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Friday, September 8, 2006

Dor

Dor, cruel feroz, sangra, singra mata...
Nas almas, sorve, crava, trava afeta...
U’a fiel companheira do poeta!
Mares, montes, senzalas, em cascata...

A dor sequer pergunta m’arrebata...
Tantas vezes, perdendo a linha reta,
Trafega espaços, lassos passos, meta...
Carrega, diariamente, mentes, trata...

Saudade, tristeza alma... tudo dói...
Nas vagas divagando. Mas constrói..
Nas carnes, dilacera, fera e flor.

Seus motes, sortes, montes, vários cortes...
Sinas, rumos, nos prumos e nas mortes...
Tantas vezes salvaste o homem, Dor!

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