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Saturday, December 18, 2010

Razão Para Viver

Minha vida sem te ter
Perde toda essa razão
Que faz a gente viver
Acelera o coração!

Vida que da vida faz
A luz que tudo clareia
É chama que me incendeia
É teia que tanto apraz
Sou capaz de nessa teia
Prender o meu sentimento
Sem ter arrependimento
Por um momento sequer
Nos braços dessa mulher
Que tanto me ajuda a ver
A beleza de viver
Razão de minha alegria
É Sol que traz o meu dia
E faz-me ser girassol.

Nas horas mais demoradas,
Quando as mãos estão cansadas
De tanto amor que já dei.
De toda dor que passei
Sem saber como fazer
Teu amor me dá prazer
Iluminando essa vida
Que pensava já perdida
Sem ter muito o que sonhar
Contigo, aprendendo amar
Sem medo sem solidão
Meu verso encontrando então,
A razão para viver!
Publicado em: 03/12/2006 15:19:50
Última alteração:30/10/2008 10:19:51

Grilhões que me maltratam,
Terrores de um passado
Aonde destroçado
Os dias se mostraram,
E agora que ancoraram
O cais abençoado
Do olhar enamorado,
De novo desfrutaram
Delírios e delícias
Em gozos e carícias
Reflexos do prazer
Dourando cada passo
E sempre teimo e faço
Razão do meu viver.
Publicado em: 17/06/2010 12:55:32

O corpo não suporta essa distância
Que vive a maltratar meu pensamento
Se penso que estou livre, chega a ânsia
Presença que não tenho, meu tormento

Viver assim é mais que sacrifício
A dor do impedimento é lancinante
Tanta necessidade virou vício
Do amor abstinência alucinante

Mas, de repente, vejo-te tão perto
Como se fosse um sonho delirante
O pobre coração, então, liberto
Sente a tranquilidade nesse instante

E adormeço como uma criança,
Que ainda traz no peito uma esperança

ADJA

Vislumbro o que deveras, desejei,
Notícias de quem tanto eu quis um dia,
E agora, como estrela que me guia
Transporta o pensamento à sua grei.

A deusa pela qual eu me encantei,
Deslumbre em fantasia que sacia
Os meus desejos tantos de alegria,
A tela que num sonho, emoldurei.

Palavras vão fugir, mas meu olhar
Dirá quanto eu te quero, e sou feliz,
Estrela que ilumina um céu tão gris,

Depois da vida inteira, vasculhar
Por todos os caminhos posso ver,
Razão que tanto eu quis, para viver...
Publicado em: 05/12/2008 10:54:26




Faço versos sem demora,
Vou brincando em versejar,
Meu amor, te espero agora,
Nestes raios de luar.

Publicado em: 13/04/2007 22:20:45
Última alteração:28/10/2008 01:02:22



Rasgando o meu terno
O mundo outro rumo
E quanto resumo
Da vida em inferno
Queria e em hiberno
No quanto eu assumo
E teimo e consumo
Na ausência do eterno,
O corte mais fundo
Do nada me inundo
E bebo o vazio,
Por ter sobre mim
O peso do fim,
O dia eu desfio.
Publicado em: 23/05/2010 16:59:35

A faca é real
O mal empaca
E a sorte vaga
Qual plaga esconde?
Se há trem ou bonde?
Apenas brindes
Migalhas
E as gralhas
Banqueteiam-se
Publicado em: 16/01/2010 09:28:20
Última alteração:14/03/2010 21:27:2



Realize teus sonhos!
Viver é fazer a cada dia
Com que o sonho se torne real
Acredite e viva
Não deixe de viver tudo o que acredita
Senão não valerá a pena
Será cena sem verdade
Apenas cena
E não adianta pena que o tempo passa
E não concretiza o que sonhas
Não desista. Insista que virá
Se não vier
O que fazer?
Mas lute desesperadamente lute.
A força é bruta mas amacia
E traz outro dia do dia que se foi.
Daí o renovar-se
O fato é que sem amor
Não vale a dor
Sem dor cadê amor?
Amor é sacrifício
E oficio
E vício.
Senão de que vale?
O vale e a montanha
Existem por causa do contraste
Senão a vida passa
E a gente não valoriza...
Não seja concha, se mostre
E demonstre, principalmente.
Mas, principal, não minta
Mas se preciso minta,
Mas nunca a ti próprio
Aí passa a ser burrice
E ponto de partida
Para o precipício
E precipício e sacrifício não combinam
É suicídio!
Publicado em: 26/11/2006 13:42:58
Última alteração:30/10/2008 19:17:40



Seu doutor, me dá um tempo
Pr’eu poder te confessar
Depois desse contratempo
Não posso nem vou negar
A vida me deu saudade
Por herança e por meu bem
No tempo da mocidade,
Ficou o gosto d’alguém...

Alguém que foi a primeira
A saber do bem querer
Queria por companheira
Por toda a vida viver,
Mas amor é traiçoeiro
Tantas fez que foi embora
Procuro no mundo inteiro
Aquele amor lá de outrora.

Não encontro mais amor
Como aquele que foi meu
Buscando por onde for
Aquele amor já morreu.
Nada daquilo restou
Amor fazendo outra lei,
Ou foi amor que mudou
Ou, sem amor, eu mudei?
Publicado em: 09/12/2006 07:55:12
Última alteração:30/10/2008 09:15:35


Vasculhar cada ponto
E pronto descobrir
No porto deste corpo
Gostoso de seguir
O rastro de teu cheiro
O gosto desta boca
Aloco meu desejo
E vejo que me perco.
Sem rumo, caço os seios
Os veios mais audazes
Nas mãos trago em meus dedos
Vontades de sentir,
Molhados por teu cais,
Querendo sempre mais
Amar e ser amado.
Publicado em: 02/04/2008 16:07:27
Última alteração:21/10/2008 16:50:58


Recado
Recebi teu recado.
É, realmente não temos mais jeito.
Porta bate, frio chega e a danada da solidão enchendo meus copos.
Sei que não virás, muito menos estarás aqui na hora exata.
Firmo meus olhos através da grade da janela.
Vento e frio.
Vazio....
Me deste uma esperança. Vadia esperança...
Não, eu sei que tive culpa, mea culpa, minha tão grande culpa.
Nessas alturas do campeonato qualquer coisa é coisa qualquer.
Beijo, desejo, sexo...
Dane-se!
Tudo bem, eu errei! Pela enésima vez: errei!
Amanhã estaremos todos bem, desfilarás tua nova conquista e ainda por cima carregarás contigo esse insuportável poodle.
Leva e espero que te faça feliz, poodle e namorado novo.
Belos enfeites para um abajur ambulante.
Ficarei aqui. Cinzeiro, cigarro, conhaque, pipoca de microondas, sem microondas, claro.
Esqueceu de levar os Dvds.
Ainda bem que me livrei daquelas sinfonias agonizantes diárias: levaste todos eles.
Estava cansado de ver fio de cabelo em todas as canções que era tortuosamente obrigado a ouvir...
Vou mandá-los pelo primeiro portador que aparecer.
Fique tranqüila...
Os erros são meus, os filhos são teus,
Me sobra o conhaque, o conhaque e a lua...
Agora, esse negócio de ficar comovido...
Publicado em: 03/11/2006 15:36:34



RE-CANTO DE AMOR
Recanto
Recato
Amor
Mel
Melado
Molhado?
Seção erótica
Exóticos?
Qualquer seção
Concessão
Com cessão
Com sessão
Seção de cinema pode
Dependo do horário
Sarro?
Nem pense
Compensa
Pensa
Mas dispensa
Tenso
Imenso
Denso
Mas propenso
Aos Eros
Erros
Soneitos
E troivas
E peitos
De noivas?
Recanto
Recato.
Mato nem
Morro também...
Que assim
É
Amor
É
Mansinho
Mel
Com
Véu
Pois sem véu
E créu?
Publicado em: 22/01/2010 19:00:17
Última alteração:14/03/2010 18:26:21


Recebi as flores
Recebi as flores.
Muito aquém da primavera...
As cordas e as marchas
Meus funerais...
Somos capazes ases e coringas.
Brigas e mandingas
Assassinos...
Recebi os vasos
Deixei de lado e nada.
Romas e armas, aromas...
Somas e despesas, mesas
Sobremesas e destemperos.
Tempero o gozo com mágoa.
Nas águas e lagoas.
Ressoas.
Somos siameses.
Sião.
Nada se revela
A não ser as flores
Procuro primavera...
Publicado em: 25/10/2006 22:19:46
Última alteração:30/10/2008 19:28:46


Recebi o teu carinho,
Numa noite deslumbrante
Já não quero andar sozinho,
Preciso de acompanhante.
Publicado em: 13/04/2007 22:34:25
Última alteração:28/10/2008 01:02:3


Recebi o teu recado
Recebi o teu recado,
Pode esperar a resposta;
Ando meio preocupado,
Nosso amor é uma b...
Publicado em: 11/11/2006 10:24:59
Última alteração:30/10/2008 10:46:13


Recomeçar é aprender
Nada de desgosto nem de desânimo; se acabas de fracassar, recomeça.
(Marco Aurélio)

Não tenho medo da queda
Ela nos torna mais fortes
E seguros.
Os medos do passado no futuro
Nos criam asas
Nossos pés mais duros
Calos formados,
Sonhos marcantes
Futuro suave.
Engraçado, a criança sabe
E o adulto esquece...
Cada nova manhã
Lições a mais,
Trazendo a saudade
Muitas vezes empacamos
E não fazemos mais nada
Como um burro na estrada.
Regredimos?

Publicado em: 26/11/2006 11:55:56
Última alteração:30/10/2008 19:17:25



Recomeçar

Procurei as frases feitas, as festas e frestas...
A noite me nega um novo dia...
A poesia, a posse, o poço e o fosso, são fósseis.
As asas e os corcéis.
Os meus dias, mel e mal, mãe...
A trama desanda, a vida anda andor e dor. Condor!
Conforto e carinho, ninho e certidão.
Bodas, cordas, colas, compras, colméias...
Mesas, salas, copas, berços, filhos...
Ilhas filhas, milhas e milho. Manhas e manhãs...
Cãs, cães, chão, repouso e pouso, fossa e conversa.
Aço penetra, aço corta, corta a luz, a água, mágoa, penso
Pensão.
Parto, marte, morte, sorte ressurreição...
Natação, menino, hino, escola, cola, bola, fome e tráfego.
Moto, carro, escola, cola, estrada, fado, sina, tino, barba.
Namoro, filho, neto, remeto e não comento.
Espero e não desminto, belos velos, velozes os triciclos,
Os ciclos se refazem. Refazendo a fazenda, a velha lenda.
Cordas, pescoço, imensas prendas, velhas rendas,
Mentiras e verdades, sangue e corte.
Suor, andor,
Amor
Ar
A vida recomeçará.
Conforto e carinho, ninho e certidão....
Publicado em: 07/12/2006 15:01:34
Última alteração:30/10/2008 09:16:14


O teu amanhã foi construído ontem e está sendo construído ou reconstruído a cada dia.
Não tenha dúvidas disso.

Somos o produto das dores, amores, esperanças, erros e acertos.
Nada além disto.

Muitas vezes os pequenos erros de ontem repercutem a vida inteira nos escravizando e nos impedindo de sermos felizes.

Esses erros, se grandes, podem nos parecer que inviabilizam irremediavelmente o nosso futuro e a nossa vida.
Sementes boas – frutos bons.
Óbvio.

Para saber disso não precisa ter colocado a mão na terra, não precisa saber arar nem lavrar.

Mas, amiga, não se esqueça de uma coisa:

A maravilha da vida nos permite corrigir os desvios, corrigir os erros e abrirmos a porta do futuro que sonhamos.

Corte na própria carne, arranque as raízes das ervas daninhas e das parasitas que te poluem a alma.

E vá ser feliz.

Ah! Não se esqueça que a boa adubação faz milagres!
Amor é o melhor adubo, sabia?

E não se esqueça das ervas daninhas...
Qualquer que sejam elas...
Publicado em: 21/01/2007 11:47:43
Última alteração:27/10/2008 21:18:03



Recomeço
Procurei as frases feitas, as festas e frestas...
A noite me nega um novo dia...
A poesia, a posse, o poço e o fosso, são fósseis.
As asas e os corcéis.
Os meus dias, mel e mal, mãe...
A trama desanda, a vida anda andor e dor. Condor!
Conforto e carinho, ninho e certidão.
Bodas, cordas, colas, compras, colméias...
Mesas, salas, copas, berços, filhos...
Ilhas filhas, milhas e milho. Manhas e manhãs...
Cãs, cães, chão, repouso e pouso, fossa e conversa.
Aço penetra, aço corta, corta a luz, a água, mágoa, penso
Pensão.
Parto, marte, morte, sorte ressurreição...
Natação, menino, hino, escola, cola, bola, fome e tráfego.
Moto, carro, escola, cola, estrada, fado, sina, tino, barba.
Namoro, filho, neto, remeto e não comento.
Espero e não desminto, belos velos, velozes os triciclos,
Os ciclos se refazem. Refazendo a fazenda, a velha lenda.
Cordas, pescoço, imensas prendas, velhas rendas,
Mentiras e verdades, sangue e corte.
Suor, andor,
Amor
Ar
A vida recomeçará.
Conforto e carinho, ninho e certidão....
Publicado em: 20/09/2006 20:40:44
Última alteração:30/10/2008 19:31:32



Redenção e Luz!

Quando estava sozinho em plena dor;
A vida parecia sem sentido
Apenas um caminho já perdido
Por entre tempestades e pavor.

A liberdade, sonho tão distante,
Inalcançável! Tudo terminado,
O jardim sem as flores, destroçado.
Parecia morrer, agonizante.

Sem saber sequer por onde andavas
A minha esperança semimorta
A saudade batendo em minha porta
Em minha alma erupção, vertido em lavas.

A cada pesadelo um sofrimento
Que se torna maior; felicidade,
Quem me dera! Somente essa saudade...
A cada nova noite um só lamento!

Fui feliz, disso tenho uma certeza
Que me deixa pensar em esperança.
E voltar novamente a ser criança
Guardando, dessa vida, só beleza...

Mas o tempo passando me sussurra
Esquece! Pois jamais serás feliz...
Perdido, sem poder ter o que quis
A dor se rebelando, mais forte, urra.

E em toda essa agonia, a vida passa.
Não deixando sequer sobrar um cais,
E o tempo sempre fala: nunca mais.
A cada novo sonho, uma desgraça

A mais, eu vou seguindo em desespero.
Muitas vezes pensei ser o culpado
De tudo que passei. Fiz tudo errado,
Agora, a solidão, o tempo inteiro!

Nosso amor começou qual primavera
Em plena calmaria, mansa areia
Onde as ondas morriam... Quem me dera!
Mas a vida, entretanto me incendeia

E nas brasas queimando meu futuro,
Errei. Valorizei outro prazer.
Agora é tão difícil te esquecer,
Meu céu nebuloso, mais escuro...

A minha alma se arrasta em plena lama.
O vento da saudade tudo arrasa.
Procuro por teu rosto em toda a casa,
Só a quimera dorme em minha cama...

O frio desta noite um punhal, aço...
Que penetra e me cortando com certeza
Acaba destruindo a fortaleza
Invade sem ter pena, o meu espaço

E rouba esta esperança, plenamente.
A dor que me devora, imensa, tanta.
Qualquer pequeno mal já se agiganta
E passa a me matar, bem lentamente...

As garras afiadas do felino
Rasgando cada ruga do meu rosto,
Expondo esta mazela, o meu desgosto,
Aos poucos vão traçando o meu destino...

Minha vida, quimera desumana,
Perdida, sem sequer felicidade,
Fechada em tantas marcas, crueldade,
Em plena podridão, só dor emana.

Sentimentos confusos, turbilhões,
A cada novo dia, mais intensos,
Se tornam violentos, são imensos;
Aguardo, do destino, soluções!

Correntes que me prendem, sou escravo,
Cativo do passado tão cruel.
Mortalha de tristeza é o meu véu,
Nas águas mais medonhas já me lavo...

Porém desse fantasma que me ronda,
A morte, uma certeza nova traz.
De tudo o que mais quero, peço a paz
Que trouxe meu amor, numa praia, onda...

Da noite que me trouxe escuridão,
Ao longe, bem distante, um novo sol;
Onde talvez, quem sabe, meu farol.
Aos poucos aumentando esse clarão...

Os olhos tão divinos vão chegando
E posso distinguir um novo brilho.
Ao ver essa beleza, maravilho.
Cada vez mais os vejo aproximando...

Estranho, a tempestade dentro da alma
Cessando, lentamente vira brisa...
Um olhar tão sereno, já me alisa
Na mansidão da noite, tudo acalma...

Ar que me sufocava, agora manso.
Flutuo levemente, e nem percebo.
No carinho dos olhos, que recebo,
Incrível que pareça, leve, danço...

A terra se tornando tão pequena,
Os astros se aproximam, mais e mais...
Em todo esse universo, tanta paz.
A felicidade morta já me acena...

Os olhos acompanham, sorridentes,
O vôo que prossegue em calmaria.
Da noite que vivi, um pleno dia...
Os males se parecem quais dementes.

E cada vez menores, não os vejo...
O claro que se mostra, me domina
Em festa todo o brilho me alucina
Aos poucos realizo o meu desejo.

Sorrindo, se aproxima a boa sorte,
Sem máscaras, aberta, mostra o peito.
E dentro, um coração mais satisfeito,
Recebe, em alegria, a minha morte!
Publicado em: 27/11/2006 12:36:15
Última alteração:30/10/2008 19:18:08



Redondilhas - Quando o brilho dessa lua
Quando o brilho dessa lua
Clareia todo sertão
A verdade surge nua
Em forma de assombração.
Correndo pelas estradas
Acompanhando o luar
No meio das madrugadas
Num grito de apavorar,
Ao longe se ouve distante
O latido doloroso
Esse ladrar inconstante
Assustando, pavoroso
Quem cruzasse no caminho
Quem tentasse andar sozinho
Pelas trilhas dessa terra,
Travando sempre essa guerra,
Entre vivente e defunto
Nessa luta, tudo junto
Se confunde na batalha,
Mesmo que você atalha
Por outro rumo ou estrada
Não adiantará de nada
Você não pode escapar.
Se não vier lobisomem
Outro poderá chegar
Meio bicho meio homem.
Nessa mata sem ninguém
Mula sem cabeça vem
Procurando devorar
A quem puder encontrar.
Mas, me contam e acredito
No meio de tanto maldito
Outra coisa perigosa
É gente cheia de prosa,
No meio desses fordunços
Trabalha prá coronel
Sem pena, manda pro céu.
Essa turma de jagunços.
O povo do meu sertão
Vive toda ameaçada
Bastar dizer um só não
Ou então precisa nada.
Na ponta de uma peixeira
Ou na mira de um fuzil,
De sangue, mancham a bandeira
Envergonham o Brasil.
Publicado em: 20/08/2006 06:58:13
Última alteração:30/10/2008 19:32:42



Redondilhas
Quando o brilho dessa lua
Clareia todo sertão
A verdade surge nua
Em forma de assombração.
Correndo pelas estradas
Acompanhando o luar
No meio das madrugadas
Num grito de apavorar,
Ao longe se ouve distante
O latido doloroso
Esse ladrar inconstante
Assustando, pavoroso
Quem cruzasse no caminho
Quem tentasse andar sozinho
Pelas trilhas dessa terra,
Travando sempre essa guerra,
Entre vivente e defunto
Nessa luta, tudo junto
Se confunde na batalha,
Mesmo que você atalha
Por outro rumo ou estrada
Não adiantará de nada
Você não pode escapar.
Se não vier lobisomem
Outro poderá chegar
Meio bicho meio homem.
Nessa mata sem ninguém
Mula sem cabeça vem
Procurando devorar
A quem puder encontrar.
Mas, me contam e acredito
No meio de tanto maldito
Outra coisa perigosa
É gente cheia de prosa,
No meio desses fordunços
Trabalha prá coronel
Sem pena, manda pro céu.
Essa turma de jagunços.
O povo do meu sertão
Vive toda ameaçada
Bastar dizer um só não
Ou então precisa nada.
Na ponta de uma peixeira
Ou na mira de um fuzil,
De sangue, mancham a bandeira
Envergonham o Brasil.
Publicado em: 03/11/2006 19:06:57
Última alteração:30/10/2008 19:28:03



REDUNDÂNCIA -

Por mais que nos pareçam repetidos
Os dias, na verdade, originais.
Falarmos destes tempos, todos idos,
E ver que não retornam nunca mais

Matamos sem querer, recém nascidos
Os sonhos de outro dia em que jamais
Veremos nossos versos sendo lidos
Da forma que nasceram. Tanto faz...

De tortos, nada têm os versos teus.
Espelham sentimentos também meus,
quando o que é novo não aconteceu.

É assim que nos sentimos, desde a infância:
tentando o original, de tanta ânsia,
caímos numa eterna redundância...


ODNEY LOPES
MVML
Publicado em: 16/08/2007 18:23:51
Última alteração:05/11/2008 15:43:44



REFAZENDO..
Vozes
de nossos ecos
brasas,palhas, faíscas.

Debulhas
as sementes e brotamos
latentes
na nova estação.

Chaplin

Ondas
Vendavais,
Vastidões
Olhos
Abertos
Alertas
E a porteira
Da alma
Escancarada...
Publicado em: 26/11/2008 22:03:51
Última alteração:06/03/2009 16:36:1



Reflete-se no olhar tanto fascínio

A SERRA DIVISADA EM TEU OLHAR

O belo monte divisado em teu olhar
Refletido no nostálgico horizonte
Quem sabe a ligação inda desponte
E à linda serra ainda venha te levar.

Inda que da realidade desterrado
E a fonte da esperança se secar
Clarão intenso, embora apagado
Seu peito arfante, ainda há de cantar

Respostas serão trazidas com certeza
E a ilusão, por fim dará as rédeas
E o grande abismo será linda fortaleza

Por mais difícil que seja ir à serra
E das fendas, cruéis, suas agudezas
Seu coração há de saltar, tenha certeza.


NATANAEL SANTOS


Reflete-se no olhar tanto fascínio
Trazendo ao pobre vale o imenso cimo,
Tomado por tal luz, sob o domínio
Deste intenso clarão que quero e estimo,

Fator determinante, um vaticínio
Dizia deste sonho em que ora primo
Vencendo qualquer forma de escrutínio
Sem ter nem procurar carinho ou mimo

Apenas por saber deste planalto,
O coração tomando-se de assalto
Prepara a fortaleza, esquece o abismo.

Qual fora um navegante sem destino,
Vagando entre as estrelas, me alucino,
E em senda fascinante teimo e cismo...
Publicado em: 19/02/2009 19:06:51
Última alteração:06/03/2009 06:17:34



REFLEXO PERFEITO...

Sabem os pais que é preciso haver diálogo entre eles e os filhos, a fim de facilitar a educação das novas gerações.

É necessário sempre dizer NÃO, como pregam os terapeutas educacionais pois, como se sabe “ educar é impor limites”.

Dizer não como aquela mãe que cuidava dos cinco filhos adolescentes:
- Mãe, posso usar seu vestido de veludo?

-Não!

- E aquele sutiã de rendas?

- Jamais!

- Nem aquela calcinha fio-dental?

- Não, não e não. E não me torre a paciência, Betinho.

Pois foi esse mesmo garoto que dando um passeio pela rua principal da cidadezinha onde morava, viu um garotinho de três anos cair do terceiro andar do prédio mais alto da cidade.

Antes que o menino atingisse o solo, o alegre rapaz correu e agarrou a criança, salvando a sua vida;

Muitos viram o gesto heróico do rapaz e quando a mãe emocionada, a ele se abraçou, só teve um comentário:

- Que reflexo maravilhoso. Muito obrigada”
O rapaz sorriu , deu uma ajeitadinha nos cabelos e comentou:

- Gostou? Fiz as luzes ontem...

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 15/10/2007 15:49:49
Última alteração:29/10/2008 18:10:01


Reflexos de Minha Alma

Espelho me mostrando como o tempo
Nos trata sem sequer pedir licença.
Nas rugas se demonstra a recompensa
De termos enfrentado contratempo.

Os teus olhos pesando sobre os meus
Mostrando como a dor nos corta tanto.
Ao ver, cruel espelho, já me espanto
E vejo quanto dói o mal do adeus.

A face se revela sem disfarces
E mostra cada dia que passei,
Quais mundos e quimeras onde errei,
Amores e tristezas moldam faces.

Mas vejo, neste espelho, um novo brilho
Que nunca em minha vida, reparara.
A luz que se emanando, de tão rara
Em bela cicatriz, me maravilho.

A força deste espelho, uma magia
Mostrando que da dor, do sofrimento,
Surgindo em pleno mar, podre tormento,
A pérola que traz sabedoria...
Publicado em: 08/12/2006 22:44:27
Última alteração:30/10/2008 09:38:26




Nas lutas pelo amor sou vencedor,
Embora por teus olhos fui vencido,
Encontro-me deveras mais perdido
Nas tramas maviosas deste amor.

O brilho que me trazes forma o brilho
Que emano dentro da alma, meu farol.
Do sol que tu me deste faço o sol
Em tua maravilha maravilho.

Amor que me reflete verdadeiro,
Nas asas com que voas, minhas asas.
Nas bases que me embaso tu te embasas,
Na soma das metades mais inteiros.

Amor que me deseja te desejo.
Os pés com que caminhas, os meus pés,
Nós somos sempre quais e nunca invés.
Nas íris dos teus olhos já me vejo.

Mas saibas minha amada companheira
Com isso não pretendo te sugar
Dos meus raios brilham sol, luar.
E encharcam, de beleza, a terra inteira!
Publicado em: 28/11/2006 19:22:53
Última alteração:30/10/2008 19:16:20




Vi meu rosto nesse espelho,
Reflexo revelador,
No outro lado, bem mais velho
Valha-me Nosso Senhor.
Mas o coração safado
Mesmo assim não toma jeito
Achando-se com direito
De pender para o teu lado...
Publicado em: 03/12/2006 20:01:54



Reino da Claridade
Nas estradas do castelo
Já capinei com rastelo,
Encontrei linda princesa
Que no Tororó deixei,
Dona de rara beleza
Por ela me apaixonei...

No rosto trazia a lua,
Quando andava tão nua
Tinha gosto de saudade
Tinha o brilho desse sol
Ao ver essa claridade
Eu virei um girassol!

A sua pele macia,
Só me trazia alegria
Era linda como poucas
Diamante era o sorriso,
As minhas noites tão loucas
Ao seu lado, o paraíso...

Os olhos dessa rainha
Brilhavam sempre à tardinha.
No seu olhar de brilhante
Eu plantei meu bem querer,
Eu me sentia um gigante
Tanta alegria viver!

Suas mãos tão delicadas
Pareciam mãos de fadas
No carinho que me dava
Tanta amor eu encontrei
Tanto que por fim achava
Nesse mundo ser um rei!

Nessa boca peço um beijo,
Vou matar o meu desejo...
A fantasia da vida
É a rosa mais bonita
Nunca viver despedida
Pobre coração agita!

No castelo essa donzela
Rosa vermelha amarela
Hei de amar até morrer,
Seus caminhos ladrilhei,
Como vou poder viver
O amor era nossa lei!

Como pode um peixe vivo,
Viver nesse mundo altivo
Sem a sua companhia
Sem essa bela princesa
Como vai nascer o dia
Como pode haver beleza?

Vamos todos cirandar
Nesse reino do luar
Em volta dessa rainha
Nos caminhos tão dourados
A saudade essa vizinha
Os meus olhos marejados...

Encontrei linda morena
O meu coração acena
Procurando por descanso
Nas asas dessa saudade
Vou encontrar meu remanso,
No reino da claridade!

Companheira de solidão
Brilhando nesta amplidão
Lua não me deixa só,
Iluminando essa mina
A vida não tem mais dó
Procurei essa menina...

Meu coração vagabundo
Já procurou pelo mundo,
Só tristeza ele encontrou
No jogo da cabra cega
Deste pouco que restou
O resto minha alma nega...

Persegui felicidade
No reino da claridade
Só encontrei meu sofrer,
Procurei a fantasia
Nos braços do bem querer
Me restou só poesia!!!




o amor faz bem pra jente
é gostoso namorar
mas melhor ficar atento
o papai pode brigar





Meu cigarro aceso,
Preso a minha ânsia e vontade.
Nada de que me farpas me decide.
Dramas que invento soam mal.
Amalgamando meus ódios e remédios.
Sou tédio e te entedio.
Sou ébrio e te inebrio
Sou sombra e não sombreias...
Ombros e escombros meus destinos.
Destilas e decides meus desejos.
Anátema e teimosia
Âmbar e ambrosia.
Somos néctares e fanatismo.
Trismos e mordeduras.
No meu cigarro, asma e miasma.
Sou fátuo e não pactuo,
Mergulho no vazio que me deste.
Me remas e me desfazes.
Sou fases e frases, somos impares
Aos pares...
Faróis e opacidades.
Opalas e ônix.
Fênix
Ressurgirei a cada dia, a cada canto
A cada tempestade...
Publicado em: 01/12/2006 15:57:14
Última alteração:30/10/2008 10:21:35


RENASCERÁ
VEJO A ABERTURA DOS JOGOS OLIMPICOS

REMETO-ME Á GRECIA AONDE NASCERAM

IMAGINANDO COMO FORA ONTEM, ALEGRO-ME.

VENDO A REAL DE HOJE, ENTRISTECE-ME.


QUE FIZERAM COM O HUMANO SER?

ROBOTIZARAM-NO?

TORNOU-SE UM ESPETÁCULO MEDIÁTICO/?

DESUMANIZOU-SE ?



BEM NASCIDA REVIGORARÁ

AINDA HOJE, COM BELEZA E FULGOR.

NAS DISPUTAS OS EFEITOS ESPECIAIS

BRILHARÃO NAS LÁGRIMAS

DOS TROFÉUS CONQUISTADOS.


NADA SOBRPUJARÁ O SER HUMANO, HUMANO.

NEM MÁQINAS NEM EFEITOS.

A SUPERAÇÃO SE FARÁ PRESENTE

NO GESTO, NO OLHAR , NA LAGRIMA

QUE FIGURARÃO NO PANTEON GREGO.

ÍTALO JOSÉ MANNARINO
Publicado em: 10/08/2008 22:03:03
Última alteração:19/10/2008 19:48:18



Rendo-me
– Rendo-me
Em fogo/ sou chama
Gostoso/ declamo
Um gozo/ que ama
No jogo/ reclamo
Denota/ saudade
Festança/ na cama
Remota/ amizade
Esperança/ te ama
Que trago/ sozinha
No peito,/ quietinha
Afago,/ distante
Com jeito/ vibrante
Carinho/ constante
Teu ninho.../gigante

ML/SOGUEIRA
Publicado em: 05/02/2008 18:01:21
Última alteração:22/10/2008 17:50:27


Renova-se deveras meu cantar,

As garras de um leão cego e desdentado/

teem a força que precisam pra caçar;/

no imo do peito um suspiro já cansado,/

inda vão na noite urros pelo ar.

Chaplin


Renova-se deveras meu cantar,
Bebendo a farta fonte do passado,
Se esconde-me nos raios do luar,
Jamais me sentirei abandonado.

Mas quando a poesia diz num brado
O quanto é necessário se entregar,
O velho caminheiro deslumbrado,
Do lago em calmaria; sonha o mar.

Eu sei que talvez seja uma tolice
Falar do que a verdade já desdisse
Na useira fantasia de palhaço

Usada pelo peito sem defesas,
Porém me embevecendo tais belezas
Dominam sem perguntas, o meu traço...
Publicado em: 27/02/2009 08:00:50
Última alteração:06/03/2009 01:42:15


Repentista apaixonado

Repentista apaixonado
Nunca nega o sentimento,
Contigo sempre ao meu lado
Vou pra rua e bebo o vento...

Publicado em: 03/03/2008 21:15:22
Última alteração:22/10/2008 14:15:19



RepeRepentista que faz trova
Repentista que faz trova
Não se cansa de cantar
Meu amor quando te prova
Vem de novo comprovar....
Publicado em: 20/08/2008 19:54:20
Última alteração:19/10/2008 20:26:52


repentista sonhador
repentista sonhador
não se cansa de sonhar,
o meu peito trovador
só pensando em te provar...
Publicado em: 17/01/2010 10:33:09
Última alteração:14/03/2010 20:30:51


Repouso sonolento

Repouso sonolento
Nos braços de quem amo.
Gostoso pensamento
Contigo eu sempre tramo.
Publicado em: 01/03/2008 19:50:56
Última alteração:22/10/2008 17:07:29


REPRISE COM GONÇALVES REIS

Ei olha como passa à nossa frente
Aquele bom momento adocicado
E para trás ficando - já no passado,
Essa saudade vem incontinenti...

Quer reviver... mas de repente
Um filme já antigo - empoeirado,
Num novo déjà vu é reprisado
Num cômodo escondido pela mente...

Estrada que permite que se pise
Talvez ao se mostrar numa reprise
Não tendo mais sequer quem já me avise,

Vencendo com sorriso qualquer crise,
Enfrento um furacão desta marquise
E quero quem a vida aromatize.


GONÇALVES REIS
ML
Publicado em: 21/01/2008 20:16:49
Última alteração:22/10/2008 19:41:22


Resisto
Amores e suores, ruas e estrelas
As cordas soltas do violão
Liberdade e esperança.
Versos meus não são lanças,
Mas sangram...
Quem me fez assim?
Fim e precipício
Queria ser início, nem indício...
Indicio meu amor com palavras vãs.
Espero a feliz cidade que ano que vem e nunca vime...
Vi-me esteira e cais, caos...
Nascendo de suores e prazeres,
Deve ser por isso que a vida pesa, preza e não completa...
Reta e meta que me remetam ao final do caos, à fênix...
Egoísta, sim, eu sou profundamente.
Mente profunda, em profusão... Minto mesmo e dane-se!
Cosmo e cais, castidade e castiçais.
Sais de fruta que ninguém é de ferro.
Ferro de Carlos, nas almas...
Mineiro, sou mineiro e matreiro, como todo mateiro...
Minhas fontes e farsas, fomes e fornalhas, são versos e vermes. Veros vermes...
Quero um vermífugo, preciso expirar. Êxtases e estases, canção...
Cigarros e cigarras, primaveras e fumo, me esfumo no ar...
Alma e álamo. Alameda.
Amêndoa e olhos, carinhos, vem prá cá
Que a noite urge, o tempo urge, a vida urge... A morte ruge
E ronda...
Solidão, amiga, amiga, amiga, amiga...
Amanhã irei a Marte, quem sabe à morte
A minha norma é sempre ir, ir , ir.
Ir ermo, eremita e ermitão,
Ereto e retrátil.
Táctil e tétrico.
Métrico e Martinis...
Por incrível que pareça, não bebo, não bato, não firo, não caio...
Não saio e nem saia...
Faz tempo, saias e searas...
Cios e sombras..
Sou o contrário do que quis e não querias.
Sou marceneiro e macerado...
Carpinteiro e carpido,
Sou o fado, o resto deixa pra lá...
Mas te amo, sinceramente te amo, embora não vieste,
Embora não te toque nem existas.
Resistes. E resisto.
Desistes?
Não desisto!
Publicado em: 12/11/2006 12:01:37
Última alteração:30/10/2008 19:03:05


Resolvi guardar seu nome
Resolvi guardar seu nome
Na lembrança, no meu sonho...
Se ficar o bicho come,
Esse bicho é bem medonho...

Tem um bico calibrado,
Bica aqui, bica acolá,
Eta bichinho danado,
É pior que carcará...

Não pode ver um filhote,
Esse entra logo no cano...
Não há como se comporte,
Esse danado, o tucano...
Publicado em: 13/10/2006 16:20:01
Última alteração:30/10/2008 10:36:03



RESPONSABILIDADE.



RESPONSABILIDADE.

Meus amigos:

A nossa Lei Eleitoral estabelece que é facultativo os votos de
maiores de 16 e com menos de 18 anos e as pessoas que contam com mais
de 70 anos. Estou na última hipótese. Como consequência poderia
simplesmente nem estar pensando em votar como ainda não me interessar
que ganhe o candidato A ou B. Mesmo tendo a a opção por outro lado
não deixo de ter responsabilidades com os jovens, como minhas filhas
e netos; com as pessoas que continuarão a viver nesta cidade ainda
por muitos e muitos anos. Quem teve a oportunidade de ler o
livro/depoimento do saudoso jurista, EVANDRO LINS E SILVA, em uma de
suas revelações está a afirmativa que nossos atos decorrem de um fato
motivador.

Portanto, há um fato a motivar o envio deste e-mail aos meus amigos
declarando o meu voto em Fernando Gabeira.

As pessoas da minha idade sabem de antemão que nessa longa jornada
deu-se para perceber que os políticos prometem, falam, e sobretudo,
enganam. Uma vez eleitos, tudo continua na mesma na nova
administração. Nada se modificou nesses longos anos. Mudaram-se
apenas os caciques políticos. Não é difícil ouvir dizer \" que tudo
continuará igual \", pois todos são farinhas do mesmo saco.

As siglas partidárias variam na alternança da administração, mas as
administrações são as mesmas. Quantos anos esse circulo vicioso está
presente em nossa vida política? No meus longos anos de vida sempre
foi assim, como uma música cuja melodia acabou mas o refrão continua
sendo o mesmo.

No Rio de Janeiro, nós temos dois candidatos. Um jovem- Eduardo Paes-
com discurso antigo, daqueles que nós conhecemos de longa data, em que
tudo será como foi um dia, como na música; o outro mais velho,
Fernando Gabeira, com um discurso e prática política nova a nos
acenar com uma administração moderna, sem comprometimento da barganha
cedendo secretarias, cargos, por apoio político. Aponta-nos um caminho
novo e uma política nova - polis da antiga Grécia- como arte de
governar os nascidos no solo da cidade, livres e iguais, difundida
pelo filósofo ARISTÓTELES.

Um candidato mais velho com idéia nova eis o nó górdio que surgiu em
nossa política. Com FERNANDO GABEIRA não haverá lugar para a perversa
politicagem dos engodos e dos compromissos pragmáticos. O
comprometimento do outro candidato, com tantos aliados envelhecidos
na prática, daria continuidade ao que se tem de mais velho na
política: chavões, promessas sem compromissos que criaram essa
cultura do \" para que votar, se tudo continuará na mesma \" e que
tanto interessa aos que desejam a continuidade.

Essa oportunidade - votar em GABEIRA - não vou deixar passar. Como
diz o poeta THIAGO DE MELLO \" é preciso fazer alguma coisa senão
se perde o compromisso com a vida \" bate forte em minha consciência
e com ela tenho compromisso e responsabilidade. Já que se falou nesse
poeta amazonense, como não deixar de reproduzir, ainda que somente,
o artigo I do seu esplêndido poema ESTATUTO DO HOMEM:


\"Fica decretado que agora vale a verdade.
agora vale a vida,
e de mãos dadas,
marcharemos todos pela vida verdadeira.\"


Então, meus amigos, votar em FERNANDO GABEIRA é um privilégio e um
compromisso com a vida futura.

A grande caminhada sempre começou com o primeiro passo. GABEIRA
eleito Prefeito é esse primeiro passo em direção ao futuro promissor
com a transformação social deste país e o Rio de Janeiro estará na
vanguarda dessa mudança que enfim chegou como um raio de luz a
iluminar essa escuridão da mnesmice política, \" pois tudo vale a
pena quando não se tem a alma pequena\"-poeta Fernando Pessoa.

Ass: ITALO JOSÉ MANNARINO
Publicado em: 21/10/2008 06:15:19




RESPOSTA DO GECA TATU - AUTORIA DE :CATULO DA PAIXÃO CEARENSE
Seu dotô!... Venho dos brêdo
só pru móde arrespondê
toda aquela farunçage
que vancê foi inscrevê
Eu não sei lê, mas porém
o seu padre capelão
que sabe lê munto bem,
leu prá nós tudo, im tres mez
o seu bunito sermão
Me dissérum, cá na corte,
que o seu doutô faz aquilo
de cabeça e sem trabáio!...
Vancê tem fôrgo de gato
e língua de papagaio!
Não têje vancê jurgando
que eu sejê argum canguçú!
Não sou não, seu conseiêro!
Sou do Norte!... Eu sou violêro,
e vivo naquelas mata,
como véve um sanhassú.
Vassuncê já me cunhece!
Eu sou o Geca-Tatú!!
Os hôme cá da cidade
me agarante que o sinhô
é o prêmêro entre os prêmêro,
é o mais grande brasilêro,
é o Dunga dos inscriptô!
Mas porém macaco véio
não mete a mão im cumbuca
vazia ansim, seu doutô!
Nós tudo já tá cansado
desta vida de rocêro,
prá dá mío a tanto galo
que só canta no polêro.
Meu patrão e os cumpanhêro,
só leva a falá de lêzes,
que é uma grande trapaiada,
imquanto nós leva a vida
surrando as mão c'uma inxada.
Cum toda essa mapiage,
vassuncê, seu senadô,
nunca um dia se alembrou
que lá, naquelas parage,
a gente morre de sêde
e de fome... sim sinhô!
Vassuncê só abre o bico
prá cantá cumo um cancão
quando qué faze seu ninho
nos gáio d'uma inleição!
Vassuncê, que sabe tudo,
é capaz de arrespondê
quando é que se ouve nos mato
o canto do zabelê!?
Im que hora é que o macuco
se põe-se mais a piá?
E quando é que a jacutinga
tá mió de se caçá?
Quando o urú, entre as foiage,
sabe mais assuviá?
Quá é, de todas as árve,
a mais dereita e impinada?
E a que tem o pau mais duro,
e a casca mais incourada?
-Vancê não sabe quá é
a madêra que é mai boa
prá fazê-se uma canoa!!!
Vancê, no meio da trópa
dos cavalo, seu doutô
óiando pros animá,
sem vê um só se movê,
não é capaz de iscuiê
um cavalo isquipadô!
Eu queria vê vancê,
no meio d'uma burrada
somentes pulo um isturro,
dizê, im conta ajustada,
quantos ano, quantas manha,
quantos fío tem um burro!
Vancê só sabe de lêzes
que se faz cum as duas mão!...
Mas porém não sabe as lêzes
da natureza e que Deus,
fez prá nós, cum o coração!
Vancê não sabe cantá
mais mió que um curió
gemendo á bêra da estrada!
Vancê não sabe inscrevê
no papé, feito de terra,
quando a tinta é a do suó,
e quando a pena é uma inxada!
Se vancê não sabe disso,
não póde me arrespondê!...
Óia aqui, seu conseiêro!...
Deus não fez as mãos do hôme
somentes prá ele inscrevê!
Vassuncê é um senadô,
é um conseiêro, é um doutô!
É mais que um Imperadô !..
É o mais grande cirdadão!...
Mas porém eu lhe agaranto
que nada disso seria,
naquelas mata bravia,
das terra do meu sertão!!
A mizéra, seu doutô,
tômbém a gente consola!
O orgúio é que mata a gente!...
Vancê qué sê Perzidente
e eu só quero sê rocêro
e tocadô de viola!
Vancê tem todo o derêto
de ganhá os CEM prú dia,
prá mió pudê fala!!
Mas, porém o que não póde
é a inguinorana insultá!
A gente, seu Conseiêro,
tá cansado de esperá!!
Vancê diz que a gente véve
cum a mão no quêxo, assentado,
sem fazê caso das coisa
que vancê diz no Senado!
E vassuncê tem rézão!
Se nós tudo é anarfabeto,
cumo é que a gente vai lê
toda aquela falação?!
Prá dizê que dois cum dois
faz quatro, seu Conseiêro,
vance gsta seis tintêro
e fala uma noite toda,
e um dia todo, intêrinho!
Vossa Incerlença parece
a cumade Ginuvéva
quando intica cum os vizinho.
Preguiçoso?! Madracêro?!
Não sinhô, seu conseiêro!!
É pruquê vancê não sabe
o que sêje um boiadêro
criá, com tanto cuidado
,cum tanto amô e alegria,
umas cabeça de gado,
e, despois, a impidemia
carregá tudo, cum os diabo,
in mêno de quatro dia!
É pruquê vancê num sabe
o trabáio disgraçado
que um homê tem, seu doutô,
de incoivará um roçado,
e, quando o ouro do mío
vai ficando imbonecado
prá gente entonce cuiê,
o mío morre de sêde,
pulo só inturricado,
sequinho, cumo vancê.
É pruquê vancê não sabe
quanto custa um pai sofrê
vendo o fío crescendo,
dizendo sempre: Papai!!!
Vem me ensiná o ABC!
Óia aqui , seu Senadô!
NÃO É SÓ UMA QUESTÃ DE NOME!!
EU SÓ VOTAVA PRÁ UM HOME
SÊ PERZIDENTE, SE O CABRA
JÁ SUBESSE O QUE ERA FOME!!
EU NÃO QUERIA SABÊ
SE ELE ERA, CUMO VANCÊ,
UM DOUTÔ DE FALAÇÃO.
ABASTA SÓ QUE ESSE HÔME
FOSSE UM BURRO, CUMO EU,
MAS, PORÉM UM BOM CRISTÃO!
PRÁ SARVÁ O MUNDO INTÊRO,
ABASTA TÊ CORAÇÃO!
Se eu subésse, meu sinhô,
inscrevê, lê e contá.
entonce, sim, eu havéra
de sabê cumo assuntá!
Tarvez vancês não dêxasse
os sertanejo morrendo,
pió que fosse animá!
Prú móde a politicáia,
vancê qué que um home sáia
do sertão, prá vim votá
im Joaquim, Pedro ou Francisco,
quando vem sê tudo iguá!?
Preguiçoso?!... Madracêro?!...
Não sinhô !... Seu conseiêro!
Vancê num sabe de nada!
Vancê num sabe a corage
que é percizo um hôme tê,
prá corrê nas vaquejada!
Vossa incerlença não sabe
o valô d'um sertanejo
acerando uma quêmáda!
Vancê mente, sim sinhô!
O cabôco brasilêro
tem munto brío e valô!!
Nós é que já tá cansado
de trabaiá prôs doutô!
A gente não faz questã
de levá um dia intêro
cum uma inxadinha na mão!
A gente péde, somentes,
prá vancês não se esquecê
que nós tudo sêmo érmão!
Vancê tem um casarão!
Tem um jardim e uma xáca!
Tem criado de casaca!
E ganha, todos os dia,
-qué chova, qué faça só
-só pra falá, Cem mir ré!
Eu trabáio o ano intêro,
somentes quendo Deus qué!!
Eu vivo da minha roça,
me isfarfando, cumo um burro,
prá sustentá quinze fío,
minha mãe, minha muié!
Eu drúmo im riba d'um couro
n'uma casa de sapé!!
Vancê tem seu ôtrômóve!
Eu, prá vi no apovoádo,
ando dez léguas de pé!
Neste mez amarfadado,
prú vía de não chuvê,
ví a róça do feijão,
à farta d'água, morrê!!
o Só têve tão ardente
lá prôs lado do sertão,
que im mêno de quinze día,
perdi toda a criação!
A minha vaca - a Férmosa,
que amava cum tanto amô,
pul'uma suructinga
foi mordida, sim sinhô!
N a sumana arretrazada,
o vento tanto ventô,
que a páia que cobre a choça,
foi prús mato!...Avuô!!
Minha muié tá morrendo
só prú farta de mêzinha,
e prú farta d"um doutô!
Minha fía, que é bunita,
bunita cumo uma frô,
seu doutô! Não sabe lê!
E o Juquinha, que inda tá,
chêrando mêmo a cuêro,
e já puntêia a viola,
se intrásse lá prá uma escola,
sabia mais que vancê!
Prá falá de tantas lêzes,
vancê viveu assuntando,
nesta grande bibrotéca,
mais de quarenta janêro!
Inquanto lá no sertão,
o Antonio da Caturrita,
garrando o braço d'um pinho,
saluça, n'um disafio,
tres noite e tres dia intêro!
E, inda que prú má prêgunto,
vassuncê, que sabe munto,
diga, sem tutubiá:
- Quem foi que ensinou o Antonio
e o Mundico Cachacêro,
tanta coisa prá canta?!
Eu digo a vossa Incerlença
que isso é que é inteligença:
o sabê, sem se estudá!!!!
Preguiçoso?!... Madracêro?!
Não sinhô seu conseiêro!!
Vossa incerlença não viu
um cabôco istruviado,
c'um cravinote ou garruncha,
ispantá um bataião
d'uma prução de sordado!!
Vossa Incerlença parece
que não lê munto essas coisa
ou finge que nunca lêu!
Vancês têm munto talento!!!
Mas porêm pérciza tento,
cum a fôme e cum o sofrimento"...
Quem lhe agarante sou eu!
Vancê diga aos cumpanhêro,
que um cabra - o Zé das Cabôca,
anda cantando estes verso,
que, hoje, no meu sertão,
avôa de boca em boca;
"Eu prantei a minha roça!
O tatú tudo comeu!
Prante roça quem quizé,
que tatú quero sê eu!"
Vassuncê sabe onde tá
os buraco adonde véve
os tatú isfomeado?
-Tá nos palaço da Côrte,
dessa prução de ricaço,
que fez aqueles palaço
cum o sangue dos disgraçado!
Vossa Incerlença pércisa
dizê prús repubricano
que é percizo tê cuidado!!!
Patrão!...Vassuncês tem tudo!
Vancês tudo, leva a vida
munto bem adivértida,
passeando lá de ôtrômóve,
pula estrada da avenida!
Vancês tem rio de açude!!
Tem os doutô da Hingiena,
que é prá cuidá da saúde!
E nós?! Que tem? Arresponda!
No tempo das inleição,
que é tempo das bandaêra,
nós só tem uma cangáia,
prá levá toda a porquêra
dos doutõ politicáia!
Sinhô Doutô Conseiêro!
De lezes eu não sei nada!...
Meu dêrêito é a minha inxada!
Meu palaço é de sapé!
Quem dá lezes prá famía,
e a minha bôa muié!
Sou fromado quinze veis,
e sou tômbêm conseiêro,
pois tenho quinze fiínho!
Quem dá lezes prá minh'arma
é as dez corda deste pinho!
Vancê qué sê Pérzidente!
Apois sêje, meu patrão!...
Nós já ficava contente,
se vancês desse prá gente,
uns restozinho de pão
A nossa terra - o Brazí
-já tem munta inteligença!!
Muntos hôme de sabença,
que só dá pra espertaião!!!
O que nós pede é a Piedade!
É um tico de Caridade,
prá nós vivê, cumo érmão!
Leve o diabo a falação!
Prá sarvá o mundo intêro,
abasta tê coração!
Pros hôme de inteligença,
trago cumigo esta FIGA:
Esses hôme têm cabeça,
mas porém, o que é mais grande
do que a cabeça é a barriga!!!
Vancê, quando faz sermão,
fala munto im riligião!
Apois bem, Nosso Sinhô,
que nasceu num prezepinho,
falava munto pouqinho,
cum clarêza e cum amô!
ELE, o Doutô dos doutô,
que era o exêmpro da humirdade,
escuiêu, prá seus apóstro,
entre os rico da cidade,
doze pobre, cumo Pedro,
que era um pobre pescadô!
E inté os pé desses hôme
o Cristo, um dia lavô!!!
Seu Conseiêro, um consêio!!
Dêxe toda a bibrotéca
dos livro, essa estupidêza,
vá estudá o Dêrêito
das lêzes na naturêza!
Vá vê cumo Deus é grande
e cumo póde ensiná,
as coisa que um hôme sabe,
sem sê percizo estudá!
Vancê leva, nestes livro
lendo e lendo, a toda hora!!
Mas porêm, eu só queria
cunhecê, seu consêiêro,
o que vancê inguinóra!
E abasta! Já vou me embora.
Si um dia vancê quizé
passá uns dia de fôme,
de fôme e tarvez de sêde,
e drumi lá n'uma rêde,
n'uma casa de sapé,
vá passá cumigo uns tempo
nos mato do meu sertão,
que eu hei de li abri as portas,
da choça e do coração.
Eu vórto pro matagá,
mas porém, ouça premêro,
vancê póde nos xingá,
nos chamá de madracêro,
pruquê nóis, seu Consêiêro,
não qué mais sê bestaião.
Inquanto os hôme de riba
dexá nós tudo mazômbo,
e só cuidá dos istômbo,
e só tratá de inleição,
seu Conseiêro há de vê,
pitando o seu cachimbão.
o Géca-Tatú se rindo,
cuspindo, sempre, cuspindo
ôiando ansim, prá vancê,
cum o quêxo sempe na mão!
Eu sei que sou um animá!
Eu num sei mêmo o que eu sou!
Mas porém eu li agaranto,
que o que vancê já falo
e o que inda tem de falá,
e o que inda tem de inscrevê...
Todo, todo o seu sabê,
e toda a sua saranha,
não vale uma palavrinha,
daquelas coisas bunita,
que JESUS, n'uma tardinha,
disse im riba da montanha!
Publicado em: 10/08/2006 16:25:47
Última alteração:30/10/2008 20:00:01



Retórica do desejo / Vontade de te ter

Corpo enlouquecido / Sedento, alucinado

anseio de prazer / querendo-te inteira

legítima entrega! / com sofreguidão, êxtase!

Mara Pupin / Marcos Loures

Publicado em: 24/03/2007 14:26:24
Última alteração:28/10/2008 05:45:58



Amor, que bom que retornaste à nossa casa.

A minha vida se esvaía sem o menor sentido, a esmo.

A casa, cada vez maior, mostrava em cada cômodo a tua presença.

Cada objeto que tocaste emanava a tua presença.

Os múltiplos fantasmas teus em todos os momentos, iam cada vez mais destruindo a minha lucidez.

Quantas vezes ouvi tua voz, te procurava e não era nada mais nada menos do que o frio vento que entrava pelas frestas das janelas.

Assim como saíste pelas frestas abertas pelos meus erros e meus ciúmes.

O perfume que usavas, lembro-me bem, espalhado por todas as gavetas desta casa.

Gigantesca e, cada vez mais sufocante.

Engraçado.

Algumas coisas adquirem a verdadeira dimensão quando vistas de uma certa distância.

Somente passei a valorizar-te, reconheço, depois de tua ausência.

Depois que senti que não voltarias e que deixarias a minha vida cada vez mais vazia.

Até não haver mais sentido algum em viver.

Antes que isso acontecesse, retornaste.

E, por incrível que pareça, a tua simples presença, preenche todos os cômodos e gavetas desta casa e, principalmente, do meu coração.
Publicado em: 12/12/2006 18:11:52
Última alteração:27/10/2008 21:21:15




Vencido pela saudade
Retornando à tua casa,
Buscando felicidade
Porque a dor jamais se atrasa.

E sempre que me procura
Escurece e mortifica
A tristeza se amplifica
E nada mais a segura.

As cores de amores tantas
São quanto meu sentimento.
Se solto teu nome ao vento,
Saudades, já me adiantas.

Mas guardando a proporção
Amor é tão gigantesco
Que é o maior parentesco,
Pois feito no coração!
Publicado em: 06/12/2006 20:25:09
Última alteração:30/10/2008 09:49:41


Retrato do Nosso Amor

Em amores, me maltrato
Cada vez mais sofredor
Sofrendo por esse amor
Procuro pelo retrato
Guardado numa gaveta
Que nem sei onde é que está.
Muito menos se está lá
Ou então numa maleta
Que deixei na penteadeira
Ou talvez no porta mala
Quem sabe deixei na sala,
Procurei a casa inteira!
Fui ao quarto de visita
E na sala de jantar,
Já cansei de procurar,
A minha alma andando aflita.
Vasculhei o quarto inteiro
Todo lado e todo canto,
Teu amor foi meu encanto...
Já procurei no banheiro?
Foste minha companheira
Tanto tempo nos amamos...
Mas tantas vezes brigamos.
Me lembrei! ‘Stá na lixeira!
Publicado em: 03/12/2006 09:45:10
Última alteração:30/10/2008 10:20:13


Revelação // Noturna

Vento que sopra//Praia

traduzindo desejos// mostrando-se

confessos de paixão.// enluarada...

Mara Pupin// Marcos Loures
Publicado em: 01/05/2007 17:29:50
Última alteração:28/10/2008 06:10:01



Rumos e rotas Riscos e rimas,
Rumos e rotas
Riscos e rimas,
Lumes,
Perfumes,
Ciúmes, pra quê?
Enlevos
Relevos
Acervos
Sem servos
Cativos.
Os vícios
Os viços
Atiço
Refaço
E traço teu nome
Nos sonhos, meus passos.
Regozijo
Rijos
Desejos
Re-gozos
Retalhos,
Anteparos
Audazes.
As fases
Que trazes
Que fazes
Desnuda.
Acuda
A vontade
De ser
De entranhar
Da noite
Profana
Voraz
E sacana.
Publicado em: 03/10/2008 13:44:29



Rico correndo é atleta, pobre correndo é ladrão.
106

MOTE

Rico correndo é atleta, pobre correndo é ladrão.

Eu digo e o povo completa,
E em perder a razão,
Rico correndo é um atleta,
Pobre correndo... é ladrão...

Marcos Coutinho Loures


A diferença se faz
Na verdade não tropeço,
O ladrão mais contumaz
Eu encontro é no Congresso.

Publicado em: 20/11/2008 17:42:29
Última alteração:06/03/2009 17:05:33


Rir de tudo é coisa dos tontos, mas não rir de nada é coisa dos estúpidos. Erasmo de Rotterdam
Rir de tudo é coisa dos tontos, mas não rir de nada é coisa dos estúpidos. Erasmo de Rotterdam

Desculpe se lhe falo com franqueza
Se pensa que conhece quase tudo,
E por isso se esconde, carrancudo,
Nesta fantasia sem beleza;

Lhe falo meu amigo e companheiro,
A vida não se esconde desse jeito.
O mundo pode ser tão imperfeito,
Mas tem o seu encanto verdadeiro.

As coisas por difíceis que pareçam
Não devem ser levadas ferro e fogo,
Quem mata essa criança perde o jogo
Não deixa que essas nuvens espaireçam!

Vestido de total iniqüidade
Vencido pelas urzes do caminho.
O canto que enobrece o passarinho
Não pode ser deixado na saudade...

Tanto riso, eu concordo, sem sentido
Nos fazem parecer como boçais.
Nos trazem sentimentos que jamais
Podemos desprezar no nosso olvido.

Quem ri-se sem saber como e por que,
Parece que não traz discernimento
E, vago, se dilui em pleno vento,


RIR É O MELHOR REMÉDIO...

Um grupo de pessoas conversava animadamente, dentre as quais estava Dr. Bruno que, com Dra. Jaqueline forma um belíssimo casal de fisioterapeutas, sempre em busca de aperfeiçoamento, como o curso de Acupuntura que ele acaba de concluir, habilitando-se para a prática de mais essa especialidade da área médica.

Um dos componentes do grupo dava uma opinião radical, em relação aos remédios.

- Remédio, para mim, é droga! Tem tantos efeitos colaterais que fazem mais mal do que bem!

Uma opinião tão radical, é claro que não foi aceita e coube ao Sr. Elmo, figura amável e gentil, contestá-la, com educação mas com firmeza:

-Pois não é o que penso! Remédios, para mim, sempre fizeram muito bem e seria injusto se eu me queixasse deles.


Diante daquela contestação, já disposto a levar adiante a discussão, o senhor perguntou:

- E, por acaso, o senhor poderia dizer qual doença o senhor tinha?

Com aquele sorriso maroto, Sr. Elmo respondeu, no alto de sua sabedoria:

- Doença? Que doença? Eu nunca tive doença alguma! Eu tinha era uma farmácia, ali na Praça João Pinheiro...

O grupo se dissolveu e o Doutor Bruno pôde constatar que se a Fisioterapia e a Acupuntura ajudam a substituir os remédios nos tratamentos médicos, sorrir também faz muito bem à saúde...

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 15/10/2007 08:15:28
Última alteração:29/10/2008 18:10:25



Ris do risco
Ris do risco
Arisco, fujo,
Ressurjo noutra tenda
E bebo os teus rastros
Astros tolos
Lastros toldos,
Macas e Mecas.
Becos sem saída...
Exposta e nua.
Bebe a lua
Ironizando o sol...
Publicado em: 01/08/2008 14:04:58
Última alteração:19/10/2008 22:09:20



Riscado do mapa
Riscado do mapa
O corpo celeste
Enquanto reveste
Com dor esta capa
O medo me encapa
E tudo se investe
No quanto é agreste
Ou quando se escapa
Das mãos do poeta
A vida completa
Ou mesmo um pedaço
Se tanto queria
Viver fantasia,
Caminho desfaço.
Publicado em: 23/05/2010 17:02:14



Rita de Cássia
Recebo teu recado com o vento...
Imerso em solidão clamo teu nome
Tentando ser feliz, a vida some
A noite se rebela em pensamento.

Depois de tanta luz, a negra treva
Espero cada dia por teu beijo.

Cada vez que não vens minha alma neva
A morte me negando meu desejo.
Senti que a solidão será a guia
Senti que nunca mais eu te terei.
Iludo-me com cada fantasia.
Amor quem dera fosse tua lei!
Publicado em: 22/11/2006 23:58:55
Última alteração:23/10/2008 16:26:05

Rita me levou saudade
Rita me levou saudade,
Acabou inspiração,
Vivendo felicidade,
O meu verso vai em vão!
Publicado em: 20/09/2006 20:59:33
Última alteração:30/10/2008 11:05:34




A noite vai passando em desafio,
Nos bares das cidades, sexta feira.
Do nada discutido, nada crio,
Apenas a alegria companheira
Nas rodas dos amigos, se deseja
Mentiras e delitos de cerveja.

Amores se esquecendo em bocas tortas,
Sorrisos, gargalhadas e piadas.
As horas de tristezas estão mortas,
As portas dos banheiros emperradas.
No cálice de vinho, na aguardente
Todo o mundo está salvo, de repente...
Publicado em: 29/05/2007 21:18:28
Última alteração:29/10/2008 17:16:05



roda a roda da fortuna
roda a roda da fortuna
e jamais pára pra mim,
só porrada e só borduna
só dá praga em meu jardim...
Publicado em: 16/01/2010 13:28:45
Última alteração:14/03/2010 21:27:04



Passeio pelas ruas do subúrbio
Observando as promessas de janelas
Entreabertas e moças descuidadas.
A sordidez do dia a dia se perde
Nas esquinas e bares lotados.
Eu vim e sempre serei passageiro do nada
Do nada a ter, do nada a sonhar e do quase nada ser.
Estrutura idêntica a qualquer que reparo e
Sinto nas roupas dependuradas nos quintais.
A bala perdida, o corpo encontrado
E o vazio a gritar em palavras sem sentido.
Ah! Vida. Que fizeste de mim, de nós, de todos...
Ainda bem que o bar está aberto.
Na roda de samba, na rodada de cerveja.
Veja: dançamos....
Publicado em: 02/06/2007 10:10:03
Última alteração:29/10/2008 17:16:39



Roda, gira o girassol
Roda, gira o girassol
Carrosséis do pensamento
Tua pele doura ao sol,
Tua voz, ouço no vento...
Publicado em: 14/08/2008 10:04:57
Última alteração:19/10/2008 20:07:57


Rola a bola de mansinho,
Rola a bola de mansinho,
Vai entrando devagar,
Coração de um passarinho
Na gaiola quer voar...

Publicado em: 06/08/2008 21:43:13
Última alteração:19/10/2008 22:16:29



Na ronda que de noite irei fazer,
procuro em cada esquina uma emoção.
Às vezes nada encontro, só sofrer
que vem amargurar meu coração.

De outras vezes vôo solto na ilusão
buscando encontrar um bem-querer.
Na ronda que de noite irei fazer
procuro em cada esquina uma emoção.

E choro e grito protestando sem saber
que o amor jamais foi posto em leilão.
Se amor quero tenho que o merecer,
por isso os versos como forma de oração.
Na ronda que de noite irei fazer...
Passando minha vida como errante
Buscando em noite escura, a clara lua...
Querendo tanto amor, forte e constante,
No sonho que em teus braços, continua....

Vieste com teu canto de sereia,
Nos caracóis, nas praias, tantas ondas.
Deitado sob a luz da lua cheia,
Mil luas desfilando assim, redondas...

Eu quero em teu fervor, o meu prazer,
Eu quero essa fervura, ebulição.
Na ronda que de noite irei fazer
Em busca de te dar toda emoção.

Abaixe a luz da lua, só um pouco,
Amor assim demais, prazer tão louco...



H Luna

Marcos Loures
Publicado em: 19/01/2007 17:26:08
Última alteração:06/11/2008 11:55:32



RONDA
A ronda que se faz
Em meio a noites tantas
Nas ancas da morena
Encontro a minha paz.
Nas tetas perfumadas
As mãos entrelaçadas
Lançando um canto a esmo
E mesmo que não venha
A pele da morena,
O querer me domina
Emana em forte gozo
O chão que me sustenta.
Publicado em: 23/02/2008 20:01:24
Última alteração:22/10/2008 17:30:02


Rosa branca e amarela

Rosa tenho tanto medo
De perder o teu perfume
Conhecendo teu segredo,
Sabendo do teu ciúme.
Rosa vermelha é paixão,
Rosa branca pede paz
Mas toda rosa é capaz
De ferir meu coração...
Das rosas que conheci,
Nenhuma é assim tão bela,
É pena que te perdi
Rosa branca e amarela...
Publicado em: 03/12/2006 20:11:18
Última alteração:30/10/2008 18:23:35


Rosa vermelha // Símbolo da paixão

meu bem querer // real prazer

eu vou te amar // em plenitude

até morrer. // doce sentir.

Marcos Loures // Mara Pupin
Publicado em: 02/04/2007 19:33:35
Última alteração:28/10/2008 06:07:29


ROTINA E DESESPERANÇA
Aquele dia não seria diferente dos outros, a vida vai em ondas como o mar. Vai e volta, ondula e, embora não se repita, sempre retorna para o local de onde veio. Da terra, da água, dos elementos todos, continente e conteúdo.
A mão cansada de tantas escritas, de tantas labutas, da força bruta e da esperança curta.
Capaz de fazer sol ou talvez de chover.
Chuva na alma é lágrima na certa. Mas é bom que limpa os olhos para poder ver melhor o novo dia.
Fantasias e ilusões se despedem da realidade, mas logo essa vem e desabam-se todos os castelos. A areia volta a ficar disforme e repete-se o mecanismo intrincado que leva do nada ao nada.
Dia comum, homem comum, com um sonho comum, como um outro qualquer.
Qual quer que seja a causa, os percalços cansam os pés descalços e machucam. Resultado: calçar de novo a bota. Embotam os pensamentos, mas nada mudaria.
Nada mudará.
A rotina que a retina absorve, conserva viva toda espreita, toda espera, mas nada.
Mais nada poderia transtornar mais do que a ausência. Nem a presença.
Ele agora tinha certeza de que ela fora embora. Embora a cama desfeita denunciasse a companhia.
Entre saudade e alívio, a opção era dupla, ou tripla, tripas expostas do relacionamento que se partira, extirpado, estripado, expulso de maneira comum, portanto sórdida.
Sabia que ela não o amava mais. Nem ele, tampouco. Nem a ela e nem a ele mesmo. A mesmice, mumificara o que ficara dos murmúrios de amor.
A meia idade, a meia luz, a meia vida, a meia esperança, as meias soltas ao lado da cama. Meio de vida de pobre, classe média, média com pão e manteiga. Vida pingada como o pingado do boteco, no teco-teco que nunca decola.
De cola firme, colada ao peito, calada no peito, na calada da noite.
O te quero nem mais nem tento, invento, no mesmo intento.
Preferia o tento a contento no mesmo canto sem encanto, desencanto.
Destilando o destino, ir embora.
Mas nada adiantaria, ele bem sabia que nada adiantaria.
O porto aberto, meia garrafa, o porto distante, a porta escancarada, aportando e portando a mesma sensação.
O vazio, o vão, o chão da casa, e o não repetido.
Vestiu a camisa, a brisa esfria e provoca a tosse. Nas troças da vida, as trocas e traças, estraçalhando os traços pretensos.
Na parede, um olhar sem sentido, o mesmo olhar perdido, denunciava que, realmente, aquela vida não seria diferente das outras, quanto mais o dia...
Publicado em: 20/08/2006 06:34:47
Última alteração:26/10/2008 22:34:21



Descobrir o bagaço dos engenhos
No melaço da cana mais um beijo

Zé Ramalho

Roubar de tua boca este melaço
Tão doce cana em caldo em mel desejo.
No beijo que procuro em cada abraço
Tão melado sentindo cada beijo.

Forjado pela vida em vil bagaço
O traço do prazer no corpo vejo.
O corte da navalha-olhar em aço,
Riscando céus, espaços, relampejo.

Viola ponteando sertaneja
Trazendo desta lua, raio e gozo.
Neste galope louco sempre arqueja

Rebentos do prazer andando nus.
O beijo cristalino e tão gostoso
Com corte de paixão ardendo em cruz.
Publicado em: 02/04/2007 14:43:43
Última alteração:15/10/2008 22:06:30

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