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Sunday, June 26, 2011

Do céu aberto
Deserto o sonho e vejo apenas
O que o tempo rege,
Herege tempo, frágil solução...
Os olhos procuram sóis
Em giros sem descanso.
Avança e lança ao não,
A sôfrega expressão
Ação que caçoa,
Arpoa e
Neva.
Nos meus dias mais felizes
Os meus sins diversos,
Versos sem sentido
Velhas cicatrizes
Em atrizes paixões
Gerando cançonetas
E sonetos.
Mistos de carinho com angústia
E medo,
E arremedo,
Comedidamente
A mente em tal comédia
Enreda seus erros contumazes,
Conturbando a turba que toma o pensamento.
E invento algum cenário
Nos tantos palcos que ilusão descreve;
A brevidade de um momento em paz.
Jazendo o peito audaciosamente morto
No amor que não houvera ou simplesmente espera o fim da festa.
E o céu abrindo os véus desta torpe esperança agrisalhada.
Minhas cãs, meus afãs sem manhãs, amanhãs.
Apenas revivendo cada gota desta aguardente chamada amor.
Ébrio?
Nem tanto,
Apenas tonto neste carrossel,
Imenso turbilhão
Entre enredos e quedas,
Entre sonhos e pavores,
Olores e tormentas,
Rancores ou alentos,
Momentos...
Pudesse prosseguir em tom mais suave, mais sensível... Plausível?
Da estação vejo ao longe o trem,
O tempo, a sorte, e esta avidez de vida apenas consumida.
Vazios entre cortes,
Quelóides na alma,
E o preço a se pagar...
Plagas que não conheço ou meço, mereço...
Endereços vários
Ritos tais
Quais
Fossem o mesmo caminho
Estrada para o céu
Escadas para o abismo,
E o salto do funâmbulo
Sem corda...
Acordo e nada vejo
Somente o mesmo céu
E o vazio deste horizonte...

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