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Saturday, September 2, 2006

Nunca mais

Nunca mais poderei dizer ao vento,
Deste sonho deixado num verão;
Minha velha quimera, solidão,
Nunca me permitiu esquecimento...

Tantas vezes deixei meu sentimento
Coberto pelas luas do sertão;
Descobrindo o sentido do perdão,
Acaricio feras, sem ungüento!

Meus dentes que sangravam, já caídos,
Meu tempo que julguei ser aliado,
Deixaram os meus nervos contraídos.

Percebi, no final dessa jornada,
Que nunca medi, cada passo dado.
Minha vida, no fundo, não foi nada!

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