Search This Blog

Monday, June 27, 2011

PAULATINO

Atos e atas
Reatas e voltas
Envolta nas tantas
Promessas
E vês
E tropeças
No quanto desfez
A vida sem nexo
O mesmo processo
Que há tanto temia
O quanto viria
Em festa ou temor.
A vida não me traria novo espaço
Senão este.
O que bebeste
O que cevaste
O que desgaste
O quanto trace
Sem ter contraste
Com um traste: esta esperança.
Não quero o acero
Nem o sincero
Momento em paz,
Tanto fugaz
Ou mesmo rude,
Rudimentar...
Aspectos vários deste prisma-vida
Jogado pelo canto, abandonado como fosse um cubo mágico.
Caleidoscópios diversos em mosaicos sem sentido.
Ousasse me expor desnudo em plena praça,
A farsa e a faca, a face sem disfarce,
Apenas loucuras.
Sem curas ou vontades,
Quixotescamente quis o mundo,
E me inundo agora, que o fim se aproxima,
Das tantas hipocrisias vendidas na esquina.
Vou ao cinema, mato a família, e no fim nada redime.
Reparo cada grota, cada farpa, escalo montes e voo sem asas.
Assisto a derrocada e creio no infinito.
Ou não?
Etéreo quanto a eternidade,
Na idade aonde o nada se responde
E o todo se apresenta em labirinto,
O extinto caminhar, o morto instinto,
E o velho suicídio.
Paulatino...

No comments:

Post a Comment