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Monday, September 4, 2006

O Preço de um Abraço

Na Candelária ainda respinga dor,
Nos corpos podres dos meninos mortos.
Esse cheiro que exalam, pelos portos,
Nas nossas praças, cemitérios. Flor

Brotada num esgoto, sem calor...
Nossos caminhos seguem sendo tortos;
Nossas manhãs nas xepas nossos votos
De Bom Natal, na podridão d’amor...

Os olhos cegos, solidão da morte,
Mesmo assim, tantas vezes fundo corte.
Navalhas penetrando com seu aço.

E passam os meninos, nem os sente...
A bicheira das almas nem pressente
Quanto te custará, simples abraço...

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