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Monday, June 27, 2011

A DOLOROSA LIBERDADE

A DOLOROSA LIBERDADE

As tramas entrelaçam
Passam e me levam,
Relevam erros
Desterros
E me enterro nos teus braços.
Lassos braços cansada vida.
Não tenho saída
Embora pudesse
Nutrir o vazio
Com sonhos sem nexo,
O sexo, o conselho,
Espelho renega
A vida relega
E o quanto delega
Esquece o futuro
Que jamais houvesse.
Acendo o cigarro,
O câncer ou loucura?
Difícil escolha...
Melhor a aguardente?
O bar, a verdade embaçada,
E o nada que se refaz de um mesmo nada original.
Reverso da moeda, queda, rede e fim.
Aflito, conflito comigo mesmo e perco. Invariavelmente.
Lembranças de crimes e castigos.
Родион Романович Раскольников revela-se vivo,
E a fonte dos desejos abandonada nas ânsias de um novo dia.
Pudesse ser diverso? Nem mesmo sei.
Amei e reamei, amarras, cordoalhas, algemas...
No fim a dolorosa liberdade.

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