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Sunday, December 12, 2010

Moça bela, assim trigueira,
Formosura divinal,
Minha flor de laranjeira
Venha comigo, afinal.

Vem dançar em noite clara,
Eu prometo uma alegria,
Tua palavra me ampara,
Pois é plena de magia.

Sou apenas seresteiro,
Faço trovas por fazer,
Venha logo que um mineiro
Nos teus braços quer viver!
Publicado em: 23/09/2008 17:31:11
Última alteração:02/10/2008 19:02:47



Na estrada da minha vida;
Muitas curvas, capotei.
Minha sina é despedida,
Sofrendo por quem amei.
Tanto quero esse querer
Quanto espero pela lua
De tantas, tenho você,
A minha alma é toda sua...

Por isso, minha querida,
Vou sofrendo tanto assim,
De que vale minha vida
Sem uma alma dentro em mim.
É triste meu desatino,
Minha vida vale nada.
Sem alma, meu destino,
É feito uma alma penada.

Vai procurando, noutra alma,
A gêmea que Deus lhe deu
Procurei com toda a calma,
Mas sua alma se esqueceu.
Porém, quem sabe num dia
Nesta alma assim tão sozinha,
Outra alma traga alegria
A triste alma, que é a minha!
Publicado em: 26/09/2008 14:03:02
Última alteração:02/10/2008 14:42:24


Trazendo o viço da vida
E um vício, felicidade.
Perseguindo na cidade
As portas da despedida
Do tempo que fui feliz
No colo da meretriz
Matada por ser verdade
O boato que dizia
Que em toda essa eternidade
Rasgando essa fantasia
De dona desse bordel,
Viajava pelo céu
No cabo desse cometa
Que comentam que surgia,
No nascedouro do dia
Pelas alvorada afora
Que desde que foi embora
Escurraçada, essa moça.
Nunca mais quebrou a louça
Que compunha nessa Igreja
Para quem quiser que veja
A clarear nesses dia
Nessa imagem dessa santa
Olhos da Virgem Maria.
Pois então desde esse dia
Ando vida solitária
Buscando cara metade
Mas no mundo sem alarde
Num tem esperta ou otária
Que queira, de serventia
Ou por amor ou decreto
Viver, amar de concreto
Fazer da vida a valia
Que possa dar compromisso
Fazendo do jogo atiço
Do rogo desse serviço
Que traga minha fornada
De pão e de poesia
Pra poder só nessa estrada
Ser a minha estrela guia
Essa mão que me consola
Que me carrega a viola
E me ensina nessa escola
De que serve a valentia
Se nada mais me trazia
O rebento desse dia
Que acende todo pavio
Que me deixa por um fio
Antes que nada avacalha
Sou do fio da navalha
E gosto de ser assim
Que tudo seja por mim
Como nada mais poderia
Se tivesse essa fantasia
De ser feliz com mulher
Se Deus isso não quer
Por culpa da cafetina
Que amei desde menina
Que voava sem ter asa
Pelas soleiras das casa
Esquentando feito brasa
Aquele que nunca se acha
Que pensa que vai, despacha
E que carregando essas acha
Pra aquecer tempo mais frio
No mundo segue vadio
Meu coração sem atino
Acostumou com destino
De viver do desatino
Por causa de bruxaria
De quem nunca foi compasso
Com pressa nem o cadarço
Da vida amarrou direito
Trafegando no meu peito
Sem rumo e sem direção
Foi o lastro desse chão
O gosto azedo da vida
Assumindo a despedida,
De quem nunca mais voltou
As asas criadas vento
Os olhos partidos, tento
Fazer desse meu intento
O meu maior instrumento
Se preciso restaurar
As mãos estão calejadas
Perfumadas por suor
Trincadas pelo melhor
Da vida que a vida nega
A quem na vida trafega
Sem ter rumo que se entrega
Nos traços desse meu lápis
Que com grafite bem negro
Não deixa mais que me escapes
Sorte sem rumo e apego
Minha sombra rela o pé
Atravessa esse portão
Formiga das lava pé
Queimando meu coração.
O amor, foi reviravolta
Sentou praça sem escolta
Vacilou, o amor caiu
Ralando o seu joeio
Sangrando todo vermeio
O coração já saiu
Andou dando devorteio
Na viola que ponteio
Do mundo roçando o meio
Varando pela porteira
Que permitiu minha fuga
Mas agora já refuga
Disfarçada em brincadeira
Dessas de saltar fogueira
Nas noites de sexta feira
Na coruja da ribeira
Qual mocho de bico torto
Vou seguindo absorto
No meio desse caminho
Que vai pra trás da fazenda
Perto daquela moenda
Que moendo, me matou
Os olhos perdidos ao leu
Percorrendo nesse céu
Em busca de minha amada
Única infeliz madrugada
Que acalentou minha lua
Que andava toda nua
Nos meus sonhos mais gulosos
Agora, como os leprosos
Do testamento mais velho,
Sem Cristo pra me curar
Embolado escaravelho
Me enovelo devagar
Qual fora ouriço caixeiro
Me defendo dos cachorro
Que lá por cima do morro
Já passam o tempo inteiro
A preparar o seu bote
A minha sina mais forte
Aquela que leva pro norte
Procurando minha sorte
Mas só tenho minha morte
Pra poder negociar
No fundo, pode estar certo
Que nada tendo por perto
É o que melhor vai tocar
O coração deslambido
Que bate de tanto sofrido
Num acalanto sem rima
Acabando com estima
Estrume tomando tudo
O corpo vai cego, mudo
Eu nem sei se me ajudo
Se posso saber o contudo
Se não sei nem o porque
De tudo que posso ver
Tá tudo selecionado
Nas cismas da minha sina
Feito mágoa cristalina
Feito matreira saudade
Gerada por contrafeitos
Contra os meus próprios defeitos
Nada posso argumentar
Só sinto nada ter feito
Nem do doce nem confeito
Mereço ao menos respeito
Pela dor que trago, o peito
Batendo feito demente
Trazendo para essa gente
Esse canto de amargar
A boca da noite vigora
Essa minha triste espora
Machuca qual catapora
Queima tal qual caipora
Me lembrando que agora
Já ta chegando minha hora
O meu tempo já se estora
É hora de ir-me embora
Embora fora de hora
Agora chegou minha hora
Doutor vou já vazar fora
Desculpe pela demora
A lua já se ancora
A barra da noite aflora
E terminando essa história
Carrego nessa memória
Os tristes olhos da Santa
Quebrados, por essa moça
Cuja carne não foi louça
Sangrada até não ter força
Com ela também fui morto
Meu pensamento absorto
Procurando por um porto
Onde possa ter descanso
Procurando pelo remanso
Desse rio que se encurva
Pra no meio dessa curva
Numa noite do sertão
De lua e de poesia
Enterrado, sem valia,
Meu inútil coração...
Publicado em: 30/09/2008 14:18:47
Última alteração:02/10/2008 14:51:08

Rondando meu sonho
Palavras e versos
Caminhos proponho
Enfrento universos
Meu canto eu componho
Em ritos diversos,
Encantos eu ponho
Em rumos dispersos,
Anexos e sanhas
Sermões e montanhas
Palavras risonhas
Mentiras medonhas
Discórdias bisonhas
Estrelas entoas
Enquanto alma voas
Libertas ecoas
Carícias tão boas
Adentro em canoas
E chego ao teu sonho,
Rondando teu sonho,
Palavras e versos
Caminhos proponho
Enfrento universos
Meu canto eu componho
Em ritos diversos,
Encantos eu ponho
Em rumos dispersos,
Anexos e sanhas
Sermões e montanhas
Palavras risonhas
Mentiras medonhas
Discórdias bisonhas
Estrelas entoas
Enquanto alma voas
Libertas ecoas
Carícias tão boas
Adentro em canoas
E chego ao meu sonho.
Publicado em: 01/10/2008 06:41:43
Última alteração:02/10/2008 13:56:18



Qual fora uma falena em noite escura
Atrás do intenso brilho de um farol,
Minha alma a todo tempo te procura,
Tu és o raio intenso, claro sol.
Amor iluminando a nossa trilha,
Num ato de carinho e de partilha...
Publicado em: 26/12/2007 08:21:19
Última alteração:01/01/2008 12:29:27



Mares de mim mesmo
Exposto em ribeirão.
Alagamento à vista
Revistas no portão.
Não deixo de sonhar
Embora seja estúpido
O fato de sonhar
Num século imbecil.
Ser vil é ser servil?
Sevícias e carícias
Prostituta alma
Anda entre canaletas
E carpetes.
Jogada na área de serviço
Espera um par.
Partilha
Matilha
Mar que empilha a roupa suja
De nós dois...
Publicado em: 26/12/2007 18:13:48
Última alteração:01/01/2008 12:25:38



Quem dera a fera que espreita
Tocaiando num bote
Sem medo ou rebote me conforte
E mostre a face dura e verdadeira
De quem sem ter disfarces
Segue a ladainha
Louvores e licores
Meus altares
Frases soltas,
Fases tantas,
Tonalidades diversas
E a pressa em ser feliz.
Desfilas pelo quarto
Constelar insanidade.
Somos os tentos
Os tantos e os medos
Somados em nebulosidade.
Bebo teu gim
E sonho teus porres.
Escorres pela porta
E vais pela eternidade...
Publicado em: 02/01/2008 09:43:01
Última alteração:22/10/2008 19:25:31



EU E VOCÊ

Despertei dos desvaneios /
e caí na realidade. /
Abri as cortinas, /
espantei os pesadelos /
e deixei que o sol entrasse /
para expulsar a
saudade. / Sigo, agora, pela vida / só gozando as alegrias / que ela
em pra me dar. / Esqueci todo o passado / - aquele, vivido a teu
lado, /
e emergi qual crisálida /
para aspirar o perfume /
que sinto
emanar-se da rosa / ...
e me sinto venturosa. /
Nem quero saber do
futuro: /
passo a passo, sem cansaços, /
acredito eu o descubro.


Amor que em meu caminho, muda o Fado
Tramando em alegria um novo enredo,
Meu canto se mostrando extasiado,
Percebe a solução deste segredo
Há tanto tempo e sempre demonstrado
Distante de temor, receio ou medo.
Minha alma na tua alma mergulhada,
Impede a solidão, fria cilada...

HLUNA
ML
Publicado em: 05/01/2008 15:24:59
Última alteração:22/10/2008 19:29:35



EU E VOCÊ

Caminhando junto a ti
só achei felicidade,
perfume doce, singelo,
e por isso mesmo belo,
toma a minha realidade.
Realidade que vivo,
que vivemos nós, os dois,
sonho intenso que redime
pecados passados - saldados,
neste puro sentimento
que me envolve o pensamento
e faz de mim o que sou.



Meus versos, universos procurando,
No seio da mulher que tanto sonho...
Teus mares meus saveiros navegando.
Os olhos que te perdem, mar medonho...

O tempo que não tive, vai passando.
Mortalhas estendidas no porão...
Esparsos, os meus sonhos formam bando,
Invadem teu veleiro e coração...

Mascaro minhas dores com teu riso,
Massacro meus amores sem perdão...
De tudo o que vivemos, teu sorriso,
Reflete tanta luz nesta amplidão!

Na sede que matamos, mutuamente...
Meu canto que persigo não preciso...
As luas vão rodando em minha mente.
Nos olhos, minha amada, o paraíso...

Te faço meus poemas, sem segredos...
Esqueço de minha alma, redundante...
Não deixe que esses torpes, frios medos
Impeçam teu caminho, sempre avante...

Meus versos inundados de desejo
Não trazem suas rimas: solução.
A vida que conheço no teu beijo,
Impede conceber a solidão...

A boca que profanas, sempre mente.
Bem sabes que vivemos sem martírio...
Amamos e sofremos simplesmente,
As luzes deste amor, feliz colírio...

Cantando nas gaiolas tristes cantos...
Amores se tornando prisioneiros...
Não posso permitir os desencantos,
Amor que não morremos, verdadeiros...

Espero por teu verso, minha amada.
Mas não demores nunca, tenho pressa...
A noite que na aurora, vai calada,
Esquece de cumprir sua promessa....

Os raios boreais minha aquarela.
O medo de sofre mais desengano...
Teu rosto emoldurado, bela tela,
Pinacoteca minha, disso ufano...

Afrodite, decerto, tem inveja
Da beleza sutil desta mulher...
Hermes, extasiado te deseja,
Teu brilho é invulgar, não é qualquer...

Dancemos homenagens para o deus
Que permitiu a vinda desta musa...
Teus olhos na verdade são ateus,
Espreito belos seios nesta blusa...

Meus versos desejando: sou feliz.
Não nego meu amor: eu te venero...
Vivendo minha sorte por um triz,
És muito mais que penso, nem espero...

Amada, minha ninfa, meu tormento...
A noite que passamos, sem marasmo...
Esqueço assim qualquer um sofrimento,
Envolto nas delícias deste orgasmo...

HLUNA
ML
Publicado em: 06/01/2008 22:00:47
Última alteração:22/10/2008 19:35:54



Amar e lapidar a parceria,
Vertente destes rios da esperança.
Qual sol que se renova todo dia
O sentimento em paz, não pára, avança.
Perpetuamente somos companheiros
Tocados pelos ventos feiticeiros
Publicado em: 09/01/2008 15:47:01
Última alteração:22/10/2008 19:38:53



A festa nos embala
Em danças sensuais
Depois de tudo pronto
Querendo sempre mais

Eu beijo tua boca
Um bálsamo profano.
E sinto como é bom
Desejo soberano.

Roçando a tua pele
Na minha, que delícia!
Tirando a tua roupa
Num gesto de malícia

Mergulho no teu corpo
E passo a navegar
Teu porto tão macio
Encontro a me esperar...

E assim vamos vagando
Na noite que promete
Depois que o dia nasce
A dança se repete...
Publicado em: 02/02/2008 14:43:40
Última alteração:22/10/2008 16:48:12



Na dança mais gostosa
Nosso acasalamento
Eu quero desfrutar
De cada bom momento

Que é feito de magia
Total felicidade,
Viagem sem destino,
Que encontra a claridade.

Seguindo com certeza
Em rumo ao claro céu,
No gosto da garapa,
No poço feito em mel.

Encontro neste corpo,
Delícias em fartura,
No gozo desejado,
Um lago se procura.

Tu sabes deste sonho
Em que louco, embarquei,
De ser na tua cama,
Escravo, amor e rei..


Total sofrimento
Me toma querida,
Se fores embora
Que faço eu da vida?

Meu verso se cala
E morre sem nexo,
Um mundo terrível,
Decerto complexo

Surgirá no fim,
Matando o poeta
Que vive por ti,
Amor, minha meta.

Talvez não percebas
O quanto te quero,
Amor volte logo,
Tristonho, eu te espero.

E sei que somente
Sem nada a dizer,
Não tenho futuro,
Melhor é morrer...
Publicado em: 03/02/2008 22:07:45
Última alteração:22/10/2008 16:45:49


Encantos deste amor que quero tanto
Vencendo tantos medos do passado,
Emoldurando a glória traz o manto
Aonde me percebo enamorado,
Vivendo a poesia em cada canto
Deixando o sofrimento já de lado
Num acalanto em paz, amor se deu,
Num mundo que é só nosso, teu e meu...





Versos em reversos de medalhas
As falhas que cometo não gaguejo
Mas vejo o meu desejo no teu beijo.
Anseios...
Publicado em: 05/03/2008 19:34:48
Última alteração:22/10/2008 15:20:57




O verso quando traz
O riso franco
Do amor que nos desbanca
Enquanto ferve.
É manso.
Na verdade, quer remanso
E quando em ti alcanço
O todo desejado; sublima-se.
Estima?
Muito além.
Necessidade.
Publicado em: 13/03/2008 20:39:41
Última alteração:22/10/2008 14:34:14



Quando pequeno
Ouvia toda noite
Histórias que falavam
De princesas e castelos,
Adormecidas belezas
E príncipes salvadores;

Ledas ilusões
Deram espaço
Às uvas verdes
Da desesperança.

Vento ventania vendaval
Boca que sonhava sensual
Deitada em outras sendas,
Outro mar.
Amar a correnteza
Ser a presa
Surpresas esperando
E nada vinha.
Nem mesmo a fruta amarga
Da verdade
Que o tempo tantas vezes
Ocultava.

A vida passa
Da uva a passa
A carga se torna mais pesada
Alada minha alma percebia
Apenas o mesmo prado
Em que vazia
Seguia a caminheira esperança.
Noite após noite
Não saberia mais discernir
A sutil claridade de um vaga-lume
Feito lamparina na treva imensa
De minha alma.

O gotejar contínuo das lágrimas
Do nada haver, nada ver e nada sonhar
Acumuladas, cevaram
A pequena semente
Que ao germinar
Dominava toda a escuridão
Daquele antigo prado
Perdido nos olhos
Vagos, sem faróis...

Aos poucos a adormecida
Princesa entranhada
De beleza e claridade
Transformava todo aquele cenário
Ermo.

Dessa forma vieste,
Revestida em lumes
Surpreendentemente
Expressivos.

E assim
As antigas lendas
Dormem junto a mim,
Revolucionando
Tudo,
Tomando cada verso
Que penso,
Cada palavra
Que profiro.
Imensidade
Em que, mesclado,
Permite o gozo supremo
Da eternidade...
Publicado em: 15/03/2008 17:49:18
Última alteração:22/10/2008 14:37:16



EU E VOCÊ
Doce
Fosse
Nosso
Poço.
Posso
Mousses
Fossas
Forças
Fomes
Comas
Moças
Somas
Somos
Gomos
Mesmo
Gosto.
Gesto
Giz
Bebo
Bis
Teimo
Triz
Crises
Luas
Ruas
Bocas
Tocas
Grumos
Grutas
Lutas
Gomas
Rimas
Tolas
Bocas
Becos
Bicos
Seios...
Gozo
Farto
Mato
Monte
Vênus
Veias
Vestes
Nus.
Riso,
Guizo
Tramas
Lamas
Camas
Chamas
Bares
Barcos
Mares
Marcos
Chão
Vão
Meio
Pés
Teias
Ventos
Lascas
Riscos
Roscas
Rastros
Astros
Mastros
Teimas
Queixa
Gueixa.
Trenas
Cenas
Mártir
Parto
Pedra
Cerda
Beijos
Seixos
Sexos
Nexo
Quem

De?
Eu
E
Você
Publicado em: 25/03/2008 20:04:16
Última alteração:21/10/2008 22:05:13



Balas, balões, foguetes, São João,
Joaninha se esconde atrás da cerca
nas matas entre as pernas, palpação.
Vontade de brincar logo se acerca
acendendo a fogueira do desejo.

Bulindo com seus seios
os dedos pedem lábios,
mamilos, arrepios,
e a saia levantada.

O fogo de artifício
o vício deste jogo,
afogo em precipício...

Amada amiga amante
carinhos e desejos
tomando num rompante
bebendo doces beijos,

acerco-me de ti,
estrela que me guia,
há tempos percebi
o quanto és alegria.

Aremos neste chão
sementes benfazejas
o quanto em sedução
percebo que desejas

e siameses vamos,
gritar que nos amamos...

Publicado em: 01/04/2008 14:35:45
Última alteração:21/10/2008 20:16:11



Quem dera se eu pudesse
Conter imensidão
Fazendo-te bailar
Em tons de sedução
Gitana luna plena
Ao lado da fogueira
Magia em que se acena
La luna feiticeira
Uma guitarra clama
Pra festa que não pára
Acendem nuestra chama
O coração dispara
E tudo recomeça
Neste bailado insano
A vida não tem pressa
Também sem desengano
A noite traz promessa
De um tempo soberano...
Publicado em: 05/04/2008 22:27:00
Última alteração:21/10/2008 19:52:45


Feliz por tanto amor
Que a vida reservou
Somente para quem
A ela se entregou.

Em canto esta emoção
De ser teu companheiro
No amor e na amizade
Meu verso alvissareiro

Trazendo para nós
A força deste laço
Vencendo os descaminhos
Seguindo o mesmo passo

Que mostra esta certeza
De ter felicidade
Vibrando todo dia
No amor em liberdade...
Publicado em: 07/04/2008 06:19:33
Última alteração:21/10/2008 19:57:05




Amor se faz em mágico momento
Numa alquimia rara e desejada.
Vivendo a profusão de um sentimento,
Minha alma prosseguindo declinada
Aos pés de quem desejo e me contento
Em ter a tua boca assim colada
À minha boca em tal felicidade
Capaz de levitar, alçar os céus.
Teu corpo que traduz a divindade,
Coberto pelo azul de puros véus,
Em mágica alegria, amor se dá,
Vibrando eternamente e desde já...
Publicado em: 07/04/2008 11:31:26
Última alteração:21/10/2008 19:59:21



Do amor que se fez verso
O rastro eu não perdi,
Se todo o meu desejo
Encontro aqui, em ti.

No frio, em quietude
Calor dos braços teus,
Que Deus jamais permita
Sequer pensar adeus.

Chovendo uma saudade
De quem só quero o bem,
Eu agradeço sempre
Por poder ter alguém

Sublime fantasia
Que um dia acalentei
Queria ser teu par,
Amar, a nossa lei.

Princesa que encantando
Meu reino iluminou,
Agora por te ser,
Querida, sei que sou.

Navego o pensamento
Nas fases desta lua
Deitando em minha cama,
Tua beleza nua

Esbaldam-se as estrelas
Vendo a perfeita dama,
Qual fossem pirilampos
Acendem logo a chama

No céu em plenilúnio
Vagando sem destino,
Estrelas são cometas,
No amor me descortino...
Publicado em: 08/04/2008 15:52:51
Última alteração:21/10/2008 18:13:03




Contido no meu peito
Um grito que não solto,
Andando pelas ruas
Te vendo nas calçadas
Eu sinto que jamais
Talvez tenha a coragem
De dizer o quanto
Desejo-te demais...
Meu coração viaja
E sonha com teus beijos,
Seixos que rolam juntos
Na correnteza da vida...
Publicado em: 09/04/2008 16:10:46
Última alteração:21/10/2008 18:18:32



Minhas lágrimas, gritos e tormentas
Tolos, vago espaços, mais remotos...
Nas irradiações, rotações lentas.
Guardados os teus olhos, velhas fotos
Amareladas quedam-se esquecidas...
Os anjos, os arcanjos vão passando,
Proclamam tanto amor por pobres vidas.
Nas tormentas celestes, renovando...

Religiões, enigmas, convulsões
Das hiperestesias, dos portões
Abertos nos castelos do meu sonho...
Deliciosamente uma ambrosia
Regada ao néctar; lúbrica folia...
Transmudam meu delírio, enfim risonho...
Publicado em: 29/04/2008 12:49:56
Última alteração:21/10/2008 14:26:36



Vieste em plena noite, sem pecados,
Dançando uma nudez maravilhosa.
Perfume de gardênia, mas de rosa,
Os olhos marchetados, debruçados.
Teu colo, num momento de desejo,
Em seios sedutores e miúdos,
Vivendo sem porquês e sem contudos
Estava a tua espera, boca e beijo...
Nasceste desta noite que dançamos,
Nos bares, cabarés, valsas e sonhos.
Da solidão nascemos mais risonhos
E em plena luz da lua, nos amamos...


Publicado em: 05/05/2008 21:17:11
Última alteração:21/10/2008 14:31:55


Quando enfim encontrei o teu retrato,
Descorado e jogado na gaveta;
Assinado seu nome, com caneta,
Percebi com saudade, fui ingrato...

Tinhas um olhar triste e tão distante,
Como quem procurasse amor, prazer;
Ou quem sabe, somente, reviver,
Tantos sonhos perdidos, e bem antes...

Não podia sonhar d’outra maneira,
Quem a vida feriu e maltratou;
Tua fotografia me mostrou,
Tanto amor que viveu, a vida inteira...

Me recordo das noites que passamos,
Nossas camas, sentidos e visões;
Em um só, transformando os corações.
Hoje eu bem sei o quanto, nos amamos..

Em teu corpo desejos eram vias,
Tuas mãos delicadas mil delícias,
No sofá, nossa cama, das carícias
Que trocamos, fantásticas orgias...

Teu colo, âmbar , beleza sem igual.
Nos desfiles nas nossas loucas noites,
Nossas línguas desciam, qual açoites
Que traziam eterno carnaval...

Quanto tempo passado, vou sozinho,
Minha cama jamais teve outro alguém;
Procurei sem saber, um novo bem,
Todo mundo passando, eu passarinho...

Na procura silente, quero crer,
Que tal mel, tua boca, só me traz.
Perseguido e tentando ser capaz,
De encontrar outr’amor para viver...

Encontrar teu retrato foi doído
Desespero tomou tudo d’assalto;
Como pude tentar, sou tão incauto
Reviver esse tempo já vivido...

Nunca mais reviver a tua foto,
Nem revirar gavetas, nem passado.
Me perdoe, se tanto andei errado,
Minha vida,um retrato tão remoto...
Publicado em: 26/09/2007 14:37:18
Última alteração:28/10/2008 15:38:13

Qual um bando de carinhos
Que tu trazes para mim,
Adentrando nossos ninhos,
Belo amor que sei sem fim,

Versejando desde agora,
Vou cantar minha emoção,
Meu amor não vá se embora,
Pois é teu meu coração.

Sou parceiro de teu canto,
Companheiro da alegria,
Teu amor em pleno encanto
Era tudo o que eu queria.

Minha boca mata a sede
No regato de teu colo,
Venha se deitar na rede,
Numa esteira, até no solo,

Coração bate depressa,
Não se cansa de correr,
Tanto bem que se confessa,
Quero ter o teu prazer.

Uma noite não é nada,
Uma vida é muito pouco,
Sem a mulher, minha fada,
Vou acabar quase louco.

O teu corpo é meu descanso,
Teu regaço, fantasia,
O teu peito o meu remanso,
Me aquecendo em noite fria.

O meu verso predileto,
Minha luz, minha certeza,
No teu reino, eu me completo,
Venha ser minha princesa!
Publicado em: 02/10/2007 16:21:31
Última alteração:28/10/2008 14:37:03




Esta moça vai dançando
Nesta festa em contraluz,
Os meus olhos procurando,
Cada passo reproduz
Os meus sonhos mais audazes,
As vontades mais urgentes,
Tempestades que me trazes,
Moça dos olhos contentes.
Poentes de cada sonho,
Repentes em ricas lavras,
Tanto amor eu te proponho,
Não consigo ter palavras
Que possam já traduzir
O desejo que me assola
De poder te conduzir,
Passo a passo, nesta dança,
Refletida em esperança...
Publicado em: 03/10/2007 15:04:13
Última alteração:28/10/2008 14:37:28


A noite, nos teus braços tão formosa,
Num sonho que se mostra onipotente,
Roubando do jardim a rara rosa,
Florescendo em quem ama, tão somente,
Mulher que se mostrou maravilhosa,
Tornando a minha vida mais contente.
Meu mundo nos teus braços se perdeu,
Amor que sei tão nosso teu e meu...
Publicado em: 26/10/2007 20:20:23
Última alteração:28/10/2008 13:17:55



Nos mares deste amor, dois navegantes
Que buscam pelo cais tão calmo e puro,
Seguindo as luzes fortes, deslumbrantes
Enfrentam sem temor qualquer apuro,
Nos braços delicados, mas possantes,
A força que fecunda os solos duros.
Já sabem das procelas, tempestades,
Encaram as cruéis adversidades.
Publicado em: 10/11/2007 08:54:07
Última alteração:28/10/2008 12:57:35



Quero-te simplesmente e nada mais.
Do cais que prometeste nada veio
Do seio que se expõe em noite imensa
Da densa sensação de te buscar
Nas curvas e nas pedras dos meus sonhos.
Medonhas garatujas do que temos
Nos lemes que quebramos vida afora.
Nos halos dos clarões que já perdemos
Almejo o quanto quis e não podia.
Vertendo minhas lágrimas, receios.
Somamos quase nada e vamos livres...
Publicado em: 24/11/2007 09:01:38
Última alteração:28/10/2008 12:15:41



Presença tão bendita e benfazeja
Do riso da mulher que não esqueço
Trazendo toda a glória que se enseja
Virando um coração audaz do avesso.
Passado demonstrando que o futuro
É porto onde me prendo e me asseguro...
Publicado em: 29/11/2007 09:23:11
Última alteração:28/10/2008 12:14:30




Contra a maré
Galés em Gales
Gizes e Gisé.
Nesta mistura
Sorumbática
A mão aquática
Do tenor desafinado
Assina meu último tratado.
Tratos e maus tratos
Retratos do que fomos.
Dispensando o contratante
O tratante coração
Finge que nem é com ele...
Publicado em: 09/12/2007 16:33:27
Última alteração:23/10/2008 09:30:20


Como se estivesse às margens de um rio,
Na placidez de um lago
Ou mesmo junto à praia,
Deitei-me ao teu lado
E fomos tarde afora
Como se nada mais houvesse.

Incendiávamos a tarde
Como se pudéssemos aquecer o sol.

Os corpos entrelaçados,
Num clímax inesquecível.

A brisa nos tocava
E eu pensei
Pelo menos por instante
Que éramos imortais...
Publicado em: 16/08/2007 08:42:44
Última alteração:28/10/2008 16:36:43


A seca que aconteceu
Logo, cedo vai passar,
A chuva se prometeu
Lá do céu vai despencar

Trazendo muita alegria
E beleza pra essa flor,
Que se abrindo um belo dia,
Por falta d’água murchou.

Mas o tempo de estiagem,
Vai passar, vem invernada,
Chovendo em toda paragem,
Bela flor revigorada.

Primavera vai chegando,
Depois dela vem estio,
Eu bem sei que vai passando,
Bem depressa o tempo frio.

Jardineiro não se esquece
Da flor que um dia plantou,
Todo dia reza prece,
Pra essa flor que ele cuidou.

Mas a gente mesmo sabe
Que tudo na vida tem vez,
Toda a alegria se cabe,
Onde a tristeza se fez.

A vida se recupera
Em cada nova esperança,
Todo amor que se tempera
Nas forças desta aliança

Não pode temer mais nada,
Nem o frio nem a dor,
Depois desta madrugada,
O belo sol acordou.

Trazendo no vento breve
O perfume desta flor,
Deixando minha alma leve,
Este cheiro encantador!
Publicado em: 23/08/2007 18:21:00
Última alteração:28/10/2008 16:39:12



Abriste teu rosário em algas, rios,
A concha desejada- imaginário –
Os cios, sisos, seios, somas, fauna,
Escorreguei meus lábios, dedos, língua
Antigas catedrais, noviças rezas,
Vergastas estalando, açoite e gozo.
Meu andrajoso sonho te invadindo,
Um pária que se encontra na nobreza
Rainha, uma princesa, puta e santa,
Asceta entre mil setas desejada.
Mas minha, tão somente toda minha.
Labaredas que escorrem do teu ventre...
Publicado em: 17/09/2007 21:30:27
Última alteração:28/10/2008 15:29:05



Do pavor que um amor já me causara
Em dias tenebrosos do passado,
Um resto de esperança que carrego
De um dia ter um sonho abençoado

Nos braços da mulher que eu tanto quero,
Nas coxas e nas pernas, seios, língua.
Encontro uma alegria soberana
No gozo prometido, cunilíngua.

Felatios desejados; sêmen, vida.
Amor que me trouxeste: redenção.
No afã de ter teu corpo junto ao meu
Fadado à maravilha da explosão...
Publicado em: 22/09/2007 12:18:20
Última alteração:28/10/2008 15:33:26




Sentindo tuas mãos quais finas garras
Tocando minha pele e me rasgando,
As sensações estranhas e bizarras
Aos poucos em delírio nos tomando,
Prazeres desfilando nas fanfarras
Soturnas, canibais que se entranhando
Permitem tais delícias hediondas
Na noite dos insanos, loucas rondas...
Publicado em: 10/11/2007 13:31:57
Última alteração:28/10/2008 12:52:45




O meu sonho vai caber
Nestes teus braços morenos,
Tanto amor, nosso prazer,
Dias mansos e serenos.

Teu olhar sendo o meu guia
Que me leva ao infinito,
O meu canto de alegria
Faz do amor o nosso rito.

Que me leva pelo céu,
Vagando estrelas, eterno,
Primavera em meu dossel,
Distante do duro inverno

Trovador apaixonado
Não se esquece de quem ama,
Vivendo, amor, ao teu lado,
O meu peito ardendo em chama.

Marco os dias em que estou
Distante de quem desejo
O meu amor me chamou,
Felicidade eu prevejo!




Os dias tão divinos são passados,
Quando em teus braços tenho meus abrigos,
Meus sonhos com certeza demarcados,
Distante dos problemas e perigos.
Dois corpos que se querem são tocados,
Carinhos e prazer, raros artigos.
Meu barco no teu corpo encontra a rota
Deixando uma saudade, então, remota...





Espelhos que refletem tais imagens
Que formam de dois seres, um só ser.
Vislumbrando divinas paisagens
Forrando nossa casa no prazer
Que traz felicidade nas aragens
Do vento da esperança a converter
Mosaicos misturados; entrelaces,
Dois corpos que se somam; mesmas faces.






.. À lua enamorada dos amantes
Declaro em cada verso o meu amor
Àquela à qual nos olhos deslumbrantes
O mundo preparou um raro albor
Teus passos, caminheiros triunfantes,
Irão depois de tudo recompor
Meus dias tão distantes da saudade,
No mar que se fez luz, felicidade...



Tua nudez exposta em minha cama,
Nossas roupas jogadas pelo chão.
Teu corpo pelo meu logo reclama
Atados pelos laços da paixão.
Envoltos nos desejos, noite inflama
E explode num momento de tesão.
Carícias mais audazes, jogo intenso,
Na cama, sexo, orgasmos, fogo, incenso...




Amores; se repartes, multiplicas,
Decerto a matemática não sabe
Destas operações que são mais ricas,
E numa precisão, bem sei, não cabe.
Nos versos divinais que tu publicas
Amada que este sonho não se acabe,
Pois deles necessito pra viver,
A fonte da alegria e do prazer.





Ardentes correntes
Em beijos contentes
Cadentes estrelas
Revelas querida
Na boca entreaberta
O gozo previsto
Assim não resisto
Insisto e sou teu.
Instintos e vinhos
Tintos licores
Tremores fugazes,
Aprazes sem prazos
Espaços libertos
Incertos caminhos
Carinhos despertos
Vamos à luta
Que a noite se escuta
Gemidos e risos
Sussurros e ritos
Sem mitos ou medos
Segredos expostos
Em corpos dispostos
Postulando o prazer



EU E VOCÊ!

Fino trato
Belo prato
Nosso trato
Não quebrei,
Sou teu par
A par de tudo
Não me iludo
Cru destino.
In vino veritas,
Nas pepitas
De teus olhos,
Vou girando
Vem rodando
Dando o gosto
De um agosto
Que passamos
Amos, somos,
Ambos gomos
Desta fruta
Que comemos
Lambuzados,
Abusados
E sacanas.
Não me enganas,
Não te engano
Soberana
Lua cheia,
Mar areia
Arreia a saia
Que o galope
Vem de chofre
E recomeça.
Não impeça
Nem me peça
Cada peça
Retirada,
Até que nada
Cubra a moça.
Louça louçã
Boca e maçã.
Serpente bendita!
Serpenteia
Logo grita
E se agita
Sem parar.
Num rodeio
Bebo o seio,
E como estrelas...
Publicado em: 27/09/2007 17:32:39
Última alteração:28/10/2008 15:38:43



EU E VOCÊ!

A vida que renasce os sentimentos
Felizes de quem sonha liberdade,
Porta aberta permite mansos ventos,
Amores que escancaro na cidade...

Receba suavemente meu recado,
Permita que consiga te dizer,
Do coração que sangra apaixonado,
Rasgando todo medo de morrer!

Nas páginas do livro desta vida,
Marcadas por perfume e chocolate,
Nossa história refaz-se repetida,
No sonho que de noite vem, abate...

E respingam divinas esperanças,
Produzem todo senso de vitória,
Me recordo quando éramos crianças,
Teus olhos não me saem da memória.

Brincávamos libertos, nossa rua;
O mundo que esperávamos imenso,
O pensamento voa, vai, flutua.
A paz vem me invadindo traz incenso...

Olhávamos distantes amanhãs,
Sorvíamos da vida pura essência.
Tu eras minha linda cunhatã,
A vida sempre fora essa inocência.

Sorriamos de tudo sem ter medo,
Dançávamos, nos sonhos pueris,
Guardávamos embalde tais segredos,
Mas o céu se ofuscou nas cores gris...

Nascemos de vitelos tão selvagens,
Vertíamos desejos mal contidos,
Durante nossas lúdicas viagens,
As bocas se perderam nos olvidos...

Nos ouvidos perdiam-se as línguas
Mas nada se podia comparar,
Nossos comas tetânicos às minguas,
As mãos se deliciam, passear...

Mas nada disso foi realidade,
Delírios desse jovem tresloucado.
Mudaste teu reinado de cidade,
Restou-me então ficar, descompassado...

Eu conheci diversas companheiras,
Neste jogo cruel da sedução.
As loucuras tornaram verdadeiras
Embrenhei tantas matas no sertão.

Sutilmente, não tive mais sossego,
Me casei, descasei, casei de novo...
Pela vida fingi perder apego.
Mentiras não me causam mais estorvo...

A ponta desta lança que deixaste,
Partida não permite mais a guerra,
Escuridão que sempre iluminaste,
Agora vem percorrendo toda a terra.

E vives és eterna no meu peito.
A foto que guardei sempre revejo...
O mundo vai rodando do seu jeito,
A memória não trai o doce beijo...

És o amor que recorro, sempre amigo,
Nos momentos ferozes, solidão...
Teu retrato carrego bem comigo,
Amuleto que salva o coração...

És paixão que jamais irá morrer,
Nunca quero nem posso te deixar.
Esqueci tentação de te esquecer.
Para sempre, decerto, eu vou te amar...

A beleza feliz que sempre trazes,
Emoldura o passado que foi meu...
Nos meus sonhos delírios mais audazes,
Um poema divino, santo ateu...

Não me deixes, jamais teria forças,
Se seguisses caminhos tão diversos.
Nos teus lépidos passos, fossem corças,
Resumem minhas musas e meus versos...

Agora, cedo soube da chegada,
Vieste retornaste para cá.
Minha alma pede força redobrada,
O que fazer, o tempo me dirá!

Mas, pensando, te imploro que não venhas,
Meu amor louco irá desmoronar,
A chama do meu peito pede lenhas,
O carvão que jamais vai retornar...

Não quero nem procuro te rever,
Decerto nunca mais serás tão minha
O sonho que vivi pode morrer,
És retrato por sobre escrivaninha...

És o que foste e nunca mais serás.
Simplesmente passado que ficou...
Não és o hoje, decerto não virás,
És a felicidade que restou....
Publicado em: 28/09/2007 18:21:38
Última alteração:28/10/2008 14:41:55



EU E VOCÊ!


Se tantas vezes luto, agora festa,
Meus dias vagabundo, agora canto..
Nas horas mais difíceis foste fresta
Nos dias sofredores, meu encanto.

Buscando tuas mãos, encontrei fada.
As marcas do destino nunca saem.
Que bom estar contigo, minha amada,
Os meus olhos sorrindo não me traem..

Querida companheira estou contigo,
Em todos os momentos desta vida.
A curva do caminho traz perigo,
Na curva do teu corpo, distraída,

Derrapo meus sentidos, perco o chão.
Não deixe que se acabe o sentimento,
Amor que não precisa de perdão,
É livre passarinho, solto ao vento...

Vestido de esperanças te procuro,
Encontro um verde prado a me esperar,
Dos males deste mundo, já me curo,
O rumo dos meus olhos, teu olhar...

Menina sei por certo nossos rios,
Deságuam no oceano deste amor...
Não deixe que meus sonhos sempre esguios,
Nas ilusões te traga meu pavor...

Nas noites que lutamos, sem espadas,
As bocas nos servindo de punhais...
São noites mais difíceis, pois geladas,
As ruas vão sonhando seus metais...

Nos cantos desta noite, retratadas,
As dores que se tornam desleais;
Navegam procurando a madrugada.
Por vezes nos amamos, canibais...

Não deixe que se chegue indiferença
Preciso de teus braços p’ra nadar.
Amar quem só recebe recompensa,
É simplesmente troca, sem amar...

Amores que vivemos são tão raros,
Nas noites mais difíceis, aquecer...
Os vasos conservamos, pois são caros,
Assim como é querido o bom viver...

Tua beleza intensa faz feliz,
Viver tuas promessas, me faz rei...
Na cama minha intensa meretriz,
Nas ruas minha dama, disso eu sei...

Morrer ao lado teu. Ó quem me dera!
Viver as fantasias dolorosas...
Nas curvas do teu corpo, primavera,
As tuas mãos sedentas, carinhosas...

Belezas sem igual, ninguém mais tece,
Da forma que forjaram, resta nada...
Amar-te se tornou a minha prece.
Nunca te deixarei abandonada...

Meus olhos esquecidos sem descanso
A musa que me inspira, com certeza,
Promete-me viver doce remanso...
Castelos dos meus sonhos, realeza...

Não deixe que termine nosso caso,
Não quero mais viver sem teu perdão...
A vida sem te ter, me leva: ocaso,
Mas quando junto a ti: é solução!

Menina me ninando teu carinho,
Na rede descansando nossos beijos...
Libertos encontrando um manso ninho,
A vida se renova, nos lampejos.

Musa, minha rainha e minha amada,
Princesa que me fez um sonhador.
Escuta esta canção apaixonada
É feita da verdade deste amo
Publicado em: 03/10/2007 19:44:35
Última alteração:28/10/2008 14:07:03



EU E VOCÊ!



EU E VOCÊ

Amar é lapidar a parceria...
sorver por inteiro do amor verdadeiro,

vertente destes rios da esperança.

Livrar-se das amarras em meio a um nevoeiro

qual sol que se renova todo dia
invadindo as sombras de solidão e dor.

O sentimento em paz, não pára, avança...

traz consigo a ternura e a magia do amor.

Perpetuamente somos companheiros,

eternos amantes e cúmplices por inteiro.

Tocados pelos ventos feiticeiros,

seguiremos unos por universos seresteiros.



Marcos Loures



Mara Pupin
Publicado em: 15/01/2008 17:18:48
Última alteração:22/10/2008 19:41:46



EU E VOCÊ!
Esta mulher com quem tanto sonhei,
Tem sido aquela Musa Inspiradora
Que à minha atividade criadora,
É o ponto de equilíbrio que busquei.

Ela me traz a paz de que preciso
E, sem ela, viver não mais consigo;
E, dela, outra verdade eu aqui digo,
É um anjo que desceu do Paraíso.

Falar no quanto és bela, não dispenso
Mesmo sabendo que és especial,
Pois beleza também é essencial.

Por isso, quando em ti, mulher, eu penso,
Orando aos Céus, vejo com certeza,
Agradecendo a Deus tua beleza...


MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 10/04/2008 14:02:37
Última alteração:21/10/2008 18:21:26

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