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Tuesday, August 29, 2006

Trago esse amor sentido sobre a mesa Quadras

Trago esse amor sentido sobre a mesa,
Degustas sem ter pena cada gota...
Minha alma foi pro fundo caiu rota,
Nem lágrima, restou por sobremesa...

Tentei permanecer qual vela acesa,
O vento e tempestade foram vis,
Nos dias em que,tolo,cri feliz,
Foram os de maior, grande tristeza...

Não quero mais saber de sina e sorte,
Nem procuro mais luzes onde cria,
Amor sem ter certezas, fantasia;
Fantasmas que perseguem e sei morte...

Não sinto medo, cálice sem vinho,
Nem trafego tão trôpego, vacilo.
Da morte foste lívido bacilo,
Meu Deus porque me deixas tão sozinho!?

Não haverá perguntas sem respostas,
Tampouco tenho lúdicas manhãs,
Acolho restos, fétidas e vãs,
A vida retalhada nessas postas...

Cheguei a crer, estúpido que eu era,
Que foste minha métrica, meus versos,
Agora sei, restou dos universos,
Um só poema, lúbrica quimera...

Minha certeza, vaga e tão serena,
Não poderia lírica e fatal,
Acreditar n’amor tão abissal,
Mas que mal se descuida, me envenena...

Das carteiras, cigarros são tragados,
Num sem sentido, nexo faz falta,
A dor me inclui vazio, nessa malta,
Quem dera não tivesse abandonado...

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