Search This Blog

Tuesday, June 28, 2011

O AMOR


O amor...
Sorrateiramente
Adentra e não pergunta
E quando a gente vai ver
A casa está totalmente tomada.
Invade e nem respeita velhas estruturas,
Velhas paliçadas, antigas formas e futuras quedas...
Amor.
Meu camarada de longas e variadas jornadas vida afora, noite adentro,
E no final das contas, pago as contas e ele se vai...
No quanto quis enquanto pude, e além do sonho ou da mentira,
Da farsa e da conversa, dos bares, aguardentes, motéis e novas estadas...
Assim desmancha e desata,
Derruba e maltrata
Ferindo quem puder,
Quem vier
E quem se foi.
Amor.
Roma e romã.
Romãs dos seios
Veios a Roma,
E os mesmos atalhos, retalhos...
Batalho e no final sempre sou vencido,
Sem esperança qualquer de sobrevida,
A não ser que renasça noutro amor...
E o ciclo reinicia e não tem fim,
Cartomantes, astrólogos,
Nauta do inexplicável avanço vida e retorno mortes.
Mas sempre renasço, faço e desfaço, tento e não reajo,
Ou quase nunca.
Enfrento de peito aberto - é causa das safenas?
Uma delas com certeza...
Amar é torcer pelo Botafogo...
Beber no cálice da esperança o veneno adocicado que depois amarga,
Um vermute, um palpite, sem limite, sem juízo e sem temores.
Nem que dure um só dia vale a flor.
Primavera então, nem se fale...

No comments:

Post a Comment