso mais contê-lo.
Sendo assim;
Assino precatórios
Que jamais resgatarei.

Balão de ensaio
Se entro não saio
E caio a cada passo
No vazio...
Publicado em: 12/05/2009 19:50:16
Última alteração:17/03/2010 19:34:




Vamos fugir amor dessa loucura
Vamos viver a vida plenamente
Que importa o que dizem toda gente!´
Às favas pra tud'isso quero-a pura

Selvagem na malícia e com ternura
Nós dois naquela dança indecente
Meu corpo sobre sua pele ardente
Sorvendo e absorvendo a frescura...

Que emana desta pele em fogo e brasa,
Acesa sensação de amor e gozo,
Num mote que se mostra tão fogoso

Ardendo em chama e cálida loucura,
Fazendo de teu corpo a minha casa,
Refém deste teu mar pleno em ternura

GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 17/09/2007 19:38:40
Última alteração:04/11/2008 16:29:54



Quem não ama e não sente desta vida
O gosto da alegria e da tristeza
O sonho e fantasia da beleza,
A glória de viver se foi, perdida...

Também quem não sentiu o vento manso
Batendo levemente no seu rosto
Ou não teve sequer nenhum desgosto
E nunca descansou em um remanso.

Quem jamais percebeu suavidade
Na mão que acaricia levemente,
Quem nunca teve o gozo da semente
Que brota, num segundo, eternidade;

Vencido pelo medo nunca amou
Nem soube da fantástica ilusão
Que comanda esse jovem coração
Num rumo mavioso, Deus traçou.

Quem jamais sentirá dor e saudade
Do beijo que esta vida nunca deu,
Quem sempre se esqueceu e não viveu,
Distante se escondeu da majestade

Divina desta vida em pleno gozo.
Não sabe do sabor e frescor d’água
Da fonte cristalina. Pura mágoa
Domina um ser humano desastroso...

Pois quem, sem coração, vai pelo mundo,
Mal sabe que jamais será capaz
De entender o valor da eterna paz.
Pois nasceu e morreu, tudo num segundo...
Publicado em: 03/12/2008 12:33:11



No vento que venta
Que toca teu rosto
O gosto da sorte
Que vem de tão forte
Trazendo no gesto
Um toque infinito
De amor tão bonito
Que tanto te empresto
Me traz poesia.

O vento gostoso
De tanto prazer
Do fino desejo
Do doce, do beijo
Do beijo que dei
Do seixo no rio
Do peito vadio,
Amor que sonhei
Me faz poesia.

No manto da noite
Estrela cadente
Amor de repente
Foi tudo pra mim,
Vivendo sem medo
Sabendo o segredo
De amor carmesim
Na boca da noite
Sem canto que acoite
Minha poesia...

Eu quero teu toque
De manso prazer
Vivendo distante
De amor deslumbrante
Não deixo, um instante
De tanto querer
A boca que toca,
Com gosto de mel,
Do meu doce mel
Do mel que é só meu.
De tanto se deu
Amor que queria
Fez da poesia
A prece do amor.
Que sabe que vou,
Por onde ele for.
Cantando o que sou.
Sem medo ou temor.
No canto que teço,
Amor que mereço
No teu endereço.
Amor me deixou...
Publicado em: 06/02/2007 22:01:08


Parece loucura falar de amor com frases feitas, que muito pouco dizem do que se sente.

Eis porque, para chegar até aqui e ficar frente a frente contigo, confesso ter buscado inspiração apenas nas coisas que trago no fundo de minha emoção...

Dias e dias saí mais cedo do trabalho, só para te ver passar; foram noites e mais noites de ansiedade imaginando uma forma de te falar, nem que fosse por um momento somente, um minuto talvez...

Antes de vencer a timidez, pensei em desistir de tudo até que, um dia, o teu olhar se cruzou com o meu!

Nem pude acreditar mas parecia haver nele, um leve sorriso e, num impulso, corri em tua direção e, sem saber o que falar pedi o teu nome!


De nada valeu pois ficaste assustada e teus passos ficaram mais longos ainda até desapareceres na esquina.

Foi aí que tomei a decisão, pois minha angústia se tornara insuportável. Resolvi te seguir e agora, aqui estou, a teu lado, querendo saber o teu nome e tudo o mais a teu respeito.

Por favor, entende o que se passa comigo!

Dá-me tuas mãos e escuta o que tenho a te dizer!

Não são palavras feitas, ditas apenas por dizer!

São três palavras que resumem toda a minha emoção, todos os meus sentimentos!
Somente três palavras:

Eu te amo!

Marcos Coutinho Loures

Publicado em: 03/04/2007 12:10:59



Vejo estrelas
Recolho cada uma delas
E faço meus versos
Desta mistura
Que ternura
E tortura ao mesmo tempo.
Fujo de mim
Encontro a mim mesmo
Guardado dentro em ti.
Em teus colares de estrelas
Lunares e marinhas.
Entre os seixos e as algas
As horas se passam
Os sonhos se enlaçam
E o amor continua...
Publicado em: 01/06/2008 21:02:00
Última alteração:20/10/2008 20:11:45



Andando pelas ruas, a sorrir,
Parece que flutuas delicada,
Meus olhos desejosos a pedir

Que seja, finalmente, minha amada,
Eu quero o teu querer e te sentir,
Tocando minha pele, arrepiada...

Se todos te cobiçam eu bem sei
O quanto em maravilha tu trasbordas,
Amar-te cegamente, minha lei,

Inunda o coração, rebenta as cordas.
Que bom que em meio a tudo te encontrei.
A vida se prendia em frágeis bordas...

Porém sei o quanto és tão vaidosa,
Beleza irradiante, como eu quero
Saber de tua boca mais gostosa

Nos sonhos de te ter eu me tempero
Ardendo em teus abraços... Orgulhosa,
Bem sabes, te desejo, inda te espero...

Publicado em: 14/03/2007 17:47:00



No varal pendurei o meu vestido,
Aquele que me deste tempo atrás.
Te lembras? Tu te lembras, meu querido,
Bom tempo que se foi, não volta mais.

Mas permanecem sempre na lembrança
Os dias da risonha Primavera.
Assim eu alimento sempre a Esperança,
De que termine logo a minha espera.

Espera dolorida prá quem ama,
O tempo não se cansa de passar.
Vontade de prá sempre aqui ficar

Ao lado deste amor que é pura chama,
Viver sem ti pra mim é um castigo.
Te peço, não mais faça isso comigo...

HLuna
Marcos Loures
Publicado em: 27/04/2007 16:37:18
Última alteração:06/11/2008 08:37:55




Abraço e logo beijo
Não quero desgrudar
Vem logo, minha amada,
Aqui me namorar...

A luz que me irradia
Amada e clara lua
Tomando nossa noite,
Prateia e deita nua

Mulher que tanto quero
No fogo da promessa
Não perco mais nem tempo
Nem quero mais conversa

Eu sei o que pretendo
Deitado em teu dossel
Bebendo em pura fonte
Doçura de teu mel...

------------------------------------

Andorinha bateu asas
Fez a sua migração,
Passou ruas, passou casas,
E marcou meu coração.
Andorinha em duras brasas
Acendeu minha emoção.
Andorinha volta logo,
Por favor, eu triste rogo.

Lua nova sobre a mata
Vem brilhando de mansinho,
A saudade me maltrata
Ela é como um passarinho
Que sozinho se desata
E não canta, pobrezinho.
Alegria que é só minha,
Foi-se embora, uma andorinha...
Publicado em: 29/08/2007 10:23:07
Última alteração:30/10/2008 14:51:44



Tantos lugares que mais ver não ouso
Fagulhas dos meus sonhos me acompanham.
Forrando com estrelas cada passo.
E os medos se aproximam e se entranham

Transbordando e tomando cada parte
De um coração servil, de ti cativo.
E nesta sensação de ser tão teu
Embora maltratado, sobrevivo.

Amor que se fez laço em firme nó,
Arcando com o peso da aliança
Aonde sinto o vento da manhã
Trazendo em pleno sol, uma esperança...
Publicado em: 24/09/2007 18:57:14
Última alteração:30/10/2008 13:40:26


Um sonho em que o amor faça contente
Deixando esta tristeza assim de lado,
Tomando o coração já se pressente
Futuro mavioso e bem cuidado,
Quem ama e sabe ver mais sabiamente
Permite que se encante lado a lado,
Minha alma ao te encontrar se fez feliz,
Pois tens toda esta força que eu bem quis...
Publicado em: 09/11/2007 21:54:04
Última alteração:24/10/2008 15:03:31



Tua nudez desfila bela e pura,
Meus olhos te buscando sonhadores,
Vestida tão somente de ternura
Percebo nos teus seios tentadores
Vontades infinitas, com brandura
Mergulho nos teus pélagos e albores.
Alabastrino sonho de nudez
Mostrando-se em divina lucidez...
Publicado em: 10/11/2007 17:36:51
Última alteração:24/10/2008 15:05:02



Um sorriso sempre agrada
Traz pra vida uma alegria,
Eu te quero minha amada,
Vou cantar-te todo dia.

O meu verso já se encanta
Quando vê tua chegada,
O meu peito se agiganta,
Minha doce namorada.

Eu te fiz uma modinha
Prá mostrar meu bem querer,
Eu te quero toda minha,
Em você tenho o prazer.

O amor que você tem
É mais quente que este sol,
Venha logo ser meu bem,
Debaixo deste lençol...
Publicado em: 13/12/2007 08:59:20
Última alteração:23/10/2008 07:52:28



Como dizer que te amo, se receio
Que zombes deste amor que me amargura?
Não sei dizer também o quanto odeio
A indecisão atroz que me tortura.

Em teu olhar há sonhos de ventura
E sinto que há segredos que não leio.
Mas sei que vou perdendo na procura
O tempo de te amar, que há muito veio.

Não percebes, porém o quanto quero
Oferecer-te este amor e enquanto espero
O que fazer não sei, para esquecer-te.

No coração carrego as cicatrizes,
Destes meus dias tristes, infelizes,
Pelo medo que tenho de perder-te.

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 17/04/2008 17:23:39
Última alteração:21/10/2008 18:29:08



Não sei se para sempre ou por um dia
Nem quero do teu ser ser simples dono
Não me importa amanhã teu abandono
O que quero é morrer na fantasia...

Minhas mãos percorrendo, não se cansam,
Tua boca traz mel e chocolate.
Não temo nem o frio que se abate
Meus olhos te traduzem e te alcançam

Nas noites que se vão e nem mais sei
Se te quero e desejo mais um tempo.
Mas se vier será um contratempo.
O meu mar no teu barco, naufraguei...

Teu gozo e teu tormento, tudo passa...
A vida continua e não se pára
Depois de tudo feito se antepara
Meu sonho nessas curvas sem desgraça.

Não me deste sinal de que amanhã
Meu mundo no teu mundo viramundo
Meu peito vagará mais vagabundo
Na procura desta febre mais terçã

Que cura noutra febre, noutro colo.
A noite não promete contradança
Nem tampouco viver sem esperança
Apenas te deitar neste meu solo

Que não promete flores nem semente.
Vencido sem jamais ser perdedor
O mundo vai girando neste amor
Que começa e termina, de repente...

Não quero ser escravo nem feitor
Apenas me provoque e vai embora.
Se chove ou se não chove, isto é lá fora
Aqui só se conhece teu calor.

Depois desta loucura e tanto gozo
A lua necessita doutra fase
Feriu-se? Que procure noutra gaze
A cura deste beijo doloroso,

Embora não te quero, te desejo.
Eu te amo como nunca amei ninguém
Verdades mentirosas caem bem
E depois que se dane o doce beijo...
Publicado em: 12/09/2008 16:42:24



Procurando pela estrada
Quem amei e não me quis
Vou varando a madrugada
Coração bate feliz,
Vem chegando esta alvorada
Meu amor o quê que eu fiz?
Te garanto não foi nada,
Não merece cicatriz,
Quem mandou ser invejada
Fofoqueira tanto diz,
A mulher caiu na estrada,
Quase a perco. Por um triz...
Publicado em: 15/01/2010 15:53:58
Última alteração:14/03/2010 21:00:01



O quanto desta insânia diz regalo
E o tempo não se descansa um só momento,
No amor que mais amor bebo e fomento
Momento sem igual; compartilhá-lo.
Vivendo sem limites, sou vassalo
E desta fantasia, sacro ungüento
Felicidade entranha o pensamento
E sem qualquer fronteira, não me calo,
E resolutamente repetimos
Caminhos que deveras dividimos,
Levando ao mais completo e delirante
Cenário aonde a lua diz platéia
Vontade se tornando a panacéia
Aonde cada instante se agigante.
Publicado em: 10/06/2010 13:16:44



Poeta faz da meta seta e gozo.
Um dia sim
Outro também
E no fim
Vai tudo bem...
Realidade assombra,
Poeta assopra...
Publicado em: 16/01/2010 11:11:15
Última alteração:14/03/2010 21:07:32



SIM, O AMOR.

A cálida tarde amena
O sol a brilhar no céu
Ao lado de ti morena
Eu fico meio pinéu.

Aquele olhar jocoso
Aquele sorriso franco
Naquele abraço amoroso
Na praça, ali no banco...

Brincando com ilusões
Dois passageiros dos sonhos,
Aprendemos as lições
De amores feitos risonhos

Promessa de plenitude,
Num puro amor, de verdade,
Renovando juventude,
Refazendo a mocidade...

GONÇALVES REIS
MVML


Amor, um sentimento soberano
Que nos libertará mas acorrenta
É dor que tanto acalma, violenta
Se faz e se constrói, mesmo no engano.

Disfarça nossa velhas cicatrizes
E mostra nosso belo que não morre
Na solidão em volta se socorre
E faz dos pesadelos diretrizes.

Recebe minha luz e não emana
Invade cada canto da cidade
Vasculha e pode achar felicidade
Mesmo que não traga, se profana.

Vencido pelas luas que não brilham
Esboça meu desejo mas não forma
A vida sem amor tanto deforma
Que mesmo em dor amores maravilham.

Seduzem e depois não sabem como
Esperam solução e não revelam
Amores com amores atropelam
E fazem, a cada dia, um novo tomo.

Amores ocultando os velhos fatos
Traduzem tantas coisas como lume
Acendem toda forma de perfume
E guardam na gaveta seus retratos.

Amor é sobriedade e é loucura
Espanto que nos deixa mais tranqüilo
Da vida já comanda o seu estilo
Amansa a triste fera, forte e dura.

Bisonho sentimento logo aflora
Carinhos que guardados não se vê
Defeitos que não sabe nem por que
Inventam e ressurgem a toda hora.

Na mansidão espera por vingança
Quando em ira se mostra mais inteiro
É marca que comanda o companheiro
E frio que nos serve de aliança.

A tudo que parece se agiganta
Não sabe discernir sequer relevo,
Amor que se permite em tanto enlevo
Não sabe mais raiz e quer ser planta.

Amantes que caminham perdem rumo
E vestem a mortalha com prazer
Amor quando merece deve doer
Fazer no fim da tarde um novo prumo.

Mas se sempre humilhaste quem te chama
Depois que esta tormenta se acalmar
Verás o quanto teve que queimar
E não terás a vida que reclama.

Por isso camarada eu te digo,
Valorize mesmo que não seja o caso,
O mundo te trará um triste ocaso
E tudo ficará mais em perigo

Se nunca perceberes o detalhe
Amor que se prezou pediu buril
Em tantos fragmentos mais sutil
A cada novo dia, um novo entalhe...
Publicado em: 12/05/2007 17:47:55
Última alteração:30/10/2008 15:24:39


A alma libertária
De um sonhador
Alçando vôos
Pelo infinito...
O amor idealizado
O sonho traz as asas...
Depois
Apenas o vazio
E o cadáver das ilusões
Exposto
No chão...
Publicado em: 23/05/2008 14:06:52
Última alteração:21/10/2008 06:40:48



SIM,EU TE AMO, TE AMO..
O amor trazendo em rara fortaleza
A vida num momento transformada,
Não deixa que se fale de tristeza,
Mudando o meu destino em nova estrada,
Seguindo toda a força, correnteza,
A sorte ressurgida e renovada,
Deixando esta amargura para trás,
O mel de uma alegria já me traz...
Publicado em: 04/12/2008 13:36:49
Última alteração:06/03/2009 16:04:39



Recebo da boca da noite o beijo suave e sensual,
trazendo teu rosto e gosto;
Foste companheira fiel, amiga e amada,
luz da minha madrugada, corte e sangue.
Nas minhas andanças,
foste a primeira e fiel companheira,
última de tantas...
Vinhas, diariamente aos meus pensamentos e angústias,
cansados os passos
Inatingível porto, longínquo mar,
meu mar enclave de esperanças...
Nas ruas do Rio, nas curvas do rio,
na seca e plantio, fiel camarada...
Te quis e te quero, não me perdeste de vista,
muitas vezes fragilizada,
Mas sempre comigo,
a cada nova batalha contra tudo e todos.
Amiga, tentaram teu corpo,
tentaram extingui-la, tentaram matá-la.
Quando te ergueste,
ressuscitada, foste atingida.
Teus pés afetados
por violência sem par, quase quebraste.
Mas percebo-te sorrindo,
com sorriso matreiro, me irritaste
No começo, agora, não,
já consigo te compreender, menina sapeca.
A mão que te apedrejava era podre,
mais podre que tudo.
Engabelava a todos, menos a ti,
e a todos os que amaram na vida.
Não do amor erótico inerente,
mas o amor altruísta de quem sonha,
De quem respeita e congrega, nunca segrega.
Minha vida passa num átimo,
num ótimo momento de luz
Seduzida por ti, cara tatuagem da minha alma.
Tua calma me atrai, me distrai e me revigora.
Agora, tua hora é minha e nossa hora,
alvorada, hora amada.
Saber-te revivida e contagiante,
saber-te rejuvenescida na minha maturidade
Saber-te assim, coerentemente forte,
nunca inerte, meu norte, sem desnorteio.
Sem mudar um centímetro,
ao contrário de mim, pobre errôneo pela vida.
Mas, em última análise,
fiel a ti, frase por frase, fase por fase...
Quero-te tanto,
nunca mais poderia fugir do teu manto,
vives no recanto
Da alma, calma e firme, aderida,
nunca à deriva, sempre atada,
Amarrada a cada reentrância da alma,
da esperança.
Chamar-te à luta é fácil,
nunca oscilas sempre cativante nunca cativa,
Nunca vacilas, amiga de tantas lutas,
de todas as lutas, de eternas lutas,
Das ondas desse mar, mesmo com tsunamis,
mesmo com tempestades.
Em todos os lugares por onde andei,
por onde passei ou ouvi falar,
Existem tantas quantas poderiam existir,
fortes aliadas, forças atadas
Entre si, que resistiram e resistirão,
contra aqueles que são ou tolos
Ou canalhas, os que querem tua morte,
nunca vencerão,
Nunca passarão,
estarrecidos com a tua resistência,
Na impossível convivência,
tentam te exterminar.
Mas amiga, és mais forte,
até contra o nosso cansaço, muitas vezes
Tua gana é maior.
Agora entendo teu riso maroto,
no âmago garoto, resistes...
Não mais te resisto, a rua me clama,
a lua me chama o amanhã já vem.
Venceste meu medo,
meus segredos conheces, não temo a guerra,
Na eterna batalha, meu peito não falha,
não nega ou sonega, Simplesmente ama.
Publicado em: 12/09/2008 14:38:23



Quem acreditar nesses meus delírios
Por certo nunca mais terá sossego...
As cordas arrancadas, meus martírios;
Não posso decifrar um tal apego...

Quem quiser prosseguir nesta charrete,
Não sabe dum corcel que desaponte...
A lua mergulhante não reflete
Atravesso canais canis e ponte...

Nasci para viver sem serventia,
Servil serei se formos formas fórmicas...
Valete que verti sem valentia...
As barcas que embarcas são mais fóbicas...

Fantoches que me iludem são palhaços,
Os aços dos meus cantos são reveses,
Os erros cometidos são mais crassos,
Pedaços que larguei nunca desprezes!

Minutas dos contratos rescisórios
Me mostram certidões que foram trágicas.
Os beijos permitidos ilusórios,
As fímbrias do passado soam mágicas...

Não quero mais valores nem vestais...
Não posso preservar tal iguaria;
Tantos sexos expostos, carnavais,
A vida não chegou ao meio dia!
Publicado em: 28/09/2007 20:17:29



Depois que a solidão se aproximara,
Distante dos prazeres, gozos, cios.
Vencido pela ausência de alegria
Os dias se passando amargos, frios.

Ao perceber- amor – tua chegada,
No fogo ensandecido da paixão
Meus lábios encontraram novamente,
A fonte enrubescida do tesão.

E assim, fornalha, intenso fogaréu,
Pensando tão somente em decifrar
Enigmas de pecados, catedrais,
Delícia em rituais a se entregar...
Publicado em: 26/05/2008 17:25:11
Última alteração:21/10/2008 06:51:43



Vicejando a bela rosa
No jardim de uma esperança,
Moça bonita e dengosa
Na certeza sabe a dança
Que promete ser formosa,
Restaurando uma aliança
Brasa na noite fogosa
Aquecendo já me amansa.
Embarcando em cada verso
Universos tão distintos,
Acendendo dos dispersos
Até os vulcões extintos.
Cadafalsos, no caminho,
Encontrei, falo a verdade,
Caminhando tão sozinho
Não quis ver a claridade.
Mas agora cicatrizo
Cada corte, cada chaga,
No teu corpo eu me matizo,
Teu carinho assim, me afaga...
Publicado em: 23/09/2008 17:17:56
Última alteração:02/10/2008 19:03:02




Fascínio
Sem domínio
Domando
O sentimento
Tomando
O pensamento
Girando
Em carrossel
Na boca
Farto mel
No corpo uma vontade
Do quanto em qualidade
Amor não se despreza
Nem mesmo se represa
Deixando fluir manso,
Intenso
Sem temor.
Ardores
E fulgores
Langores
Noite afora.
Publicado em: 06/03/2008 21:10:21




Tanto medo sem motivo,
Eu garanto pro senhor,
Que, por mais que esteja vivo,
Nunca mais incomodou,
A gente tem, com certeza,
Um pé atras, posso crer.
Mas, em toda a natureza,
Outro igual nunca vai ter.
Nascido de mãe nervosa,
E de pai desconhecido,
Vivendo a vida tão prosa ,
Tendo esse olhar mais perdido.
De menino, ele assombrava
Quem passasse no caminho,
Nunca que ele descansava,
Mesmo que andasse sozinho.
Criado por tia tonta,
Sem ter noção do pecado,
Qualquer coisa que se apronta,
Nem adivinha o recado.
Sendo feito de garrucha,
A caneta que escrevia,
Se esfregando, usando bucha,
Pele dura, nem ardia.

Sem medo de bala ou faca,
Sem temer Deus nem diabo,
Fincando o chão com estaca,
De vivente, dando cabo.
Foi moleque temerário,
Dono de todo o sertão,
Não precisava honorário,
Nem tampouco gratidão.
A morte feito lazer,
Não precisava pagar,
Não queria nem saber,
Tinha prazer no matar...
Pouca gente duvidava
De toda essa valentia,
Sua fama já se dava,
Pelo sertão, percorria…
Mas, na semana passada,
Um fato então lá se deu,
Nas matas das Embolada,
Onde o capeta nasceu.
Tocaiaram Chico Bento,
Deram três tiros de sobra,
Fora esse envenenamento,
Da mordida duma cobra,
Cascavel que deu o bote,
Mas um cabra sertanejo,
Resistindo até a morte,
Na desgraça dando beijo,
Mas, para azar do destino,
Dessa ele não escapou,
Foi-se embora tal menino,
Que a desgraça carregou;
Por cima das tempestades,
Que a vida madrasta armou,
Esquecendo as crueldades,
Que falam que praticou.
Na verdade era um garoto,
Morte sempre bafejou,
Da sorte só teve arroto,
Inté que um dia, voou…
Publicado em: 13/08/2006 15:06:38



Vergalhões e vergastas,
Gastos meus gestos e minhas graças...
Garças livres alvas voam.
Ventos e ventanas, vestes e ciganas
Se engana se pensa que não amo.
Amor meu moleque
Brincando de queimada
Se queimou...
Amor que quem dera não daria (faz cócegas)
Não vale a vela nem velório
Valeria?
Valério.
É, eu sou valério por isso vale e rio
Riso e resvale, velando meu cadáver
Cada ver cada via cada veio
Cada não valia.
Porcada por cada porcariada
Escrevo meus versos reversos e incertos.
Corretos e carretos. Sei de cor!
Enfaixas em gazes e faixas de gazas
Azares.
Azedos ácidos e ansiosos
Siso e seio. Parece...
Padeço e não expresso, expressão.
Palavra bonita boa fita boa broa, boda?
Deu bode!
Bodega e botequim
Química danada
Cachaça batizada!
Uísque?
Quem disse?
Cerveja e caninha,
No máximo um rum.
Rumo ruim e remoso.
Reinoso.
Reinado...
Menino malandro,
Urubu malandro
Pixinguinha. Pizindim...
Bateu amor em mim.
Que faço?
Recomeço ou tropeço?
Te peço ou me guias?
Mergulho ou orgulho...
Gorgulho!
Fio fosco e frio.
Fenestrado...
Mestrando e mostrado, amansado
Maestria...
Domesticado fica melhor que amansado.
Doméstico, do mestre, da maestrina.
Minha sina é ser assim?
Asmante.
Aos montes
Amante sem mares
Nem marés,
De viés
Sem fé.
A pé!
Publicado em: 11/11/2006 20:53:18


Beijos
Seixos
Rias.
Rumos
Ruas
Traços
Passos
Laços
Dados
A sorte se lança
Na dança
Que avança
E já determina.
Olhos,
Pendores,
Sem medo
Ou pudores.
Aromas
Amoras,
Amores,
Refrão...
Publicado em: 06/03/2008 19:08:42


A mesma sinfonia abandonada
Por quanto poderia ser diversa
E nela novamente esta conversa
Levando simplesmente ao mesmo nada,
Resoluto caminho em tola estrada
E bebo a sorte amarga ou mais dispersa
E quando no vazio a voz se versa
Traduz a morte há tanto anunciada
Sem plêiades sem lua sem sertão
O fardo costumeiro desde então
Repete outro momento e diz do quadro
Mordendo levemente uma canela
Uma alma se transtorna e se revela
Deixando tudo fora deste esquadro.
Publicado em: 15/05/2010 12:53:59



Singrando cada espaço
Singrando cada espaço
Dos mares que criei
Vivendo sendo rei
Castelo agora traço
Na renda doutro passo
No paço que sonhei
Na venda desta grei
No verso que te faço,
O gesto mais ousado
Sem medo nem pecado
Sem tréguas nem perdão
Mil léguas andaria
Bebendo a poesia
Que vem do coração.
Publicado em: 05/06/2010 11:12:33


Sinto falta deste amor
Que alvoroça e faz estrago,
Quem paga é o computador
Nestas teclas meu afago,

Escolhendo versos quentes
Em que eu possa te dizer
Dos desejos mais ardentes,
Da vontade e do prazer.

Imagino em transparência,
Morenice em lingerie,
Meu amor, tenha clemência
Vou te procurando aqui

Nada encontro, mas que faço
Se eu desejo te buscar,
Te deitar no meu regaço
Toda noite namorar,

Te deixando bem molinha,
Na fartura de carinhos,
A tua vontade é minha,
Como são nossos caminhos.

Passarinho na janela
Traz recado pra você
Minha sorte se revela,
No prazer que eu quero ter...
Publicado em: 03/10/2008 14:05:52




Corro os dedos na viola,
Pra cantar ao meu amor
Passarinho sem gaiola
Faz do canto o seu louvor...


Publicado em: 12/08/2008 17:17:59
Última alteração:19/10/2008 19:52:52



Sinto o teu perfume/ Seu aroma
em cada verso/ por mim descrito
aumentando/ incendiando
meu desejo/ puro delírio!

Marcos Loures // Mara Pupin

Publicado em: 26/03/2007 16:48:12
Última alteração:28/10/2008 05:49:57



Sinto o vento (Marcos Loures)
// Brisa de amor (Mara Pupin)
/// A Te Chamar (Ka Mota)
////Insistentemente (Lucibei)

Dizendo teu nome
// em tons suaves
/// me derreto
//// languidamente

Chamando por mim
// penetrando meu ser
/// apaixonadamente
//// me entrego

Venha logo!
// por nós!
/// te espero.
//// ansiosamente


Autor: Marcos Loures
Duplix: Mara Pupin
Triplix: Ka Mota
Multiplix: Lucibei

Publicado em: 26/03/2007 10:54:00




Depois de ter tocado imenso céu,
Achado que era Deus por um momento,
Provado da ilusão, perfeito mel,
Ausência se tornando sofrimento.
Vagando sem destino o meu corcel,
Refaz esta ventura em pensamento
E; viva, uma saudade faz do afago
A tempestade imensa em calmo lago.

Viver o que perdi na longa estrada,
Sabendo que talvez não tenha mais
O brilho da mulher, divina amada,
Meu barco não encontra o velho cais,
Apenas minha vida, vai alçada
Ao sonho de saber que a noite traz
Lembranças do que fomos, e perdemos.
Unindo nossas forças, nossos remos.

O cheiro de uma terra após a chuva,
O rosto da manhã em claridade,
Saudade já me cabe como luva
E traz de novo em sonho a liberdade.
Qual canto em tristezas de viúva
A vida ressuscita-se em saudade.
Mendigo cada toque do passado,
Tentando reviver, recuperado.

Meus olhos inda miram teu retrato,
Espelhos de minha alma são só teus.
O dia se tornou cruel de fato,
Apenas me restando o triste adeus.
Na ventania imensa, o meu regato
Procura renascer momentos meus.
E assim, seguindo a sombra de mim mesmo,
Caminho e tantas vezes; vou a esmo.

Recordações tão vivas na memória,
Marcantes os momentos que vivi.
Guardada fielmente em minha história,
Alçando o pensamento volto a ti.
Saudade se demonstra em plena glória,
De um tempo que jamais eu esqueci.
Marcando em cada gesto, volta à tona,
O que jamais morreu, tão só ressona...
Publicado em: 23/10/2007 22:35:51


SIM, TE AMAR...
Aurora
Quis agora
Quem fez hora
E se perdeu
Na caça
Tão escassa
Madrugada afora...

Rompendo
Cedo
O medo
Por herança
A mansa
Certeza
De que tudo
Foi em vão.

Se eu mudo
Sou mudo
Contudo
Nada resta
Senão a carcaça
Da caça que não tive
Do amor que não veio
Dos seios
Receios
Veios
Velas
Avelãs...
Peles
Reles...
Sou eu.
Publicado em: 16/07/2008 13:25:23


Tu vives dentro em mim, mesmo à distância,
Eu nunca me esqueci, por isso volto,
Amor que me acompanha desd’infância
Um grito de alegria ao ver-te, solto...

Morria todo dia sem te ter,
A voz já embargada, não saía...
Rompendo os velhos elos do meu ser
A noite entristecida já doía...

Que bom que estás aqui, nada mudou...
Apenas a alegria redobrada
De ter esta mulher amante amada,
Estrela que meu mundo iluminou...
Publicado em: 11/09/2008 20:56:15
Última alteração:17/10/2008 14:58:10



Espero a sua volta
Aqui no meu pc,
Vontade de ficar
Juntinho com você
Porém o tempo urgindo
Não deixa namorar,
Trabalho vem surgindo
Também vou me mandar
Depois quando à noitinha,
De banho já tomado,
Você tão cheirosinha,
Perfume de pecado.
A porta ou a janela
É bom deixar aberta,
Que à noite qual novela
Não tem mais hora certa..
Publicado em: 15/08/2008 13:55:44
Última alteração:19/10/2008 20:13:03

Quando as ruas estão tristes
Vazias até nos bares
As horas mortas sombrias
As nuvens matam luares
Tantas as fantasias
Dormem caladas aqui.

Quando o fantasma liberto
Passeia no coração.
Deixando as ruas vazias
Maltratando uma emoção
Esqueço das alegrias
Que, amor, nunca mais eu vi...

Quando meu medo ressurge
No fim de tanto carinho
Nas ruas que não têm lua.
Ficando assim tão sozinho,
Procuro amor pela rua
De tanto amor me perdi.

Não sobra sequer meu sonho
Que há tanto tempo morreu
Matando, aos poucos a vida,
De tanto que já fui teu
De tanto te quis, querida,
Meus restos morrem por ti.
Publicado em: 05/12/2008 16:36:10
Última alteração:06/03/2009 15:59:07



Não quero nem saber de desenganos,
Encontro; no teu peito, a estrela rara,
Curando a minha vida dos seus danos,
Permite ser feliz como eu sonhara.
Os dias vão passando, novos planos
Moldando a minha estrada que declara
O sonho mais feliz de um novo dia,
Trazendo para a vida, a fantasia...
Publicado em: 27/10/2007 12:00:23
Última alteração:26/10/2008 19:27:35


Distante
Ausente
Mente
Rodando
Ando
Helianto
Bebendo o sol,
Farto de luz
Parto de sonhos
Melífera
Fonte
Conto de Fadas,
Olhar no olho
Do furacão,
Cão que fareja
Rastros que deixas.
Queixo-me à lua
Nua serena
Sereia noturna,
Turnos e tornos
Em torno de quem
Além do infinito,
Expressa este bem.
Que tanto tentara
Atento aos teus olhos
Reflexos de Deus.
Publicado em: 30/11/2008 21:13:05

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