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Friday, September 8, 2006

Saudades

Nas funéreas saudades desse amor...
A letárgica noite s’abatendo
Trôpega caminhando, convertendo
O que fora jardim me nega a flor...

Os resquícios dolentes, onde for,
Pelo que resta, gestos, cada adendo,
Irão comigo. Sigo me perdendo,
Nos fugidios ciclos, sofredor...


Cadáver insepulto, que carrego,
Vagueio vão, vazio, visceral!
Cego; renego afago, me nego

Ao negar, sonegar que inda te espero...
Sei, estupidamente te venero,
És princípio, primaz e principal...

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