Search This Blog

Tuesday, June 28, 2011

Amar e ter
O que não crer
E ver após
Postulando um tempo
Um jeito, um vento batendo mansamente no rosto.
Apresentando ao fim de tudo a conta a ser paga
O juro cobrado,
As juras negadas
E o mesmo perjúrio.
Se eu sou tão espúrio,
Um porto seguro distante não vejo.
Apenas tropeço.
Vendendo em varejo
O quanto aniquilo,
E sei sem vacilo
Bacilos que vagam pelos cantos da casa.
Fâneros quebrados,
Vasos partidos,
Dias negados
Olhos...
Mil olhos através da fechadura
Espreitam amanhãs que não viriam jamais.
Sou efêmero e sei disso,
Sou apenas o resto, e não contesto o que vier,
Apenas sedento beduíno procurando algum alento.
Seria melhor um oásis, mas as fases não são boas...
Um cantil bastaria.
Um sutil anseio
De uma boca sedenta,
Ou nem tanto, apenas disposta.
Crisalidasse o sonho em libertário ocaso.
O prazo passou
O quanto sou desprezo
E represo cada gota que transpiro,
Oceanos e oceanos...
Digamos que salgando o rio
Acendo o pavio e o fim se aproxima.
Fim?
Aclimatado estou e talvez consiga escapar da extinção.
Já não faço somente a mesma cantinela, a mesma ladainha...
As asas incomodam no começo,
Mas depois ajudam.
É difícil andar corretamente o tempo inteiro,
Anárquico sem baque ou hierarquia,
Apenas poesia...

No comments:

Post a Comment