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Wednesday, September 6, 2006

Visita

Tua visita, aguardo, toda tarde;
Não me cansarei, nunca dess’ espera...
Pois bem sei que sentir essa cratera
Aberta no meu peito, cruel, arde...

Sinto teus passos, tremo, faz alarde
Meu coração, batendo, desespera.
Mas mudo, fixo olhar, minha tapera
Vazia continua, sou covarde,

Queria tanto teus braços; mas, nada...
Tua ausência, mortalha abandonada
Por esperanças tolas, mas felizes...

A minha boca sonha com teu beijo,
Mas te buscando tonto, nada vejo.
Me resta teu retrato e nada dizes...

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